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Você não é o que você conquista, mas o

que você supera


Às vezes, tendemos a cair na falsa crença de que na vida é preciso acumular
conquistas. As pessoas estabelecem metas de curto e longo prazo quase todos os dias, e
isso é definitivamente uma coisa boa. Como também é positivo acordar todas as manhãs
com uma motivação e uma ilusão, não há dúvida disso.

Adoramos atingir metas e mostrar a nós mesmos do que somos capazes: conseguir
aquele emprego, ascensão, conseguir comprar aquela casa, aquele carro, conquistar a
mulher ou o homem que você quer. Estamos girando e construindo nossa vida com base
em pequenas e grandes conquistas. Agora, tudo o que temos conquistado ao longo da
vida realmente nos define?

Muitos de nós dirão que de fato é. No entanto, há um valor ainda melhor do que a
capacidade de alcançar. Adivinha qual é? A capacidade de superação. O que você
assume como difícil por mais doloroso que seja, e que finalmente, você consegue
superar isso, tornando-se ainda mais forte.

Vamos falar sobre isso hoje, vamos entender um pouco melhor essa interessante e
fundamental capacidade.

A diferença entre alcançar e superar


Antes de tudo, vamos diferenciar alcançar e superar. Para entender, vamos definir
através de algumas afirmações simples o que geralmente constrói a vontade de alcançar,
essa dimensão que hoje muitas vezes é tão valorizada nesta sociedade altamente
competitiva:

-A capacidade para alcançar algo é o esforço e o que uma pessoa está disposta a investir
para atingir um objetivo.

– Geralmente é uma personalidade que é clara sobre seus desejos e necessidades, e que
luta por eles, mantendo altas expectativas de realização.

-Constância e tenacidade são necessárias.

-Eles definem o seu dia-a-dia através de objetivos a cumprir, onde está implícita uma
grande autoexigência.

-Pessoas com alta capacidade de realização geralmente têm sucesso profissional.

Estas são, sem dúvida, dimensões muito positivas, que promovem a nossa autoestima e
reforçam significativamente a percepção que temos de nós próprios. Agora, poderíamos
dizer que é justamente a nossa capacidade de realização (de alcançar objetivos), o que
melhor define a pessoa? É uma característica realmente enriquecedora?
Às vezes, costuma-se dizer que a verdadeira força, a melhor coragem de uma pessoa, é
sua capacidade de superar as adversidades. E mais ainda, superando os próprios
medos, as próprias limitações, aquelas que só nós conhecemos. Esse esforço pessoal às
vezes é muito mais satisfatório do que atingir um objetivo.

Os pilares da superação pessoal


“Você não é o que você conquista, mas o que você supera”. E agora conta pra gente, o
que você superou ao longo da vida? Temos certeza de que muitas coisas, que você
enfrentou inúmeras dificuldades com coragem, essas que agora o definem como você é,
como você se vê agora no espelho. Com todas aquelas cicatrizes internas que só você
percebe.

Vejamos agora que dimensões tendem a construir essa capacidade instintiva que muitos
de nós temos para superar essas “paredes” cotidianas que a vida às vezes nos dá:

1. Atitude positiva

Ter uma atitude positiva é essencial para superar qualquer dificuldade. Manter a força
e a esperança nos dá força para sermos corajosos. Para confiar em nós mesmos.

2. Enfrentamento

Essas lacunas, essas ameaças, problemas ou perdas com os quais temos que lutar de vez
em quando são inimigos com os quais devemos lidar, mas nunca evitar. Tome força,
confie em si mesmo e enfrente-os, nunca fuja dos problemas.

3. Resiliência

Falamos com você sobre resiliência em inúmeras ocasiões em nosso espaço. Tanto que
já sabemos que você a aplica no seu dia a dia. Não importa quão traumático,
complicado ou devastador seja um evento… Podemos aprender com qualquer
condição difícil e sair mais fortes do processo. Não há nada mais empoderador do que
superar qualquer situação estressante ou ameaçadora com resiliência.

4. Autoestima

Como definir a autoestima de uma forma simples e prática? A autoestima é uma escala
onde se encontram a confiança, o respeito próprio, o desejo de viver e ser feliz com o
que se tem e merece.
Temos certeza que você concorda.

5. Emoções positivas

As emoções positivas nos fazem florescer, enquanto nos “enraízam” em nossa realidade
através da empatia, amor, equilíbrio, bem-estar e inteligência emocional.

Todas essas dimensões são as sementes com as quais germinar nossa capacidade de
superação, uma das dimensões mais enriquecedoras do ser humano.
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supera/

6 palavras perigosas que nos limitam


A linguagem é a base do pensamento. Por esse motivo, devemos estar muito conscientes
de que as palavras que usamos diariamente determinam as nossas vidas.

A programação neurolinguística é uma abordagem que nos ajuda a entender o impacto


que a linguagem tem em nossos pensamentos e como os termos que usamos nos
programam para experimentarmos a realidade de uma certa maneira. Nesse
sentido, um aspecto básico consiste em evitar determinadas palavras perigosas que nos
limitam.

Existem certas expressões de uso diário que têm uma carga conceitual importante
e não muito positiva. No entanto, não temos conhecimento do seu impacto e, portanto,
continuamos a usá-las. A seguir, explicaremos quais são e como afetam a nossa psique.

6 palavras perigosas que nos limitam


Não

Essa é uma palavra que, paradoxalmente, tende a nos aproximar dos resultados dos
quais queremos nos afastar. É uma palavra ambígua que a mente não registra. Se, por
exemplo, eu lhe disser: “não pense em um elefante amarelo”, provavelmente essa é a
imagem que vai surgir na sua mente.

Quando usamos expressões desse tipo, inconscientemente eliminamos o “não” e


focamos no que se segue. Então, quando dizemos “não fique nervoso” ou “não quero
ficar doente”, na verdade estamos nos programando para o nervosismo e a doença.

Seria muito mais conveniente usar afirmações positivas, como: “mantenha a calma” ou
“quero me manter saudável”.

Tenho que

Quando dizemos que “temos que” fazer algo, estamos dizendo que é algo
desagradável, imposto ou que nos dará trabalho. “Eu tenho que trabalhar”, “Eu
tenho que ser mais sociável”, “Eu tenho que perder peso“. Imediatamente assumimos
essas ações como difíceis e negativas.

Portanto, é preferível usar as expressões “eu quero” ou “eu vou”. Por exemplo, é
melhor dizer: “eu quero ser mais sociável” ou “eu vou trabalhar” (nesse último caso,
dizer “eu quero” pode soar muito falso ou contraditório). Com essas expressões, nos
programamos para que realizar essas tarefas seja mais fácil e leve.

Mas
Quando usamos a palavra “mas” para vincular duas ideias, estamos removendo
instantaneamente o valor da primeira. Dessa forma, a mensagem que chega é a
afirmação negativa que colocamos no final. “Eu amo você, mas discutimos demais”,
“Consegui uma boa nota, mas poderia ter feito melhor”.

Para evitar esse fenômeno, podemos substituir o “mas” por um “no entanto”.
Dessa forma, a mensagem principal permanece intacta, mesmo se adicionarmos outras
informações posteriormente. Também podemos reverter a ordem das ideias:
“Discutimos demais, mas eu amo você”. Sem dúvida, assim a mensagem será melhor
recebida.

Coitadinho: uma das palavras mais perigosas

Essa é uma expressão que usamos diariamente para expressar empatia e


compaixão pela situação dos outros ou de nós mesmos. “Coitadinho, eles o
demitiram”, “Coitadinho, o seu parceiro o deixou”.

Embora o façamos com a melhor intenção, usando essa palavra prestamos um


desserviço à pessoa que a recebe. Dessa forma, acabamos programando-a para se
sentir uma vítima desamparada das circunstâncias. Vamos tentar substituir essa
palavra por outras expressões que capacitem a pessoa e façam com que ela se lembre da
sua capacidade de seguir em frente.

Nunca, sempre, ninguém, todos

Quando usamos essas palavras, sentenciamos e favorecemos o pensamento rígido e


dicotômico. “Você sempre faz tudo errado”, “ninguém me ama”, “nunca serei feliz”.
Esses pensamentos e afirmações são bastante prejudiciais e nos condicionam a
continuar experimentando mais do mesmo, sem uma possível saída.

Use expressões mais próximas da realidade e, acima de tudo, que permitam uma
margem de mudança e melhoria. “Eu fiz aquilo da forma errada” e “Não me sinto feliz
nesse momento” enfatizam que esses são eventos específicos, mas transitórios, que
nos permitem agir para modificá-los.

Logo, amanhã, um dia: evite essas palavras perigosas

Esses termos que se referem ao tempo com ambiguidade nos impedem de agir em
nossos projetos. Eles nos levam a procrastinar indefinidamente. “Logo eu começo a
estudar.” Quando é logo? “Um dia desses eu vou começar a comer de forma mais
saudável”. Que dia?

Se você realmente deseja cumprir os seus propósitos, evite pensar e falar nesses termos.
Defina uma data ou hora exata para começar.

Em resumo, lembre-se sempre de que a linguagem é a base dos nossos pensamentos, da


comunicação conosco e com os outros. Quando raciocinamos, o fazemos a partir de
frases e declarações. Portanto, a decisão de usar uma ou outra palavra condicionará
a nossa maneira de perceber o mundo.
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O método SCORE para definir bem os


seus objetivos
O método SCORE é um modelo desenhado para nos ajudar a analisar uma situação
problemática, para que possamos encontrar uma saída viável, a partir da qual definimos
metas realistas a serem alcançadas.

Todos nós já enfrentamos dilemas ou dificuldades para os quais não vemos saída.
Quanto mais pensamos neles, menos soluções encontramos. O método SCORE é uma
ferramenta projetada precisamente para situações como essa. Serve tanto para visualizar
possíveis soluções para problemas quanto para definir objetivos com mais clareza.

Muitas vezes, essas decisões envolvem um alto risco. Não é apenas o medo de estar
errado, pois as consequências podem ser muito graves. Mesmo as pessoas mais
autoconfiantes podem hesitar, especialmente quando qualquer uma das alternativas
envolve perdas potencialmente significativas.

O método SCORE é um modelo que permite organizar suas ideias. Primeiro,


analisa a situação, visualiza as alternativas e estabelece soluções. É comumente aplicado
a assuntos profissionais, mas também funciona perfeitamente para situações pessoais.
Vejamos do que se trata.

“A linguagem é um dos componentes fundamentais a partir dos quais construímos os


nossos modelos mentais do mundo, e pode ter uma influência tremenda na maneira
como percebemos e respondemos à realidade”.
– Robert Dilts –

A origem do método SCORE


Podemos dizer que o método SCORE foi desenvolvido por Robert Dilts, um
psicólogo americano especialista em neurolinguística. Na verdade, ele foi um dos
pioneiros da chamada Programação Neurolinguística, ao lado de Richard Bandler e John
Grinder.

É denominado método SCORE porque esta última palavra corresponde às iniciais das
ações propostas pelo modelo. Em inglês, o idioma original, SCORE significa: Symptom
Clause Outcome Resourc Effect. Em português, as iniciais desta sigla foram traduzidas
da seguinte forma:

 S: Estado ou sintoma atual.


 C: Causa.
 O: Objetivo.
 R: Recurso.
 E: Efeito esperado.
O significado de cada elemento
Antes de mostrar como o método SCORE deve ser aplicado, veremos com mais
detalhes o que cada um de seus componentes significa. É importante, em qualquer caso,
ressaltar que é aconselhável fazer a análise na ordem proposta, e não de outra
forma. Então, vejamos do que trata cada elemento:

 S (estado atual ou sintoma). Corresponde à definição do problema, levando em


conta os seus sintomas. Por exemplo: não tenho como pagar minhas contas no
final do mês.
 C (causa). Tem a ver com os fatos OBJETIVOS que geram este problema. O
ideal é definir a causa imediata (presente) e a causa mediata (passado). Por
exemplo: gastei o dinheiro do mês em outras coisas; sou desorganizado com as
minhas contas.
 O (estado ou objetivo desejado). Aqui você define o que QUER fazer, não o
que deveria ou seria aconselhável. Por exemplo: quero ter dinheiro suficiente.
 R (recurso). Ele responde à pergunta: com o que posso contar para atingir o
meu objetivo? Pode ser algo externo ou interno. Por exemplo: tenho um carro
que posso vender para saldar dívidas. Ou: tenho a oportunidade de solicitar uma
promoção em breve.
 E (efeito esperado). Responde às perguntas: O que eu conseguiria se atingisse o
meu objetivo? Como isso afetaria a mim e as pessoas ao meu redor? Por
exemplo: você teria que gastar mais com transporte. Ou: eu teria menos tempo
para a minha família em um novo cargo.

A aplicação do método SCORE


Às vezes, refletir sobre cada um dos pontos anteriores é suficiente para chegar à
possível resolução de um problema ou à definição de um objetivo. Em outras ocasiões,
mesmo fazendo essa análise, ainda ficam dúvidas. Nestes casos, é preciso realizar um
passo adicional para aplicar corretamente o método SCORE.

Aqueles que trabalham com este método aconselham torná-lo muito gráfico. Ou seja, ao
invés de fazer o exercício em um caderno ou bloco de anotações, é melhor usar
cartolinas coladas na parede, uma para cada letra do SCORE. Os programadores
neurolinguísticos afirmam que essa disposição dos objetos contribui para ampliar a
perspectiva.

Você também pode aplicar este método usando cartões no chão. Faça uma placa que
diz META e fique sobre ela. Na sua frente, você terá cartões com cada uma das letras e,
simplesmente, dará um passo e ficará sobre a letra que deseja a cada vez. Neste caso,
você não precisa seguir a ordem estabelecida e pode voltar a cada letra quantas vezes
forem necessárias.

O objetivo final do método SCORE é definir o que você deseja fazer de forma
realista. Quando você sabe o que realmente quer, as ideias e propostas fluem. Muitas
vezes ficamos confusos simplesmente porque não temos certeza do que queremos.

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Culpar os outros como estratégia
A estratégia de culpar os outros para evitar as responsabilidades e as consequências dos
erros nunca é uma boa ideia. No final, isso só leva a relações falsas com os demais, o
que cria um obstáculo para o crescimento pessoal.

Geralmente, culpar os outros é algo que as crianças fazem. Isso porque seu
desenvolvimento cognitivo e moral as impede de entender a importância de assumir
responsabilidade por suas ações. Por isso, elas preferem evitar a punição quando sabem
que fizeram algo que não deveriam. Infelizmente, muitos adultos continuam a
mostrar esse tipo de comportamento em diferentes situações.

Culpar os outros primeiro se torna um hábito e depois uma estratégia, principalmente


nas pessoas com um alto grau de narcisismo ou naquelas sem autonomia. Esse
comportamento supõe uma estagnação na evolução dos valores e das emoções. Quem
age dessa maneira está sofrendo e, como resultado, faz com que aqueles ao seu redor
também sofram.

Comumente, há medo, raiva reprimida e tristeza por trás do padrão de culpar os


outros. Enquanto essas pessoas não usarem estratégias mais saudáveis em seus
relacionamentos com os outros, esses sentimentos permanecerão e até se tornarão mais
intensos. Portanto, esta não é uma estratégia eficaz. Pelo contrário, multiplica as
dificuldades.

“Jogar limpo é não culpar os outros pelos nossos erros”.


-Eric Hoffer-

As razões para culpar os outros


De um modo geral, existem duas grandes razões pelas quais algumas pessoas escolhem
culpar outras como estratégia para lidar com conflitos. A primeira é o narcisismo e a
segunda é a falta de autonomia. Você pode pensar que esses dois aspectos são
exclusivos, mas não são. De fato, é muito comum encontrá-los juntos.

Também é muito comum uma pessoa desenvolver um narcisismo excessivo como


compensação pelo seu sentimento de inferioridade. Assim, cria-se um paradoxo. A
pessoa acredita que deve ser amada ou reconhecida, mas não faz o necessário para obter
esse amor ou reconhecimento. Apesar disso, fica incomodada por não conseguir. É
então que ela decide culpar os outros por tudo o que não consegue.

A segunda razão pela qual essa estratégia é usada é a falta de autonomia. Como
acontece com uma criança, há muita dependência da autoridade e medo de punição.
Então, elas punem os outros para evitar um momento ruim. No entanto, isso aumenta
sua dependência e as impede de desenvolver um senso de responsabilidade.

Por que culpar os outros?


O comportamento de culpar os outros aparentemente gera algum benefício. O
primeiro deles é que o ego permanece intacto. Isso acontece porque, ao cometer um
erro e reconhecê-lo, você declara implicitamente que é imperfeito e, portanto, nem
sempre certo. Para uma pessoa que não tem humildade, essa é uma ferida que seu ego
não tolera.

A dificuldade de aceitar erros não é resultado de excesso de amor próprio, mas de


uma grande insegurança. Algumas pessoas pensam que cometer um erro tira o seu
valor ou questiona suas habilidades ou méritos. Se, por outro lado, a pessoa tem
segurança sobre quem é, considera seus erros normais e uma fonte de aprendizado.

Então, há momentos em que a pessoa culpa os outros porque assim evita as


consequências de suas ações. Assim, ela não tem que corrigir seus erros. É uma
maneira infantil de fugir da responsabilidade e da culpa. Quem age assim está se
escondendo de si mesmo e perdendo a oportunidade de aprender com os erros, se
fortalecer e crescer.

O que há a perder com essa estratégia?


Quem culpa os outros sistematicamente pelos seus erros, sofrimentos e carências, está
causando danos a si mesmo e aos outros. A primeira coisa que esse tipo de pessoa
consegue é diminuir a autenticidade e a abertura de um relacionamento. Nessas
condições, é muito difícil construir laços saudáveis, e o que se promove são
relacionamentos tóxicos.

Um dos aspectos que mais dão valor à vida é justamente construir laços íntimos
genuínos com outras pessoas. Estes proporcionam segurança, fortalecem a
identidade e nutrem a coragem. Os laços artificiais marcados por manipulação geram
apenas a sensação de estar sozinho diante de um mundo ameaçador.

Da mesma forma, quem se recusa a assumir suas responsabilidades também


renuncia ao seu crescimento pessoal e a aprender com seus erros. Essa estagnação
acaba influenciando as emoções e distorcendo a percepção da realidade. Por fim, acaba
apenas alimentando uma postura paranóica e prejudicial.

O antídoto para essa tendência de culpar os outros é a humildade. Ao contrário do


que muitos acreditam, aprender a assumir a responsabilidade pelas consequências de
suas ações e erros apenas fortalece e promove sua evolução como indivíduo.

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Tomar a iniciativa: como fazer as coisas


acontecerem
Quem tem iniciativa muda o seu mundo e não espera que os outros pavimentem o seu
caminho ou lhe deem a lua. No final, descobrimos como é fundamental ousar e fazer as
coisas por nós mesmos. No entanto... por onde começar?
Tomar a iniciativa é dar o primeiro passo para marcar um encontro com quem você
gosta, mas também quebrar os padrões e começar os seus próprios projetos. Ou seja,
trata-se de ser alguém proativo e ativar aquela habilidade social que combina
entusiasmo, intuição, criatividade, vontade de antecipar as coisas e sair de qualquer
dificuldade.

Quem não gostaria de dispor de todos esses recursos? Na verdade, nunca lhe disseram
que “o que lhe falta é iniciativa?” Assim, quase sem perceber, essa palavra se torna um
anseio, um impulso que desejamos integrar à nossa personalidade e comportamento para
fazer as coisas acontecerem.

Virtude, habilidade social, capacidade de liderança, etc. Podemos definir essa dimensão
de várias maneiras, mas o que sempre fica evidente é um aspecto: há quem tenha e
quem não tenha. Quando nos falta iniciativa, a razão geralmente reside na
insegurança pessoal e também no medo. Temos medo de falhar, temos medo de ficar
em evidência, de nos expormos e de que os outros descubram que somos falíveis.

No entanto, uma coisa é certa: não há diferença entre ficar onde estamos e falhar.
Continuamos no mesmo lugar, no mesmo território, onde nada acontece, onde não
avançamos social, emocional ou profissionalmente. Portanto, se desejamos que a
realidade seja melhor e se queremos alcançar o que temos em nossas mentes e corações,
é preciso tomar a iniciativa.

Chaves para tomar a iniciativa e alcançar os seus


objetivos
Em algum momento da vida, experimentamos esse sentimento: querer fazer algo e não
saber como fazer, ou simplesmente não ousar. Pedir um aumento de salário ao chefe,
contar a alguém que gostamos dele, fazer uma mudança de vida, começar uma nova
fase… Tomar a iniciativa exige algo mais do que coragem.

Acima de tudo, significa ter disposição e um plano de ação. Porque além do que
podemos acreditar, a pessoa com iniciativa não improvisa, ela planeja. Algo assim, sem
dúvida, requer um ajuste adequado dos processos cognitivos, emocionais e
comportamentais. Hoje, vamos conhecer uma série de estratégias que nos permitirão
aprender a tomar iniciativa.

Emoções em sintonia com os objetivos

Existem emoções que perturbam e não facilitam a vida. Tomar a iniciativa costuma
fazer com que duas emoções muito específicas apareçam: medo e vergonha. Temos
medo de falhar e de nos expor. Esses serão os nossos piores inimigos e, como tal,
devem ser desativados e reorientados.

De que maneira? Estabelecendo um diálogo conosco para nos lembrarmos do que


merecemos. Deve ficar claro que o medo e a vergonha nos incapacitam como pessoas,
apagam o nosso potencial e distorcem a nossa identidade. Em vez disso, existe uma
emoção excepcional que sempre facilita a iniciativa: o entusiasmo.
Planeje, observe, aproveite a oportunidade

Tomar a iniciativa não é sinônimo de pular na piscina ao contar três. Às vezes, a


piscina pode estar vazia e podemos cometer um erro que poderíamos ter previsto.

 Ter iniciativa significa levar em conta o contexto, prever o futuro, olhar a


situação a partir de diversos ângulos e traçar um plano.
 Evite deixar tudo ao acaso. Para conseguir o que desejamos, a sorte pode nos
acompanhar, mas tenha sempre em mente que a sorte é criada por nós mesmos
com esforço, trabalho e originalidade.

Para tomar a iniciativa, recorra a aliados e mentores que possam ajudá-lo

Quando se trata de criar o presente e moldar o futuro que desejamos, a responsabilidade


em cada processo é nossa. No entanto, isso não significa que não possamos contar com
a ajuda e o aconselhamento de algum especialista. Certamente, em seu entorno, há
alguém que pode ajudá-lo.

Além disso, você pode contar com alguém que já tenha passado pela mesma situação e
pode aconselhá-lo. Mantenha a mente aberta, ouça as opiniões, leve em
consideração outras perspectivas para tomar a decisão correta combinando todos os
dados possíveis.

Prepare o caminho: toda grande vitória começa com pequenas batalhas


vencidas todos os dias

Pessoas com iniciativa não improvisam e não arriscam tudo ao mesmo tempo. Em
outras palavras, se eu gosto de uma pessoa, não posso lhe dizer o que sinto sem pensar
nas consequências. O trabalho para conquistar alguém parte da sedução diária; temos
que ganhar o seu afeto aos poucos.

O mesmo acontece em qualquer contexto. Não posso pedir um aumento ao meu chefe
se não tiver mostrado o meu valor primeiro. Também não posso fazer uma mudança
radical em minha vida se não fechar algumas portas e abrir outras. O fundamental é ir
aos poucos e injetar carisma e inteligência em cada situação, mostrando em cada
contexto o que valemos e o que somos.

Haverá momentos em que precisaremos dar um passo para trás. Isso é bom, pois
dessa forma, aprenderemos algo que não sabíamos, encontraremos novas opções e
veremos tudo com mais perspectiva para ganhar impulso.

Em essência, tomar a iniciativa não é só ter coragem: é saber planejar, ser paciente
e administrar bem as nossas emoções para que elas nos encham de coragem e
entusiasmo. Nessa habilidade ou competência psicológica, não adianta atuar sobre os
impulsos, é preciso atuar com reflexividade e inteligência.

Todos nós podemos nos treinar para ter mais iniciativa e, assim, alcançar os nossos
objetivos e criar a vida que queremos viver.

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Consciência situacional, uma estratégia
resiliente
Saber em que situação estamos, esclarecer ameaças e oportunidades, ver as coisas em
perspectiva sem o filtro do estresse ou do medo... Todas essas habilidades definem um
tipo de competência que pode melhorar a nossa capacidade de enfrentamento e
resiliência.

A consciência situacional define uma capacidade excepcional de sobrevivência,


superação e resiliência. Consiste em traçar um mapa mental para entender onde
estamos, o que nos rodeia e quais são os desafios que temos pela frente. Além disso,
essa habilidade altamente sofisticada nos permite, acima de tudo, assumir claramente o
que está acontecendo para que possamos traçar um plano de enfrentamento.

Muitos vão pensar que esse recurso é próprio de qualquer super-herói ou uma espécie de
escoteiro. No entanto, por mais impressionante que possa parecer, todos nós somos
capazes de desenvolver essa série de processos cognitivos tão marcantes. Na psicologia,
sabe-se que o ser humano é capaz de processos incríveis, que podem ser treinados
para tomar decisões mais acertadas e assumir o controle em tempos de crise.

Além disso, algo interessante a se considerar é que o “despertar” da consciência


situacional é uma estratégia muito valiosa no momento atual. Em épocas complexas,
marcadas por mudanças e desafios, o cérebro precisa mais do que nunca saber como
agir diante da presente incerteza e das possíveis encruzilhadas que podemos encontrar.

Consciência situacional: o que é e como desenvolvê-la?


Quando as pessoas enfrentam momentos de estresse, algo notável acontece e quase não
percebemos. As dificuldades tendem a reduzir a percepção e focalizá-la no medo.
Elas concentram todas as suas energias em aumentar as preocupações. Quase sem
perceber, ficamos suspensos em uma pequena ilha no meio de um oceano de angústia.
Somos incapazes de ver além dos próprios limites desta situação complicada.

A consciência situacional é como dar um passo para trás, levantar os olhos e


perceber tudo ao nosso redor. É levantar o rosto para que a brisa nos refresque, ver o
que está à nossa frente e considerar as oportunidades que temos. Assim, grande parte da
atitude resiliente precisa dessa capacidade que, ao transitar nas adversidades, adquire
novas habilidades de sobrevivência.

Atualmente, grande parte dessa dimensão é aplicada principalmente no campo militar e,


em particular, na aviação. Uma das figuras mais notáveis nesta área é a pedagoga
espanhola María Gabriela López García, pioneira no uso do neurofeedback para ensinar
esta técnica cognitiva. No entanto, deve-se destacar que esse recurso também tem
despertado interesse na psicologia. Vejamos como desenvolvê-lo.

Desperte todos os seus sentidos, perceba e tome consciência de tudo ao


seu redor
O primeiro passo para ativar a consciência situacional é saber onde estamos.
Agora, no campo da psicologia, não estamos nos referindo a um espaço físico específico
que se possa, por exemplo, localizar em um mapa. Falamos do ponto vital marcado pelo
aqui e agora, pela experiência presente.

Para encontrá-lo, será útil nos fazermos as seguintes perguntas:

 Como estou me sentindo agora?


 O que desencadeou esse estado de espírito?
 O que eu acho sobre como me sinto? Eu gostaria de me sentir diferente?
 Que tipo de contexto me contém? É favorável ou existe algum tipo de ameaça?
Que aspectos potenciais ou esperançosos apresenta?
 Que tipo de pessoas me cercam? Elas me fazem feliz?

Representação mental e reconhecimento de padrões

O próximo elemento a treinar é a representação mental. Consiste em traçar uma


espécie de mapa mental que nos permita ter uma melhor perspectiva das coisas. De
que maneira? Comparar o que vivemos aqui e agora com a nossa experiência passada,
com os aprendizados que obtivemos em nosso ciclo de vida.

O cérebro é frequentemente dirigido por padrões. O nosso conhecimento e experiências


passadas desenham esquemas mentais para nos ajudar a reagir diante dos desafios
atuais. Todos nós temos uma jornada pessoal, um passado que traça quem somos
hoje. Para delimitar essa representação mental, esclarecer os seguintes aspectos pode
nos ajudar:

 Quais são os meus valores? Estou agindo de acordo com eles nesse momento?
 Caso você esteja passando por uma situação adversa, quais são os gatilhos?
 Um dos padrões que nos definem é a personalidade, além da atitude e das
habilidades de enfrentamento. Elas são adequadas para a situação atual? Elas me
serviram no passado? Devo mudar algo para me adaptar ao ambiente que me
rodeia?

Consciência situacional: projeção

A consciência situacional parte de um elemento-chave: assumir que o presente está


repleto de desafios e que devemos estar constantemente nos atualizando. A
preparação atual nos permitirá enfrentar o futuro de uma forma melhor. A mente deve
lidar com a experiência do passado, estar atenta a cada acontecimento no aqui e agora e,
por sua vez, vislumbrar quais são os desafios no horizonte.

É preciso combinar calma interior com intuição. É necessário aprender a acalmar o


medo, a administrar o estresse para abrir a nossa percepção, ampliar o foco e
projetar metas ajustadas para o amanhã. Desenvolver um olhar atento e relaxado
leva tempo, pois as incertezas e os problemas atuais podem diminuir o ânimo e até a
esperança.

Porém, nada é tão importante quanto nos posicionarmos naquilo que queremos alcançar,
nos nossos valores e na necessidade de nos superarmos a cada dia. O futuro é uma
dimensão nublada que está sendo definida à medida que avançamos com
segurança e com uma bússola interna bem calibrada.

Saber onde estamos e onde queremos chegar é sempre o melhor ponto de partida.

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