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AMESG - AUTARQUIA MUNICIPAL DO ENSINO SUPERIOR DE GOIANA

FADIMAB - FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA PROFESSOR DIRSON


MACIEL DE BARROS

DIREITO AMBIENTAL

ERISSON FELICIANO TORQUATO

GOIANA – PE

2024
AMESG - AUTARQUIA MUNICIPAL DO ENSINO SUPERIOR DE GOIANA

FADIMAB - FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA PROFESSOR DIRSON


MACIEL DE BARROS

ERISSON FELICIANO TORQUATO

Atividade 01 D Ambiental 13/03/2024

1. Cite duas Conferências e dois documentos internacionais que representam a evolução


internacional do Direito Ambiental.

R= Duas conferências importantes que representam a evolução internacional do Direito


Ambiental são a Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, e a Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED), também conhecida
como Cúpula da Terra ou Cúpula do Rio. Dois documentos internacionais relevantes
são a Declaração de Estocolmo, que estabeleceu 26 princípios sobre desenvolvimento e
meio ambiente, e os acordos produzidos durante a Eco-92, considerados os mais
importantes acordos ambientais globais da história da humanidade. Esses eventos e
documentos foram marcos significativos na história do Direito Ambiental internacional.

2. Qual o principal reconhecimento em relação ao meio ambiente ocorrido com a Conferência


de Estocolmo (1972) / Conferência Mundial sobre Meio Ambiente Humano?

R= O principal reconhecimento em relação ao meio ambiente na Conferência de


Estocolmo (1972)/Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano foi o
estabelecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a
criação da Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano. Esta conferência foi a primeira grande conferência na área do ambiente e
reuniu 113 países para discutir questões ambientais. Foi um marco histórico por ser o
primeiro grande encontro de representantes internacionais para discutir problemas
ambientais. A Conferência de Estocolmo resultou na elaboração da Declaração de
Estocolmo, com 26 princípios, e na criação do PNUMA. Na conferência, além da
poluição atmosférica, também foram discutidas a poluição da água e do solo resultante
da industrialização e a pressão do crescimento populacional sobre os recursos naturais.

3. Quais os grupos e suas características que se formaram pelos Estados que participaram da
Conferência de Estocolmo de 1972?

R= A Conferência de Estocolmo de 1972, também conhecida como Conferência das


Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, foi um evento marcante na história da
preservação ambiental. Reuniu 113 países em Estocolmo, Suécia, entre 5 e 16 de junho
de 1972, para discutir questões ambientais globais. Esta conferência foi significativa
porque foi o primeiro grande encontro internacional de representantes de várias nações
para discutir problemas ambientais. A Conferência de Estocolmo resultou na criação do
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que foi criado para
abordar questões ambientais em escala global. A conferência também levou ao
desenvolvimento da Declaração de Estocolmo, que consiste em 26 princípios centrados
na proteção ambiental e no desenvolvimento sustentável. A Conferência de Estocolmo
foi um passo crucial no sentido da sensibilização para as questões ambientais e da
promoção da cooperação internacional para as resolver. Marcou o início de uma série de
conferências e iniciativas ambientais globais, incluindo a Conferência do Rio em 1992 e a
Cimeira da Terra em 2002, que avançaram ainda mais a agenda ambiental global. Em
resumo, a Conferência de Estocolmo de 1972 foi um evento significativo na história da
preservação ambiental, pois reuniu representantes de diversas nações para discutir
questões ambientais globais, levando à criação do PNUMA e ao desenvolvimento da
Declaração de Estocolmo. Esta conferência marcou o início de uma série de conferências
e iniciativas ambientais globais destinadas a promover a cooperação internacional e o
desenvolvimento sustentável.
4. O Relatório Nosso Futuro Comum (1987) trouxe uma contribuição para temática ambiental
em cenário global, indique essa contribuição e seu conceito?

R= O Relatório Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório Brundtland,


publicado em 1987, introduziu o conceito de desenvolvimento sustentável para a
temática ambiental em nível global. Essa contribuição fundamental definiu o
desenvolvimento sustentável como "aquele que atende às necessidades do presente sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias
necessidades". Esse conceito ressalta a importância de equilibrar o desenvolvimento
econômico, social e ambiental para garantir um futuro viável para as próximas
gerações.

5. Apresente as características dos seguintes documentos ambientais elaborados na Rio/92-


Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento: Agenda 21; Declaração do
Rio; Convenção Quadro sobre Mudanças do Clima; Protocolo de Kyoto; Convenção sobre
Diversidade Biológica e Declaração de Florestas.

R= A Agenda 21 é um plano de ação não vinculativo das Nações Unidas no que diz
respeito ao desenvolvimento sustentável. Foi adotado por 178 governos na Cúpula da
Terra no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. A Agenda 21 é um plano de ação abrangente a
ser levado a cabo a nível global, nacional e local por organizações do Sistema das Nações
Unidas, Governos e Grupos Principais em todas as áreas em que o homem tem impacto
no ambiente. Abrange 40 capítulos agrupados em 4 secções: Dimensões Sociais e
Económicas, Conservação e Gestão de Recursos para o Desenvolvimento,
Fortalecimento do Papel dos Grupos Principais e Meios de Implementação.
Declaração do Rio: A Declaração do Rio é um documento não vinculativo que descreve
27 princípios para o desenvolvimento sustentável. Foi adotado na Cúpula da Terra no
Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. A Declaração enfatiza a importância da soberania do
Estado, das responsabilidades comuns mas diferenciadas e do direito ao
desenvolvimento. Também destaca a necessidade da participação pública, do acesso à
informação e do princípio da precaução.
Convenção Quadro sobre Mudanças do Clima (Convenção Quadro das Nações Unidas
sobre Mudanças Climáticas - CQNUMC): A UNFCCC é um tratado internacional que
visa estabilizar as concentrações de gases com efeito de estufa na atmosfera para evitar
interferências humanas perigosas no sistema climático. Foi adotado na Cúpula da Terra
no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992 e entrou em vigor em 1994. A Convenção tem 197
partes, o que a torna um dos acordos internacionais mais amplamente adotados. A
Convenção estabelece um objetivo a longo prazo de estabilizar as concentrações de gases
com efeito de estufa na atmosfera a um nível que evite a interferência humana perigosa
no sistema climático.
Protocolo de Quioto (Protocolo de Quioto): O Protocolo de Quioto é um acordo
internacional ligado à UNFCCC. Foi adotado em Kyoto, no Japão, em 1997 e entrou em
vigor em 2005. O Protocolo estabelece metas juridicamente vinculativas para a redução
das emissões de gases com efeito de estufa para os países desenvolvidos. O Protocolo
abrange o período de 2008 a 2012 e foi prorrogado até 2020.
Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB): A CDB é um tratado internacional que
visa conservar a diversidade biológica, utilizar de forma sustentável os seus
componentes e garantir a partilha justa e equitativa dos benefícios decorrentes dos
recursos genéticos.
Foi adotado na Cúpula da Terra no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992 e entrou em vigor
em 1993. A CDB tem 196 partes, o que a torna um dos acordos internacionais mais
amplamente adotados. A Convenção abrange três objetivos principais: conservação da
diversidade biológica, utilização sustentável dos seus componentes e partilha justa e
equitativa dos benefícios decorrentes dos recursos genéticos.
Declaração de Florestas: Os Princípios Florestais são um conjunto de princípios não
vinculativos que visam promover a gestão sustentável das florestas. Eles foram adotados
na Cúpula da Terra no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. Os Princípios enfatizam a
necessidade de políticas e legislação nacionais, a participação pública e a importância da
gestão florestal sustentável. Destacam também a necessidade de abordar as causas
subjacentes da desflorestação e da degradação florestal, e a necessidade de promover a
conservação e a utilização sustentável das florestas.

6. Qual o objetivo do Acordo de Paris?


R= O objetivo do Acordo de Paris é reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o
dióxido de carbono, com o intuito de manter o aumento da temperatura global abaixo
dos 2°C. Esse compromisso mundial foi estabelecido durante a COP21, em Paris, e visa
combater as mudanças climáticas, buscando limitar o aquecimento global a níveis
seguros e sustentáveis para o planeta. O Acordo de Paris representa um esforço
conjunto de diversos países para enfrentar a urgente ameaça das alterações climáticas,
promovendo a cooperação internacional e ações concretas para reduzir as emissões e
fortalecer a resiliência diante dos efeitos adversos das mudanças climáticas

7. Cite um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030


relacionado à proteção do meio ambiente.

Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 relacionado à


proteção do meio ambiente é o ODS 15, que visa proteger as florestas, a biodiversidade e
os ecossistemas. O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 15, também
conhecido como "Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas
terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação e travar e
reverter a degradação da terra e travar a perda de biodiversidade" é um objetivo global
que visa proteger os ecossistemas, florestas e biodiversidade do planeta. De acordo com
as Nações Unidas no Brasil, o ODS 15 tem metas específicas para 2020 e 2030, incluindo
garantir a conservação, recuperação e uso sustentável dos ecossistemas terrestres e de
água doce, promover o manejo sustentável das florestas, combater a desertificação,
deter e reverter a degradação da terra, e travar a perda de biodiversidade. O Conselho
Empresarial Português para o Desenvolvimento Sustentável destaca a importância de
proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, incluindo o
combate à desertificação e a garantia da conservação dos ecossistemas de montanha e da
sua biodiversidade. O Ipea, instituto de pesquisa brasileiro, enfatiza a necessidade de
combater a desertificação e restaurar terras e solos degradados, visando um mundo
livre da degradação do solo até 2030. O Ipea também destaca a importância de
preservar a biodiversidade dos ecossistemas montanhosos para melhorar sua
capacidade de fornecer recursos essenciais benefícios para o desenvolvimento
sustentável. O verbete da Wikipédia em português sobre Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável menciona o ODS 15 como um dos 17 objetivos globais estabelecidos pela
Assembleia Geral das Nações Unidas. Em resumo, o ODS 15 é um objetivo global crucial
que visa proteger e restaurar os ecossistemas, as florestas e a biodiversidade do planeta,
com metas específicas para 2020 e 2030. Faz parte de um conjunto mais amplo de 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas.

Atividade 02 D. Ambiental 27/03/2024

1. Explique as fases do Direito Ambiental Brasileiro: Fase Individualista, Fase Fragmentária e


Fase Holística.

R= Fase Individualista: Nesta fase, o Direito Ambiental era tratado como um ramo secundário do
Direito, sem autonomia. Os recursos naturais eram considerados bens de uso comum, e a
proteção ambiental era secundária à proteção de direitos individuais. A Lei nº 6.938/81, que dispõe
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, marcou o início da autonomia do Direito Ambiental
no plano jurídico nacional.
Fase Fragmentária: Nesta fase, o Direito Ambiental começou a ser tratado como um ramo
autônomo da Ciência Jurídica no Brasil. A Lei nº 6.938/81 estabeleceu a Política Nacional do Meio
Ambiente, que dispõe sobre a proteção legal ao meio ambiente. No entanto, ainda não havia uma
preocupação geral com o meio ambiente, e a proteção ambiental era secundária à proteção de
determinados recursos ambientais.
Fase Holística: Nesta fase, o Direito Ambiental é tratado como um ramo autônomo da Ciência
Jurídica, com autonomia e importância crescente. A Constituição Federal de 1988 destinou um
capítulo inteiro ao Meio Ambiente, consagrando o Capítulo VI, ao Meio Ambiente. O art. 225
CF/1988 estabelece que o meio ambiente é um direito fundamental que assiste a generalidade de
pessoas, resguardado pelo art. 225 da CF/1988.

2. Explique as correntes filosóficas do Direito Ambiental: antropocêntrica, biocêntrica;


ecocêntrica e o antropocentrismo alargado.

R= Antropocêntrica: Esta corrente filosófica enfatiza o papel central do ser humano no


Direito Ambiental. A visão antropocêntrica clássica considera o ser humano como alheio
aos recursos naturais, reduzindo-o à condição de mero objeto. No entanto, esta visão é
rejeitada pela premissa de que o meio ambiente é essencial à qualidade de vida e,
portanto, deve ser reconhecido como um direito humano fundamental.
Biocêntrica: Esta corrente filosófica enfatiza a interdependência do ser humano com
outras formas de vida. De acordo com a evolução filosófica do antropocentrismo ao
biocentrismo, a dignidade humana e animal não humana são interconexas. A dignidade
humana é vista como sendo superada para abranger outras formas de vida, não se
limitando apenas à vida humana.
Ecocêntrica: Esta corrente filosófica enfatiza a harmonia entre o homem e a natureza. O
ecocentrismo alargado adota uma posição suficientemente abrangente, reconhecendo a
interdependência entre os seres humanos e a natureza.
Antropocentrismo alargado: Esta corrente filosófica reconhece a interdependência entre
os seres humanos e a natureza, adotando uma posição suficientemente abrangente para
ser o esteio do Direito Ambiental. As correntes filosóficas do Direito Ambiental se
desenvolveram ao longo do tempo, refletindo a evolução do pensamento ambiental e a
mudança nos valores sociais e éticos relacionados ao meio ambiente.

3. Qual a definição e o objetivo do Direito Ambiental?

R= O Direito Ambiental é um ramo do direito que se preocupa com questões


relacionadas à preservação do meio ambiente e estabelece mecanismos legais para
proteger a qualidade do meio ambiente. Ele é uma ciência holística que se baseia em
princípios fundamentais do direito internacional, biologia, antropologia, ciências sociais,
engenharia e geologia. O objetivo principal do Direito Ambiental é garantir a
preservação e proteção do meio ambiente, assegurando um ambiente ecologicamente
equilibrado para as presentes e futuras gerações. Além disso, ele busca conciliar o
desenvolvimento econômico com a conservação dos recursos naturais, promovendo o
princípio do desenvolvimento sustentável. O Direito Ambiental é relativamente recente,
surgindo como resposta à crescente preocupação da sociedade com os problemas
ambientais e a necessidade de proteger a vida e os recursos naturais.

4. Conceitue meio ambiente natural; meio ambiente artificial/construído; meio cultural e meio
ambiente do trabalho.

R= O meio ambiente natural se refere aos elementos físicos e químicos do mundo


natural, incluindo ecossistemas, clima, solo, água e organismos. Ele é a base para a vida
e sustenta a existência de todos os seres vivos.
O meio ambiente artificial ou construído é o espaço físico criado pelo homem, como
edifícios, estradas, parques e lagos artificiais. É essencial para a vida humana e a sua
qualidade de vida. O meio ambiente cultural é composto pelos valores, crenças e
práticas humanas que se relacionam com a natureza e o meio ambiente. Inclui aspectos
como a herança cultural, a arte e a religião.
O meio ambiente do trabalho é o ambiente em que as pessoas trabalham e se
desenvolvem profissionalmente. É protegido pelo Direito Ambiental, que garante que os
trabalhadores tenham um ambiente adequado para realizar suas atividades.
O Direito Ambiental é uma disciplina jurídica que estuda as formas de proteção do meio
ambiente e a relação do homem com a natureza. Ele é fundamental para o nosso
ordenamento jurídico e se desenvolveu no Brasil com a promulgação da Lei da Política
Nacional do Meio Ambiente em 1981.

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