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A CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS (A FOSFORILAÇÃO

OXIDATIVA)
O corpo humano apresenta várias vias catabólicas que extraem energia das
biomoléculas e transferem para o ATP. A produção aeróbia de ATP a partir da
glicose geralmente segue duas vias: glicólise e o ciclo do ácido cítrico (também
conhecido como ciclo do ácido tricarboxílico citado no post passado). O ciclo do
ácido cítrico foi inicialmente descrito por Hans A. Krebs, de forma que, às
vezes, é chamado de ciclo de Krebs.
Os carboidratos entram na glicólise na forma de glicose. Os lipídeos são
degradados, formando glicerol e ácidos graxos, os quais, então, entram na via
metabólica em diferentes pontos: o glicerol alimenta a glicólise e os ácidos
graxos são metabolizados em acetil-CoA. As proteínas são degradadas em
aminoácidos, que também entram na via em vários pontos. Carbonos da
glicólise e outros nutrientes entram no ciclo, tornando-o infindável. A cada volta,
o ciclo adiciona carbonos e produz ATP, elétrons de alta energia e dióxido de
carbono.
Tanto a glicólise quanto o ciclo do ácido cítrico produzem pequenas
quantidades de ATP diretamente, porém a sua maior contribuição para a
síntese de ATP é armazenar energia nos elétrons carreados pelo NADH e
FADH2. Esses compostos transferem os elétrons para a cadeia transportadora
de elétrons ou sistema de transporte de elétrons (STE) na mitocôndria. O
sistema, então, utiliza a energia desses elétrons para produzir a ligação de alta
energia do ATP. Em vários pontos, o processo produz dióxido de carbono e
água. A água pode ser utilizada pela célula, mas o dióxido de carbono é um
produto residual e deve ser removido do corpo.
As vias aeróbias para produção de ATP são um bom exemplo de
compartimentalização dentro das células. As enzimas da glicólise estão
localizadas no citosol, e as enzimas do ciclo do ácido cítrico estão nas
mitocôndrias. Dentro da mitocôndria, a concentração de íons H+ no
compartimento inter-membrana armazena a energia necessária para formar a
ligação do ATP.
Lembre-se, que o metabolismo aeróbio de uma molécula de glicose produz
dióxido de carbono, água e de 30 a 32 ATPs.
Na glicólise, o metabolismo de uma molécula de glicose C6H12O6 possui um
rendimento de duas moléculas de piruvato de 3 carbonos, 2 ATPs e elétrons de
alta energia em 2 NADH:
Na próxima fase, a conversão do piruvato em acetil-CoA produz um NADH.
Carbonos de uma acetil-CoA através do ciclo armazenam energia em 3
moléculas de NADH, 1 FADH2 e 1 ATP. Esses passos ocorrem duas vezes
para cada glicose, dando um rendimento total de 8 NADH, 2 FADH2 e 2 ATP
para a fase do piruvato-ciclo do ácido cítrico do metabolismo da glicose.
No passo final, elétrons de alta energia do NADH e FADH2 passando pelas
proteínas do sistema de transporte de elétrons utilizam a sua energia para
concentrar H+ no compartimento inter-membrana da mitocôndria. Quando o H+
diminui seu gradiente de concentração através de um canal na ATP sintase, a
energia liberada é transferida para a ligação fosfato do ATP. Em média, o
NADH e FADH2 de uma glicose produzem de 26 a 28 ATPs.
Quando somamos o potencial máximo de energia do catabolismo de uma
molécula de glicose através de vias aeróbias, o total é de 30 a 32 ATP. Esses
números são o potencial máximo, uma vez que comumente a mitocôndria não
trabalha com toda a sua capacidade. Há muitas razões para isso, incluindo o
fato de que um certo número de íons H+ escapa do espaço inter-membrana de
volta para a matriz mitocondrial sem produzir ATP (efeito chamado de
"desacoplador").
A segunda fonte de variabilidade no número de ATPs produzidos por glicose
vem das duas moléculas de NADH citosólico produzidas durante a glicólise.
Essas moléculas de NADH são incapazes de entrar na mitocôndria e
devem transferir seus elétrons através de transportadores de membrana.
Dentro de uma mitocôndria, alguns desses elétrons vão para o FADH2, o qual
tem uma média de rendimento de somente 1,5 ATP, em vez de 2,5 ATP
obtidos pelo NADH mitocondrial. Se elétrons citosólicos vão para o NADH, eles
produzem duas moléculas de ATP. O aceptor final desses elétrons é O2, o qual
forma água após se combinar com os mesmos.

Os Complexos I, III, e IV da cadeia transportadora de elétrons são bombas de prótons. À


medida que os elétrons se movem para níveis de energia mais baixos, os complexos capturam
a energia liberada e a utilizam para bombear íons H +start superscript, plus, end superscript da
matriz para o espaço intermembranar.

 Entrega de elétrons por NADH e FADH_22start subscript, 2,


end subscript. Os carreadores reduzidos (NADH e FADH_22
start subscript, 2, end subscript) das outras etapas da respiração
celular transferem seus elétrons para moléculas próximas ao
início da cadeia de transporte. No processo, eles voltam a ser
NAD^++start superscript, plus, end superscript e FAD, que
podem ser reutilizados em outras etapas da respiração celular.

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