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3 estratégias para aumentar a autoestima

A autoestima, e mais especificamente seu estado e sua influência, tornou-se uma


encruzilhada para muitos. São inúmeros os livros e artigos que a mostram como uma
solução. Se você a tem, tudo fluirá, dizem. Se não a possui, tudo dará errado. O
problema é que esse amor próprio é construído principalmente nos primeiros anos de
vida e não se pode passar por isso duas vezes. Por isso muitos perguntam: existem
estratégias para aumentar a autoestima quando a mesma não está bem estabelecida?

A resposta para essa pergunta é sim, claro. Quando alguém possui condições altamente
favoráveis, é fácil que seu amor próprio se enraíze desde os primeiros anos de vida. Isso
lhe dará uma força especial e mais possibilidades de encontrar bem-estar e a felicidade.
Mas se isso não acontece, também é possível reparar raízes que não são tão fortes.

Então, aparece no horizonte outra pergunta: por que aumentar a autoestima? Embora
pareça óbvio, às vezes não é tanto. A falta de amor próprio é a semente de muitos
estados inconvenientes, o fator que aumenta seu risco. Também costuma resultar em
uma inconformidade constante que não encontra alívio. Torna-se um desafio traçar
metas realistas e alcançá-las. Resumindo, pode tornar a vida muito mais complicada.
Para evitar isso, a seguir apresentaremos três estratégias eficazes.

Estratégias para aumentar a autoestima


1. Crie um lembrete

Há uma grande parte do nosso comportamento da qual não temos consciência, ou pelo
menos nem sempre somos conscientes. Na maioria das vezes não podemos dizer
exatamente por que pensamos como pensamos ou sentimos da maneira como
sentimos. Simplesmente experimentamos a situação desta forma, mas não sabemos o
motivo. Toda essa informação está no inconsciente, ou ao menos uma parte importante
dela.

A verdade é que, quando não há amor próprio, a mente opera de tal forma que
negligencia muitos aspectos positivos de quem somos. É então que um lembrete se
torna um instrumento valioso para aumentar a autoestima.

Trata-se simplesmente de usar um inventário escrito do melhor de nós. O que gosta


sobre você, o que conseguiu hoje, os obstáculos que superou. Especifique quais são suas
virtudes, habilidades e aptidões. Escreva suas boas ações. E, acima de tudo, verifique
essa lista frequentemente. Ela ajudará a sua mente a funcionar como uma aliada, e não
como uma inimiga.

2. Identifique os focos destrutivos

Quando o amor próprio está danificado, tendemos a ver o mundo a partir de uma
perspectiva muito obscura. De uma forma ou de outra, projetamos nosso mal-estar sobre
o que nos rodeia. Desta maneira, acabamos nos concentrando mais no negativo do que
no positivo da realidade.
Também aparecem hábitos não construtivos, como nos compararmos aos demais,
ficarmos com medo quando estamos prestes a alcançar uma conquista importante, ou
deixar-nos levar pela inércia, porque dificilmente acreditamos em nossos próprios
sonhos.

Vale a pena manter uma atitude de observação diante de nós mesmos. O objetivo é
identificar todas essas linhas de pensamento que nos levam a nos sentirmos mal. O
mais provável é acreditarmos que tudo está errado não porque realmente está, mas
porque criamos o hábito de interpretar a realidade dessa maneira. Ao observar e
identificar isso, pouco a pouco nos liberamos desses costumes destrutivos.

3. O exercício dos cinco dedos

Este é um exercício proposto pelo psicólogo José Ignacio Fernández. Trata-se de


uma das melhores estratégias para aumentar a autoestima. Compreende uma série de
ações muito simples para melhorar o humor quando o desânimo nos invade.

As ações a serem realizadas são as seguintes:

 Relaxamento. A primeira coisa é inspirar e expirar profundamente para alcançar


um estado de maior relaxamento.
 Primeira imagem mental. O aconselhável é primeiro estender as mãos e depois
juntar o dedo indicador com o polegar. Nessa posição, lembre-se de algum
momento da vida em que se sentiu amado e protegido. Por exemplo, um
momento de desamparo em que outra pessoa estava interessada em cuidar de
nós.
 Segunda imagem mental. Agora você tem que juntar seu polegar com o dedo
médio. Em seguida, pense em alguma situação em que obteve sucesso ou
conquista.
 Terceira imagem mental. Junte o polegar com o dedo anelar. Em seguida traga
à mente alguma ação nobre que tenha realizado.

 Quarta e última imagem mental. Finalmente, o polegar e o mindinho se


encontram. Então você deve se lembrar de alguém que ame ou tenha amado de
verdade.

Esse exercício é útil nos momentos em que há muitas críticas ou falta de confiança
em nós mesmos. É muito eficaz tanto para encontrar equilíbrio no momento quanto
para aumentar a autoestima a longo prazo. Lembre-se de que, independentemente das
circunstâncias, sempre podemos mudar e aprender a ser mais felizes.

https://amenteemaravilhosa.com.br/estrategias-para-aumentar-a-autoestima/

A autoestima dos adolescentes


A adolescência é um período de mudanças. Um estágio do desenvolvimento
evolutivo no qual estamos em uma busca constante pelo nosso lugar no mundo. Daí a
necessidade de experimentar, conhecer e se posicionar em diferentes funções. Portanto,
é especialmente importante que a autoestima dos adolescentes seja alta. Do contrário,
eles podem seguir um caminho infeliz.

Durante a adolescência torna-se mais forte a necessidade de refletir


profundamente sobre si mesmo. Por sua vez, o cérebro vai amadurecendo e
adquirimos novas habilidades. Tudo isso influencia o processo de aquisição de uma
nova identidade. Portanto, somente quando desenvolvemos um autoconceito coerente de
nós mesmos podemos construir nossa autoestima.

A autoestima é a avaliação do autoconceito


O autoconceito é a representação mental geral que temos de nós mesmos. Ele se
alimenta do autoconhecimento. Por exemplo “sou muito impulsivo quando tomo
decisões”, “gosto de caminhar com o meu cachorro no parque”, “sou muito competitivo
quando jogo futebol” ou “falo de maneira muito formal com o meu tio”.

Durante os primeiros anos de vida, o autoconceito é mais moldável. Portanto, é mais


suscetível a incorporar os valores, avaliações e expectativas provenientes das figuras de
apego. Porém, durante a adolescência é muito menos coerente, mais arbitrário e
variável.

Ao nos darmos conta do que somos e de como somos, o autoconceito também nos
informa de quanto valemos. Portanto, o autoconceito contém a autoestima, a qual
dependerá da avaliação que fazemos de nós mesmos em relação a determinados
aspectos.

Especificamente, a autoestima dos adolescentes corresponde à avaliação que eles


fazem de seu próprio autoconceito. Abrange os pensamentos, sentimentos, sensações
e experiências que vivenciaram ao longo de toda sua vida. Assim, podem avaliar
positivamente ou negativamente a consideração que têm sobre si mesmos.

Quando a autoestima se forma?


A autoestima vai se formando desde o nascimento, juntamente com o
autoconceito. É o resultado da interação de diferentes fatores. Por um lado, genéticos
(temperamento) e por outro, ambientais (pessoais, sociais e culturais). Todos eles se
assimilam e interiorizam à medida que crescemos. Essa avaliação de si mesmo pode
variar com a idade.

Como um adolescente é avaliado?


Quando se pede a um adolescente que descreva a si mesmo, ele geralmente o fará se
baseando em atributos externos relacionados à sua aparência física (atratividade,
feições, corpo…) e atividades realizadas (capacidades intelectuais e formas de se
relacionar com os demais). Da mesma forma, sua visão gira em torno dos conceitos de
valor e competência. Por isso, está intimamente relacionada ao êxito escolar, à
competência social e ao equilíbrio emocional.

A autoestima dos adolescentes experimenta diferenças quanto ao gênero:


 As meninas tendem a torná-la menor e mais vulnerável. Elas se preocupam
muito com a aparência, com o êxito social, e com o seu rendimento acadêmico.

 A autoestima dos meninos é dominada mais pela dificuldade de cumprir o


estereótipo de homem como tipo seguro de si mesmo, durão e corajoso.

Comportamentos que indicam o grau de autoestima


dos adolescentes
Dependendo do nível de autoestima que o adolescente possui, serão influenciados
outros aspectos de sua vida: escolar, familiar, afetivo, intrapessoal… Além disso, essa
avaliação influenciará decisivamente sua personalidade posterior e sua felicidade.

Adolescentes com alta autoestima


 Sentem-se amados e aceitos pelo seu entorno. Além disso, são motivados para
aprender, experimentar coisas novas e estão dispostos a conhecer o mundo.
 Tendem a ser otimistas em relação ao seu futuro e sabem como abordar seus
problemas de diferentes pontos de vista.

 Estabelecem objetivos e metas a curto e médio prazo e são capazes de se


responsabilizar por seus próprios comportamentos e decisões.
 Conhecem seus pontos fortes e fracos. Sabem aceitar as críticas, são
autocríticos e enfrentam os problemas.
 Têm estabilidade emocional e demonstram empatia.
 São sensíveis às necessidades dos outros, se comunicam facilmente com as
pessoas ao seu redor e mantêm uma rede saudável de contatos em seu meio.

Adolescentes com baixa autoestima


As condutas que dão indícios da baixa autoestima dos adolescentes são lideradas por
uma falta de confiança em si mesmos e em suas capacidades.

 Consideram que são inferiores aos outros, não respeitados e não valorizados.
Isso faz com que se recusem a realizar atividades grupais em que têm que
cooperar com os outros.
 Sentem insegurança e um medo paralisante do fracasso.
 Muitas vezes mostram sinais de falta de disciplina, compromisso e
responsabilidade.
 Na tentativa de se destacarem e dada sua constante necessidade de atraírem
atenção, enganam e mentem.

 Culpam os outros e muitas vezes adotam uma atitude agressiva, violenta,


regressiva, desafiadora e antissocial.

Para que serve a autoestima?


Erikson determina que a adolescência é um processo de busca de identidade e de
sentido pessoal. Portanto, embora se estabeleça geralmente em termos de crise e de
caos hormonal, é saudável e contribui para o fortalecimento do ego do adulto. A
conquista da identidade tem a ver com a função que se deseja desempenhar no futuro e
com as forças educacionais a seguir. A busca por identidade é uma tarefa fundamental.

Portanto, a autoestima contribui para que aceitemos a nós mesmos e valorizemos nossas
qualidades. Assim como sabemos quais são nossos defeitos, devemos ser conscientes
dos pontos fortes que possuímos e trazê-los à tona.

Não é ser egoísta, é ser realista e alimentar nossa autovalorização. A autoestima é um


sinal de respeito por si mesmo e pelos outros. Somente aquele que respeita a si mesmo é
respeitado. Assim como apenas o que se valoriza é valorizado pelas outras pessoas.

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A influência da família na formação da


autoestima
A formação da autoestima é alimentada (em parte) pela dinâmica familiar em que
fomos educados. É um legado que deixa a sua marca e que às vezes é difícil de curar.
Especialmente se veio de um pai ou de uma mãe que nunca amou a si mesmo e que não
era hábil quando se tratava de atender às necessidades, dar incentivo ou acolher os seus
filhos com carinho.

Muitos psicólogos dizem que, para ter sucesso na vida, é preciso uma boa dose de
autoestima. Não importa se queremos ou não, mas poucos “combustíveis” nos dão
tanta determinação, autoconfiança e sensação de competência. No entanto, muitas vezes
passamos pelo mundo com um nível tão baixo de autoestima que é quase impossível
ativar o nosso mecanismo de superação.

“A maioria dos medos de sermos rejeitados tem a sua origem no desejo de sermos
aprovados pelas outras pessoas. Não baseie a sua autoestima nas opiniões alheias”.
– Harvey Mackay –

Como explicou a famosa antropóloga cultural Margaret Mead, a família é o primeiro


grupo social onde o conjunto de interações que ocorrem determina uma boa parte
de quem somos. Os nossos pais têm o dever e a obrigação de preencher esse depósito
com nutrientes adequados, ricos componentes onde não haja falta de segurança, carinho,
consideração, e um impulso vital capaz de nos encorajar a andar pelo mundo nos
sentindo importantes.

No entanto, neste caminho árduo na formação da nossa autoestima, nem sempre


recebemos esse combustível. Isso nos leva inevitavelmente a iniciar um caminho de
busca pessoal na tentativa de consertar aquela infância em que faltaram muitas coisas…
A formação da autoestima e a harmonia com nossos
pais
A formação da nossa autoestima começa na infância. No entanto, isso significa que a
autoestima está completamente determinada por todo esse conjunto de experiências
anteriores vividas na nossa infância e juventude? Bem, na psicologia, como em grande
parte das ciências, a palavra “determinismo” é perigosa e tem profundas nuances.

Nas questões psicológicas, tudo o que aconteceu na infância nos influencia muito, mas
não nos determina. Ou seja, o ser humano e, especialmente, o seu cérebro, têm muita
plasticidade e uma grande capacidade de superação. No entanto, tudo isso nos
obriga mais uma vez a olhar para a grande importância da nossa educação e a qualidade
dos relacionamentos com aqueles que cuidam de nós e que nos fornecem não somente o
sustento, mas também um legado emocional e educacional.

Para aprofundar esse assunto é interessante ler os livros do Dr. Ed Tronick, especialista
em desenvolvimento infantil e professor de pediatria da Universidade de Harvard. Um
dado interessante citado por este psicólogo é que, para favorecer o desenvolvimento da
autoestima infantil, é necessário estar emocionalmente sintonizado com as crianças.
No entanto, em muitos dos seus trabalhos, ele demostrou que mesmo bons pais não
conseguem estar em sintonia com seus filhos nem 40% do tempo.

É provável que esses dados nos parecem alarmantes e até dramáticos. No entanto, o Dr.
Tronick aponta algo que nos convida para uma reflexão. A razão pela qual muitos pais
não se conectam 100% com as necessidades emocionais dos seus filhos é porque não
agem dessa forma consigo mesmos.

Um pai estressado, cheio de resistências e problemas emocionais não resolvidos estará


enviando uma série de códigos, esquemas inconscientes e linguagens para a criança que
os absorverá e agirá da mesma forma. Neste caso, será incapaz de proporcionar aos
pequenos o desenvolvimento de uma boa autoestima, uma vez que não possuem bons
alicerces, raízes firmes com as quais dar exemplos, orientar com atenção e
segurança.

A família influencia, mas você decide


A formação da autoestima ao longo da infância é influenciada principalmente por três
fatores: aparência física, nosso comportamento e nosso desempenho escolar. A
maneira como nossos pais lidam com essas três dimensões pode nos encorajar a crescer
em segurança e confiança ou, ao contrário, a nos escondermos na concha do desamparo,
solidão e medo.

“A pior solidão é não estar confortável consigo mesmo”.


– Mark Twain –

O mais complexo de tudo isso é que, até hoje, continuamos a ver como muitos pais e
mães são imaturos e inconscientes quando se trata de cuidar da sua linguagem e
forma de comunicação com as crianças. Basta ouvir suas conversas na porta dos
colégios para entender como, sem perceber, eles cortam uma a uma as asas da
autoestima dos seus filhos.

O uso de comparações, de afirmações absolutistas (você é uma negação, nunca será


aprovado …) ou a incapacidade de perceber problemas emocionais ocultos, muitas
vezes leva as novas gerações a arrastar o mesmo problema dos seus próprios pais:
a falta de autoestima.

A família influencia a formação da autoestima, mas o que aconteceu no passado não


deve determinar a nossa vida. Está em nossas mãos parar de se machucar por não ter o
combustível necessário para suprir a autoestima. É possível reparar uma infância de
carências para suprir a nossa maturidade de tudo o que os outros não puderam
nos dar.

É necessário aprender a nos abastecermos, parar de buscar fora o que podemos


encontrar dentro de nós mesmos. A autoestima deve ser trabalhada todos os dias; ela
requer mudanças, exige coragem e necessita, acima de tudo, de uma grande dose de
amor próprio. Independentemente do nosso passado, sempre é tempo de gerar
mudanças, de investir na autoestima.

https://amenteemaravilhosa.com.br/familia-formacao-da-autoestima/

Reconhecimento: chave da autoestima e


da dignidade
Todos nós precisamos de reconhecimento. Primeiro de nós mesmos para nos
validarmos em nossas capacidades, imagem e valor. Além disso, o reconhecimento é
também o pilar que lança as bases para a autoestima nas crianças, o impulso de que o
trabalhador precisa em sua atividade e a força que vai construir uma forte relação entre
os membros do casal. Por isso, é importante que a pessoa se sinta amada, valorizada,
apreciada…

O conceito de reconhecimento, por mais curioso que seja, às vezes não é bem
entendido. Algumas pessoas o veem como uma dimensão negativa. Afinal, as pessoas
que buscam continuamente o reforço positivo dos outros são incapazes de manter uma
independência emocional adequada. Elas são, aos olhos de muitos, personalidades que
constroem sua autoestima com base nas respostas oferecidas pelos outros.

Em vista disso, deve ser dito que a chave para o reconhecimento está no
equilíbrio. Afinal, se há algo que não podemos descartar é a grande relevância que o
reconhecimento tem em nosso tecido relacional, social e emocional. Além disso, se nos
lembrarmos da pirâmide das necessidades de Maslow, veremos que o
reconhecimento ocupa um lugar de destaque. É nesse ponto da hierarquia que se
localiza essa sutil harmonia entre o autorreconhecimento ou a capacidade de nos
sentirmos competentes com a importância de que os outros também valorizem o que
somos e fazemos.
Reconhecimento, uma forma de dignidade pessoal e
social
O ser humano vive em uma dualidade constante. Todos gostamos de nos sentir
presentes num ambiente. Entretanto, ao mesmo tempo, também gostamos de estar
ausentes. Assim, nós nos sentimos livres, independentes e, por vezes, separados dos
nossos cenários diários. Entretanto, algo que ninguém pode gostar é de ser invisível.
Tornar-se aquela figura que ninguém vê ou aprecia e que não é levada em conta.

Quem sabe muito bem disso são as crianças que ficam nas fileiras do fundo da sala de
aula, em um canto do pátio no recreio, sem ninguém para conversar e desfrutar de uma
infância rica e colorida. Assim como sabem bem os adolescentes que ninguém valoriza,
mas todo mundo pune. Também a pessoa que não se sente valorizada pelo cônjuge,
vivendo no lugar mais profundo da solidão e do abandono emocional. O
reconhecimento é uma ferramenta psíquica que nos valida com nossos grupos de
referência. Isso, por sua vez, traz para nós dignidade como pessoas.

Afinal, reconhecer alguém é torná-lo visível. É dar presença, é permitir “ser”,


“estar” e crescer em liberdade. É apreciar alguém pelo que é, dando uma afeição que
impulsione o crescimento pessoal, mas que não restrinja nem invalide. O
reconhecimento gera autoaceitação para que, de alguma forma, possamos também
fortalecer ainda mais o músculo da nossa autoestima.

Por outro lado, um aspecto que não podemos esquecer da autoestima é que, nessa
percepção autoavaliativa, a maneira como acreditamos que os outros nos veem também
está incluída. Uma coisa não pode ser separada da outra. Somos seres sociais e o que os
outros nos dizem ou pensam sobre nós influenciará quem somos de uma maneira ou
de outra.

O reconhecimento é importante, mas não podemos


depender exclusivamente dele
Estamos cientes de que poucas coisas podem ser mais dolorosas que a
rejeição. Experimentar o abandono ou desprezo em nosso grupo social ativa nossos
alarmes de pânico. Afinal, a solidão não escolhida e o isolamento causado por vínculos
negativos geram sofrimento. Agora, como indicamos no início, é necessário saber
conciliar o reconhecimento que nos damos com o que recebemos dos outros.

Viver nossas vidas baseados apenas em reforços positivos externos gera dependência e
desconforto. Portanto, é importante lembrarmos de um aspecto simples. A qualidade
com que nos reconhecemos influenciará, por sua vez, o modo como os outros nos
valorizam. Vamos dar alguns exemplos. O funcionário que confia em suas habilidades,
que se sente capaz e seguro, criará um impacto positivo em seu ambiente de
trabalho. Seu desempenho será bom e, em média, os outros reconhecerão seus esforços.

Outro exemplo. A pessoa que se valoriza, que se sente realizada, livre e autônoma
constrói relações afetivas muito mais fortes. Esse caráter maduro e seguro também
desperta reconhecimento e admiração, mas nunca dependência mútua. Nenhum
reforço constante é necessário. Sendo assim, a nossa felicidade não dependerá
exclusivamente de recebermos ou não esse reconhecimento positivo a cada momento. É
possível haver um equilíbrio perfeito entre o reconhecimento que damos e que
recebemos. Isso pode ser feito com a mais absoluta sinceridade e o mais autêntico afeto.

Para concluir, não podemos ignorar este conceito na atualidade. O reconhecimento é a


base de toda sociedade por uma razão muito simples: favorece a inclusão. Afirma a
presença daquele que está invisível independentemente da idade, condição, etnia ou
personalidade. Saber reconhecer também é saber como amar sabiamente. Afinal,
aqueles que praticam o reconhecimento saudável são capazes de validar o outro pelo
que ele é, e não pelo que gostaria que fosse.

Vamos, portanto, aprender a reconhecer uns aos outros, dar visibilidade para as pessoas
e necessidades através do afeto, disponibilidade e humildade.

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Hiperidrose e seu impacto na nossa


autoestima
A hiperidrose pode nos levar a limitar nossas atividades sociais. Existe uma solução
para que ela deixe de ser um problema?

Suar é um processo fisiológico natural; no entanto, algumas pessoas sofrem de


hiperidrose. Essa condição é considerada uma doença que causa transpiração
excessiva: uma condição que muitas vezes provoca constrangimento em certas
atividades sociais. Isso tem um impacto muito negativo na nossa autoestima.

Como bem destaca o artigo Simpatectomia por videotorascopia para tratamento de


hiperidrose palmar moderada, esta doença faz com que o suor moderado apareça
espontaneamente, sem que isso tenha qualquer relação com o clima (quente ou
frio).

Isso tem um impacto no universo social, já que a pessoa se inibe no contato social e
sofre as consequências. Normalmente, a hiperidrose está presente desde a infância.

Tratamentos para hiperidrose


O fato de a hiperidrose condicionar nossa vida física e mental, afetando elementos tão
importantes quanto a autoestima, nos incentiva a intervir para minimizar seus sintomas
e suas consequências. Para fazer isso, devem ser levados em consideração os seguintes
pontos que mencionaremos abaixo:

 Vá ao médico: é necessário colocar esse problema no conhecimento de um


profissional que possa indicar possíveis opções de tratamento que só ele pode
fornecer.
 Mantenha a higiene ideal: tanto se a hiperidrose se manifesta em nossos pés,
mãos, axilas ou outras partes do corpo, é essencial manter uma boa higiene. Isso
significa que o banho deve ser realizado com mais frequência do que o habitual.
Isso evitará maus odores e permitirá que nos sintamos mais autoconfiantes.
 Medicamentos com ação sistêmica: o médico prescreverá o medicamento que
melhor nos convier e nos monitorará para ver se precisa ser trocado, aumentar a
dose, etc. Eles costumam ter bons resultados para casos leves.
 Métodos cirúrgicos: fornecem uma cura definitiva, mas só são recomendados
em casos moderados e graves. No entanto, se não pudermos passar por uma
operação, há uma nova opção que consiste em aplicar correntes galvânicas nas
áreas afetadas.

Essas intervenções permitem regular e manter o suor sob controle. Se este for
excessivo, a cirurgia pode diminuir o nível basal para devolvê-lo a níveis comuns. Os
bons resultados, sem dúvida, favorecerão de maneira especial as sensações da pessoa
em situações sociais.

Depoimentos sobre esta doença


O impacto que essa doença pode ter sobre a nossa autoestima pode fazer com que
seja essencial buscar um profissional que nos ajude a aceitar nossa condição. Temos
um exemplo de hiperidrose com o espanhol David Broncano, um personagem público,
humorista que tem seu próprio programa, e que até mesmo brinca com sua hiperidrose
palmar.

No entanto, há casos como o de um jovem engenheiro de 24 anos. Apesar de ter ido ao


médico e ter recebido uma solução antitranspirante de cloreto de alumínio, no verão seu
suor tornou-se mais evidente (menos camadas para ocultá-lo). O jornal El País
publicou seu relato:

“Quando soube que uma operação eliminava a hiper-sudorese, pensei apenas nas
vantagens. […] Todo dia eu tenho que manchar meu peito com um antitranspirante de
cloreto de alumínio, e no verão tenho vergonha de sair para a rua porque minha
camisa molha imediatamente”.

Para algumas pessoas com hiperidrose, é mais confortável estar em uma academia, já
que é um lugar onde todos transpiram. No entanto, fora desse ambiente, muitas vezes se
sentem pequenos e inseguros a ponto de tentarem esconder o problema de seus próprios
parceiros.

Apesar de tudo isso, ficamos com uma frase que Violeta (outra pessoa com hiperidrose)
deixou como testemunho: “O pior não é a doença, é que você foca sua vida em torno
dela. As pessoas nem percebem isso. A preocupação é sua”.

Um problema estético?
A razão pela qual nossa autoestima é afetada quando sofremos de hiperidrose é
devido a uma série de crenças que temos sobre a transpiração. Quando pensamos
nisso, vêm à nossa mente palavras como “mau cheiro”, “sujo” ou “falta de higiene”.
No entanto, nem sempre que suamos cheiramos mal ou significa que não nos limpamos.
É uma reação natural do nosso corpo que, devido a esta doença, pode ocorrer em
excesso. Quando estamos praticando uma atividade física, isso não nos causa
preocupação. Em outras situações, sim. Talvez porque não seja socialmente aceito?

A hiperidrose, felizmente, é um problema que hoje tem solução. Com a cirurgia


podemos erradicar completamente esta doença e, caso não seja tão grave, controlá-la
com certos medicamentos. E você, sofreu ou sofre de hiperidrose? Como é conviver
com ela?

https://amenteemaravilhosa.com.br/hiperidrose-impacto-autoestima/

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