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O que é
Todos os organismos, incluindo os seres humanos, precisam de energia para conduzir as
reações metabólicas de crescimento, desenvolvimento e reprodução. Mas os organismos não
podem usar a energia luminosa diretamente para as suas necessidades metabólicas. Em vez
disso, eles devem primeiro convertê-la em energia química através do processo de
fotossíntese.
Onde ocorre:
A maior parte da fotossíntese normalmente acontece nas folhas. As células numa camada
intermediária do tecido foliar chamada de mesofilo formam a região primária da fotossíntese.
Pequenos poros chamados de estômatos são encontrados na superfície das folhas da maioria
das plantas e eles permitem que o dióxido de carbono se difunda para dentro do mesofilo e o
oxigênio para fora.
Cada célula do mesofilo contém organelas chamadas cloroplastos, que são especializados em
realizar as reações de fotossíntese. Dentro de cada cloroplasto, estruturas na forma de discos
chamadas tilacóides estão organizadas em pilhas, como numa pilha de panquecas, que são
conhecidas como grana - plural de granum. A membrana de cada tilacoide contém pigmentos
esverdeados chamados de clorofilas que absorvem luz. O espaço que envolve as grana é
preenchido com um fluido e é chamado de estroma, e o espaço dentro dos discos do tilacoides
são conhecidos como espaço interior do tilacoide
Reações
A fotossíntese nas folhas das plantas envolve muitas etapas, mas pode ser dividia em dois
estágios: as reações dependentes de luz e o ciclo de Calvin
As reações foto dependentes usam energia luminosa para fazer duas moléculas necessárias
para o próximo estágio da fotossíntese: a molécula armazenadora de energia ATP e o
transportador de elétrons reduzido NADPH. Em plantas, as reações de luz ocorrem nas
membranas dos tilacoides de organelas chamadas cloroplastos.
Ambos os fotossistemas contêm muitos pigmentos que ajudam a coletar energia luminosa,
bem como um par especial de moléculas de clorofila encontradas no núcleo (centro de reação)
do fotossistema. O par especial do fotossistema I é chamado P700, enquanto o par especial do
fotossistema II é chamado de P680.
Num processo chamado de fotofosforilação não cíclica (a forma "padrão" das reações
fotodependentes), elétrons são removidos da água e passados através do FSII e FSI
antes de terminarem no NADPH. Este processo requer que luz seja absorvida duas
vezes, uma em cada fotossistema, e ATP é produzido. Na verdade, esse processo é
chamado de fotofosforilação porque envolve o uso de energia luminosa (foto) para
produzir ATP a partir do ADP (fosforilação). Aqui temos os passos básicos:
O efeito líquido dessas etapas é converter a energia luminosa em energia química na forma de
ATP e NADPH. O ATP e NADPH provenientes das reações dependentes de luz são usados para
fazer açúcares no próximo estágio da fotossíntese, o ciclo de Calvin.
Calvin
No ciclo de Calvin, os átomos de carbono do CO2 são fixados (incorporados nas moléculas
orgânicas) e utilizados para formar açúcares de três carbonos. Este processo é abastecido e
dependente do ATP e NADPH das reações luminosas. Ao contrário das reações luminosas, que
ocorrem na membrana tilacoide, as reações do ciclo de Calvin ocorrem no estroma (espaço
interno dos cloroplastos).
As reações do ciclo de Calvin podem ser divididas em três etapas principais: fixação do
carbono, redução e regeneração da molécula inicial.
Aqui está um diagrama básico do ciclo:
1. Fixação do carbono. Uma molécula de CO2 se combina com uma molécula
receptora de cinco carbonos, 1,5-ribulose-bisfosfato (RuBP). Nesta etapa um
composto de seis carbonos se divide em duas moléculas de um composto de três
carbonos, o 3-ácido fosfoglicérico (3-PGA). Esta reação é catalisada pela enzima
RuBP carboxilase/oxigenase, ou rubisco.
2. Redução. Na segunda etapa, o ATP e NADPH são usados para converter as
moléculas de 3-PGA em moléculas de açúcar de três carbonos, o gliceraldeído-
3-fosfato (G3P). Nesta fase, recebe esse nome porque o NADPH doa elétrons,
ou reduz, para um intermediário de três carbonos para formar G3P.
3. Regeneração. Algumas moléculas de G3P irão fazer glicose, enquanto outras
devem ser recicladas para regenerar o receptor RuBP. A regeneração requer
ATP e envolve uma rede complexa de reações, que meu professor de faculdade
chamava de "emaranhado de carboidratos."
Para que um G3P saia do ciclo (e vá para a síntese de glicose), três moléculas de devem
entrar no ciclo, fornecendo três novos átomos de carbono fixo. Quando as três
moléculas de CO2 entram no ciclo, são produzidas seis moléculas de G3P. Uma delas
sai do ciclo e é usada para produzir glicose, enquanto as outras cinco são recicladas para
regenerar as três moléculas do receptor RuBP.
São necessárias três voltas do ciclo de Calvin para fazer uma molécula de G3P que pode sair
do ciclo e formar glicose. Vamos resumir a quantidade das moléculas importantes que entram
e saem do ciclo de Calvin para a formação de um G3P. Nas três voltas do ciclo de Calvin:
Uma molécula de G3P contém três átomos de carbono fixo, por isso é preciso dois G3Ps para
construir uma molécula de glicose de seis carbonos. Levaria seis voltas do ciclo, ou 6 CO2 18
ATP e 12 NADPH para produzir uma molécula de glicose.