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Evarista Matias Nikutumbe

Felícia Isaquiel Raimundo


Lucas Mário Nimaliha
Pilal Ntheia
Zito Miguel Agi

Tipos de Escoamento de Fluidos Reais


Experiencia Clássica de Reinolls
(Licenciatura em Ensino de Física, 3º Ano)

Universidade Rovuma
Nampula
2023
Evarista Matias Nikutumbe
Felícia Isaquiel Raimundo
Lucas Mário Nimaliha
Pilal Ntheia
Zito Miguel Agi

Tipos de Escoamento de Fluidos Reais


Experiencia Clássica de Reinolls
(Licenciatura em Ensino de Física, 3º Ano)

Trabalho de caracter avaliativo a ser apresentado na


Faculdade de Ciências Naturais, Matemática e
Estatística, no Curso de Licenciatura em Ensino de
Física, na Cadeira de Mecanica dos Fluidos Aplicada,
lecionado pelo docente:
MSc. Fernando Murrula Oface

Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Índice

1. Introdução.............................................................................................................3

1.1. Objectivos do trabalho..........................................................................................4

1.1.1. Geral..................................................................................................................4

1.1.2. Específicos........................................................................................................4

2. Resumo Teórico....................................................................................................5

2.1. Tipos de escoamento de fluidos reais...................................................................5

3. Experimento de Reynolds.....................................................................................9

Conclusão......................................................................................................................15

Referências....................................................................................................................16
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1. Introdução

O presente trabalho tem como tema Tipos de Escoamento de Fluidos Reais e


Experiencia Clássica de Reinolls, A classificação dos escoamentos depende da velocidade e
está sujeita ao comportamento das moléculas de fluido que adotam um padrão de movimento
denominado estrutura interna. Em 1883, Osborne Reynolds publicou um estudo sobre a
estrutura de escoamentos que atualmente é conhecido como Experimento de Reynolds, que
consiste basicamente na injeção de um corante líquido na posição central de um escoamento
de água interno a um tubo circular de vidro transparente.
A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho é a pesquisa experimental,
enriquecida pela revisão literária.
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1.1. Objectivos do trabalho

1.1.1. Geral

 Conhecer os tipos de escoamentos e a experiencia de Reynolds

1.1.2. Específicos

São objectivos deste trabalho:


 Descrever os tipos de escoamentos dos fluidos reais.

 Conhecer cada um dos tipos de escoamento de fluidos reais e a experiencia de


Reynolds.

 Observar cada tipo de escoamento segundo o seu criterio.


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2. Resumo Teórico

2.1. Tipos de escoamento de fluidos reais

Os fluidos reiais podem variar segundo o seu criterio que sao:


i. Pressao → dentro dela econtramos os seguintes tipos de escoamento, livre e
forçado.

 Condutos forçados → seção plena, fechada, pressão maior que atmosférica,


gravidade ou bombeamento.
 Condutos livres → seção aberta ou fechada, mas pressão na superfície é
atmosférica, gravidade → rios, córregos, ribeirões, canais artificiais, galerias,
etc.
ii. Tempo → dentro dela encontramos os seguintes tipos de escoamento,
permanente e nao-permanente (transitorio).
Um campo de velocidade é dependente do espaço e do tempo, e os escoamentos
representados por um campo de velocidades apresentam também um
comportamento espaço-temporal. De acordo com a dependência temporal, os
escoamentos podem ser permanentes ou não permanentes (ROMA, 2003).

a) Escoamento estável, estacionário ou permanente: As características do fluido


(densidade, velocidade, pressão) para todos os pontos dele não variam com o
tempo, ou seja, são constantes no tempo. No movimento permanente, a vazão é
constante.
 Permanente → nao varia com o tempo ou seja nao depende do tempo para o
escoamento.
Q=cte.
 Uniforme – nao varia no espaço
V =cte.
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 Variado – gradualmete e bruscamente


b) Escoamentos não-permanentes: é aquele representado por um campo de
velocidades independentes da variável tempo, ou seja, todas as propriedades e grandezas
características do escoamento são constantes no tempo.
 nao-permanente (transitorio) → varia com o tempo ou seja depende do tempo
para o seu escoamento. Q ≠ cte
c) Escoamento transientes: são os escoamentos que possuem uma fase inicial,
escoamento permanente, e que em função de uma aceleração da velocidade assumem uma
nova situação também permanente. Ex: descarga de vasos sanitários – ao ser pressionada,
provoca inicialmente um movimento lento que acelera até a velocidade terminal.
d) Escoamento periódico: são os escoamentos que seguem a uma variação temporal
contínua em função do tempo. Ex: escoamento de gases de combustão eliminados pelos
motores à combustão interna que seguem um padrão senoidal.
iii. Espaço → dentro dela encontramos os seguintes subtipos: uniforme e variado
que por seguida do variado temos gradualmente e rapidamente.
e) Escoamento aleatório: os escoamentos ocorrem com uma variação aleatória da
velocidade em relação ao tempo. Ex: movimentos atmosféricos.
iv. Trajectoria → dentro dela temos os seguintes subtipos: Laminar,
Turbulento e Transiçao, que por consequencia destes temos:
Hidraulicamento Liso, Hidraulicamento Rugoso e Hidraulicamento misto.
 Escoamento Laminar: As partículas descrevem trajetórias paralelas.
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O corante não se mistura com o fluido, permanecendo na forma de um filete no centro


do tubo. O escoamento ocorre sem que haja uma mistura entre o escoamento e o filete.
O escoamento processa-se sem provocar mistura transversal entre escoamento e o
filete, observável de forma macroscópica;
Como “não há mistura”, o escoamento aparenta ocorrer como se lâminas de fluido
deslizassem umas sobre as outras;
 Escoamento Turbulento:
As trajetórias são errantes e cuja previsão é impossível. O filete de corante apresenta
uma mistura intensa com dissipação rápida no meio do fluido. Os movimentos no interior do
fluido são aleatórios e provocam um deslocamento de moléculas entre as diferentes camadas
do fluido.

O filete apresenta uma mistura transversal intensa, com dissipação rápida;


São perceptíveis movimentos aleatórios no interior da massa fluida que provocam o
deslocamento de moléculas entre as diferentes camadas do fluido (perceptíveis
macroscopicamente);
Há mistura intensa e movimentação desordenada;
 Escoamento de Transição:
Representa a passagem do escoamento laminar para o turbulento ou vice-versa. o filete
de corante apresenta alguma mistura com o escoamento, deixando de ser retilíneo e sofrendo
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ondulações. Neste caso, ocorre uma pequena variação na velocidade, é um estágio


intermediário entre o regime laminar e um regime caótico (turbulento).

O filete apresenta alguma mistura com o fluido, deixando de ser retilíneo sofrendo
ondulações;
Essa situação ocorre para uma pequena gama de velocidades e liga o regime laminar a outra
forma mais caótica de escoamento;
Foi considerado um estágio intermediário entre o regime laminar e o turbulento;
O regime de escoamento, seja ele laminar ou turbulento, depende das propriedades de
cada escoamento em particular. Por exemplo: para escoamentos em condutos cilíndricos
circulares, Reynolds determinou um valor que associa as grandezas diâmetro D, velocidade V
e viscosidade cinemática v para o qual o fluido passa do escoamento laminar para o
turbulento. Este valor é um parâmetro conhecido como número de Reynolds – Rey:

Para: Rey > 2000 – o regime é considerado laminar 2000<Rey< 4000 – o regime é
considerado de transição Rey > 4000 – o regime é considerado turbulento
O diâmetro mostrado na equação acima é considerado como dimensão característica
com unidade de comprimento, do escoamento em dutos, porém, outros tipos de escoamento
podem ter outras dimensões características do tipo comprimento, por exemplo, o escoamento
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sobre placas planas e, nesse caso, o parâmetro usado será o comprimento e assim o número de
Reynolds para a ser indicado como(AZEVEDO NETTO, 1998):

Denominam-se condutos sobpressão ou condutos forçados, as canalizações onde o


líquido escoa sob uma pressão superior à atmosférica.
As seções desses condutos são sempre fechadas e o líquido escoa enchendo-as
totalmente; são, em geral, de seção circular.

3. Experimento de Reynolds

O Engenheiro Civil Osborne Reynolds (1842 – 1912), em Manchester UK no ano de


1883, fez uma experiência para tentar caracterizar o regime de escoamento, que a princípio
ele imaginava depender da velocidade de escoamento.

Fig. Acima, Ilustração do aparato experimental (sem escala) Dimensões do tanque 6 ft


x 18 ft x 18 ft (1,83 m x 5,5 m x 5,5 m) Equipamentos principais: Tubo de vidro, convergente
cônico de madeira, tubo metálico, válvula para controle de vazão (com haste longa de
comando) e sistema de injeção de líquido colorido.
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Fonte: Manchester School of Engineer


(http://www.eng.man.ac.uk/historic/reynolds/oreyna.htm) Consiste na injeção de um corante
líquido na posição central de um escoamento de água interno a um tubo circular de vidro
transparente.
A experiência consistia em fazer o fluido escoar com diferentes velocidades, para que
se pudesse distinguir a velocidade de mudança de comportamento dos fluidos em escoamento
e caracterizar estes regimes. Para visualizar mudanças, era injetado na tubulação o corante
permanganato de potássio, utilizado como contraste.
O estabelecimento do regime de escoamento depende do valor de uma expressão sem
dimensões, denominado número de Reynolds (Re).

Na qual:
V = velocidade do fluido (m/s);
D = diâmetro da canalização (m);
v = viscosidade cinemática (m2/s).
O comportamento do filete de corante ao longo do escoamento no tubo define três
características distintas
Reynolds observou que o fenômeno estudado dependia das seguintesvariáveis:
ρ–massa específica do fluido;
v–velocidade média do escoamento;
D–diâmetro interno da tubulação;
µ –viscosidade do fluido.
Aplicando a análise dimensional, obteve o adimensional:

. velocidade resistencia

Re ≤2000:EscoamentoLaminar
2000 < Re <4000:EscoamentodeTransição
Re ≥ 4000:EscoamentoTurbulento
A experiência de Reynolds (1883) demonstrou a existência de dois tipos de
escoamentos, o escoamento laminar e o escoamento turbulento. O experimento teve como
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objetivo a visualização do padrão de escoamento de água através de um tubo de vidro, com o


auxílio de um fluido colorido (corante). Seja um reservatório com água como ilustrado na
Fig. abaixo. Um tubo de vidro, em cuja extremidade é adaptado um convergente, é mantido
dentro do reservatório e ligado a um sistema externo que contém uma válvula que tem a
função de regular a vazão. No eixo do tubo de vidro é injetado um líquido corante que
possibilitará a visualização do padrão de escoamento. Para garantir o estabelecimento do
regime permanente, o reservatório contendo água deve ter dimensões adequadas para que a
quantidade de água retirada durante o experimento não afete significativamente o nível do
mesmo, e ao abrir ou fechar a válvula (7), as observações devem ser realizadas após um
intervalo de tempo suficientemente grande. O ambiente também deve ter sua temperatura e
pressões controladas. Para pequenas vazões o líquido corante forma um filete contínuo
paralelo ao eixo do tubo (6). Vazões crescentes induzem oscilações que são amplificadas à
medida que o aumento vai ocorrendo, culminando no completo desaparecimento do filete, ou
seja, uma mistura completa no interior do tubo de vidro (6) do líquido corante, indicando uma
diluição total. É possível concluir que ocorrem dois tipos distintos de escoamentos separados
por uma transição. No primeiro caso, no qual é observável o filete colorido conclui-se que
as partículas viajam sem agitações transversais, mantendo-se em lâminas concêntricas entre as
quais não há troca macroscópica de partículas. No segundo caso, as partículas apresentam
velocidades transversais importantes, já que o filete desaparece pela diluição de suas
partículas no volume de água.

Aspecto do escoamento no tubo de vidro


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As principais características dos escoamentos são:

a) escoamento laminar: é definido como aquele no qual o fluido se move em camadas,


ou lâminas, uma camada escorregando sobre a adjacente havendo somente troca de
quantidade de movimento molecular. Qualquer tendência para instabilidade e turbulência é
amortecida por forças viscosas de cisalhamento que dificultam o movimento relativo entre as
camadas adjacentes do fluido.
b) Escoamento turbulento é aquele no qual as partículas apresentam movimento
caótico macroscópico, isto é, a velocidade apresenta componentes transversais ao movimento
geral do conjunto ao fluido. O escoamento turbulento apresenta também as seguintes
características importantes: Irregularidade Difusividade Altos números de Reynolds
Flutuações tridimensionais (vorticidade) Dissipação de energia
Contudo, o escoamento turbulento obedece aos mecanismos da mecânica dos meios
contínuos e o fenômeno da turbulência não é uma característica dos fluidos mas do
escoamento. A natureza de um escoamento, isto é, se laminar ou turbulento e sua posição
relativa numa escala de turbulência é indicada pelo número de Reynolds (Re). O número de
Reynolds é a relação entre as forças de inércia (Fi) e as forças viscosas (Fμ):

ℜ=
∑ Fi
∑ Fμ
Para dutos circulares de diâmetro D:
ρVD VD
ℜ= =
μ V
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A tensão de cisalhamento (para fluidos newtonianos) também é calculada de modo


diferente para os dois tipos de escoamento:
dV
Escoamento Laminar: τ =μ
dy
dV
Escoamento Turbulento : τTwb=(μ+ x) dy ou

No regime turbulento a troca de energia no interior do escoamento resulta em tensões


maiores. Esse movimento também dissipa energia por atrito viscoso. Como resultado dos dois
efeitos o fluido se comporta como se sua viscosidade fosse aumentada. Muitos e complexos
modelos tentam determinar o comportamento dos escoamentos turbulentos. A última equação
apresentada faz parte de um modelo simples para tratar de escoamentos turbulentos, seu nome
é modelo do comprimento de mistura de Prandtl, conhecido também como modelo de zero
equação. Outra forma de apresentação da equação para tensão de cisalhamento nos
escoamentos turbulentos usando modelo de zero equação é:

A viscosidade turbulenta vTurb, ao contrário da viscosidade absoluta não é uma


propriedade termodinâmica dos fluidos, que como já mencionado, pode ser determinada
conhecendo-se, para um estado termodinâmico a pressão e a temperatura (ou quaisquer outras
duas propriedades termodinâmicas independentes). A viscosidade turbulenta depende apenas
das condições do escoamento.

Regimes de escoamento → LAMINAR – Para Re < 2000 a 2500:o escoamento se dá


por filetes paralelos → “lâminas” → laminarou lamelar → as partículas descrevem
movimentos paralelos ao sentido do escoamento → mas a velocidade entre elas é diferente →
assim existe o atrito entre essas camadas → no contato entre o fluído e a parede do conduto a
velocidade é próxima a zero.

Reynolds aumenta → turbulência aumenta


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Regimes de escoamento → TURBULENTO – Para Re > 2000 a 2500:as partículas


não descrevem trajetórias regulares e retilíneas → ocorre turbulência → movimentos
transversais das partículas → além das forças viscosas (do caso laminar), existe atrito devido
aos movimentos transversaisque geram perdas maiores.
 Entre o movimento laminar e o turbulento existe uma zona de transiçãocujas
características são variáveis com a rugosidade das paredes (ε/D).
 Mesmo no regime turbulento, existe uma camada chamada filme laminarjunto às
paredes do conduto onde o escoamento é viscoso: • Se o “filme laminar” > ε → a
rugosidade não influina turbulência → não influino valor de f → Tubos Lisos.
 Se o “filme laminar” < ε → a rugosidade influi na turbulência → influino valor
de f → Tubos Rugosos
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Conclusão

Neste trabalho de pesquisa abordamos como sobre Tipos de Escoamento de Fluidos


Reais e Experiencia Clássica de Reinolls, A experiência de Reinolls consistia em fazer o
fluido escoar com diferentes velocidades, para que se pudesse distinguir a velocidade de
mudança de comportamento dos fluidos em escoamento e caracterizar estes regimes. Para
visualizar mudanças, era injetado na tubulação o corante permanganato de potássio, utilizado
como contraste.
O regime de escoamento, seja ele laminar ou turbulento, depende das propriedades de
cada escoamento em particular. Por exemplo: para escoamentos em condutos cilíndricos
circulares, Reynolds determinou um valor que associa as grandezas diâmetro D, velocidade V
e viscosidade cinemática v para o qual o fluido passa do escoamento laminar para o
turbulento. Este valor é um parâmetro conhecido como número de Reynolds – Rey.
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Referências

OKUNO, Emico et all. Física para ciências biológicas e biomédicas. SP: Harper &
Row do Brasil, (1982).
SEARS, Francis W. Física : Mecânica - calor - acústica. Tomo I RJ : Ao Livro
Técnico, (1956).
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. SP: Martins Fontes, 1991.
e Tecnologia Ambiental, (v. 19, n. 3, p. 25-35, 2015). Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/reget/article/ viewFile/17986/pdf. Acesso em: (12 dez.2018).
Bauer, W., Westfall, G. D., & Dias, H. (2013). Física para universitários [recurso
eletrônico]:óptica e física moderna. (M. A. Neto, & T. d. Ricci, Trads.) Porto Alegre:
AMGH. doi:ISBN 978-85-8055-203-4
Gonçalves Filho, A., & Toscano, C. (2016). Física: Interação e teconologia.
Fox, Robert; Pritchard, Philip; McDonald, Alan; lntrodução à Mecánica dos Fluidos,
sétima edição.

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