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Introdução a Histologia e Embriologia

Prof.ª MSc. Franciane Rios Senger


Medicina Veterinária - UCEFF
1° Período
Histologia

• Histologia é o estudo dos tecidos do corpo e de como


estes tecidos se organizam para constituir os órgãos.

• Embriologia é o estudo do desenvolvimento embrionário.


Organização dos tecidos
• Os tecidos são constituídos por células e matriz extracelular (MEC).
• A MEC é composta por muitos tipos de moléculas, algumas das quais são
altamente organizadas, formando estruturas complexas como as fibrilas de
colágeno e membranas basais.
• Cada um dos tecidos do nosso corpo é formado por vários tipos celulares, e
geralmente por combinação de células e matriz extracelular.
Tecidos Básicos do Organismo
• O organismo humano é composto por quatro tecidos básicos, conforme
observado na tabela 1.

Tabela 01: Tipos básicos de tecidos no organismo humano.


TECIDO CÉLULAS MATRIZ FUNÇÕES PRINCIPAIS
EXTRACELULAR
Nervoso Células alongadas com Quantidade muito Transmissão de impulsos
processos extremamente pequena a nenhuma nervosos
finos

Epitelial Células poliédricas Pequena quantidade Revestimento de superfície ou


agregadas ou justapostas cavidades; secreção glandular
Muscular Células alongadas Quantidade Contração; movimento corporal
contráteis moderada
Conjuntivo Vários tipos de células Quantidade Suporte e proteção de tecidos e
fixas e migratórias abundante órgãos
Preparação de tecidos para exames
microscópicos
• O procedimento mais usado no estudo de tecidos é a
preparação de cortes histológicos que podem ser
estudados ao microscópio.

• Considerando que os tecidos e órgãos são espessos


para permitir a passagem do feixe de luz, eles devem
ser seccionados para permitir cortes delgados.

• No entanto, células vivas e camadas muito finas de


tecido podem ser observadas diretamente ao
microscópio sem necessidade de serem seccionadas.

• Para efetuar o corte dos tecidos são utilizados


equipamentos chamados de micrótomos.
Fixação
• Para evitar a digestão dos tecidos por enzimas presentes no interior das células
(autólise) ou por bactéria e para preservar a estrutura e a composição molecular,
fragmentos de órgãos devem ser tratados antes ou o mais rapidamente possível
depois de sua remoção → esse tratamento é chamado de fixação.

• A fixação pode ser realizada por métodos químicos ou físicos.

• Na fixação química os tecidos são imersos em soluções de agentes desnaturantes ou


de agentes que estabilizem as moléculas.

Fixadores químicos:

 Solução isotônica tamponada de


formaldeído à 4%.

 Glutaraldeído.
Inclusão
• Para se obter bons cortes no micrótomo, após fixação os fragmentos de
tecidos e órgãos devem ser infiltrados com substâncias que lhes proporcione
consistência rígida → processo de inclusão.

• Dentre as substâncias utilizadas para inclusão, a principal é parafina.

• Para realização da inclusão são necessários duas etapas: desidratação e o


clareamento.

• Na desidratação a água é extraída é extraída passando-se o fragmento por


diversos banhos de soluções crescentes de etanol em água (70%, 100%).

• Então, o etanol deve ser substituído por xilol, realizando-se então a inclusão
em parafina.
Coloração
• A maioria dos corantes se comporta como compostos ácidos ou básicos.
• Os componentes dos tecidos que se coram bem com corantes básicos são
→ os basófilos.
• Os componentes dos tecidos que se coram bem com corantes ácidos são →
os acidófilos.
Corantes básicos: Corantes ácidos:

 Azul de toluidina;  Fucsina ácida;


 Azul de metileno;  Eosina;
 Hematoxilina;  Orange G;

Cora compostos ácidos: Cora compostos básicos:


 Ácidos nucleicos  Mitocôndrias
 Glicosaminas  Grânulos de secreção
 Glicoproteínas ácidas  Proteínas citoplasmáticas
 Colágeno
Exemplo: A hematoxilina cora em azul o núcleo das células. A eosina cora o citoplasma e o
colágeno de cor de rosa.
História do microscópio
• Robert Hooke, estudioso inglês, foi o primeiro (em 1665) a observar
células. Para tal valeu-se de um rudimentar microscópio, idealizado
anos antes por um outro estudioso, Anthony Van Leeuwenhoeck.

• Hooke observou cortes finos de cortiça, que se apresentavam ao


microscópio com um aspecto similar a pequenos favos de mel
empilhados.
• A cada um destes favos Hooke atribuiu a designação de cellulae
(células).
História do microscópio

Cerca de dez anos mais tarde Leeuwenhoeck observou pequenos seres vivos,
que designou por “protozoários”, aos quais mais tarde foi dada a designação
de bactérias.
Microscópio Óptico
• Objetivo: ampliação de uma imagem.
• Funciona com um conjunto de lentes (ocular e objetiva) que ampliam a imagem.
• É constituído por uma parte mecânica que suporta e permite controlar uma parte óptica que amplia
as imagens.
Ocular
Canhão
Revólver
Braço Objetivas
Pinças Platina

Condensador
Parafuso macromético Diafragma

Parafuso micromético Fonte luminosa


Pé ou base
Microscópio eletrônico
• Utiliza feixe de elétrons.
• A microscopia eletrônica e de varredura se baseia na interação entre elétrons e
componentes dos tecidos.

Microscopia eletrônica de transmissão (MET) Microscopia eletrônica de varredura (MEV)

 A resolução obtida pela maioria dos bons  A microscopia eletrônica de varredura


instrumentos se situa ao redor de 3 nm, fornece imagens pseudotridimensionais
resolução que permite que espécimes das superfícies de células, tecidos e
ampliados até 400.000 vezes sejam vistos órgãos.
com detalhes.  Os elétrons não atravessam a amostra.
 Princípio de funcionamento → está baseado  Os elétrons interagem com uma camada
na transmissão dos elétrons através da muito delgada de metal previamente
amostra analisada. aplicada ao espécime e são refletidos
  A formação da imagem na microscopia pelos átomos do metal. Estes elétrons
eletrônica de transmissão é uma resultante são capturados por um detector que os
da interação do feixe de elétron com a transmite a amplificadores e outros
amostra. dispositivos de forma que o sinal é
finalmente projetado em um tubo de
raios catódicos (um monitor), resultando
em uma imagem em preto-e-branco.
MET MEV
Microscópio de Luz - ML

Microscópio Eletrônico de Microscópio Eletrônico de


Transmissão - MET Varredura - MEV
USO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO
a) Antes de colocar a lâmina no microscópio, acomode-se em posição favorável.
b) Verifique se a objetiva de menor aumento está em posição, caso contrário, coloque-a em
posição girando o revolver.
c) Verifique se a intensidade de luz está no mínimo, ligue o microscópio e aumente a
intensidade de luz.
d) Olhe pela ocular e verifique se a luz do condensador está refletindo através da abertura do
diafragma e forma um circulo iluminado uniformemente.
e) Coloque a preparação de modo que a espécime a ser observado fique no centro da
perfuração que existe na platina com a lente objetiva de 4,5 x.
f) Suba a platina com o macrométrico até que a preparação fique a 0,5 cm da objetiva.
g) Olhe pela lente ocular e movendo lentamente o micrométrico focalize a imagem.
h) Para observar com a objetiva de maior aumento (10x), gire o revólver trocando a lente
objetiva, volte a observar pela lente ocular e usando o macrométrico ajuste o foco da imagem.
Faça o mesmo com a objetiva de 40x.
i) Para usar a objetiva de imersão (100 x) é necessária uma gota de óleo sobre a preparação.
j) Terminada as observações, gire o revólver para novamente colocar a lente objetiva de menor
aumento.
k) Diminua a intensidade de luz, desligue o microscópio.
l) Retire a preparação, limpar o microscópio, principalmente as lentes. Deixar a bancada limpa .
Obrigado pela atenção!

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