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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E MATEMÁTICA

Disciplina de Quími
Química
ca T
Técnica
écnica

Chimoio
2019

 
 

1.Introdução
Vivemos num mundo cada vez moderno, em que a tecnologia vai experimentando o seu
estágio mais alto de desenvolvimento. A economia e o desenvolvimento de qualquer país

estão estritamente ligados à industrialização cada vez mais crescente. A descoberta de


recursos naturais em Moçambique é um factor galvanizador do desenvolvimento nacional.
Contudo, estes factores levam-nos a um grande desafio, no que concerne a extração e
transformação dos recursos priorizando aspectos de economicidade bem como ambientais.
Sendo
Sendo ass
assim,
im, a Quí
Químic
micaa Téc
Técnic
nicaa es
estud
tudaa os pro
proces
cessos
sos quí
químic
mico-t
o-técn
écnico
icoss de produç
produção
ão
industrial, desde a preparação, transformação e acabamento dos produtos respeitando os
aspectos ambientais. Ela preocupa-se com osaparelhos a usar, elevada cientificidade no
 processo de produção, alta pureza dos produtos, maior produtividade; alta exigência das
obri
obriga
gaçõ
ções
es;; elev
elevad
adoo grau
grau de tra
trata
tame
ment
nto;
o; disp
dispên
êndi
dioo di
dimi
minu
nuíd
ídoo do tra
traba
balh
lhoo vi
vivo
vo;;

maiorconcentração e especializaç
maiorconcentração especialização
ão da produção etc.
A sebenta em alusão contém conteúdos da cadeira de Química Técnica, lecionados no
curso de Química de acordo com o novo currículo vigente na Universidade Pedagógica de
Moçambique.

1.1.Objectivos
Competências
a) Desenvolver bases científicas sobre os processos de produção na indústria química e
sobre o seu contributo no desenvolvimento sócio-económico;
 b) Identificar as matérias-primas
matérias-primas existentes
existentes no País e o seu tratamento;
c) Habilitar
tar os estudantes tes a preparar os processos químico-t -teecnológic
icoos
escolhidos,partindo dos métodos tecnológicos do tratamento da matéria-prima e outros
 bens.

1.1.1.Objectivos Gerais
1.1.1.Objectivos
a) Adquirir conhecimentos sobre a construção, funcionamento e aplicação dosaparelhos
químico-técnicos;
 b) Identificar os processos
processos químico-téc
químico-técnicos
nicos básicos tratados na Esco
Escola;
la;
c) Saber
ber a im
impportâ
ortânc
ncia
ia do dese
desennvolv
volvim
imeent
ntoo da in
inddús
ústr
tria
ia qu
quím
ímic
icaa no âmbi
âmbito
to
dodese
dodesenvo
nvolvi
lvimen
mento
to sóc
sócio-
io-ec
econó
onómic
micoo bem
bem com
comoo as medida
medidass de protec
protecçã
çãoo do meio
meio
ambiente;

 
 

d) Realizar visita de estudo às empresas de processamento dos produtos químicospara


observar e compreender no local o decurso dos processos tecnológicos
Competências
a) Desenvolver bases científicas sobre os processos de produção na indústriaquímica e
sobre o seu contributo no desenvolvimento sócio-económico;
 b) Identificar as matérias-primas
matérias-primas existentes
existentes no País e o seu tratamento;
c) Habilitar os estudantes a preparar os processos químico-tecnológicos escolhidospartindo
escolhidospartindo
dos métodos tecnológicos do tratamento da matéria-prima e outros bens.

Visão geral da disciplina

Carga horária
Tema/ Conteúdo Contacto Estudo

Unidade
1 2 15
  Processos Tecnológi
ecnológicos
cos Fundamenta
Fundamentais
is
2 Princípios de Trabalho Tecnológico 14 15
3 Indústria química 20 10
4 Trat
ratame
amento
nto do Car
Carvão
vão,, Petról
Petróleo-
eo-bru
bruto
to e Gás 14 10
 Natural
5 Proc
Proceess
ssos
os de Prod
Produç
uçãão de Subs
Substâ
tânc
ncia
iass 20 10
Inorgânicas
6 Metais Importantes para a Indústria
I ndústria 10 10

7 Vidro e Porcelana

8
Sub – Total 80 70
Total 150

 
 

2. PROCESSOS TECNOLÓGI
TECNOLÓGICOS
COS FUNDAMENTAIS
2.2 Definição da cadeira
A Química Técnica é uma ciência que se ocupa com a investigação das Leis, Normas e
Princípios que regem a transformação das substâncias iniciais (matéria prima) em produtos
desejados, observando aspectos de economicidade e ambientais assim como os processos
tecnológicos.

A Química técnica – Estuda os processos químico-técnicos na produção industrial, seja de


 pequena ou grande esca
escala.
la.

Tecnologia Química – é o ramo que se ocupa apenas na transformação das substâncias, em


determinados tipos de produtos. Tem relação com a Química técnica por apresentam uma
interdependência
interdependência uma com a outra.

A química técnica ocupa um lugar muito importante no sistema de ciências visto que ela
estabelece ligações entre as ciências (química, física, matemática técnica e economia).
Invest
Investiga
iga também
também as leis
leis que de
deter
termin
minam
am a ec
econo
onomia
mia e a produt
produtivi
ividad
dadee ec
econó
onómic
micaa
aquis
aquisiçã
içãoo de produt
produtoo gas
gastan
tando,
do, con
contud
tudoo pouca
pouca mat
matéri
éria-pr
a-prima
ima,, pouca
pouca energ
energia
ia para
para a
 produção de maiores quantida
quantidades
des de produto desejado.
desejado.

1.2.Tarefas da Química Técnica


 Investigação sobre os aspectos das substâncias (seu estado padrão), por exemplo, o
estudo das substâncias em diferentes estados, se elas podem se combinar ou não (as

 proporções);
 Investigação sobre aspectos económicos (optimização);
 Está ligado a elevado rendimento de substâncias;
 Uso racional de energia, existência de pouco ou nada de produtos secundários;
desnecessários;
 Categoria das máquinas.

1.3.Particularidades do Processo de Produção Química


 Ocorrência
Ocorrê ncia do Proce
Processo
sso – cond
condicio
iciona-se
na-se a essa questão
questão o tipo de aparelho
aparelho a usar,
usar,
energia, substâncias
substâncias auxiliares e outros;
 Elevada cientificidade no processo de produção – relaciona-se com pouco gasto da
matéria-prima e da força humana;
 Alta pureza dos produtos – a qualidade de produto que deve ser aceitável;

 
 

 Alta produtividade – maior quantidade de produto a adquirir em menos tempo;


 Alta exigência das obrigações – a qualidade do produto deve ter em conta as regras
nacionais e internacionais.
 Alto grau de tratamento
 Dispêndio diminuído do trabalho vivo

Alta concentração e especialização da produção

Figura 1- Fluxograma de Economia Industrial

 
 

Figura 2- Esquema de Componentes do Processo Químico - técnico

1.4.Desenvolvimento de um processo de produção industrial


Antes da fabricação de um produto químico numa instalação química devem-se fazer 
muitas investigações, testes e trabalhos preliminares.

A primeira etapa neste processo de desenvolvimento é a descoberta (prova) do processo


químico no laboratório numa variedade de experiências em que serão determinadas as
condições de reacção mais favoráveis para a sua realização. Nesta fase deve-se estudar 
também a preparação e o tratamento dos produtos iniciais, a separação e tratamento dos
 produtos finais. As massas no
no laboratório são cerca
cerca de 1000 kg.
kg.

Os res
result
ultad
ados
os for
formam
mam a bas
basee par
paraa a co
const
nstruç
rução
ão de uma ap
apare
arelha
lhagem
gem sem
semi-té
i-técni
cnica,
ca,
 preparando a transmissão
transmissão do proc
processo
esso para a produ
produção.
ção. Esta apare
aparelhagem
lhagem deve ter a mesma
mesma
forma e sequência dos aparelhos previstos na produção. Com base nos conhecimentos
sobre as condições de reacção, o rendimento da reacção química a conduta os reagentes e o

regulamen
regula mento
to da instal
instalaçã
ação,
o, res
result
ultant
antes
es da instal
instalaç
ação
ão sem
semii - téc
técnic
nicaa é montad
montadaa uma
instalação de produção química.

 
 

 A finalidade da produção
produção é obter maior número dos produtos
produtos com menor dispêndio
 possível de capital (gastos para matéria-prima e outros custos), considerando também a
 protecção do meio ambiente.

Com a ajuda de um esquema corrente pode-se estudar o decorrer do processo colocando e


respondendo questões
questões para a realização da reacção como, por exemplo:

 Como devem ser garantidas as condições de trabalho


 De que material se deve construir os aparelhos e condutas;
 Como devem ser transportados os materiais;
 Como se podem garantir as quantidades necess
necessárias
árias dos produtos iniciais e finais;
 Têm as substâncias uma superfície adequada;
 Permite-se o contacto entre as substância
substânciass na reacção;
 Como se podem separar os produtos em seus componentes considerando diferentes tipos
de mistura;
 Como se podem apresentar as etapas do processo segundo as normas e outras.

1.5.Apresentação esquemática dos processos técnicos


Uma tarefa muito importante na tecnologia química é a apresentação dos conteúdos
abstractos por meios gráficos (esquema corrente, desenho, diagrama). A afirmação mais
simples e prática é o esquema corrente.

1.5.1.Tipos de esquemas correntes:


 Esquema corrente do processo (apresentação qualitativa das operações)
 Esquema corrente do processo (apresentação quantitativa das massas aplicadas)
 Esquema corrente operativo (apresentaçã
(apresentaçãoo dos aparelhos)
 Esquema tecnológico
 Esquema de montagem

O es
esque
quema
ma cor
corren
rente
te qua
qualit
litati
ativo
vo per
permit
mitee uma vis
vista
ta geral
geral sobre
sobre o proce
processo
sso químic
químicoo
-tecno
-tecnológ
lógico
ico sem
sem me
menci
nciona
onarr qua
quaisq
isquer
uer porme
pormenor
nores
es,, ca
carac
racter
teriza
izando
ndo só o pri
princi
ncipio
pio
simbol
simboliza
izado.
do.Ant
Antes
es da realiz
realizaç
ação
ão de um pro
proce
cesso
sso quí
químic
mico,
o, a matéri
matéria-p
a-prim
rimaa de
deve
ve ser 
 preparada, de modo que o proc
processo
esso decorra
decorra optimamente e tenh
tenhaa maiores rendimentos.
rendimentos.

 As operações fundamentais (básicas) são todos os processos que alteram a composição

qualitativa e quantitativa, o grau de distribuição e conteúdo de energia do material por 


 processos físicos.

 
 

Um factor importante em todos os processos físicos é a superfície de contacto (tamanho


das substâncias) que influi no decorrer da reacção química. Quanto maior for à superfície
de contacto, mais rápida será a reacção.

 As operações fundamentais podem


podem ser mecânicas, térmicas e electromagnéticas.

1.6.Processos
1.6.Processos que permitem o aumento da superfície de contacto
1.6.1.Trituração
 Na trituração, os torrões são divididos em fragmentos menores aumentando assim a sua
superfície, com finalidade de:

 Acelerar a velocidade da reacção;


 Melhorar o tratamento da matéria-prima (certos grãos desejados)
 Formação (configuração)
(configuração) de um produto final (granulados, por exemplo)

1.6.2.Distribuiçãoo dos líquidos


1.6.2.Distribuiçã
 Através da distribuição dos líquidos em jactos, gotas ou camadas finas, a superfície do
líquido é consideravelmente aumentada.

1.6.3.Fazes do processo de produção industrial


Para transformar a matéria-prima em produto acabado por meio de reacções químicas
existe uma série de processos básicos tecnológicos que tem por objectivos:

1. Prepa
Preparar
rar as
as su
substâ
bstância
nciass para
para se
serem
rem transf
transforma
ormadas
das
2. Opt
Optimi
imiza
zarr as con
condiç
dições
ões das rea
reacç
cções
ões.. Nes
Nesta
ta base
base de sistema
sistematiz
tizaçã
açãoo consid
considera
eram-s
m-see
seguintes fases ou etapas de trabalhos:

1ª Etapa – Pré-Fase

O objectivo é preparar a transformação da matéria-prima e predominam os processos


físicos ou físico-químicos.

2ª Etapa – Fase Principal

Consiste na realização do trabalho de transformação dos reagentes em produtos de reacção:


 predominam o processo
processo de rea
reacções
cções química
químicass auxiliares ou junta
juntam-se
m-se os factores influe
influentes
ntes
nomeadamente,
nomeadamente, catalisador, temperatura e pressão.

 
 

3ª Etapa – Fase Final

Acontece o acabamento do produto (dar forma, cortar, empacotar, arrumar, produz-se


também o aspecto de arrefecimento)

As 1ª,2ª e 3ª fases são consideradas processos técnic


técnicos
os de produção química.

Técnica de Produção  – é a consideração do aspecto tempo que leva o processo de


 produção, a aparelhagem ou maquinaria que realiza o trabalho, aspecto quantitativo e
qualitativo do produto que se espera.

Tabela 1:Fases do processo de produção industrial.


Pré-fase (O(Objectivos) Processos T
Teecnológicos Exemplos
Obter necessárias Flotação Acumulação de componentes
concentraçõess dos reagentes
concentraçõe necessários
Gara
Ga rant
ntir
ir um
umaa pu
pure
reza
za do
doss Lava
avar, filtfiltra
ra,, ab
abso
sorv
rveer, Af
Afas
asta
tame
ment
ntoo da
dass impu
impure
reza
zass
rea
reagente
entess paraara im imppedir 
dir  destilar e escolher  gasosas, líquidas e sólidas dos
reac
reacçõ
ções
es secu
secund
ndár
ária
iass po
por 
r   principais componentes
componentes
uma acção eficiente e dos
catalisadores.
Aum
Au menta
ntar supe
superf
rfíc
ície
ie de Moer
Moer,, diss
dissol
olve
verr, fu
fundir,, Os ta
ndir tama
manh
nhoos mai
aioore
ress dos
cont
coloci
ventac
velo acto
todepara
cida
dadepara
da favo
fareac
vore
re rece
cer
acçãor ea
ção ortar, sob a acção de sólidos
cenergia tamanhosão transformados
menores em
ou
 bom aproveitamento
aproveitamento solubilizados.
Optimi
Opt imizaç
zação
ão da su super
perfíc
fície
ie Gran
Gr anul
ular
ar,, bbri
rita
tarr, ssin
inte
teti
tiza
zarr. Dar
Dar forma
forma a mat
matér
éria
ia-pr
-prim
ima,
a, de
de contacto e a grandezas acordo com o aparelho a
dos pedaços utilizar.
Optimização das condições Agit
Ag itaç
ação
ão,, fusã fusão, o, co cort
rtar
ar,, Os gas asees se mismistu
tura
ram,
m, os
das reacções dos reagentes, misturar, acrescentar. só
sóli
lido
doss ac acre
resc
scen
enta
tam-s
m-se,
e, os
melhoramento de Sólido-líquido e gases mistura-
rendimento. se se acrescentam. Optimizam-
se a pressão e a temperatura.
Calibrar, instalar as Acumular e aquecer. Optimizar a pressão e a
condiç
condições
ões de reacçã
reacçãoo para
para temperarattura e escolher o
obte
obterr ma
maio
iorr re
rend
ndim
imenento
to a catalisador.
maior velocidade.
Fase Final (Objectivo) Processo Tecnológico Exemplo

 
 

A transformação da matéria Arrefecimento As condições das reacções são


é interrompida ab
aban
ando
dona
nada
das.
s. Mant
Mantémém-s
-see o
equilíbrio
Separação do produto final Rectif
Rectific
icaç
ação
ão,, ex
extr
trac
acçã
çãoo Af
Afaast
staam-se
-se as im impu
pure
rezzas
do secundário e escoria absorção. grossas ou líquidas
Continuar a mexer os Unir Corar, emplasticar, misturar os
 pedaços ou misturar os  produtos.
 produtos
Transformar
Trans formar os produtos Granula
Granularr, dar ta
tama
mannho
ho,, Granulação (fertilizantes), dar 
finais, engrossar, empacotar, acomodar. forma (peças metálicas)
enga
engarr
rraf
afar
ar,, tr
tran
ansp
spor
orta
tarr e
armazenar.

1.7.Operações Fundamentais no Tratamento da Matéria-prima


1.7.1.Operações
1.7.1.Operações Físicas
1.7.1.1.Filtração
Consiste em separar um sólido de um líquido baseando-se nos tamanhos das partículas. As
 partículas de tamanho
tamanho maior ficam retida
retidass no filtro e só pass
passaa a parte líquida.
líquida.

As partículas aglomeradas no filtro são chamadas de “bolo filtrado” que podem ter 
tamanhos que podem ter tamanhos diferentes, podendo ser:

Bolo filtrante incompressível;

Bolo filtrante compressível.

1.7.1.2.Dissolução
É o método de separação de dois sólidos dependendo da solubilidade das substâncias, por 
exemplo: na separação do ferro e o enxofre, usa-se o dissulfureto de carbono que vai
dissolver o enxofre e assim efectuar se a separação.

1.7.1.3.Moagem
É o processo de redução do material em partículas menores.

1.7.1.4.Trituração
Cons
Co nsis
iste
te em redu
reduzi
zirr o ta
tama
manh
nhoo de part
partíc
ícul
ulas
as só
sóli
lida
das.
s. Ut
Util
iliz
izaa uma
uma va
varie
rieda
dade
de de
instrumentos mecânicos.Os
mecânicos.Os materiais grossos são colocados na machadora que é um par de

 placas de aço
aço em que es
está
tá fixa e outra se mo
move
ve por meio de um volante.

 
 

1.7.1.5.Fusão
É a passagem do material de um estado sólido para um estado diferente, neste caso, o
estado líquido. Para que ocorra a fusão a temperatura deve ser elevada e a concentração do
fundente também deve ser elevada.

1.7.1.6.Britagem
É o processo de fragmentação e cisalhamento do mineral em questão (calcário no caso),
responsável pela redução e adequação da granulometria do minério quando necessário,
 preparando-o para
para a fase seg
seguinte.
uinte. Consiste em moer o material até tornar-se
tornar-se pó.

1.7.1.7.Divisão
Consiste na divisão das partículas em partes iguais.

1.7.1.8.Decantação
É a separação de uma substância sólida e uma no estado líquido. Faz-se com que a
substancia sólida repouse no fundo do recipiente e depois submetemos a parte líquida a
uma decantação.

1.7.1.9.Lavagem
É o processo através do qual se separa a parte útil do minério pela água. Por exemplo, na
extracção de ouro.

1.7.1.10.Vaporização
É a separação de um sólido de um líquido por aquecimento.

1.8.Operação físico-química
1.8.Operação
1.8.1.Destilação
  Consiste basicamente na separação de uma mistura de vários líquidos com ponto de
ebulição diferentes. Ela pode divide-se em destilação simples e fraccionada
fr accionada.. É mais comum
quando se apresenta no estado líquido e seco no estado sólido.

1.8.2.Extracção
O objectivo deste processo é o de extrair uma substância de uma mistura, e pode ser 
dividida em:

 
 

1- Extracção por solvente – consiste em introduzir numa mistura um solvente imiscível


onde vai ocorrer uma transferência do soluto do primeiro solvente e se mistura com o 2º
solvente. O processo pode ser de forma:

Descontínua – pode – se remover o soluto da Solução usando o menor numero possíve possívell de
extracções,, este acontece quando a distribuição do soluto na solução ffor
extracções or menor.

Contínua – usa-se o 2º solvente de uma forma contínua para extrair todo o soluto de uma
só vez. Para ocorrência de processo usam-se aparelhos específicos.

1.8.3.Extracção por Electrólise de Solução Aqu


Aquosa
osa
Consiste na extracção de metais menos reactivos por eletrólise das soluções aquosa dos
respectivos sais.

 Adsorção

Consiste na fixação das substâncias na superfície de um sólido. Quando este processo


acont
acontec
ecee ao contrá
contrário
rio des
design
igna-s
a-see por dissor
dissorçã
ção.
o. É um fen
fenóme
ómeno
no co
com
m ca
carac
racter
teríst
ística
icass
espec
específic
íficas
as e sel
selec
ectiv
tivas
as,, isto
isto é, ela dep
depend
endee da
dass ca
carac
racter
teríst
ística
icass do adsorv
adsorven
ente
te e do
adsorvato.

 Na adsorção o adsorvente pode ser, por exemplo: carvão, argila, sílica, hidrocarbonetos
gasosos, e o adsorvato são normalmente o oxigénio, hidrogénio, amoníaco, etc. A adsorção
adsorção
mais comum é entre um gás e um sólido, neste caso as moléculas do gás entram em

contacto com o sólido que ira ficar completamente coberto pelas moléculas do gás.
 A adsorção pode
pode ser:

Física – quando esta é lenta, de curto alcance, e não contribui para a formação de ligações
estáveis e permanentes (Forças de Van der Walls)

Química – é mais intensa. Ocorre alteração da estrutura química dos participantes.

 Nota: a fronteira entre os dois processos situa-se no facto de a física ser muito rápida, que
implica profundas modificações reversíveis porque as ligações desfazem-se facilmente
libertando pequena quantidade de energia. A Química não é rápida, é irreversível e liberta-
se muita energia.

 
 

1.8.4.Osfactores que influenciam a adsorção são:


1.8.4.Osfactores
 Temperatura;
 Concentraçãoo dos reagentes
Concentraçã
 Pressão.

1.9.Métodos de Transmissão de calor no Processo de Produção Industrial


Existem três formas de transmissão de calor no processo de produção de calor:

Por Condução
Conduçãode
de Calor Dir
Directo
ecto: oc
ocor
orre
re de
dent
ntro
ro de um co
corp
rpoo ou en
entr
tree co
corp
rpos
os em
contactodirecto. A condução de calor ocorre entre as partículas, que transmitem a energia
umas às outras. O intercâmbio de calor esta misturado com o meio ambiente.

Por radiação de Calor –é feita através da luz solar, lâmpadas e outras. Os corpos não se
contactam, por falta de qualquer meio medianeiro (raios solares). Dá-se em forma de raios
de calor que se realiza num espaço vazio.

Por convecção – é feita por movimento do ar ou da corrente do ar


ar.. Os que têm um meio
medianeiro (ar). A causa desta forma de transmissão são as moléculas de ar, por exemplo,
que são aquecidas. Na técnica química o calor pode ser adicionado ou subtraído, nos vários
 processos de produção. Os objectivos:

1. A gara
garant
ntia
ia e alte
altera
raçã
çãoo resp
respec
ecti
tiva
vame
ment
nte,
e, da
dass te
temp
mper
erat
atur
uras
as pr
pret
eten
endi
dida
dass pa
para
ra as
 propriedades determinadas (por exemplo: a viscosidade) ou para as condições de reacção
favoráveis (por exemplo: reacções catalíticas de gases);

2. A alte
altera
raçã
çãoo do es
esta
tado
do agre
agrega
gati
tivo
vo das
das su
subs
bstâ
tânc
ncia
iass co
como
mo fo
form
rmaa de in
ince
cent
ntiv
ivar
ar a
evaporação, a condensação, a fusão, etc.

3. A alte
altera
raçã
çãoo parc
parcia
iall do es
esta
tado
do agre
agrega
gati
tivo
vo pa
para
ra se
sepa
para
rarr mist
mistur
uras
as po
porr de
dest
stil
ilaç
ação
ão,,
rectificação, cristalização, etc.

1.9.1.Quantidade total de calor


1.9.1.Quantidade
Se um sólido for aquecido, depois fundido e aquecido até a ebulição, para a evaporação
continua subsequente,
subsequente, a sua quantidade total de calor gasta, será obtida na base de soma de
todos os calores parciais.

O calor adicionado tem que ser igual ao calor subtraído.

 
 

O calor transmitido Q calcula-se segundo a equação:

Q = k A ∆ Tm onde:

  k  é
 é a constante de transmissão térmica

  A é a superfície de troca de calor 

  ∆ Tm  a diferença média entre os corpos 1 e 2

 A transmissão térmica é tanto melhor quanto maior for a constante de transmissão


térmica k .

O valor da constante de transmissão térmica  é determinado pelos seguintes factores:

- Tipo de corrente que actua nos dois corpos;

- Tipo de material que constitui os dois corpos e

- Espessura da parede entre os corpos.

1.10. Corrente de materiais e troca de calor


As direcções das correntes das substâncias desempenham um papel importante na permuta
de calor. As substâncias podem ser conduzidas em corrente contínua, contracorr
contracorrente
ente ou
em corrente cruzada. Na contracorrente a troca de calor é maior, um pouco menor na
corrente cruzada e na corrente contínua, muito reduzida. A diferença na troca de calor 

resulta da diferença da temperatura entre as substância


substânciass envolvidas na troca.
 Na corrente contínua, as substâncias movem-se na mesma direcção ao longo da parede
divisória. Na entrada num permutador a diferença da temperatura (∆ T e) será maior. A
substância mais quente, que fornece calor entra em contacto com a substância fria, que
absorve calor. Durante a passagem no permutador, o calor é transmitido e a diferença
reduz-se. Na saída esta diferença é menor (∆ Ts).

 Na contracorrente,  a substância que fornece calor entra em contacto com a substância que
absorve calor, mas já pré - aquecida (∆ T e). A diferença média de temperatura é maior na

contracorrente.

 
 

1.11.Permutadores
1.11.Permutadores de calor 
 Permutadores de calor são aparelhos
aparelhos que permitem a transmissão de calor.
calor. O calor é
trocado através da parede divisória.

 A eficácia de um permutador é determinada pela grandeza da constante de transmissão


térmica; depende da construção, do material e da corrente no permutador. As incrustações
de sais formadas nas paredes do permutador de calor têm efeitos prejudiciais na eficácia
deste. A sua formação deve ser evitada ou estas têm que ser retiradas depois de algum
tempo de funcionamento através da desmontagem dos fundos laterais.

Os permutadores mais usuais são: permutador de tubos (de feixe tubular ) e o permutador 


de placas.

O permutador de tubos consiste num feixe tubular


tubular.. Uma das substâncias circula dentro do
feixe tubular e a outra fora deste, transversalmente, sendo desviada por chicanas (chapas
de de
desvi
svio).
o). Através
Através do per
permut
mutado
adorr de tub
tubos
os as substâ
substânc
ncias
ias pod
podem
em ser movida
movidass em
contracorrente e corrente cruzada. Estes aparelhos têm um bom rendimento de permuta.

O permutador de placas consiste em várias placas rectangulares, montadas num quadro


com juntas. As lacunas entre as placas estão ligadas de modo que a substância por arrefecer 
corra ao lado da substância que fornece calor. As placas podem ser desmontadas facilmente
do quadro para uma purificação.

1.11.1.Torres de arrefecimento
 Nas grandes instalações químicas,
químicas, por exemplo, centrais, construídas perto dos rios, usa-se
 para o arrefecimento dos produtos, a água do rio. Este água, durante a utilização como
meio de arrefecimento absorve calor.

1.12.Reacções básicas da Química Técnica


1.12.Reacções
As reacções importantes e designadas de reacções básicas da química técnica são:

1. Re
Reac
acçõ
ções
es R
Red
edox
ox ssão
ão fund
fundam
amen
enta
tais
is nnaa ob
obte
tenç
nção
ão de
de meta
metais
is,, ácid
ácidos
os e pr
proc
oces
esso
so
de eletrólise.

 
 

2. Reacção de Decomposição – são fundamentais para os compostos


inorgânicoss e podem ser hemolíticas e heterolíticas.
inorgânico

3. Reacção de Polimerização ou Condensação – são priori


rittárias para a

obtenção de adubos e plásticos.


4. Re
Reac
acçõ
ções
es IIón
ónic
icas
as – ssão
ão iimp
mpor
orta
tant
ntes
es ppar
araa a prod
produç
ução
ão de
de sais
sais,, ácid
ácidos
os,, base
bases,
s,
etc.

5. Reac
Reacçõ
ções
es ddee Int
Inter
ercâ
câmb
mbio
io de Rad
Radic
icai
aiss – us
usa-
a-se
se ppar
araa o tr
trat
atam
amen
ento
to de águ
águas
as
residuais.

6. Reac
Reacçã
çãoo de Hi
Hidr
drog
ogen
enaç
ação
ão – se
serv
rvee pa
para
ra a prod
produç
ução
ão de
de algu
alguns
ns com
compo
post
stos
os
inorgânicos.

1.12.1.Sistematização
1.12.1.Sistematização das reacções
reacções fundamentais
As reacções fundamentais fazem parte das etapas de um processo químico-técnico. Estas
reacções realizam-se por transformação das substâncias nos reactores. Alguns conceitos
 básicos aplicados:
aplicados:

Massa de reacção   é a quantidade total de componentes que participa numa reacção


química,
química, num reac
reactor
tor.O
.O espaço
espaço ocup
ocupado
ado pela mass
massaa da reacção denomin
denomina-se
a-se espaço da
reacção.Caso, a massa reacção seja gasosa, o espaço será idêntico ao volume da reacção.

Algumas
Algumas grandezas
grandezas desempenham
desempenham um pape
papell impo
importante
rtante na investiga
investigação
ção técnica
técnica para
optimizar as reacções num reactor. O rendimento ( η) é o quociente da massa do produto
final e a quantidade do produto teoricamente possível. Outras grandezas são a carga, a
 potência e a capacidade
capacidadede
de um reactor
reactor..

Para uma sistematização das reacções fundamentais existem alguns critérios. O ponto
 principal na tecnologia química é a consideração das condições físico-químicas das
reacções. Para a realização de uma reacção química existem duas condições necessárias.

Energia de activação- para superar as retardações da reacção

Garantir certas condições para um decurso optimal da reacção

 
 

Segundo o modo de superar energia de activação, as reacções químicas classificam-se em:

Reac
Reacçõ
ções
es fu
fund
ndam
amen
enta
tais
is térm
térmica
icas,
s, electr
electroqu
oquími
ímicas
cas,, mecano-
mecano-quí
químic
micas,
as, fotoqu
fotoquími
ímicas
cas,,
bioquímicas e plasmaquímicas.

 Numa classificação mais ampla pode-se considerar a temperatura, a pressão e os


catalisadores como critérios. Com esta classificação é possível sistematizar da melhor 
forma os reactores.Para a realização racional da transformação é necessário escolher as
condições da reacção e métodos tecnológicos através dos quais:

 A reacção
reacção decorrera com a maior
maior velocidade possível até ao estado de equilíbrio;

O rendimento será máximo;

O gasto de energia será mínimo.

 No decorrer de uma reacção química (depois de algum tempo) forma-se um equilíbrio
dinâmico entre os reagentes e produtos. O conhecimento da constante de equilíbrio K é de
extrema importância devido a sua dependência com a temperatura. Pode-se calcular o
rendimento máximo com base no conhecimento de K e da composição dos reagentes.

 Normalmente, o rendimento da reacção é maior no estado de equilíbrio. Neste caso o


rendim
rendiment
entoo prá
prátic
ticoo não cor
corres
respon
ponde
de ao obt
obtido
ido teoric
teoricame
amente
nte,, o que signif
significa
ica que o
equilíbrio ainda não foi atingido. Por isso, a massa deve ficar mais tempo no reactor ou a
velocidade de reacção deve ser acelerada pelo catalisador
catalisador.. Se quiser aumentar o rendimento
máximo, deve-se alterar a temperatura, a pressão ou a concentração da massa da reacção. A
aplicação da lei da conservação da massa permite um rendimento máximo possível. Por 
isso, trabalha-se com excesso de reagente ou retira-se o produto do espaço de reacção. Tais
 processos aplicam-se para a realização de uma reacção, dependendo
dependendo do seu carácter
carácter.. Há
re
reac
acçõ
ções
es quím
químic
icas
as qu
quee deco
decorre
rrem
m es
espo
pont
ntan
anea
eame
mente
nte e ou
outra
trass qu
quee pr
prec
ecis
isam
am de al
alta
ta
temperatura ou pressão ou só decorrem na presença de um catalisador,
catalisador, etc.

1.12.2.Processos (reacções) químicos que decorrem espontaneamente.


  Muitas reacções químicas decorrem espontaneamente entre os reagentes, sem alteração

das condições externas e sem adição de meios auxiliares. Alguns exemplos são:
 A neutralização de ácidos e bases em solução aquosa;
 
 

 A oxidação e redução de varias substâncias;


 A adição, substituição, polimerização.

Estas reacções são realizadas em reactores simples, muitas vezes em caldeiras de agitação
ou tubos de reacção.

1.12.3.Processos (reacções) térmicos.


Todas as reacções que precisam de adição de energia térmicas são reacções térmicas. O
fornecimento de calor ocorre externamente ou a reacção química origina-o propriamente
(reacções exotérmicas).

Reacções térmicas típicas são calcinação e a cozedura, realizadas em fornos.

1.12.4.Processos (reacções) electroquímicos.


Os processos químicos fundamentais que decorrem sob fornecimento de energia eléctrica

classificam-se como reacçõeselectroquímicas.


reacçõeselectroquímicas. A passa
passagem
gem da corrente eléctrica está ligada
com a decomposição de electrólitos. Existem três grupos deste tipo de reacções:

 Electrólise de fusão em sistemas aquosos, por exemplo, a produção de cloro,


de NaHO, de H2, de perssulfatos, de cloratos, de permanganato se potássio, e de
certos metais na refinação (Al, Cu, Pb);
 Elec
Electr
tról
ólis
isee de fusã
fusão,
o, por
por exem
exempl
ploo a pr
prod
oduç
ução
ão de flúor
flúor,, Al
Alum
umín
ínio
io e
Manganês
 Os reactores especiais são células electrolíticas.

1.12.5.Processos (reacç
1.12.5.Processos ( reacções)
ões) catalíticos
Os processos nos quais a reacções decorre rapidamente na presença de um catalisador 
designam-se reacções catalíticas. As reacções na fase gasosa são alguns dos exemplos,
como são o caso da síntese de amoníaco, realizada no forno de contacto. A coluna é
também um reactor.

1.12.6.Processos bioquímicos
1.12.6.Processos
 Nestes processos,
processos, os microrganismos
microrganismos transformam os re
reagentes.
agentes. Aplicam-se entre os outros
outros
na produzo de alimentos e de produtos de farmacêuticos, por exemplo, o queijo, o Álcool
etílico, fermentos, antibióticos e vitaminas. As reacções bioquímicas decorrem lentamente,

de modo que se aplicam cal


caldei
deira
rass de agi
agitaç
tação
ão  co
como
mo reacto
reactores
res que trabal
trabalham
ham
descontinuamente.
 
 

As reacçõesmecâno-quimicas decorrem através da energia mecânica.

As reacçõesradioquímicas   bas
baseia
eiam-se
-se na io
ioni
nizzação de áto
tom
mos e mo
molé
léccula
las,
s,
 primeiramente por radiação.
radiação.

1.12.7.Aparelhos de reacção - reactores


Os reactores fazem parte de uma instalação química de produção onde se realizam as
reacções químicas.

Reactores Químicos – é considerado “coração” do processo, é a peça ou equipamento onde


ocorre a conversão da matéria-prima em produto final desejado.

Toma
omando
ndo em con
consid
sidera
eração
ção os co
const
nstran
rangim
giment
entos
os do mercad
mercado,
o, os cus
custos
tos de ca
capit
pital,
al,
condições de segurança, condições de operação e manutenção, a possibilidade de controlo
automático, as características do produto e controla de produção levantam-se as principais
questões que se colocam ao engenheiro químico do projectos de reactores que são:

 A configuração;

 Modo de operação dos reactores que originam produtos com maior lucro
 possível.

1.12.8.Condições de reacções necessárias num reactor.


Para garantir um bom rendimento e uma alta velocidade de reacção é necessário que se
faça um controle de produção. Durante o controle são analisados os seguintes factores:
Temperatura;  Pressão; Concentração; Tamanho da superfície; tempo de contactoe
contactoe grau
de mistura dos reagentes.

Muitas vezes, um catalisador é necessário para uma reacção favorável. As construções de


aparelho de reacção bem como a corrente das substâncias têm também grande influência
no reactor.

1.12.9.Grandezas de influência a reacção


Tempe
empera
ratu
tura;
ra; Press
Pressão
ão;; Conc
Concen
entra
traçã
ção;
o; Tempo
empo de co
cont
ntac
acto
to;; Su
Supe
perf
rfíci
ície;
e; Mistu
Mistura
ra;;
Catalisador; Corrente de substâncias.

 Temperatura de reacção
 
 

Cada reacção química está ligada à transformação de energia, forma-se calor (reacção
exoté
exotérmi
rmica
ca)) ou é con
consum
sumido
ido (reac
(reacçã
çãoo end
endoté
otérmic
rmica).
a). Por conseq
consequên
uência
cia,, os reacto
reactores
res
 precisam de instalações
instalações para aquecimento e arrefecimento.

 Condução de substâncias

Uma reacção química pode ser realizada em cargas e descargas, por exemplo numa
ca
cald
ldei
eira
ra de agit
agitaç
ação
ão – o proc
proces
esso
so se
será
rá descontínuo. Re
Reali
aliza
zarr um pro
proce
cesso
sso con
contín
tínuo
uo
significa
significa produzir
produzir  sem interrupção. Para as reacções longas aplica-se um procedimento
descontin
descontinuo,
uo, enqu
enquanto
anto que para as reac
reacções
ções que decorrem
decorrem rapid
rapidamen
amente
te aplica-se
aplica-se um
nto continuo.
 procedimento
 procedime

 Estado agregativo
agregativo

A construção do reactor é também determinada pelo estado agregativo dos reagentes. Os


gases precisam de outro tipo de reactor,
reactor, diferente do de líquidos ou sólidos.

1.13.Sistema de reacção

 Numa reacção participam pelo menos


menos dois reagentes. Num sistema de reacção homogénea,
homogénea,
as sub
substa
stanci
ncias
as tem o mes
mesmo
mo est
estado
ado agr
agrega
egativ
tivoo (gás/g
(gás/gás
ás).
). Num sistem
sistemaa de reacçã
reacçãoo
heterogénea os reagentes têm estados agregativos diferentes (gás/sólido)
( gás/sólido)

1.14.Classificação de reactores:
A classificação
classificação de reactores baseia-se principalmente nas condições de reacção:

- Reactores que trabalham descontinuamen


descontinuamente
te

- Reactores que trabalha continuamente

- Fornos de reacção superiores a 400 C

- Reactores de alta pressão

-Aparelhos electrolíticos (células electrolíticas).

 Reactores Tubulares;

 Reactores Contínuos com Agitação;


 
 

 ReactoresSemi-contínuo
ReactoresSemi-contínuo ou Semi-descontínu
Semi-descontínuo.
o.

1.14.1.Tipos de Reactores Homogéneos


Dada à diversidade dos tipos de reactores que se encontram na indústria é difícil agrupa-los
de forma sistemática. No entanto, é preciso uma análise classificativa com base no tipo de
operação e no número de fases evoluídas. Sendo assim surgem as seguintes classificações:

1.14.2.Classificação
1.14.2.Classificação dos Reactores de Acordo com o Modo de Produção
 Reactores descontínuos ou de partida;

 Reactores Contínuo

 ReactorSemi-descontínuo
ReactorSemi-descontínuo ou semi-contínuo.

a) Rea
eacctor De
Desc
sco
ontinuo ou
ou de Pa
Partida:

É simples, flexível e barato que o reactor contínuo. É constituído por um vaso onde é
colocada a mistura de reagentes e por um agitador com a finalidade de homogeneizar 
melhor possível a mistura de uma forma racional.

Entrada
Saida de substancia

------------
Centrifugacao

Figura 2- esquema de um reator de partida


b) Reactor Contínuo:

A transformação das substâncias é feita continuamente sem parar. É ainda constituído por 
um agitador e mais tanques ligados em operação contínua.

A sua construção é de controles automáticos, é ideal para o processamento industrial


quando as velocidades de reacção e de produção são bastante elevadas.
 
 

CA

  C A   C A   C A F
------------ 1 2

Figura 3- Reactor Contínuo:

a) Reactor Tubular  

É um reactor operando continuamente sem agitação e de configuração de um tubo. O


esco
escoam
amen
ento
to da mass
massaa de reag
reagen
ente
te tira
tira-s
-see nu
numa
ma di
dire
recç
cção
ão es
espe
peci
cial
al qu
quee nã
nãoo ex
exig
igee a
constância de concentração e as perdas das cargas são desprezíveis.

Usa-se geralmente em reacções de fases gasosas e em operações adiabáticas, onde a


velocidade é constante e a pressão vária.

------------ R. Tubular 

CSTR 

Figura 5- Reactor tubular 

b) React
eactor
orSe
Semi
mi-c
-con
ontí
tínu
nuo
o ou Sem
Semi-
i-D
Desco
escon
ntinu
tinuo
o

Processa-se a operação com características intermediárias, entre as descritas anteriormente.


Há variação da concentração, da massa dos reagentes num tempo, e simultaneamente há
adição de um reagente inerte ou há fuga de uma ou mais substâncias de modo contínuo ou
descontínuo.
 
 

Tabela 3- V
Vantagens
antagens e desvantagens de tipos de reactores

 Reactor Aplicação Vantagens Desvantagens


Prod
Produç
ução
ão em pequ
pequen
enaa Elev
levada conversão por  El
Elev
evad
ados
os cus
usto
toss de
escala; unidade de volume; operação;
Descontinuo Para produtos Flexibilidade de operação. Qualid
Qualidade
ade de pro
produt
dutoo
intermediários. Fácil limpeza mais
mais vari
variáv
ável
el qu
quee na
operação continua.
Pro
roddução
ção em grand
randee Elevada conversão por unidade Existência de
escala, de volume. gradientes
gradientes térmico
térmicoss
Uso de reacções de fase Baixo custo de operação; e conc
concen
entr
traç
ação
ão de
Tubular  gasosa e líquida Operação continua radicais
Ba
Baixo
ixo cont
contro
role
le de

temperatura
Paragens e limpeza
muito onerosas.
Pro
roddução
ção em grand
randee Fácil controlo da temperatura; Baixa
aixa con
convers
versão
ão
escala; Adaptação fácil a reacção com  por unidade de
Uso de reacção em fase duas fases; volume
Continuo líqu
líquid
ida,
a, gás
gás - líqu
líquido
ido,, Simplicidade de construção Pos
osssib
ibil
ilid
idad
adee de
com Sólido - líquido Baixo custo de operação; curt
curto-
o-ci
circ
rcui
uito
to no
agitação Fácil limpeza e operação caso de má
CSTR  continuam agitação.
 
 

Prod
Produç
ução
ão em pequ
pequen
enaa Elevada conversão por unidade El
Elev
evad
adoo cust
custoo de
Semi- escala de volume; operaç
operação
ão (mã
(mão-d
o-de-
e-
uo ou Uso
continuo
contin de reacções Boa selectividade, minimização obra)
Semi- competiti
itivas e gás - de reacções secundária Qualidade do

descontínuo líquido. Flexibilidade de operação  produto mais


variável que na
operação continua.

1.15. Baterias de Reactores


Um exemplo de bactérias de reactoressemi-contínuo existe na disposição em série de n
reactores idênticos em que um dos reagentes
r eagentes é continuamente removido.

Ex: No processo de esterificação e sulfonação.

CAT CA(N-1) CAN


-------- -----
  -----   -----
CB1 CB(N-1) CBN
VR VR VR   VR QN
Bacterias de reactores
reacto res semi-continuo
semi-continuo

A alimentação do 1º reactor é constituído por uma mistura de reagentes A e B onde o


reagente B está em excesso e é removido por destilação em todos os andares, a velocidade
(velocidade menor que a corrente de alimentação).
L (velocidade

1.15.1.Bactérias
1.15.1.Bactérias de Reactores
Reactores Contínuos
Consiste na disposição de três reactores CSTR dispostos em série. A alimentação é
introduzida no 1º reactor a um volume de 1 dm3, a razão de 500 cm3 por minuto de caudal
que se mantém constante.

1.15.2.Princípio de Projecto de Reactores


 Na realidade no
no processo industrial
industrial o que é fixado é o nível de prod
produtos
utos desejado
desejadoss e a gama
de temperatura em que a reacção é realizável. Então logo que os parâmetros forem traçados
a temperatura do reactor e o caudal da alimentação assim e a conversão final podem variar 
dentro de uma gama de valores.
 
 

Esta abordagem permite-nos concluir que o projecto pode ser sempre optimizado tendo em
vista esta gama de valores experimentais bem como a estabilidade da operação e os custos
que incluem investimento, certas operações utilizadas em conformidade com a matéria-
 prima, a mão-de-obra, imposto, seguros de manutenção
manutenção,, taxas de retorno, etc. Permitindo
que a escolha de associação de reactores seja feita por meio de simulação para caso
especifico.

1.15.3. Escolha de Tipo de Reactores por Simulação


A utilização dos computadores são um precioso auxilio na determinação de combinação
óptima do tipo de reactores e as condições operatórias. A escolha final do projecto de
reactores na prática industrial está relacionada com:

 O tempo de resistência das espécies necessárias puras quando atingir um determinado


grau de conversão;
 Volume e a área de arrefecimento envolvidos na operação;
 Análise económica.

Do ponto de vista tecnológico é muito fácil concluir que através de uma reacção simples da
1ª ordem dada pela relaçã
relaçãoo dos valores dos dois tipos de recatares
recatares contínuo
contínuo e tubular
tubular,, se
expressa pela equação seguinte:

(VR ).CSTR  x (1   x)



(VR )Tubular   1 
ln  
1   x    (1)

Onde: x = grau de conservação do reagente limite

É de salientar que o projecto de reactores envolve geralmente duas questões fundamentais:

1. Ob
Obte
tenç
nção
ão ddoo vol
volum
umee do
do re
reag
agen
ente
te ddep
epoi
oiss de
de fi
fixa
xado
do o te
temp
mpoo de op
oper
eraç
ação
ão e o
grau de conversão pretendido;

2. Conclusão de conversão fi
finnal se for fixada o volume do reactor e a
temperatura da operação.
 
 

1.16.Máquinass (Heigelein)
1.16.Máquina
É um dispositivo através do qual se transmite a força que é usada no trabalho técnico com a
qual uma parte da linha movimenta-se.

1.17. Classificação das máquinas


As máquinas podem ser classificadas em:

a)Máquinas de Força

 b)Máquinas de Energia
Energia

c)
c)Electromotores
Electromotores ou Tu
Turbinas
rbinas

d)Máquinas de Combustão ou termo eléctricas;

e)
e)Máquina
Máquina de Tra
Trabalho.
balho.

1.18.Aparelho
É um dis
dispos
positi
itivo
vo con
consti
stituí
tuído
do por várias
várias par
partes
tes em movime
movimento
nto interl
interliga
igados
dos entre
entre si.
Exemplo:

Evaporador ligado com filtro e colónias.

Aparelhagem

É uma combinação de vários aparelhos e máquinas para uma tarefa bem definida na
condu
conduçã
çãoo de sub
substâ
stânci
ncia,
a, transp
transport
ortee de en
ener
ergia
gia,, arruma
arrumaçõe
ções,
s, mediçõ
medições,
es, reg
regula
ulaçõe
ções,
s,
instalação de segurança na realização de uma tarefa. Exemplo: Uma fábrica de Produção de
açúcar.

Combinadas

São complexos de vários trabalhos concentrados que se usam para a transformação de


substâncias.
 
 

Os constituintes das combinadas só ligados uns aos outros através de tubos condutores de
substancias e energia e também são ligadas através de tubos eléctricos ou condutores,
aparelhos de medições e reguladores.
r eguladores.

Em suma uma combinada é, portanto, uma unidade de produção técnica.


A combinada e a aparelhagem não diferem muito, pois na combinada inclui todo um
sistema de produção, enquanto que a aparelhagem é uma ligação que existe entre os
sistemas (aparelho).
 
 

2. PRINCÍPIOS DE TRABALHO TECNOLÓGICO


2.1.Métodos e Princípio de Trabalho na Produção Industrial
2.1.1.Princípio
Segundo WITTLING, princípios de trabalho são sistematizados em função do objecto de
trabalho e métodos de trabalho como meios para alcançar os objectivos. Já que a matéria e
as fontes de energia são escassas e limitadas, a força de trabalho do homem é ilimitada, e o
nível de produtividade do trabalho deve ser aplicado, isto é, o processo Químico Técnico,
deve ser reforçado da seguinte maneira:

1) Máxim
Máximaa aplica
aplicação
ção de prin
princípi
cípios
os de cont
continuid
inuidade
ade de pro
process
cesso;
o;

2) Aumento ddee rendimento


rendimento das substâncias e boa acção de
de uso de energia;
energia;

3) Apl
Aplica
icação
ção míni
mínima
ma da ttécn
écnica
ica;;

4) Transf
ransformaç
ormação
ão das sub
substân
stâncias
cias co
com
m muita inte
intensida
nsidade;
de;

5) Produ
Produção
ção de
de prod
produtos
utos com boa
boa qu
qualid
alidade;
ade;

6) Domí
Domínio
nio do
doss processo
processoss Quí
Químico
micoss técn
técnicos
icos;;

7) Ópt
Óptima
ima ca
capa
pacid
cidade
ade de ddire
irecç
cção.
ão.

2.1.2.Tipos de Princípios de Trabalho


Os princípios de trabalho são:

 Princípio de Contra Corrente;

 Princípio Circular;

 Princípio de Turbilh
Turbilhão;
ão;

 Princípio Regenerativo.

 Princípio de Contra Corrente


Corrente

É um princípio químico - técnico em que diferentes substâncias entram num reactor, uma a
continuação da outra e em sentidos contrários introduzindo-se uma corrente de ar ou de
 
 

outra matéria-prima. Quando se introduz uma corrente contrária de substância, as energias


trocam-se optimamente, por exemplo na produção de ácido sulfúrico.

 Princípio Circular 
Circular 

É um processo em que uma parte da matéria-prima que não completou a reacção é


reintroduzida no aparelho até completa formação em produto. Exemplo na produção do
Amoníaco (NH3)

 Princípio de Turbilhão
Turbilhão

É um processo químico técnico em que uma substancia gasosa, é introduzida em jacto no


aparelho através de buracos e depois da ocorrência da reacção é mantida em suspensão.
Exemplo: Na produção do dióxido de enxofre a partir da pirita e a gaseificação de
Carbono.

 Princípio Regenerativo

Depois de expulsar os gases quentes do aparelho, estes são introduzidos nos regeneradores
e dai são conservados e que posteriormente são usados no pré-aquecimento dos reagentes
ou outros gases. O objectivo deste princípio é o usa racional de Energia. Por exemplo na
 produção de cimento.

2.1.3.Métodos de Trabalho no Processo da Produção


Os métodos de trabalho no processo de produção industrial são os seguintes:

 Método de trabalho contínuo

 Método de trabalho descontínuo

2.1.4.Método de Trabalho Contínuo


É um modo de trabalho no processo químico - técnico em que a substancia inicial é
introduzida no aparelho de reacção (reactor), a mistura e as reacções químicas, assim com
as condições das reacções não são interrompidas até a formação do produto durante um
determinado tempo. O aparelho fica em constante funcionamento porque a massa dos
re
reag
agen
ente
tess é cons
consta
tant
nte,
e, a mass
massaa da mist
mistur
uraa é ta
tamb
mbém
ém co
cons
nsta
tant
nte,
e, is
isto
to impl
implic
icaa qu
quee a
 
 

temperatura, pressão, e a concentração são também constantes, durante o processo de


 produção. Exemplo:
Exemplo: Produção ddee carbeto de cá
cálcio,
lcio, amoníaco e ácido sulfúrico.

2.1.4.Método de Trabalho Descontínuo

É um modo de trabalho em que se realiza o encaixamento da matéria-prima num reactor,


 processando-se
 processando-se a reacção química até ao fim e retira-se o produto da reacção, depois volta-
se de novo a introduzir-se este produto noutro reactor para a formação de novo produto.
Este processo realiza-se um a continuação do outro com repetidos ritmos de trabalho:
Exemplo na produção de aço.

 Neste modo, o aparelho é carrega com uma carga limitada do material. O processo é
iniciado e interrompido depois de certo tempo. Durante este tempo, altera-se a temperatura,
a concentração, a pressão e velocidade da reacção (num reactor). A desvantagem deste
 processo baseia-se no carregamento e descarregame
descarregamento,
nto, já que para tal perde-se algum
tempo. Reacções muito lentas exigem, muitas vezes, um modo de trabalho descontínuo.

Se uma empresa for obrigada a fornecer certo sortimento de alto valor em pequenas
quantidades, as suas instalações devem ser montadas de uma forma variada (produção de
 produtos farmacêuticos, corantes etc). Nestes casos, seria vantajoso produzir 
descontinuamente. O pressuposto do modo continua de que os produtos iniciais e finais
devem ser tratados nem sempre ‘e garantido. Isto pode ser causado por problemas de
tratamento, por exemplo, os sólidos conglobados.

2.1.6.Vantagens de modo de trabalho contínuo


As perdas dessas substâncias e de energia são reduzidas em comparação com o modo de
trab
trabal
alho
ho desc
descon
ontí
tínu
nuo,
o, onde
onde resu
result
ltam
am perd
perdas
as na
nass fa
fase
sess de en
ench
chim
imen
ento
to,, de
desc
scar
arga
ga,,
aquecimento e arrefecimento. O aproveitamento de aparelhos é mais eficaz,isto é os
aparelhos não param. O modo de trabalho contínuo garante alta corrente de massa ou de
volume pelo aparelho e dispêndio mínimo de mão-de-obra. Assim, a produtividade será
mais alta. O processo de produção é facilmente controlável com a ajuda dos instrumentos
de medição e regulação, devido à existência de um estado estacionário.

Um fun
funcio
ciona
namen
mento
to con
contín
tínuo
uo con
contro
trolad
ladoo gar
garant
antee uma qua
qualid
lidad
adee igual
igual e de
defin
finida
ida de
 produtos. No entanto, os erros que podem ser cometidos são de grande peso, enquanto que
no processo descontinuo cada carga é quase um novo início e os erros não se repetem.
 
 

Resumindo, é evidente que o modo de trabalho contínuo leva certas vantagens em relação
ao descontínuo, apesar de que em certos casos, na indústria há necessidade de se utilizar o
modo descontinuo.

2.1.6.Ligaçãoo em bateria e em cascata


2.1.6.Ligaçã
2.1.6.1.Ligação
2.1.6.1.Ligação em bateria
Uma ligação em bateria é também designada ligação em paralelo. Nela, ligam-se dois ou
mais aparelhos iguais em paralelo, contínuos ou descontínuos, para a realização de um
 processo tecnológico.
tecnológico.

2.1.6.2.Causas
2.1.6.2.Causas para ligação em bateria
Algumas instalações técnicas sensíveis a interferências são duplamente instaladas, para não
interromper a produção completa devido ao défice de um aparelho. O uso de vários
aparelhos menores, em vez de um maior poderia ser proveitoso e necessário. Ex o efeito de
separação em melhor em dois ciclones pequenos do que num grande. Muitas vezes
resultam problemas no acoplamento de aparelhos contínuos e descontínuos. Pode-se juntar 
alguns aparelhos descontínuos, por exemplo autoclaves, caldeiras fornos de câmaras e
filtro - prensas numa bateria. Assim, pode-se superar tempos que se perdem em cada
aparelho. Também
Também se ligam em bateria as instalações de armazenagem que usam tapetes de
transporte (correias)

2.1.6.3.Ligação
2.1.6.3.Ligação em cascatas

A ligação em cascata designa-se também ligação em série. As reacções ou operações


fundamentais por realizar são distribuídas aos aparelhos de modo que o produto final da
 primeira seja p produto inicial da próxima. Por consequên
consequência,
cia, altera-se gradualmente a
concentração
concentração e o grau de tratamento do produto.

2.1.6.4.As causas da ligação em cascata são:


Se uma única passagem do material, a eficácia substancial ou energética não for suficiente,
o processo deve ser repetido. Exemplo: operações fundamentais, tais como extracção,
evaporação, absorção e flutuação, numa cascata.Nas reacções fundamentais que se precisa

muito tempo e nas e nas quais o calor exerce um papel preponderante, pode-se distribuir a
transformação de substâncias em mais reactores.
 
 

2.1.7.Circulações
As características do princípio de circulação são as seguintes

 As condutas, meios de transporte e aparelhos formam um percurso fechado entre eles;


 A existência de pelo menos uma entrada
 Existência de pelo menos uma saída
 A existência de resistências para fluxo da matéria (aparelhos, maquinas);
 A existência de instalações (meios) para superar estes obstáculos (bombas, fontes de
energia)

Todas as características mencionadas não existem em outras transformações normais.


Distin
Distingue
guem-se
m-se as cir
circul
culaç
ações
ões nat
natura
urais
is (ci
(circu
rculaç
lação
ão de água,
água, sangue
sangue)) das circul
circulaç
ações
ões
força
forçadas
das consci
conscient
enteme
emente
nte rea
realiz
lizada
adass por tecnól
tecnólogo
ogos.
s. Estas
Estas cir
circu
culaç
lações
ões pod
podem
em se
serr de
substâncias ou energia.

2.1.8.Circulação de substâncias
2.1.8.Circulação
O ponto de partida de circulação de substâncias é a reacção fundamental. A substância em
circulação é usada mais vezes. A circulação é também usada na extracção líquida/líquido
dos compostos aromáticos da gasolina na reformação

2.1.8.Camada a granel, camada de remoinho e nuvem de pó movediço


Estes conceitos caracterizam três sistemas físicos heterogéneos. Estas camadas podem ser 
formadas, se fizer passar uma camada sólida (carga granulada ou em pó) por um meio
fluido gasoso ou líquido, verticalmente de baixo para cima, com uma velocidade da
corrente diferente. Em outras palavras, uma camada sólida sofre o efeito da passagem de
um gás ou líquido com velocidade diferente. Isto significa que, com uma velocidade menor 
da corrente, a camada fica na sua posição (camada a granel), enquanto que com velocidade
crescente deste meio, a camada começa a movimentar-se, entra em turbilhão. Num certo
momento (ponto de remoinho), aumenta-se o volume entre as partículas sólidas. Os sólidos
afastam-se um do outro, giram, e tornam-se móveis. A camada sólida ocupa um estado
quase líquido. Esta camada designa-se camada de remoinho. Com um aumento contínuo da
velocidade da corrente do meio fluido, atinge-se um ponto, no qual os sólidos são
arrastados pelo meio e saem da camada, do espaço de reacção. A camada de remoinho
muda para uma nuvem de pó movediço. Este último estado aplica-se para o transporte de
sólidos com ajuda e meios fluidos (ar, água) numa empresa.
 
 

Os fenómenos deste modelo, existem três fases neste sistema. Nestas fases podem-se
realizar reacções ou operações. A camada de remoinho tem algumas vantagens em relação
à camada a granel, que são:


As partículas sólidas afastam-se umas das outras, garantindo que cada partícula seja
mergulhada pelo gás ou líquido. Com isto, a superfície útil dos sólidos é muito maior e
as reacções e as reacções decorrem rapidamente, influído uma melhor transformação de
calor entre os reagentes e entre o sólido e a parede do aparelho.
 As partículas sólidas estão em turbilhão. Por conseguinte, existe na camada uma
temp
temper
erat
atur
uraa rele
releva
vant
ntee igua
iguall e não
não exis
existe
tem
m so
sobr
bree aq
aque
ueci
cime
ment
ntos
os lo
loca
cais
is,, qu
quee sã
sãoo
 prejudiciais.
 A turbulência permite uma mistura profunda dos granulados.
 O estado da camada, semelhante de um líquido, possibilita um tratamento adequado.

As desvantagens são as seguintes:


 Devido à turbulência dos sólidos, existe certa fricção. Resultam prejuízos de pó fino e,
às vezes, de catalisadores dispendiosos, que afectam o rendimento económico. Neste
caso deve se usar um ciclone.
  Na aplicação
aplicação da camada de remoinho, não se pode realizar uma
uma contracorrente. Por esta
esta
causa, juntam-se mais camadas de remoinho numa cascata.

3.INDÚSTRIA QUÍMICA
3.1.Causas da Prosperidade da Indústria Química

Função económica
 Aplicação crescente dos produtos químicos nos ramos de fabricação

 Descida dos custos e do tempo de produção

 Problema de alimentação causado pelo crescimento da população no mundo

 Produção de meios para aumentar os rendimentos na agricultura.

3.2.Matéria-Prima Básica
 
 

São riquezas do subsolo, do solo, marítimas, aéreas de um país usadas ao serviço do


homem, para servirem as indústrias. De acordo com a proveniência a matéria classifica-se
em:

1. Produ
Produtos
tos Minerais
Minerais – engl
englobam
obam o pet
petróleo
róleo,, o gás natura
natural,l, carvão
carvão mineral,
mineral, sais, pedras,
pedras,
etc.
2. Produ
Produtos
tos Agríco
Agrícolas
las – são as plantas
plantas e árvores cult
cultiváve
iváveis,
is, assim como
como vegetais;
vegetais;
3. Produ
Produtos
tos Pecuário
Pecuárioss e Pesqu
Pesqueiros
eiros – ani
animais
mais do
domésti
mésticos
cos selvage
selvagensns e peixe;
peixe;
4. Produ
Produtos
tos secundár
secundários
ios – sucatas
sucatas,, papel velho
velho,, garrafas
garrafas,, vidro, plásticos
plásticos furados,
furados, ossos,
ossos,
etc.
5. Produ
Produtos
tos Pré-fab
Pré-fabrica
ricados
dos – plásticos
plásticos PVC, linha
linha,, etc.
etc.
6. Pro
Produt
dutos
os Atm
Atmosf
osféri
éricos
cos – Ar;
7. Pr
Prod
odut
utos
os H
Híd
ídri
rico
coss – ág
água
ua..

2.3.2.Substâncias
2.3.2.Substâncias Auxiliares Para a Produçã
Produçãoo Química
São normalmente substâncias auxiliares: a água, o ar, os solventes orgânicos e inorgânicos,
catalisadoress e a energia.
catalisadore

 Ar – serve para o aquecimento para combustão, como corrente nos altos-fornos, serve
também para arrefecer, dissolvente no processo de Linder;

 Água – serve como solvente, aquecimento e arrefecimento, sedimentação, limpeza,


emulsionante, meio de flotação, para filtração, etc.

3.2.2.Indústria
3.2.2.Indústria Química e Meio Ambiente
De acordo com a tendência actual do nível do consumo e a necessidade de um aumento de
 produção para satisfazer as actividades da actual demanda implica maior expansão da rede
industrial e respectiva automatização assim como, um o aumento da exploração da matéria-
 prima, criam condições de um desgaste ambiental, por exemplo, quando a indústria
química lança anualmente 4,6% de dióxido de enxofre (SO2), 2,9% de gases nitrosos e a
nível mundial lança-se 3% de substâncias nocivas para o meio ambiente, sendo assim, a
indústria química é a indústria de desenvolvimento e também é a indústria de destruição
ambiental, entretanto sabe-se que sem a indústria química não há desenvolvimento. Fase
este contraste surge o conceito de quimização.
 
 

Quimização é o processo de industrialização e protecção do meio ambiente , visto que a


quimiz
quimizaçã
açãoo bas
baseia
eia-se
-se na pro
produç
dução
ão e comerc
comercial
ializa
izaçã
çãoo do
doss produt
produtos
os obedec
obedecend
endoo aos
seguintes critérios:


Ordena
Orde narr as su
subs
bstâ
tânc
ncia
iass noci
nociva
vas,
s, e a fo
form
rmaa de di
dimi
minu
nuir
ir a pr
prod
oduç
ução
ão
quantitativa;

 Produção de produtos que neutralizam os produtos nocivos;

 Dialogo entre a indústria química com a sociedade (opinião publica)

 Implementação do processo de reciclagem.

Assim a indústria será a principal salvadora do próprio meio ambiente através de novos
conceitos como o caos de “processo técnico-científico” o que significa que a partir de um
 processo de conhecimento de produção e produtividade aplicando as leis em beneficio do
 próprio trabalho do homem.

3.3.Indústria Química, Transporte e Comunicação.


 Na transformação das substâncias em produtos, é necessária a garantia de energia, isto é,
devem-se garantir fontes energéticas. Entre estas fontes energéticas, as mais importantes
são: carvão mineral, lenhite, coque, hidrocarbonetos, termos eléctricos e hidroeléctricas
(também as centrais nucleares).

A energia eléctrica toma um lugar especial nas fontes energéticas porque ela é cómoda em
qualquer forca de trabalho e é transformável para qualquer zona e é transformável para
qualquer tipo de energia. O ar e a água, como substâncias auxiliares podem ser utilizados
também como fonte de energia. Em relação aos transportes e comunicação são facilitadores
de todo o processo de trabalho desde o transporte da matéria-prima e o produto acabado e a
facilitação da sua venda.
 
 

4.TRATAMENTO DE CARVÃO, PETRÓLEO BRUTO E GÁS NATURAL

4.1.Carvão mineral

O carvão mineral é a segunda fonte de energia mais utilizada do mundo, depois do


 petróleo, sendo
 petróleo,  sendo responsável por 23,3% da energia consumida no mundo em 2003 e, no
Brasil,, por 6,6%.O carvão mineral é um combustível fóssil muito antigo, formado há cerca
Brasil
de 400 milhões de anos. Passou a ter grande importância para a economia mundial a partir 
da Primeira Revolução Industrial,
Industrial, ocorrida na Inglaterra
Inglaterra (século
 (século 19), quando a máquina a
vapor passou a ser utilizada na produção manufactureira.
manufactureira.

4.1.1.Formação do carvão mineral


O carvão mineral é uma rocha sedimentar combustível, formada a partir do soterramento,
compactação e elevação de temperatura em depósitos orgânicos de vegetais (celulose) sob
altas pressões e na ausência de oxigénio. Com o passar do tempo, sucessivamente, a
matéria orgânica se transforma em turfa, linhito, hulha e antracito. A principal diferença
entre eles é a percentagem de carbono: a madeira possui cerca de 40% de carbono, a turfa
55%, o linhito 70%, a hulha 80% e o antracito de 90 a 96%.

O quadro abaixo mostra como ocorre a evolução da composição elementar, desde vegetais
até o termo mais evoluído do carvão mineral que é o antracito, quase carbono puro:

Tabela 4- composição de tipos de carvão


 
 

Composição
Tipo % O2 % H2 %C
Celulose 49.4 6.2 44.4
Turfa 40.0 6.0 54 a 60
Linhito 25.0 5.0 65 a 75
Hulha 15.0 4.5 75 a 85
Antracito 3.0 2.0 95.0
4.1.2.Produção Mundial
O carvão não compete com as demais fontes de energia, só para ganhar o título de solução
 para a crise energética, porem se de repente todas as fontes de energia faltassem, o carvão
sozi
sozinh
nhoo dari
dariaa para
para as
asse
segu
gura
rarr 15
1500 anos
anos de co
cons
nsum
umo,
o, is
isso
so pe
pelo
loss méto
método
doss at
atéé en
entã
tãoo
conhecidos.

Até o ano 2050, com modesto crescimento no consumo, ainda existirão reservas de
 petróleo, isso se não surgirem novas áreas, porém se não surgirem outras soluções será o

carvão o combustível fóssil disponível.


O carvão será, sem dúvida, a última esperança, porem os técnicos deverão tomar decisões
importantes, de como utilizar racionalmente, em relação ao desenvolvimento de cada país,
considerando meio ambiente e saúde do trabalhador na indústria carbonífera, onde o
ho
home
mem
m aos
aos 50 anos
anos,, est
stáá com
com os pu
pulm
lmõe
õess fo
forr
rrad
ados
os de ca
carb
rbon
onoo (c
(car
arvã
vão)
o) pe
pela
la
Pneu
Pneumo
moco
coni
nios
ose,
e, se
sem
m ânim
ânimoo e se
sem
m forç
forçaa para
para tr
trab
abal
alha
harr, o qu
quee si
sign
gnif
ific
ica,
a, fa
falt
ltaa de
equipamentos e métodos de protecção.

4.1.3.Equipamento
4.1.3.Equipamento de Processamento Mineral

Moinho de Bolas de Poupança de Energia. Esse moinho de bolas de poupança de energia é


uma peça essencial de equipamento para processamento de minerais utilizados para nova
moagem de materiais. O corpo e o chassis desta máquina são integradas para manuseio
fácil. Os rolamentos principais adoptam centro par organiza
organizador
dor ajustando.

Secador : Os secadores são projetados para a secagem de materiais na linha de produção e


 preparação. É um equipamen
equipamento
to fundamental para a operação de secagem de material após o
 processo molhado. Possui vantagem de alta produção, baixo consumo de energia, fácil
operação e manutenção simples, secadores rotativos da Xuanshi são amplamente utilizados
em muitas indústrias, tais como o processamento de minérios, materiais de construção,
metalurgia,, química, e assim por diante.
metalurgia
 
 

Máquina de Flotação A máquina de flotação é equipada com um dispositivo de mistura e


um ventilador especial no exterior. O dispositivo mecânico de mistura é utilizado para
mistura mineral chorume e para distribuir o fluxo de ar, enquanto que o ventilador é usado
 para sugar o ar. Má
Máquina
quina de flotaçã
flotação.
o.

Separador
Separador Magn
Magnético
ético   O se
sepa
para
rado
dorr magnét
gnétic
icoo é uma
uma pe
peçça de equ
quip
ipaament
ntoo de
 processamento
 processamento de minerais utilizados para a recuperaçã
recuperaçãoo de materiais ferromagnéticos. É
adequado para o processamento, materiais magnéticos debilmente, como a magnetita,
materiais pirrotita, ilmenita e outros. Nos últimos anos, ele também pode ser utilizado na
remoção.

O processamento de minérios envolve muitos tipos de equipamentos, como a poupança de


energia moinho de bolas, secador, máquina de flotação e separação magnética etc. Com o
desenvolvimento da tecnologia, maior número de pessoas estáconsciente da protecção do
ambie
ambiente
nte,, a dem
demand
andaa de alta
alta efi
eficiê
ciênci
nciaa e ec
econo
onomia
mia de energ
energia
ia de eq
equip
uipame
amento
ntoss de
 processamento
 processamento de minerais é crescente. Para preencher esta necessidade,
necessidade,
Xuans
XuanshiM
hiMac
achin
hinery
ery (um fab
fabric
ricant
antee de renome
renome de equipa
equipamen
mentos
tos de proce
processa
ssamen
mento
to de
minerais), oferece aos seus clientes economia de energia superior moinhos de bolas,
máquinas de flotação e separadores magnéticos, a preços competitivos. Com vantagem de
qualidade, confiabilidade e desempenho estável e operação fácil.

Os moinhos de bolas de economia de energia são adequados para afiar minérios diversos e
outros
outros mater
materiai
iais,
s, e são amplam
amplament
entee uti
utiliz
lizado
adoss em mui
muitas
tas áre
áreas,
as, tai
taiss como
como ciment
cimento,
o,
 produtos de silicato, materiais de construção, materiais à prova de fogo, fertilizantes, e
assim por diante. Nossos secadores são utilizados principalmente para a secagem de
mater
materiai
iaiss na lin
linha
ha de produç
produção
ão,, pre
prepar
paraçã
ação.
o. É amp
amplam
lament
entee utiliz
utilizado
ado na metalu
metalurg
rgia,
ia,
 produtos químicos, minerais e outras indústrias. Separador magnético incluem separadores
magn
magnét
étic
icos
os seco
secoss e mo
molh
lhad
ados
os.. No
Noss
ssos
os se
sepa
para
rado
dore
ress magn
magnét
étic
icos
os sã
sãoo us
usad
ados
os pa
para
ra
 processamento
 processamento etc magnetita, pirrotita e ilmenita, e também podem ser utilizado na
remoç
remoção
ão dos min
minera
erais
is ma
magné
gnétic
ticos
os do carvão
carvão,, min
minera
erais
is nã
não-m
o-metá
etálic
licos,
os, ma
mater
teriai
iaiss de
construção e muito mais.

O processo de coqueificação é classificado como processo químico, uma vez que envolve
quebra de moléculas, e envolve seis etapas distintas: Perda de umidade, desvolatização,
fluidez, inchamento, resolidificação e devolatilização.
 
 

-Perda de umidade: este processo ocorre a temperaturas da casa do 100ºC e 120ºC é


ca
cara
ract
cter
eriz
izad
adoo pela
pela liber
liberaç
ação
ão da umid
umidad
adee pres
presen
ente
te no ca
carv
rvão
ão mine
minera
rall (in natura
natura);
);
-Desv
Desvolati
olatizaçã
zaçãoo primá
primária:
ria:  se cara
caract
cter
eriz
izaa co
como
mo o pr
prim
imei
eiro
ro es
está
tági
gioo ef
efec
ecti
tivo
vo da
coqueificação. Ocorre em temperaturas da ordem de 350ºC a 550ºC, e apresenta como
decorrência libertação de hidrocarbo
rbonetos (HC´s) pesados e alcatrão;
-Fluidez: processo actuante entre 450ºC e 600ºC. Neste, o material (carvão mineral com
ausência de alcatrão e HC´s pesados) se torna fluido, pastoso, devido, principalmente, ao
rompimento das pontes de oxigénio presentes em sua estrutu
turra química;
-Inchamento: etapa paralela à de fluidez. Ocorre devido à difusão da pressão dos gases
 presentes na estrutura do carvão mineral. Neste processo a intensidade do inchamento será
função da velocidade de libertação dos gases na massa fluida. É fase de grande importância
na produção do carvão coque, uma vez que deve ser devidamente controlada a fim de
evitar danos aos equipamentos da coqueria;
-Resolidificação: ocor
ocorre
re a te
temp
mper
erat
atur
uras
as próx
próxim
imas
as de 70
700º
0ºC.
C. Nest
Nestee pr
proc
oces
esso
so oc
ocor
orre
re
formação do “semi-coque”. Tal processo determina, em grande parte, a qualidade do
carvão coque a ser produzido, pois resolidificação sem formação de fissuras originará um
 produto de elevada
elevada resistência mecânica;

-Desvolatização secundária: última fase do processo de coqueificação. Ocorre entre 850ºC


e 1300ºC com eliminação, sobretudo, de hidrogénio.
Após os processos de coqueificação, ao ser desenfornado, o coque incandescente (1200ºC)

é descarregado, e seu apagamento e resfriamento é realizado por intermédio de jatos de


água. Após ser apagado e resfriado o carvão coque é britado e separado em diferentes
classes granulométricas.

4.1.4.Gaseificação de carvão mineral


4.1.4.Gaseificação
 O termo gaseificação é usado para descrever as reações termoquímicas de um combustível
sólido (carvão, biomassa) na presença de ar ou oxigénio (O2), em quantidades inferiores à
estequiométrica (mínimo teórico para a combustão) e vapor de água (H 2O vap), com a
finalidade de formar gases que podem ser usados como fonte de energia térmica e eléctrica,
 para síntese de produtos químicos e para a produção de combustíveis líquidos (Fischer-
(Fischer-
Tropsch).
 

 O principal produto da gaseificação apresenta-se como uma mistura de gases: monóxido


de carbono (CO), hidrogénio (H2), dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), traços de
enxo
enxofre
fre (S
(S),
), ou
outr
tros
os hi
hidr
droc
ocar
arbo
bone
neto
toss leve
levess im
impu
pure
reza
zas.
s. A co
comp
mpos
osiç
ição
ão fi
fina
nall do gá
gáss
 proveniente da gaseificação dependerá, entre outros aspectos, das condições de operação
como temperatura,
temperatura, pres
pressão,
são, temp
tempoo de resid
residênci
ência,
a, das caracterí
característica
sticass da matéria-pri
matéria-prima
ma
(matérias voláteis, carbono fixo, cinzas, enxofre, reactividade, etc.), do tipo de reactor e das
características dos agentes gaseificantes: ar ou oxigénio.

A Figura a baixo representa, de forma ilustrativa, um gaseificador, mostrando a entrada dos


reagentes e saída dos produtos/rejeitos.

Figura 5- gaseificador, mostrando a entrada dos reagentes e saída dos produtos/rejeitos.

Os principais componentes da mistura gasosa produzida pela gaseificação são o hidrogénio


(H2) e monóxido de carbono (CO). Com o uso de oxigénio e vapor de água, o gás produto,
com a ausência de NOx, é chamado de gás de síntese (syngas).

O fluxograma da Figura a baixo, apresenta o conceito da geração de energia eléctrica em


ciclo combinado (IGCC), com gás obtido através da gaseificação de combustíveis sólidos.
Esta tecnologia é a que apresenta os melhores rendimentos na geração termoeléctrica. O
 processo inicia com a gaseificação do combustível (carvão, biomassa e outros), obtendo
como produto o gás de combustível. Este gás, após sua limpeza, onde são rretidos
etidos materiais

 particulados, derivados de enxofre (em alguns casos) e outras impurezas, alimenta o ciclo
gás (turbinas a gás) gerando energia eléctrica. O gás de combustão, quente, em uma
 
 

caldeira de recuperação, produz vapor que alimenta uma turbina a vapor gerando mais
energia eléctrica, sendo que o conjunto de ciclo gás mais ciclo vapor apresentam elevado
rendimento.

Figura–5 Representação de uma planta de IGCC

Quando o gás produzido, através da gaseificação, é um gás de síntese (syngas), este


também pode ser utilizado para a produção de combustíveis líquidos como o Diesel,
gasolina, óleos lubrificantes de elevada qualidade produtos químicos (carboquímica) e
hidrogénio. Na Tabela 5 são apresentadas as reacções que ocorrem na gaseificação

Tabela 5 – Principais reacções envolvidas na gaseificação.


 
 

Tipo de reação Reactor Química


Combustão com oxigênio C + O2  → CO2
Gaseificação com oxigênio C + ½ O2  → CO
Gaseificação com vapor C + H2O → CO + H2

Gaseif
Gaseific
icaç
açãão com diódióxid
xido de carbo
rbonoC + CO2  → 2CO
(Reação de Boudouard)
Reação de Shift CO + H2O → CO2  + H2
Gaseificação com hidrogênio C + 2H
2H2  → CH4
Reação de Metanização CO + 3H2  → CH4 + H2O
 

Dependendo da quantidade de metano contida no gás produzido pela gaseificação, o seu


 poder calorífico, poderá ser de 4.000 a 5.500 kcal/Nm3. Após sua limpeza, esse gás será
apropriado para produção de produtos químicos (amónia), combustíveis líquidos sintéticos
(metanol), combustíveis gasosos (metano) ou para uso directo como fonte de energia. Um
gás combustível de baixo poder calorífico apresenta cerca de 1.300kcal/Nm3, de médio
 poder calorífico de 2.500 a 5.500kcal/Nm3
5.500kcal/Nm3 e um de alto poder calorífico aproximadamente
de 9.000kcal/Nm3, equivalente ao gás natural.

Dentre os diversos tipos de gaseificadore


ress destacam-se
-se os de leito fixo
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BedG
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rast
stad
adoo
(EntrainedFlowGasifier)
(EntrainedFlowGasifier) e sais fundidos.

  Leito Fixo – A denominação de “leito fixo” é devido à camada de carvão estar suportada

dentro do gaseificador por grelhas fixas e apresentando sua espessura mais ou menos
constante. Dentro deste leito, o carvão move-se vagarosamente, de cima para baixo,
 passando por várias zonas distintas, saindo finalmente um resíduo, as cinzas, pelo fundo.
Os agentes de gaseificação (vapor e ar, O2 e outros), circulam, geralmente, em contra
corrente, de baixo para cima, neste caso, temos o chamado fluxo em contra-corrente.

Leito Fluidizado  – A gaseificação em “leito fluidizado” requer uma alimentação de


oxigénio (ou ar) e vapor pressurizado por baixo da tela da câmara de combustão vertical,
sendo que o carvão é alimentado por cima, assim o oxigênio e o vapor mantém o carvão
moído em suspensão (fluidizado) em constante ebulição para controle da combustão. No
 processo em leito fluidizado a velocidade dos gases é aquela apenas necessária ao
 processamento
 processamento das reacções, ainda que não seja suficiente ao arraste das partículas, o qual
 
 

ocorre no leito fixo. Isto significa que as interacções entre fluidos e partículas dão-se com
maior intensidade e o processo de gaseificação é mais completo.

Leito Arrastado – Para este tipo de gaseificador as partículas de carvão precisam ser 

muito finas (carvão pulverizado) e são gaseificadas na presença de oxigénio (com muito
menos
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frequê
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fluxo
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carvõ
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pode ser 
gaseificadas neste tipo de equipamento devido a sua elevada temperatura de operação que
funde o carvão e as cinzas, além de proporcionar excelente separação das partículas de
carvão dentro do leito evitando aglomeração. Em contrapartida, a elevada temperatura
impõe um resfriamento dos gases de saída antes de sua limpeza devido a limitações
técnicas destes equipamentos actualmente.

A Tabela
Tabela 6 apresenta uma breve comparação entre as três configurações de gaseificadores
citadas acima. Já na Figura 3 observam-se exemp
exemplos
los dos gaseificadores discutidos.

A mais avançada tecnologia utilizando carvão para geração de electricidade de forma


limpa é chamada de Gaseificação integrada com ciclos combinados
(Integratedgasificationcombinedcycle – IGCC). Este tipo de processo apresenta maior 
eficiê
eficiênci
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carvã
rvãoo
 pulverizado. A IGCC
IGCC promove uma significativa redução na emissão de poluentes quando
comparado com tecnologias convencionais, reduzindo 33% do NOx, 75% do SOx, com
 praticamente ausência de emissão de particulados. Uma planta IGCC usa de 30 a 40%
menos água do que outras plantas de geração de energia convencional.

Tabela 6- Comparação entre os tipos de gaseificadores.

Regime de fluxo Leito Fixo ou móvel Leito Fluidizado Leito Arrastado


Comb
Co mbususto
torr po
porr le
leit
itooComb
Combusto
ustorr de carv
carvão
ão
Analogia a combustão Combustor poporr grade
fluidizado  pulverizado
Tipo de Combustível Somente sólido Somente sólido Sólidos ou Líquidos

Tamanho
combustível do5 – 50 mm 0,5 – 5 mm < 500 microns
Tempo de Residência 15 – 30 minutos 5 – 50 segundos 1 – 10 segundos
 
 

Quase sempre
Oxidante Ar ou oxigênio Ar ou oxigênio
oxigênio
Temp. do gás de saída 400 – 500 ºC 700 – 900 ºC 900 – 1400 ºC
Lurg
Lurgii dry-
dry-as
ashh (non
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IGT U-Gas, HTGE (Tex
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aco)
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Shell,
l,
Exemplos comerciais slagging),
 BGL (slagging). Winkler, KRW Prenflo, E-Gas, Noell
 Não recomendável
recomendável
Tempera
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Leito móvel éestá abaixo do ponto
elevada quantidade de
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não. aglomeração das
que promove a fusão
 partículas.
Comentários da escória.
Sugerido
Suge rido para carvão
carvão
Para o gaseificador emcom elevada Não recomendável
recomendável
leito móvel o fluxo é quantidade de cinzas e para combustíveis de
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 pulverização.o.
rejeitos em geral.

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Figura
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(b)) e leito
leito
arrastado(c).
 
 

4.1.5.Poluição
O carvão mineral é muito poluidor, pois apresenta substâncias chamadas de sulfetos (como
a pirita) que podem reagir quimicamente com o ar ou água (por causa da presença de
oxigénio), e forma substâncias como o ácido sulfúrico e sulfato ferroso que vão para o
subsolo e para o lençol freático (água subterrânea), contaminando solos, rios e lagos. A
queima do carvão também liberta substâncias que provocam poluição atmosférica, como
fuligem, chuvas ácidas,
ácidas, e ainda contribuem
contribuem para o efeito estufa. Actualmente, o princip
principal
al
uso da combustão directa do carvão é na geração de electricidade, por meio de usinas
termoeléctricas. Essa tecnologia está bem desenvolvida e é economicamente competitiva.
Os impa
impact
ctos
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carv
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nãoo só pe
pela
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emissõ
sões
es
atmosféricas, mas também pelo descarte de resíduos sólidos e poluição térmica, além dos
riscos inerentes à mineração.
Este tipo de usina ocupa grandes superfícies, ao redor de 4 km 2 por usina, excluindo-se
instalações de armazenamento e vias de acesso. A própria infra-estrutura dessas usinas,
como os corredores para os fios de alta tensão, chaminés, torres de resfriamento, trechos de
acesso e de eliminação de resíduos, apresenta altos riscos potenciais ao meio ambiente e
aos operários da usina.A melhoria do processo de combustão poderia reduzir as emissões
de monóxido de carbono e nitrogénio, a partir da dessulfurização dos gases de combustão
ou da utilização de carvão com baixo teor de enxofre. E também o calor residual da usina
 poderia ser aproveitado nas suas proximidades, para evitar perdas energéticas,
energéticas, como por 
exemplo: aquecimento de caldeiras, movimentação de motores, etc.

4.1.6.Liquefação do carvão
4.1.6.Liquefação
Quanto maior o teor de carbono, maior também é o poder energético. Por isso,, a turfa, que
em teores muito baixos e altas percentagens de umidade, nem sempre pode ser aproveitada
como combustível, e nesse caso serve para aumentar a composição de matéria orgânica dos
solos. Encontrada nos baixos e várzeas, ou em antigas lagoas atulhadas, a turfa caracteriza-
se pela presença abundante de restos ainda conservados de talos e raízes. Já o linhito, muito
mais compacto que a turfa, é empregado na siderurgia, como redutor, graças a sua
capacidade de ceder oxigênio para a combustão como matéria-prima na carboquímica.
Quando o linhito se apresenta brilhante e negro, recebe o nome de azeviche.

A hulha é composta de carbono, restos vegetais parcialmente conservados, elementos


voláteis, detritos minerais e água. É empregada tanto como combustível quanto como
 
 

redutor de óxidos de ferro e, graças a suas impurezas, na síntese de milhares de substâncias


de us
usoo indu
indust
stria
rial.
l. O antr
antrac
acit
ito,
o, últi
última
ma vari
varied
edad
adee de ca
carv
rvão
ão su
surg
rgid
idaa no pr
proc
oces
esso
so de
encarbonização, caracteriza-se pelo alto teor de carbono fixo, baixo teor de compostos
voláteis, cor negra brilhante, rigidez e dificuldade com que se queima, dada sua pobreza de
elementos inflamáveis. É usado como redutor em metalurgia, na fabricação de eléctrodos e
de grafita artificial. Uma de suas principais vantagens consiste em proporcionar chama
 pura, sem nenhuma
nenhuma fuligem.

O carvão mineral, em qualquer de suas fases, compõe-se de uma parte orgânica, formada
de macro moléculas de carbono e hidrogénio e pequenas proporções de oxigénio, enxofre e
nitrogénio. Essa é a parte útil, por ser fortemente combustível. A outra parte mineral,
contém os silicatos que constituem a cinza. As proporções desses elementos variam de
acordo com o grau de evolução do processo de encarbonização: quanto mais avançado,

mais alto o teor de carbono na parte orgânica e menor o teor de oxigénio. Em virtude dessa
estrutura complexa e variável, o carvão mineral apresenta diversos tipos. Seu emprego para
fins industriais obedece a uma classificação que toma como base a produção de matéria
volátil e a natureza do resíduo. Assim, há carvões que se destinam à produção de gás, de
vapor ou de coque, que é um carvão amorfo, resultante da calcinação do carvão mineral, e
de largo emprego na siderurgia.

Para combustão em caldeira, é preferível o carvão com pequenos teores de cinza e


quantidades moderadas de matéria volátil, condições que proporcionam bom rendimento
térmico. É preferível que apresente também o mínimo de enxofre e poder calorífico
elevado, já que o calor por ele gerado vai ser utilizado directamente ou transformado em
outras
outras for
forma
mass de en
ener
ergia
gia.. Para
Para a pro
produç
dução
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coque
que metalú
metalúrg
rgico
ico com pro
propri
pried
edade
adess
mecânicas para uso em altos fornos, o carvão mineral precisa apresentar propriedades
aglomerantes ainda maiores e teores mais baixos de enxofre e cinza. Na destilação do
carvão para produção de gás combustível ou coque metalúrgico, obtêm-se também águas
amoniacais,, das quais se extraem a amónia e o alcatrão.
amoniacais

4.1.7.HULHA
A hulha é um carvão mineral com 80% de carbono (abaixo de 80% ocorre o linhito  e,

acima, antracito). Os carvões minerais resultam da fossilização da madeira, ocorrida ao


longo de milhões de anos, provocada por pressão, temperatura e ausência de ar
ar.. A hulha foi
 
 

a mola propulsora da indústria do século passado, durante a chamada Revolução Industrial,


sendo substituída pelo petróleo no século XX.

4.1.8.Aplicaçãoo do Carvão Mineral e Carvão Coque


4.1.8.Aplicaçã
A principal aplicação do carvão mineral e do carvão coque é de servir como combustível,
 principalmente para actividades metalúrgicas e de geração de energia.
energia. Do carvão mineral
(in natura) também é possível extrair grande número de subprodutos, como alcatrão, do
qual se destilam o benzol ou o benzeno, xilol, toluol, e outros compostos orgânicos, além
desses, obtêm-se, secundariamente,
secundariamente, o ácido fénico ou fenol, a naftalina, e etc.

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