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Focada no Esquema
Harry é um gerente de nível médio com 45 anos de idade. Ele está casado há 16
anos, mas seu casamento tem muitos problemas. Ele e a mulher frequentemente se
ressentem um com o outro, raramente se comunicam em um nível íntimo e têm
poucos momentos de real prazer.
Outros aspectos da vida de Harry são igualmente insatisfatórios. Ele não gosta
do seu trabalho, principalmente porque não se dá bem com os colegas. Com
frequência, se sente intimidado pelo chefe e por outras pessoas no escritório. Ele tem
alguns amigos fora do trabalho, mas nenhum que considere íntimo.
Durante o último ano, Harry foi ficando cada vez mais mal-humorado. Ele
estava mais irritável, tinha dificuldade para dormir e começou a ter dificuldade para se
concentrar no trabalho. À medida que sua depressão aumentava, passou a comer mais
e aumentou 7 quilos. Quando percebeu que estava pensando em se matar, decidiu
que era a hora de buscar ajuda e consultou um psicólogo que trabalhava com terapia
cognitiva.
Privação Emocional
Abandono/Instabilidade
Desconfiança/Abuso
Isolamento Social/Alienação
Defectividade/Vergonha
Fracasso
Dependência/Incompetência
Este esquema refere-se à crença de que a pessoa está sempre prestes a viver
uma grande catástrofe (financeira, natural, médica, criminal, etc.) e ode levar a
precauções excessivas para se proteger. Normalmente, um ou ambos os pais eram
muito medrosos e passaram a ideia de que o mundo é um lugar perigoso.
Subjugação
Auto-sacrifício
Inibição Emocional
Merecimento/Grandiosidade
Este esquema refere-se à crença de que a pessoa deveria poder fazer, dizer ou
ter tudo o que quisesse, independente de isso magoar os outros ou lhes parecer
razoável. Ela não está interessada nas necessidades dos outros, nem está consciente
do custo em longo prazo de afastá-los. Os pais que são excessivamente indulgentes
com os filhos e não estabelecem limites sobre o que é socialmente apropriado podem
favorecer o desenvolvimento desse esquema. Alternativamente, algumas crianças
desenvolvem esse esquema para compensar sentimentos de privação emocional,
defectividade ou indesejabilidade social.
Autocontrole/Autodisciplina Insuficientes
Manutenção do Esquema
Evitação do Esquema
A evitação cognitiva refere-se ao esforço que a pessoa faz para não pensar
sobre acontecimentos perturbadores. Tais esforços podem ser tanto voluntários
quanto automáticos. As pessoas podem intencionalmente decidir não focalizar um
aspecto de sua personalidade ou um acontecimento que elas acham perturbador.
Também existem processos inconscientes que ajudam as pessoas a excluir
informações demasiado perturbadoras. As pessoas tendem a esquecer
acontecimentos particularmente dolorosos. Por exemplo, as crianças que foram
sexualmente abusadas muitas vezes não tem nenhuma lembrança da experiência
traumática.
Compensação do Esquema
Bia é uma mulher jovem cujo principal esquema é o de Subjugação. Ela tende a
ver as pessoas como se fossem muito controladoras, mesmo quando elas estão sendo
adequadamente assertivas. Ela tem pensamentos como “Eu não devo manter uma
posição firme, ou as pessoas não gostarão de mim” e então acaba cedendo à vontade
dos outros (Manutenção do Esquema). Outras vezes, ela decide que ninguém vai levar
vantagem em relação a ela e se torna muito controladora (Compensação do Esquema).
Às vezes, quando as pessoas lhe fazem exigências pouco razoáveis, ela minimiza a
importância de seus próprios sentimentos e tem pensamentos como “Não é tão
importante assim para mim o que vai acontecer”. Outras vezes, ela evita pessoas com
as quais tem dificuldade em defender sua posição (Evitação do Esquema).
Há vários outros passos que o terapeuta pode dar para avaliar os esquemas. Ele
pode pedir para preencher o “Questionário de Esquemas de Young” que lista muitos
dos pensamentos relacionados a diferentes esquemas. Os itens desse questionário são
avaliados de acordo com a relevância para a vida da pessoa.