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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO

Propriedades físico-químicas de óleos e


derivados de Petróleo

Disciplina: Química do Petróleo


Professores: Rucilana Cabral
Edson de Andrade Araújo
Qualidade do Petróleo

QUAL A IMPORTÂNCIA DE
CARACTERIZAR AS PROPRIEDADES
FÍSICO – QUÍMICAS DE ÓLEOS E
DERIVADOS?

O óleo cru pode variar quanto à sua composição


química e ao seu aspecto (viscosidade e cor).

A s p r o p r i e d a d e s d e u m ó l e o c r u s ã o i m p o r t a n t e s p a ra a
a n á l i s e d a v i a b i l i d a d e d a p r o d u ç ã o d o s d e r i va d o s .

A definição do elenco de petróleos a serem utilizados em


uma planta de refino.

Permite ao refinador uma ideia da facilidade de


movimentação e processamento, assim como do potencial
produtivo dos óleos disponíveis.
Qualidade do Petróleo
Destinar o petróleo para as refinarias adequadas

Cada refinaria é projetada e construída de acordo com:

O tipo de petróleo a ser processado;

As necessidades pedidas pelo mercado;

Combustíveis e matérias-primas
petroquímicas;
Lubrificantes básicos e parafinas;

Estas propriedades permitem determinar os rendimentos e tipos de seus


derivados e suas características de escoamento e estocagem.
Qualidade do Petróleo

Apesar de apresentarem grande facilidade de cristalização à temperaturas


ambiente, o petróleo parafínico e parafínico-naftênico, são os de melhor
qualidade pois produzem derivados de melhor qualidade necessitando menor
grau de refino.

 Produzem derivados de melhor


Qualidade do Petróleo qualidade, alto teor de leves e
médios, baixo teor de enxofre e não
são ácidos;

 Necessitam menor grau de refino;

Petróleo Parafínico Parafínico-Naftênico


Qualidade do Petróleo
Especificação do Petróleo para a
entrada na Refinaria

 Segundo Portaria conjunta ANP-INMETRO N° 01 de 19 de junho de 2000


publicada no DOU de 20 de junho de 2000 a qual afirma que um óleo deve
ser estabilizado e apresentar determinadas características:

BSW = 1%

Salinidade = 250 mg/L


Propriedades Físico-Químicas
Massa Específica
É a relação entre a massa da matéria e o volume que
esta massa ocupa.

𝑚
𝜌=
𝑉
SI: Kg/m³
Sistema inglês: lb/ft³
Propriedades Físico-Químicas

Densidade Relativa
É definida como a relação entre a massa específica desse produto a uma dada
temperatura e a massa específica de um padrão a mesma temperatura.

Condição padrão: 60°F (15,56 °C); Para uma mistura:

𝜌𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎
𝑑𝑟 =
𝜌𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝜌𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜
𝑑𝑟 =
𝜌𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜
𝑥𝑖 𝜌𝑖
𝑑𝑟 =
𝜌𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜
Propriedades Físico-Químicas

Grau API
API Petróleo
É uma forma de expressar a densidade
<15 Asfáltico
do petróleo através de um índice
adimensional. 15-19 Extra-Pesado
19-27 Pesado
27-33 Médio

141,5 33-40 Leve


°𝐴𝑃𝐼 = − 131,5
𝑑𝑟 40-45 Extra-Leve
>45 Condensado

Quanto maior a densidade do petróleo, menor


será o seu grau API, ou mais pesado será o
petróleo.
Densidade
Métodos de determinação – (ASTM D4052 -18a)

Densímetro: usado para toda faixa de densidade de líquidos.

Consiste em um flutuador de vidro, Featured Point


1
com uma haste onde há uma Use of Company Database in
escala graduada em API ou Making the Right Policy

densidade relativa .

2 A leitura é feita na haste, no


ponto de tangência do densímetro
do líquido. D+
Digital imitation
prevention algorithm

É limitado a medir a densidade a um valor fixo


de temperatura.
Densidade - Métodos de determinação

Picnômetro
Aparelho de vidro especial ;
A determinação da densidade pelo
1 picnômetro consiste em pesar
determinado volume da amostra à
temperatura constante;

Pesa-se, em seguida, igual volume de um


padrão, por exemplo a água, nas mesmas
2 condições. A relação entre as massas
obtidas representa a densidade da
amostra.
Densidade - Métodos de determinação

Picnômetro
Aparelho de vidro especial ;

Pesa o picnômetro vazio ; 𝑚picnômetro

Pesa o picnômetro cheio de amostra;

𝑚1= 𝑚𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 + 𝑚picnômetro

Esvazia e lava-se o picnômetro;

Em seguida, com o picnômetro seco acrescenta-se água destilada e o pesa.

𝑚2= 𝑚𝐻2𝑂+ 𝑚picnômetro


Densidade - Métodos de determinação

Picnômetro
De posse de mpicnômetro, m1 e m2 a massa da
amostra que ocupa o volume V do picnômetro e a
massa de água que ocupa o mesmo volume V
podem ser finalmente determinadas por meio de
operações algébricas, e assim se pode obter a
densidade relativa (em relação à água) da
amostra aplicando-se:

𝑑amostra,H2O= 𝑚𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
𝑚𝐻2𝑂
Densidade - Métodos de determinação

Densímetro Digital
Usado para sólidos e líquidos;

Utiliza o método comparativo, assim como o


picnômetro;

A principal vantagem é a faixa de temperatura.


Densidade API de alguns petróleos
Viscosidade
É a medida da resistência de um fluido à
deformação causada pela aplicação de
uma força;.

Principais tipos
Absoluta (µ): definida como a medida da
resistência do fluido ao escoamento ou ainda
como força por unidade de área requerida para
manter o fluido em velocidade constante no
espaço considerado .

Tensão de cisalhamen to
𝜏
𝜇=
𝛾
Taxa de cisalhamen to
Viscosidade

Cinemática (v): é aquela medida por um sistema de


geometria que utiliza-se da gravidade para sua
obtenção de medida.

Viscosidade dinâmica
𝜇
𝑣=
𝜌
Massa Específica
Viscosidade
 Resumo do ensaio (viscosidade cinemática):

 Consiste em cronometrar o tempo necessário ao


escoamento da amostra por gravidade através
de um capilar de um volume conhecido, sob
controle preciso de temperatura e de desnível da
amostra no viscosímetro;

 A viscosidade é então calculada a partir do


tempo de escoamento e do fator de calibração
do viscosímetro.

 Quanto maior a viscosidade, menor a velocidade


em que o fluido se movimenta.

ASTM D455 e ASTM D


7042-14
Viscosidade

Fator de calibr a ç ã o do viscosímetr o


(Esse valor já é dado pelo fabric an te ) ;
Viscosidade
P rimeiro formado por u m
par de cilin dros
con cên tricos rotacion a is
coax ia is qu e medem a
viscosidad e absolu ta da
amostra .

S eg undo for mado por um s is tema de


oscilação na for ma de um tubo em
“U ” atr avés do qual é medida a
Viscosímet ro Stabin ger
dens idade da amos tr a.
SVM 300 (M arca An ton
P aar).
Viscosidade

Petróleos muitos viscosos irão


representar maior perda de carga
durante uma operação de
bombeamento, por exemplo,
requerendo maior potência das
bombas ou até mesmo o aquecimento
do produto,

Além das maiores dificuldades de produção, o óleo pesado tem


menor valor de mercado, se comparado a um óleo leve, porque
gera menos derivados nobres.
Tensão Superficial
As moléculas na superfície de um líquido estão sujeita às fortes forças de
atração das moléculas;

As moléculas da superfície do líquido sofrem apenas atração lateral e


inferior. Esta força para o lado e para baixo cria a tensão na superfície, que
faz a mesma comportar-se como uma película elástica.
Tensão Superficial
Tensoativos Estrutura orgânica de um
tensoativo

 Parte apolar – solúvel em


hidrocarbonetos, óleos e gorduras.

 Parte polar – solúvel em água.

 Diminuição da tensão superficial.


Tensão Superficial
Tensoativos
As principais características do uso de tensoativos estão relacionados à
formação de ambientes organizados, denominados de micelas.
Tensão Superficial

Resumo do ensaio:

 É colocado, primeiro, a solução


aquosa na cubeta;

 O anel é mergulhado na solução e o


equipamento é zerado;

 É feita a leitura da tensão interfacial


entre as duas fases com a passagem
do anel pela interface.
Ensaios de Volatilidade
Destilação
É definida como o potencial de uma substância de passar para o estado vapor.

 As substâncias mais voláteis de uma mistura são aquelas que no estado


puro tem a maior pressão de vapor (maior tendência de escapar do
líquido).

 Petróleo nas CNTP: gases, líquidos e sólidos.

 A separação do petróleo em constituintes é feita por destilação, através do


procedimento conhecido como ponto de ebulição verdadeiro (PEV).
Ensaios de Volatilidade
Destilação –PEV

Resumo do Ensaio:

É a separação dos constituintes de uma


amostra de petróleo por seus pontos de
ebulição verdadeiros (PEV). Trata-se de um
teste de bancada de laboratório em que
uma amostra de petróleo é submetida a
uma elevação gradual de temperatura, a fim
de se obterem pequenos volumes
fracionados.
Ensaios de Volatilidade
Destilação -PEV
Para cada fração que volatiliza e
condensa, se registram o volume
recuperado e a temperatura do vapor.

Em seguida, é gerada a curva de


destilação PEV, plotando-se os volumes
destilados no eixo x e as temperaturas
no topo da coluna de destilação no eixo
y.

O tipo de informação fornecido pela curva de destilação PEV é de


grande valia para o refinador, pois permite que ele avalie os cortes ou
as frações que determinado petróleo produzirá e se ele é adequado ao
seu esquema de refino implantado.
Ensaios de Volatilidade
Destilação Simulada

Cromatógrafo Gasoso SimDis da Perkin


Elmer;

Usado para calcular o ponto de ebulição


das amostras de petróleo.

ASTM D7169 – Pontos de Ebulição para petróleo cru e


resíduo cujo PEF (720°C) e PEI (-20°C);

Eluir pela coluna cromatográfica Cromatograma


pelos pontos de ebulição crescente.
Intemperismo

Definido como a temperatura na qual 95%


do produto estão vaporizados à pressão
atmosférica;

Aplicado para o GLP e retrata as condições


de vaporização a pressão e temperatura
atmosférica.

Serve como indicativo do teor de


hidrocarbonetos mais pesados que o
propano e butano – C5+ – presentes no
GLP.

Presença de pentanos torna insuficiente a


vaporização do GLP e é inadequada sua
queima, pela formação de fuligem.
Intemperismo
Resumo do ensaio:

 O produto é refrigerado por meio de


uma serpentina, coletando-se 100
mL de líquido no tubo de
evaporação.

 Deixa-se o líquido evaporar sob


condições especificas e observa-se a
temperatura quando 95% em
volume da amostra houverem sido
evaporadas.

Quanto maior o Maior a presença de


intemperismo pentano

Maior dificuldade de Vaporização do GLP;


Ponto de Fulgor
 Definido como a menor temperatura, na qual o produto se vaporiza
em quantidade suficiente para formar com o ar, uma mistura capaz
de se inflamar momentaneamente, quando se incide uma centelha
sobre a mesma.

A quantidade de vapor formador não é suficiente


para sustentar a combustão da amostra.

Ponto de combustão: menor temperatura em que


a amostra se vaporiza em quantidade que
proporciona sua contínua combustão.
Ponto de Fulgor
Resumo do ensaio:

 Sobre a amostra colocada em um recipiente


próprio (cuba) sujeito a aquecimento
constante;

 Incide-se uma chama a intervalos regulares;

 O ponto de fulgor corresponde à temperatura


em que ocorre o primeiro “flash” da amostra.

Maior o teor
Menor o Ponto de Fulgor Pensky –
Ponto de de leves
fulgor
Martens (ASTM D93);

Maior a
facilidade de
vaporização
Ponto de Fulgor - Vídeo
Ensaios de Escoamento

Ponto de Névoa ( Cloud Point )

É definido como a menor temperatura em que se observa o


aparecimento de névoa ou turvação na amostra.

 Indica o início da cristalização quanto a amostra é


submetida ao resfriamento.

 Ele é indicativo das dificuldades de escoamento do


produto.

 Aplicado a produtos claros.


Ensaios de Escoamento

Ponto de Névoa ( Cloud Point )

R esu m o do e n s a io : A a m ostr a é
resfr i a d a , se n do o bserv a d a a c a d a qu ed a
d e te m pe r at u ra d e 1 °C , a té q u e s ej a
n ot ad o o a p ar e ci m en t o d e tu rv a ç ã o ,
c on sta t a do p el a fo r m a ç ã o d e u m an e l n o
fu n do d o tu bo d e en saio .

I n t e r p ret a ç ã o : P on to d e n évoa crescen te


m a i or pon t o d e ebu li ç ã o e m a i or % d e
h idrocarb on eto parafín i c o .
Ensaios de Escoamento

Ponto de Fluidez ( Pour Point )


É definido como a menor temperatura em que o óleo ainda
flui sob efeito da gravidade .

O ensaio é aplicado a produtos


escuros, onde não se pode utilizar o
ensaio de ponto de névoa.

Esta é uma consideração útil no transporte


de combustíveis por oleodutos.

Tem influência sobre a temperatura limite de


bombeamento.
Ensaios de Escoamento

Ponto de Fluidez ( Pour Point )

 Consiste no resfriamento (11°C)


controlado da amostra, após um
aquecimento preliminar (46°C), e
observação da mesma em intervalos
de 3°C para avaliar o escoamento.

 A menor temperatura na qual ainda


se observa movimento no óleo é
reportada como sendo o ponto de
fluidez.

 Quanto maior a concentração de


parafina no hidrocarboneto, maior
será a dificuldade do óleo em fluir, ASTM D97
devido à resistência que a parafina
oferece na fluidez do óleo.
Ensaios de Escoamento

Ponto de Fluidez ( Pour Point )


O pon to d e fl uidez é um i ndicativo d a par afinicidad e d o petr óle o e
s uas fr açõe s , pois m aior es t eor es d e c omp os t os par afínicos
c o n d u zem a m a i or es v a l or es d e p o n t o d e f l u id ez .

Baixo ponto de fluidez


Alto ponto de fluidez (APF):
(BPF): ponto de fluidez
ponto de fluidez superior à
inferior à temperatura
temperatura ambiente;
ambiente;

Se tivermos uma temperatura ambiente


de 30 °C, por exemplo, o petróleo
Baiano exigirá aquecimento para ser
transportado, enquanto os demais óleos
fluirão facilmente na temperatura
indicada;
Teor de Resinas e Asfaltenos -
Análise SARA
Os componentes presentes no petróleo podem ser agrupados em quatro
classes principais, sendo este critério baseado na diferença de
solubilidade, conhecido como análise SARA.

A análise SARA é um método de fracionamento no qualPoint


Featured o petróleo é
separado em compostos:
Use of Company Database in
Making the Right Policy
S a t u ra d o s ( a l c a n o s e
c i c l o p a ra f i n a s ) ;

Aromáticos (hidrocarbonetos
mono, di e poliaromáticos);

Re s i n a s ( f ra ç õ e s c o n s t i t u i n t e s d e
moléculas polares contendo
heteroátomos N, O ou S);

Asfaltenos (moléculas similares


às resinas, porém, com maior
massa molar e núcleo
poliaromático);
Teor de Resinas e Asfaltenos -
Análise SARA

Featured Point
Use of Company Database in
Making the Right Policy

Elevado teor de aromáticos e resinas.

Mais indicado para produção de derivados leves ou pesados;


Teor de Resinas e Asfaltenos -
Análise SARA

 A análise de resinas e asfaltenos é um bom indicativo de


estabilidade do petróleo.
Featured Point

 A estabilidade de petróleos está diretamente relacionada


Use of Company Database in à
interação dos asfaltenos com as resinas Makinge à the Rightcomposição
sua Policy

(insolubilidade dos asfaltenos em hidrocarbonetos parafínicos).

Um petróleo é estável quando os asfaltenos permanecem


dispersos pelas resinas;

E é instável quando não há resinas e aromáticos suficientes


para o equilíbrio da dispersão;
BSW (Basic Sediment Water)
Percentual volumétrico de água e sedimentos presentes no petróleo
sobre o volume bruto da fase líquida (Norma Petrobrás N 2381).

Adiciona 1 ml de
desemulsificante com 49 ml de
aguarraz e 50
Featured ml de petróleo
Point
em um tubo de centrífuga de
Use of Company Database in
100 Policy
Making the Right ml;

Agita a mistura e coloca o


tubo em banho-maria a
60°C durante 15 minutos.
B+
The use of the latest
Technology in problem
solving Levar o tubo para a
centrífuga por 10 minutos a
uma rotação de 1500 rpm.
BSW (Basic Sediment Water)
Nas refinarias, o petróleo com excesso de BSW afeta:

O refino devido à formação de depósitos e de corrosão, o petróleo com


excesso de BSW afeta:

B+
The use of the latest
Technology in problem
solving
Índice de Refração
Baseia-se na medição do ângulo crítico de um feixe de luz
ao atingir uma amostra, onde o desvio é detectado por um
sensor ótico e relacionado com o índice de refração;

➢ Razão entre a velocidade da luz no vácuo e a


velocidade da luz no fluido (n).

➢ Índice adimensional:

𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑙𝑢𝑧 𝑛𝑜 𝑣á𝑐𝑢𝑜


𝑛=
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑙𝑢𝑧 𝑛𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜

A luz quando passa do ar para o líquido é refratada por


causa da diferença de velocidades dos meios.
Índice de Refração

 Condições padrão: 20°C e 1 atm;

 Equipamento utilizado: refratômetro;

 Parâmetro muito usado para caracterização


das frações do petróleo variando de 1,3 a
1,6;

𝑛𝑎𝑟𝑜𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑜 > 𝑛𝑛𝑎𝑓𝑡ê𝑛𝑖𝑐𝑜 > 𝑛𝑝𝑎𝑟𝑎𝑓í𝑛𝑖𝑐𝑜


Número de Acidez Total (TAN)

 É definida como a quantidade de KOH (hidróxido de potássio) em miligramas


necessárias para neutralizar 1(um) grama de amostra;
40

 Normalmente, a acidez naftênica é


provocada pela presença de compostos Petróleo Acidez (mg KOH/g
oxigenados. óleo )
Brent 0,07
 A determinação do TAN tem sido
Marlim Leste 1,05
rotineiramente empregada para avaliar a
corrosividade do petróleo; Roncador 1,17

 Óleos com índice de acidez superior a0


Tupi 0,17
0,5 mg de KOH/g de óleo são Sapinhoá 0, 23
considerados como sendo potencialmente
corrosivos.
Teor de Sal

Indica a quantidade de sal dissolvido na água presente no óleo


em forma de emulsão. Podendo ser expresso em miligramas de
NaCl por litro de óleo.

O teor d e sal, ap resar de não uma


prop riedade intrínseca ao óleo cru, é
informação imp ortante para o
processamento do petróleo nas
refinarias; Quand o este teor é sup erior a 10 lb /100 0 bbl
de óleo o mesmo deve ser dessalgadad o, a
fim de evitar prob lemas de corrosão nas
tubulações e equipamentos das unidades de
destilação.
Teor de Sal
F l ui d o s p ro d uz i d o s:

Se p arad o re s.

B i fási c o s ( g ás/ l í q ui d o ; l í q ui d o / l í q ui d o )

Tr i fási c o s ( g ás/ l í q ui d o / l í q ui d o ) o
Ve r t i c al e ho r i zo nt al ;

Co m a d e si d rat aç ão d o p e t r ó le o, g rand e p ar t e
d o s sai s é re movi d a j untame nte c o m a ág ua .

O p ro c e sso é re p e t i d o al g u m as ve ze s at é o
al c an c e d as e s p e c i fi c a ç õ e s e s t ab e l e c i d a s p e l a
re fi n ar i a , q ue a d mi t e p ara o ó l e o re c e b i d o, u m
máx i mo d e sai s d i sso l vi d o s d e 2 8 5 mg / L .

O p e t ró l e o re c e b i d o pelas re fi n ar i a s é
nova me nt e d e ssa l g ad o c o m a fi n al i d ad e d e
re d uz i r o t e o r d e sai s p ara n í ve i s i n fe r i o re s a 5
mg / L .
Classificação Química
Constante viscosidade/densidade (VGC)
 Hill e Coats (1928) definiram uma relação empírica entre a
viscosidade e a densidade.

 Essa relação foi obtida a partir da análise da variação da densidade


com a viscosidade para hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos e
aromáticos, o que permitiu definir esta grandeza.

𝑑𝑟 − 0,0664 − 0,1154log(𝑣 − 5,5)


𝑉𝐺𝐶 =
0,94 − 0,109log(𝑣 − 5,5)

𝑑𝑟 : Densidade relativa
𝑣:viscosidade cinemática (cSt) a 210°F (98,9°);
cSt: centistokes - 1mm²/s = 1 cSt.
Classificação Química
Constante viscosidade/densidade (VGC)

VGC Hidrocarbonetos

0,60 Parafínicos de baixa massa molar .

0,70 Parafínicos de média a elevada massa molar .

0,80 Parafínicos de elevada massa molar e naftênicos


altamente substituídos.

0,90 Naftênicos puros, condensados e conjugados aromáticos


medianamente substituídos.

1,0 Aromáticos substituídos e condensados e nafteno-


aromáticos

1,10 Aromáticos altamente condensados e conjugados e


ligeiramente substituídos.
Classificação Química
Fator de Watson

Watson (1933) propôs, com base no diagrama


de densidade versus ponto de ebulição dos
diversos tipos de hidrocarbonetos, uma
equação empírica.
Isso torna possível propor uma função que
define o fator de caracterização (Kw) que divide
o diagrama em regiões distintas, segundo o
tipo de hidrocarboneto.

1
𝑇𝑒𝑏 3
𝑘𝑤 = Teb: temperatura de ebulição
𝑑𝑟 média (K).
Classificação Química
Fator de Watson

𝐤𝐰 Hidrocarbonetos

13 Parafínicos de elevada massa molar .

12 Parafínicos de média a baixa massa molar e naftênicos


com alto grau de substituição.
11 Naftênicos puros e medianamente substituídos
Isso etorna
condensados possível
aromáticos propor
com alto uma função que
grau de
define osubstituição.
fator de caracterização (Kw) que divide
o diagrama em regiões distintas, segundo o
10 Naftênicos puros, condensados e conjugados aromáticos
tipo de hidrocarboneto.
medianamente substituídos.

9 Aromáticos puros, condensados e nafteno -aromáticos.


𝑅𝑖 Hidrocarbonetos
1,1 Aromáticos policíclicos
condensados e conjugados puros
e ligeiramente substituídos . Índice de Refração/Densidade
1,07 Aromáticos medianamente
substituídos e diolefínicos .
1,05 Olefínicos
Kurtz e Ward (1936) fizeram observação análoga a
de Watson para o diagrama densidade versus índice
1,0 Naftênicos puros e substituídos. de refração concluindo que esta é
aproximadamente linear para hidrocarbonetos de
0,90 Parafínicos.
uma mesma classe.
➢ O intercepus índice de refração/densidade
normalmente é aplicável a frações claras do
petróleo.

𝑑𝑟20 4
𝑅𝑖 = 𝑛 −
2
Fator de Caracterização de Huang

Huang (1977) propôs u m fator de cara cterização d o petróleo e frações


baseado no índice de refração (n), o qu al, para u ma dada fa mília de
hidrocarbonetos, varia de forma definida em função do número de
átomos.
𝐼𝐻 Hidrocarbonetos
0,22 Parafínicos de baixo peso molecular

0,24 Parafínicos de elevado peso


molecular e naftênicos puro e
substituído.

(𝑛 2 − 1 0,26 Parafínicos de elevado peso


molecular, Naftênicos
𝐼𝐻 = medianamente substituídos.

(𝑛 2 + 2 0,28 Naftênicos altamente substituídos e


condensado altamente substituídos .

0,30 Naftênicos condensado e


conjugados e aromáticos simples e
condensado.

0,34 Aromáticos e nafteno -Aromáticos


altamente condensados.
Lista de Exercícios

ENTREGAR
Data:
OBRIGADA!
C o n t a t o s:
E-mail: ju lian a -t a rg in o @h ot m a i l . c o m
Tel: (83) 999324002

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