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Composição e Formação de

Moléculas Energéticas
Prof. Dr. Guilherme Rosa
Formação de ATP
• As células musculares podem produzir ATP por meio de uma via
metabólica, ou pela combinação de três vias metabólicas.

• ATP-CP

• Glicólise
O2
• Via Oxidativa
O2
ATP-CP
ATP-CP
• O método mais simples e, consequentemente, mais rápido para re
sintetizar do ATP envolve a doação de um grupo fosfato e sua energia
de ligação da creatina fosfato (CP) ao ADP.

• Quando o ATP é hidrolisado no início do exercício, este é


ressintetizado através da CP.
ATP-CP
ATP-CP
• Durante corridas de alta velocidade em curtas distâncias (30m –
50m), não há queda de velocidade no últimos metros.

• Para corridas mais longas (↑ 100m) a velocidade tende a diminuir, já


que os estoques de CP são limitados e a liberação de energia diminui.

• Para esforços curtos, uma segunda queima pode ser realizada, na


mesma velocidade, em aproximadamente 2 a 3 minutos.
ATP-CP
Suplementação com CP
CP
• A CP serve como estoque de fosfatos de alta energia e sua principal
função é manter a razão ATP/ADP durante momentos de utilização
intensa de ATP (contração muscular).

• Por isso, o conteúdo de CP no músculo esquelético (tipo II) excede em


3 a 4 vezes o conteúdo de ATP.

• Além disso, a atividade da CK é superior à velocidade máxima da


hidrólise do ATP.
Glicólise
Glicólise
• Uma segunda via metabólica capaz de produzir ATP rapidamente sem
o envolvimento de O2 é denominada glicólise.

• A glicólise envolve a quebra de glicose para a formação de piruvato ou


lactato.
Glicogenólise
• A quebra do glicogênio para a produção de ATP é denominada
glicogenólise.

• Após alguns passos iniciais, a glicogenólise segue a mesma via da


glocólise.

• Glicogenólise → Glicólise
Glicólise/Glicogenólise
• Fase de Investimento de Energia

• Fase de Geração de Energia

• 2 a 3 ATPs

• 2 piruvatos ou 2 lactatos

• 2 NADH
NAD +

• Para que as reações bioquímicas da glicólise ocorram, é necessário


que dois hidrogênios sejam removidos do 3 fosfato de gliceraldeído.

• Nessa reação o aceptor de hidrogênio é o NAD + (NAD+ → NADH).

• O prosseguimento da glicólise e sua contribuição para o suprimento


energético dependem de NAD+.

• A quantidade de NAD+ na célula é muito pequena (≈ 0,8 mmol por kg


de músculo).
Regeneração do NAD +

• As células contam com dois processos para a regeneração de NAD +

• Piruvato → Lactato

• Piruvato → Acetil-CoA → CTE


Piruvato → Lactato
• A adição de átomos de hidrogênio ao piruvato forma lactato e NAD +,
que pode ser usado novamente na glicólise.

• Lactato desidrogenase (LDH).

• Citosol
Lactato
• Ácido Lático X Lactato

• Lactato X Acidose metabólica

• H+

• A produção de lactato não gera a acidose metabólica, mas sim a


retarda.
Lactato
• Estudos datados do século 19 demonstraram que as concentrações
de lactato eram proporcionais à ativação dos músculos exercitados,
além de sempre estarem associados à privação de O 2.

• Em 1907, Fletcher & Hopkins confirmaram que o lactato surgia em


relação à intensidade da contração muscular e na ausência ou
deficiência de O2 em músculos de anfíbios.

• Contudo, observaram também que o lactato desaparecia com o


restabelecimento do fluxo de O2, sugerindo que o lactato fosse
metabolizado.
Transporte do Lactato

Difusão simples

Corrente sanguínea

Oxidação ou Gliconeogênese
Ciclo de Cori
J Biol Chem. 1933; 99(2):493-505.
Regulação da Glicólise
• A velocidade da glicólise deve ser regulada para garantir que o
suprimento de ATP seja coordenado com a velocidade de sua
hidrólise, e com a disponibilidade de outras fontes energéticas.

• A regulação da glicólise ocorre por um mecanismo de


retroalimentação negativa, ou feedback negativo.
Regulação da Glicólise
Regeneração do NAD +

• As células contam com dois processos para a regeneração de NAD +

• Piruvato → Lactato V
• Piruvato → Acetil-CoA → CK → CTE O2
Para Fixar...

• Diferencie a via anaeróbica alática da via anaeróbica lática.

• Discuta brevemente a função da glicólise na bioenergética.

• Qual é o papel do NAD+ na glicólise?

• Qual a principal função do lactato na glicólise?

• Em que local da célula ocorrem as reações da glicólise anaeróbica?

• Qual a eficiência da glicólise anaeróbica quanto ao total de ATPs


formados?
Produção aeróbica de ATP
Produção Aeróbica de ATP
• A produção aeróbica de ATP ocorre no interior da mitocôndria e
envolve a interação de duas vias metabólicas cooperativas:

• Ciclo de Krebs

• Cadeia de Transporte de Elétrons


Produção Aeróbica de ATP
• A função primária do Ciclo de Krebs é completar a oxidação (H + ) de
carboidratos, lipídeos e proteínas usando NAD+ e FAD como
transportadores de H+.

• A importância da remoção de H+ está no fato de que estes (devido


aos elétrons que possuem) contém a energia potencial presente nas
moléculas de alimentos.

• CHON
Produção Aeróbica de ATP
• Apesar de depender da presença de O 2 mitocondrial para que o a via
aeróbica tenha início, o O2 não participa das reações do Ciclo de
Krebs.

• Entretanto, é o último aceptor de H+ no fim da CTE.

• H2 + O → H2O
Produção Aeróbica de ATP
• O processo de produção aeróbica de ATP é denominado Fosforilação
Oxidativa e é composto por 3 estágios.

• (1) Geração de Acetil-CoA;

• (2) Oxidação da Acetil-CoA no Ciclo de Krebs;

• (3) Formação de ATP na CTE (Cadeia respiratória).


Ciclo de Krebs
Biochem J. 1940 Mar;34(3):460-3.
Ciclo de Krebs
• A principal função do Ciclo de Krebs é degradar a Acetil-CoA em
Dióxido de Carbono (CO2) e átomos de Hidrogênio (H+).

• O ciclo se inicia com o piruvato (3 carbonos) é quebrado para formar


acetil-CoA (2 carbonos).

• Em seguida a acetil-CoA se combina com o oxaloacetato (4 carbonos)


para formar citrato (6 carbonos).
Ciclo de Krebs
• A partir daí, tem início uma série de reações para regeneração do
oxaloacetato e de duas moléculas de CO2, e a via recomeça.

• Para cada molécula de glicose que entra na glicólise, são formadas


duas moléculas de piruvato.

• 2 piruvato = 2 acetil-CoA

• 1 glicose = 2 voltas no Ciclo de Krebs


Ciclo de Krebs
• A cada rodada no Ciclo de Krebs são formadas 3 moléculas de NADH,
e 1 molécula de FADH.

• Ciclo de Krebs → CTE

• Além da produção de NADH e FADH, o Ciclo de Krebs ocasiona a


formação direta de 1 molécula de GTP.

• O GTP é um composto de alta energia capaz de transferir seu grupo


fosfato terminal ao ADP, ressintetizando o ATP.
Cadeia de Transporte de Elétrons
Cadeia de Transporte de Elétrons
• A produção aeróbica de ATP é possível graças a um mecanismo que
utiliza a energia potencial disponível nos transportadores de
hidrogênio reduzido (NADH e FADH) para refosforilar ADP em ATP.

• A CTE ocorre na membrana mitocondrial interna.


Cadeia de Transporte de Elétrons
• Os elétrons removidos dos átomos de H+ passam por uma série de
transportadores de elétrons, os citocromos.

• Esses átomos são bombeados da matriz mitocondrial para o espaço


intermembrana, aumentando o gradiente de H+.

• H+ → ATPsintase → ATP.

• H+ + H+ + O → H2O.
ATO II 3:30
Glicólise Aeróbica
• Piruvato + O2 + PDH → Acetil-CoA

• Acetil-CoA → Ciclo de Krebs

• Ciclo de Krebs → CTE

• CTE → ATP
Balanço Final da Glicólise
Balanço Final da Glicólise
Lipídios?
A considerar...
• A cada ciclo da β-Oxidação, além de uma molécula de Acetil-coA, são
formadas uma molécula de NADH e uma molécula de FADH2.

• Quanto maior a cadeia de carbonos do ácido graxo, mais moléculas


de Acetil-coA, NADH e FADH2 serão formadas.
A considerar...
• A cada ciclo da β-Oxidação, além de uma molécula de Acetil-coA, são
formadas uma molécula de NADH e uma molécula de FADH2.

• Quanto maior a cadeia de carbonos do ácido graxos, mais moléculas


de Acetil-coA, NADH e FADH2 serão formadas.

• Ex: a oxidação do ácido palmítico


• 8 Acetil-coA → Ciclo de Krebs → 8 (3 NAHD + 1FADH + 1 ATP) = 80 ATPs
• 8 NADH → CTE → 2,5 ATPs x 8 = 20 ATPs
• 8 FADH2 → CTE → 1,5 ATPs x 8 = 12 ATPs
≈ 132 ATPs
Para Fixar...
• Discuta a função do Ciclo de Krebs e da CTE na produção aeróbica de
ATP.

• Em que local da célula ocorrem o Ciclo de Krebs e a CTE?

• Qual o papel do O2 no metabolismo aeróbico?

• Qual a importância da remoção dos íons H+ para as reações de


fornecimento de energia?

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