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BIOLOGIA GERAL

Aula – Metabolismo celular: respiração

Curso Superior de Tecnologia em


Gestão Ambiental
Prof. Celson Silva
Princípios da energética

METABOLISMO é o termo usado para referir à soma de todas as


reações químicas dentro de um organismo vivo.

METABOLSIMO Liberação de energia (CATABOLISMO)


Absorção de energia (ANABOLISMO)

Reações catabólicas: degradação de compostos orgânicos


complexos em compostos mais simples. Ex: hidrólise de açúcar em
CO2 e água.

Reações anabólicas: síntese de moléculas orgânicas complexas a


partir de moléculas mais simples. Ex: formação de proteína a partir
de aminoácidos.

Reações acopladas: a energia das reações catabólicas é usada


para conduzir reações anabólicas.
Princípios da energética
Princípios da energética
Princípios da energética
Princípios da energética

Reações de óxido-redução

As transformações energéticas nas células envolvem a


transferência de elétrons de um nível de energia para outro e,
freqüentemente, de um átomo ou molécula para outra. As reações
que envolvem a transferência de elétrons de uma molécula para
outra são conhecidas como reações de óxido-redução.

Uma molécula ou átomo que perde elétrons é oxidada. A razão pela


qual a perda de elétrons é chamada oxidação justifica-se pelo fato
de que freqüentemente o oxigênio é o aceptor de elétrons. A
oxidação resulta num produto com menor energia potencial.

Uma molécula ou átomo que ganha elétrons é reduzido, geralmente


envolvendo o ganho de átomos de hidrogênio.
Princípios da energética

Reações de óxido-redução
Princípios da energética

Reações de óxido-redução

Em muitas oxidações celulares, elétrons e prótons (íons de


hidrogênio, H+) são removidos ao mesmo tempo, equivalente à
remoção de um átomo de hidrogênio.

Compostos como a glicose, que possuem muitos átomos de


hidrogênio, são altamente reduzidos, contendo uma grande
quantidade de energia potencial.

Na oxidação da glicose a CO2 e a H2O, a energia é removida


gradativamente e por último é capturada pelo ATP, que serve como
fonte de energia paras as reações necessárias.
Princípios da energética

Para que os organismos utilizam energia?

-Construção de partes físicas da célula


-Síntese de enzimas, ácidos nucléicos, polissacarídeos, etc.
-Reparo de danos à célula
-Crescimento e multiplicação celular
-mobilidade
RESPIRAÇÃO CELULAR

- A respiração é um processo altamente exergônico, no qual


ocorre a oxidação completa da glicose (e de outros
carboidratos) utilizando-se o oxigênio como o aceptor final
de elétrons.
- A respiração envolve vários processos distintos: glicólise,
ciclo de Krebs e cadeia de transporte eletrônico/
fosforilação oxidativa. Na medida que a molécula de
glicose é oxidada, parte da sua energia é extraída numa
série de pequenas e discretas etapas e é armazenada nas
ligações de fosfoanidrido do ATP. Contudo, de acordo com
a Segunda lei da termodinâmica, a maior parte dessa
energia é dissipada como energia térmica.
RESPIRAÇÃO CELULAR
Princípios da energética

Glicólise

A palavra glicólise significa quebra do açúcar. As enzimas da


glicólise catalizam a quebra da glicose em dois açúcares de três
carbonos, que são oxidados, liberando energia e formando duas
moléculas de ácido pirúvico.

O ácido pirúvico pode, mais tarde, sofrer descarboxilação em um


composto de dois carbonos que, ligando-se à coenzima A, forma um
complexo conhecido como Acetil-coenzima A, que pode entrar no
ciclo de Krebs.
RESPIRAÇÃO CELULAR

VIA AERÓBICA

- O piruvato é um intermediário - chave no metabolismo


energético celular, porque pode ser utilizado em uma das
várias vias metabólicas. Qual via a seguir depende das
condições sob as quais o metabolismo está ocorrendo, do
tipo de organismo envolvido e, às vezes, até do tecido em
questão.

- O principal fator ambiental é a presença de oxigênio. Na


presença deste, o piruvato é completamente oxidado, num
fornecimento muito maior de ATP do que é possível
conseguir-se apenas com a glicólise. Nas células
eucariótica, as reações da via aeróbica acontecem dentro
das mitocôndrias.
RESPIRAÇÃO CELULAR
RESPIRAÇÃO CELULAR

Mitocôndria
- Como visto anteriormente, a mitocôndria é uma organela
formada por duas membranas, a interna formando dobras
para dentro chamadas cristas. Dentro do compartimento
mais interno da mitocôndria, banhando as cristas, existe
um líquido chamado matriz. Este contém água, enzimas,
coenzimas, fosfatos e outras moléculas e íons
relacionadas com a respiração.
- A membrana externa da mitocôndria é permeável à
maioria das moléculas pequenas, de modo que a solução
que ocupa o espaço entre as membranas interna e
externa é semelhante ao citossol. Contudo, a membrana
interna permite apenas a passagem de certas substâncias
como o piruvato, o ADP e o ATP, sendo restritiva à
passagem de outras moléculas e íons, incluindo os íons
H+ (prótons).
MITOCÔNDRIA
MITOCÔNDRIA
RESPIRAÇÃO CELULAR

Ciclo de Krebs

- No ciclo de Krebs (também conhecido como ciclo do ácido


cítrico), o grupo Acetil Coa, de apenas 2 carbonos,
combina-se com um composto de 4 carbonos, o
Oxaloacetato, produzindo um composto de 6 carbonos, o
citrato. A coenzima A é liberada para combinar-se com
outro grupo acetil, formado a partir da oxidação de outro
piruvato. Durante o ciclo, dois dos seis carbonos são
removidos e oxidados a CO2 e o oxaloacetato é
regenerado.
- No decorrer das etapas do ciclo de Krebs parte da energia
liberada pela oxidação dos átomos de carbono é usada
para converter ADP em ATP (apenas uma molécula), mas
a maior parte é usada para reduzir NAD+ a NADH (três
moléculas por ciclo) e FAD a FADH2 (uma molécula por
ciclo).
RESPIRAÇÃO CELULAR

Cadeia de transporte eletrônico

- Após o ciclo de Krebs, a molécula de glicose foi


totalmente oxidada. Entretanto, a maior parte da energia
ainda permanece nos elétrons removidos e transportados
pelo NADH e FADH2. É através da cadeia de transporte
eletrônico que esses elétrons de alta energia são
passados gradualmente até o nível energético mais baixo
do oxigênio.
- A cadeia de transporte de elétrons é uma série de
transportadores de elétrons (flavina mononucleotídio,
citocromos b, c, a e a3 e coenzima Q), cada um dos quais
retém os elétrons em nível de energia ligeiramente mais
baixo. Cada vez que um transportador recebe um elétron
de outro transportador ele também captura um próton (H+)
da matriz mitocondrial, liberando-o em seguida no espaço
entre membranas.
CADEIA DE TRANSPORTE ELETRÔNICO
RESPIRAÇÃO CELULAR

Fosforilação Oxidativa

- A fosforilação oxidativa depende de um gradiente de


prótons através da membrana mitocondrial (resultante da
cadeia de transporte eletrônico) e do subsequente uso da
energia potencial armazenada nesse gradiente para
formar ATP através de um mecanismo conhecido como
acoplamento quimiosmótico.
- Uma vez que a membrana interna da mitocôndria é
impermeável a prótons, os prótons que são bombeados
para o espaço entre as membranas não pode retornar
através da membrana, para matriz, formando-se um
gradiente de concentração de prótons maior no espaço
entre as membranas do que na matriz. Gera-se, dessa
forma, uma energia potencial que está sob a forma de um
gradiente eletroquímico.
RESPIRAÇÃO CELULAR

Fosforilação Oxidativa

- Esta energia, por sua vez, está disponível para mover


qualquer processo que forneça um canal que permita o
fluxo de prótons a favor do gradiente, de volta para a
matriz. Tal canal é provido por um grande complexo
enzimático conhecido como ATP sintase. Este complexo,
que faz parte da membrana interna da mitocôndria,
apresenta sítios de ligação para o ATP e o ADP. Quando
os prótons fluem através desse canal, a favor do gradiente
eletroquímico, a energia liberada alimenta a síntese de
ATP a partir de ADP e fosfato.
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
BALANÇO ENERGÉTICO
RESPIRAÇÃO CELULAR

Respiração anaeróbica
- Na maioria das células eucarióticas e na maioria das
bactérias o piruvato geralmente segue a via aeróbica e é
completamente oxidado a dióxido de carbono e água.
Entretanto, na ausência ou carência de oxigênio, o NADH
produzido durante a oxidação do gliceraldeído 3-fosfato
não pode passar seus elétrons para o O2 através da
cadeia de transporte eletrônico, transferindo-os então para
o que seria o carbono central do piruvato.

- Assim, pela via anaeróbica o produto final da glicólise não


é o piruvato e sim o lactato ou o etanol (álcool etílico),
dependendo de se tratar de uma fermentação láctica ou
alcoólica.
RESPIRAÇÃO CELULAR

Respiração anaeróbica

- No caso desta última, a reoxidação do NADH (essa


reoxidação é necessária pois sem ela a glicólise seria
interrompida por falta do aceptor NAD+) é precedida da
liberação de CO2.

- Termodinamicamente, a fermentação láctica e a alcoólica


são semelhantes, sendo o rendimento energético líquido
pela quebra da glicose limitado a 2 moléculas de ATP
produzidas durante a glicólise.
Princípios da produção de energia

Fermentação alcoólica

Processo anaeróbico para a produção de energia, eu ocorre com


degradação de carboidratos e formação de etanol + CO2.

É realizada principalmente por leveduras (Saccharomyces).

No decorrer da fermentação, o ácido pirúvico é descarboxilado em


acetaldeído e CO2. O acetaldeído é então reduzido para formar
etanol. Pode haver formação de glicerol e ácido acético.
Princípios da produção de energia

Fermentação lática

Na fermentação lática, as moléculas de ácido pirúvico geradas na


glicólise são reduzidas para formar duas moléculas de ácido lático,
que como é o produto final da reação não sofre mais oxidação.

Bactérias dos gêneros Streptococcus e Lactobacillus realizam


fermentação lática.
Bibliografia recomendada

Evert, Ray F.; Eichhorn, S.E. Raven


Biologia Vegetal. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2018. Capítulo 6 –
Respiração.

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