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ANSIEDADE

NA
ADOLESCÊNCI
A

Carla Lima
Psicóloga
Crp-03/10958
• A adolescência é uma fase em que se vive uma explosão de emoções,
pensamentos, ideias e experiências que impactam a autoimagem e
autoconfiança dos adolescentes. É normal ficar confuso com tantas
novidades.
O problema é quando a excitação e confusão se transformam em ansiedade.
• A aquisição de conhecimento sobre o que é ansiedade e como administrá-la
ajuda o adolescente a identificar sinais em seu comportamento, facilitando
a procura por tratamento adequado.
• A ansiedade pode ser percebida de diferentes formas, como a preocupação
excessiva sobre possibilidades futuras, o medo de errar e de ser rejeitado e
o temor pelo que não é controlável. A pessoa ansiosa convive com diversas
emoções contrastantes e intensas, principalmente quando não sabe como
lidar com os sentimentos.
• Por isso, esse transtorno é capaz de prejudicar o
desenvolvimento durante a adolescência, sendo importante reconhecer os
sintomas para buscar uma solução.
SINAIS TÍPICOS DE ANSIEDADE SÃO:
• Preocupação excessiva especialmente com coisas pequenas;
• Fadiga e sonolência diurna;
• Dificuldade para dormir;
• Dores musculares inexplicáveis;
• Perda de apetite ou apetite excessivo, causando considerável perda ou aumento de peso;
• Falta de ar;
• Apreensão constante com o futuro;
• Dificuldade para se socializar;
• Autoestima baixa;
• Roer as unhas ou arrancar cabelo;
• Desatenção e perda de memória;
• Tristeza; e Perda de interesse em atividades e hobbies que antes gostava.
QUANDO DEVO ME
PREOCUPAR COM A
MINHA ANSIEDADE?
PRESTE ATENÇÃO EM ALGUNS SINAIS
Dificuldade para prestar atenção na aula
• A dificuldade para prestar atenção na aula é um indicativo de que seu
filho pode estar sofrendo com a ansiedade. Ela faz com que o
adolescente não consiga se concentrar no presente, passando a pensar
já no resultado das provas, por exemplo, o que não é saudável.
• Isso pode ser notado pela queda das notas e por uma irritação com
assuntos relacionados ao estudo. A possibilidade de falhar prejudica a
concentração e distrai o estudante, impedindo que ele compreenda os
conteúdos passados durante as aulas.
PREOCUPAÇÃO EM EXCESSO

• O adolescente ansioso costuma expressar mais preocupação sobre o


que as outras pessoas pensam dele. Essa é uma fase complicada, na
qual é necessário conciliar transformações físicas e emocionais com
a pressão dos estudos, o que pode prejudicar a autoconfiança do
jovem.
• Desse modo, a cobrança excessiva passa a fazer parte do cotidiano,
gerando dificuldade de concentração e uma autocrítica muito forte.
Esses sentimentos e atitudes podem desencadear o transtorno de
ansiedade generalizada, conhecido como TAG.
DESCONFORTO INTENSO EM SITUAÇÕES SOCIAIS

• Essa é uma das demonstrações mais comuns durante a adolescência.


Nela, o jovem demonstra desconforto, suor, gagueira e náusea
quando necessita passar por um momento de interação social.
• O adolescente que costuma ficar sozinho, tirar notas baixas e não
demonstra interesse pelas atividades escolares ou pelo futuro
profissional pode estar com esse sintoma. É importante não
confundir o desconforto social com a timidez, que também é muito
comum nessa fase da vida.
INQUIETAÇÃO EMOCIONAL
• Esse é um problema detectado quando o adolescente demonstra
inquietação ao imaginar ou perceber que precisa se afastar de
pessoas com quem divide forte conexão emocional. Desse modo,
ele fica incomodado ao ficar longe da família, parentes próximos
ou amigos mais chegados.
• Essa agitação prejudica a concentração e provoca irritação. O
resultado desse comportamento é uma dificuldade em participar de
atividades simples de convivência, como uma reunião social ou, em
casos mais complexos, uma mudança de escola.
AÇÕES REPETITIVAS E PENSAMENTOS INTRUSIVOS

• Algumas ações repetitivas, como mudar constantemente um objeto


de lugar ou lavar as mãos em excesso, podem ser um sinal de que
ele está desenvolvendo o Transtorno Obsessivo
Compulsivo (TOC). Este também é um tipo de ansiedade e deve ser
notado pelos responsáveis.
• Os pensamentos intrusivos que atrapalham a rotina, impedindo a
tomada de decisões simples, também devem ser analisados. Os dois
casos dificultam a rotina do adolescente, que tem mais dificuldade
para realizar atividades cotidianas, sentindo-se mal por isso.
Se por um lado os adolescentes têm sensibilidade emocional exacerbada,
por outro apresentam menor capacidade no enfrentamento de
conflitos. A menor capacidade em lidar com emoções, em desenvolver
um sentido de pertencimento familiar ou no grupo de iguais, alcançar
um bem-estar geral de vida, podem levar a comportamentos de risco –
consumo de álcool e outras drogas, relações sexuais não protegidas,
mais acidentes, etc. – fatos que variam em intensidade, repetição e
continuidade.
Esse contexto inclui a capacidade inadequada de lidar com frustrações, o
que pode despertar raiva e sentimentos de fuga ou de vingança,
levando a comportamentos externalizantes, isto é, agressividades
intencionais que se direcionam a si mesmos ou a terceiros.
AUTOLESÃO NA ADOLESCÊNCIA
• Autolesão é um termo que se refere a um grupo de agressões provocadas no
próprio corpo de forma deliberada, propositalmente, uma prática atual que
frequentemente se manifesta na adolescência e na fase de adulto jovem.
Existem duas manifestações desse comportamento: autolesão com
pretensão final de suicídio e autolesão sem ideação suicida.
• Há poucos relatos desse comportamento em indivíduos com menos de 12
anos, mas parece ocorrer em 10% a 13,5% deles.3,8 As pesquisas são
unânimes em destacar que a prevalência aumenta na adolescência entre 13 e
14 anos, com resultados que variam entre 4% e 46,5 %.2,3,8-10 Algumas
apontam que comportamentos autolesivos podem ocorrer pelo menos uma
vez na vida, durante o processo da adolescência.
A convivência com outros adolescentes que praticam
autolesão, observar imagens e vídeos postados, tipo
desafios perigosos, em redes sociais ou em vídeos são
importantes fatores na atualidade pois, a
identificação com os pares pode impulsionar às
práticas autolesivas. Assim, o comportamento de
autolesão pode se manifestar de forma individual, o
que ocorre na maioria das vezes, ou em grupo, o que
pode significar identificação ou caráter exploratório,
por influência dos pares.
• A ALNS está associada à disfunção neuroquímica envolvendo a β-endorfina,
que é liberada quando há danos corporais (analgesia opiácea natural). Assim, é
possível transferir o foco dos sentimentos internos como angústia, ansiedade,
tristeza, para a sensação de dor física, porém minimizada pelas endorfinas.
Todo esse mecanismo mascara parcialmente o conflito psíquico, ao causar
alívio temporário.
• Assim, há a expectativa de aliviar uma dificuldade interpessoal ou sentimentos
negativos durante ou logo após o ato, mais do que tentativa de chamar a
atenção sobre si, o que não deixa de ocorrer de forma secundária, se os atos são
socializados. A repetição do ato (impulsividade) pode ser interpretada como
uma forma de dependência à β-endorfina e, como em qualquer relação de
dependência, existe a tolerância. Isso explica a necessidade de repetição dos
ferimentos para manter os níveis altos de β-endorfina, evitar a sensação de
abstinência e conseguir aliviar os sintomas psíquicos.
• Os fatores de risco para as lesões autoprovocadas são a falta de mecanismos de
adaptação, pessimismo, insegurança, impulsividade, auto depreciação, distorção da
imagem corporal e instabilidade emocional. No ambiente familiar, observa-se a
separação conflituosa dos pais com o abandono ou negligência por parte de um
progenitor, a disfunção e a violência familiar.
O QUE DEVO FAZER?
• É necessário que a pessoa possa colocar essas experiências em palavras, possa sentir-se
compreendida, acolhida e buscar uma outra forma de expressar essa dor, de
compartilhá-la, que não seja pela autolesão.
• Converse com alguém, um amigo, familiar, mesmo que essa pessoa apenas te ouça.
• Se você for O amigo que tem alguém que esteja passando por isso, não julgue, ouça o
que seu amigo tenha a te dizer, mesmo não saiba exatamente o que falar. Só não julgue!
• É importante redirecionar essas emoções para outras coisas, tais como: praticar algum
esporte, ler um livro, ver um bom filme, sair para uma caminhada.
• Se exercite! Saia de casa, pense algo que gosta ou gostava de fazer e vá e faça.
• Atividades físicas sempre será os melhores remédios.
• E o mais importante, RESPEITE o seu corpo, não faça isso com você. Tente uma
maneira menos agressiva de direcionar a sua emoção naquele momento.
• Procure ajuda profissional de um psicólogo ou psiquiatra.
• VOCÊ CONSEGUE!
A
T I M
E S
TO
AU
O QUE É?
Qualidade de quem SE VALORIZA, se
contenta com seu modo de ser e
demonstra, consequentemente,
confiança em seus atos e
julgamentos.
BAIXA AUTOESTIMA
SINAIS

 Sentimento de Insegurança
 Sentimento de dependência
 Sentimento de raiva
 Sentimento de inveja
 Se sente inferior
 Sentimento de incapacidade
 Entre outros
CONSEQUÊNCIAS
 Dificuldade em se relacionar com as pessoas;
 Visão negativa da vida;
 Desconfiança das pessoas;
 Uso de Drogas;
 Ideias de fracasso, tendendo a exagerar as situações de vida
como sendo fundamentalmente negativas.
 Não acreditar que seja capaz de alcançar objetivos;
 Crises de Ansiedade Social;
 Irritabilidade Constante;
O QUE FAZER?
1.Busque o autoconhecimento.
Se observe mais, descreva como vê o mundo, como se enxerga. Exercite a auto-
observação diariamente.
Se pergunte:
 “Qual o meu propósito?”;
 “O que eu gosto de fazer?”;
 “Quem é importante para mim?”;
 “Quais são os meus valores?”;
 “Onde eu quero chegar?”;
 “O que me dá prazer?”;
 “O que eu não gosto de fazer, mas sou obrigada?” etc.
O QUE FAZER?

2.Sempre se compare com você mesmo.


Traga questões como:
“Como eu estava há um ano atrás?”;
“O que eu aprendi no último mês”;
“Como eu era há 5 anos e como eu sou hoje?”;
“Quais desafios eu superei?”;
“Qual foi a minha última conquista”.
O QUE FAZER?

3.Reconheça, valorize, comemore todas as suas conquistas.

É muito importante que você esteja sempre atento para si


mesmo, reconheça desde pequenos desafios a grandes mudanças.
Só você sabe o quanto precisou investir para chegar aonde chegou.
Olhe para cada mínimo passo dado em direção ao seu objetivo.
“Mais importante que a velocidade é a direção da sua mudança”.
O QUE FAZER?

4.Fique próximo de pessoas que te valorizam, elogiam e reconhecem


o que você é e faz.

Para desenvolver a sua autoestima, se aproxime de quem valoriza


você. Pode ser alguns amigos, familiares, colegas de trabalho. Esteja
com quem é positivo e te puxa pra cima. Busque quem te faz crescer e
se desenvolver.
O QUE FAZER?

5.Faça coisas que você gosta.


Quando se faz com prazer, dá a sensação de bem estar e realização.
Para você se sentir bem e melhorar a sua autoestima, se organize e
arrume um tempo para na sua rotina para fazer o que te dá prazer.
Pode ser atividades como esportes, passeios, estar com amigos, ver
filmes, fazer uma atividade manual, entre outras. Aproveite, a vida é
única e precisa ser vivida.

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