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DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA
APOSTILA:
Areia, 2020.
GLICÓLISE
Quando o oxaloacetato é regenerado ele pode reagir com uma nova molécula
de Acetil-CoA e iniciar um novo ciclo do ácido cítrico.
Figura: Visão geral do ciclo do ácido cítrico
Observe que para cada molécula de glicose (6 C) que iniciou seu metabolismo na
via glicolítica, foram produzidos dois piruvatos (3 C), e a partir destes 2 piruvatos que se
encaminharam para o Ciclo do Ácido Cítrico foram produzidas 6 moléculas de CO2. Ou
seja, ao final do Ciclo do Ácido Cítrico uma molécula de glicose foi completamente
oxidada, e cada um dos seus carbonos foram transformados em CO2, sendo
posteriormente transportados das células para a corrente sanguínea para serem
eliminados no processo fisiológico de respiração. Observe que, se uma molécula de
glicose foi completamente oxidada, outras moléculas precisam ter sido reduzidas.
Complexo I:
É o maior dos 4 complexos, formado por 26 cadeias polipeptídicas, incluindo 7 centros
de ferro/enxofre e a flavoproteína ligada ao FMN. Seu sítio de ligação com o NADH
está voltado para a matriz mitocondrial, favorecendo a transferência de elétrons. É
neste complexo que o NADH transfere seus elétrons. A ubiquinona reduzida pelo
complexo I é lipídica suficiente para se difundir pela bicamada lipídica da membrana
mitocondrial levando os elétrons até o complexo III, sem passar pelo complexo II. Os
prótons (H+) que acompanham os elétrons trazidos pelo NADH são lançados para o
espaço intermembrana, para cada NADH são bombeados 4 H+.
Complexo II:
Formado principalmente pela desidrogenase do succinato, a única enzima do ciclo de
Krebs que está embebida na membrana mitocondrial interna. Possui 4 subunidades,
incluindo 2 proteínas com grupos ferro/enxofre, e uma delas ligada ao FAD, a exemplo
do complexo I, seus sítios de oxirredução do succinato também estão voltados para a
matriz mitocondrial. É neste complexo que o FADH2 transfere seus elétrons. Este
complexo não tem capacidade de bombear prótons para o espaço intermembrana, por
isso não contribui com o gradiente de prótons.
Complexo III:
Formado por 2 tipos de citocromo b, pelo citocromo c1, uma proteína ferro/enxofre e
entre 4 a 6 proteínas adicionais. O caminho dos elétrons através do complexo III é
sinuoso e complexo: o citocromo c que os recebe está localizado no lado do espaço
intermembranas da mitocôndria. O citocromo c, por ser hidrossolúvel, tem baixa
afinidade com a bicamada lipídica da membrana mitocondrial interna e se dissocia
desta, transportando os elétrons entre os complexos III e IV. O processo leva ao
bombeamento de 4 prótons (H+) da matriz mitocondrial para o espaço
intermembranas.
Complexo IV:
Contém cerca de 13 subunidades polipeptídicas e 2 átomos de cobre, além dos grupos
heme característicos dos citocromos a e a3. Os elétrons doados pelo citocromo c são
transportados através dos átomos de cobre e ferro até o lado da matriz mitocondrial,
onde vão ser recebidos pelo O2, produzindo H2O, produto final das vias metabólicas
estudadas. Neste complexo são bombeados 2 prótons (H+) da matriz mitocondrial para
o espaço intermembranar.
a) NADH/NAD+ – baixa – nesta situação o poder redutor é baixo e existe uma baixa
concentração de doadores de elétrons para a CTE.
b) ATP/ADP – alta – nesta situação a carga energética da célula é alta, e, portanto,
a síntese de ATP não precisa ser estimulada.
c) O2 – baixo – o oxigênio é o aceptor fi nal dos elétrons e, na ausência dele, os
transportadores fi cam saturados e não são mais capazes de aceitar novos
elétrons, paralisando a cadeia transportadora. É por isso que precisamos respirar
oxigênio.
REFERÊNCIAS
LEHNINGER, A.L.; NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de Bioquímica. 5 ed. Artmed,
2011.
CAMPBELL, M. K.; Bioquímica Metabólica. Porto Alegre: Artmed, 2007.
CHAMPE, P. C.; HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica Ilustrada. 3 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2006.