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Biologia Molecular
no Diagnóstico
Laboratorial
Natália Gindri Fiorenza
Maria Paula de Souza Sampaio
Aula 02
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor
EDUARDO NASCIMENTO DE ARRUDA
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autoras
NATÁLIA FIORENZA
Olá. Meu nome é Natália Fiorenza. Sou formada em Ciências
Biológicas, com mestrado e doutorado na área de Ciências da Saúde.
Passei por diferentes laboratórios de pesquisa, publicando trabalhos
científicos e participando de muitos Congressos e Cursos em diferentes
áreas de saúde e educação. Fui professora universitária e tutora durante
4 anos do curso de medicina, onde me conectei com minha paixão pela
docência e por metodologias ativas de ensino. Sou ávida por aprender e
ensinar e por trocar conhecimentos quer na area científico-acadêmica,
quer na área de desenvolvimento humano e autoconhecimento. Recebi
com muita alegria o convite da Editora Telesapiens para integrar seu
elenco de autores independentes, pois tenho como propósito transmitir
aquilo que sei e auxiliar outras pessoas no início de sua jornada
profissional. Estarei com você nessa caminhada de muito estudo e
trabalho. Conte comigo!
INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimen- de se apresentar
to de uma nova um novo conceito;
competência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram
vações ou comple- que ser prioriza-
mentações para o das para você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e inda-
algo precisa ser gações lúdicas sobre
melhor explicado o tema em estudo,
ou detalhado; se forem necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e sidade de chamar a
links para aprofun- atenção sobre algo
damento do seu a ser refletido ou
conhecimento; discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoapren- volvimento de uma
dizagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Princípios da Eletroforese 10
Eletroforese em gel 10
Gel de Agarose 14
Equipamentos e reagentes necessários 15
Taxa de migração do DNA através
do gel de agarose 16
Eletroforese em gel de poliacrilamina 16
SDS Page 17
Reação em cadeia da polimerase (PCR) 19
Reagentes necessários para a reação 19
PCR 21
RT-PCR 22
PCR em tempo real 23
Multiplex PCR 23
Nested PCR 24
Outros tipos de PCR 25
PCR assimétrica 25
PCR de montagem (Polymerase
cycling assembly – PCA) 25
PCR “touchdown” 26
PCR digital 26
PCR suicide 26
VNTR PCR (“variable number of tandem repeats”) 27
DNA recombinante e produção de material
genético quimérico 28
Clonagem 28
Biblioteca de DNA 30
Vetor plasmideal 31
Enzimas de restrição 36
Transfecção 38
Proteína recombinante 39
Detecção de DNA 40
Classificação das sondas 41
Condições que influenciam a hibridização 43
Marcadores 45
Síntese de sondas 46
RNA anti-senso 47
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 7
02
UNIDADE
8 Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial
INTRODUÇÃO
Você sabia que existem diversas técnicas que são aplicadas na
biologia molecular? Isso mesmo. Técnicas como extração de material
genético (DNA e RNA) e eletroforese serão abordadas nessa unidade.
Também serão estudadas as tecnologias de DNA recombinante,
clonagem e hibridização de ácidos nucleicos. Demonstrando a utilização
dessas técnicas na rotina laboratorial, do diagnóstico. A reação em cadeia
da polimerase será estudada, assim como as suas aplicações. Além do
mais, veremos marcadores moleculares essenciais. O objetivo dessa
unidade é apresentar todas essas técnicas utilizadas em laboratório,
seja para diagnóstico ou para produção de proteínas recombinantes.
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste
universo!
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2.Nosso objetivo é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até
o término desta etapa de estudos:
1. Entender os princípios do funcionamento da técnica de
eletroforese em gel de agarose e de poliacrilamida, assim como as
diferenças existentes nos géis e nos reagentes utilizados. Aprender
sobre a interpretação e principais erros que podem ocorrer.
2. Compreender as técnicas de amplificação do DNA e RNA, os
reagentes utilizados e suas funções, os diferentes tipos de técnica e sua
importância no diagnóstico laboratorial.
3. Aprender sobre a técnica de DNA recombinante, os princípios
da técnica e a sua utilização e importância no tratamento da diabetes.
4. Ressaltar os princípios da hibridização de cadeias oligonucleo-
tídicas a partir do princípio da interação Watson:Crick e as técnicas em
Biologia Molecular que utilizam sondas como forma de diagnóstico.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao
conhecimento? Ao trabalho!
10 Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial
Princípios da Eletroforese
INTRODUÇÃO
Este capítulo tem o objetivo de introduzir ao leitor a técnica
de eletroforese utilizada tanto em rotina laboratorial de
diagnóstico, quanto em ambiente de trabalhos científicos.
Serão abordado conceitos da eletroforese, suas aplicações
e os tipos de géis utilizados. O entendimento desta técnica
é muito importante para os próximos capítulos. Portanto,
vamos começar o aprendizado!
Eletroforese em gel
Assim como a descoberta da estrutura do DNA deu brecha para
a descoberta de muitos outros processos e moléculas como o RNA, o
processo replicativo, transcricional e a conversão de informação em pares
de bases em aminoácidos (tradução), também deu abertura para as novas
técnicas de isolamentos das macromoléculas, tão importantes para o
organismo humano e de qualquer outro ser vivo: DNA, RNA e proteínas.
VOCÊ SABIA?
A técnica da eletroforese veio no ano de 1964, quando
um grupo de cientistas decidiram estudar a mobilidade do
DNA quando submetido a uma voltagem elétrica.
EXPLICANDO MELHOR:
Essas técnicas permitem que o pesquisador isole o material
genético de interesse, podendo assim ser separado pela
técnica de eletroforese de acordo com seu tamanho da
cadeia ou peso molecular.
Fonte: http://bit.ly/2QYjbw7
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 13
Gel de Agarose
DEFINIÇÃO:
A agarose é um polímero composto por alternados
resíduos de D- e L-galactose, unidas por ligações alfa e
beta-glicosídicas.
Fonte: http://bit.ly/35FqQ6G
IMPORTANTE:
Essa solução tem a função de deixar o meio em condições
levemente básicas, desprotonado, para que a molécula do
DNA consiga ficar dissociada e solúvel em água
SDS Page
Como dito anteriormente, as proteínas podem ter cargas diferentes
a depender da organização dos aminoácidos. Entretanto, para resolver
essa situação, um detergente é aplicado afim de ligar-se a regiões
hidrofóbicas das proteínas. O Sodium Dodecyl Sulfate (SDS) afeta o
desdobramento proteico, gerando cadeias polipeptídicas estendidas, as
moléculas proteicas individuais são liberadas de suas associações com
outras proteínas ou moléculas lipídicas tornando-se completamente
solúveis na solução detergente. Quando uma proteína se liga ao SDS,
a carga negativa desse detergente supera a própria carga intrínseca da
proteína, fazendo com que essa proteína migre do polo negativo ao polo
positivo da cuba vertical eletroforética.
As proteínas de mesmo tamanho molecular tendem a migrar em
velocidade equiparadas, já que suas estruturas estão desnaturadas e
lineares, podendo ser proteínas diferentes, mas possuem o mesmo peso
molecular, portanto, a mesma velocidade de migração. Proteínas de
diferentes pesos seguirão a regra do maior peso migrar de forma mais
lenta e o menor peso migrar de forma mais rápida, gerando um mix de
bandas proteicas no gel.
Outro agente redutor também pode ser adicionado afim de
quebrar as ligações S-S entre as proteínas de forma que todos os
polipeptídeos constituintes, presentes em múltiplas subunidades,
possam ser analisados separadamente. As proteínas majoritárias
facilmente são detectadas corando-se as proteínas do gel com um
corante como o azul de Coomassie. Até mesmo as proteínas menos
abundantes são visualizadas em géis tratados com coloração de prata
ou ouro, de modo que pequenas quantidades de proteína possam ser
detectadas em uma banda.
18 Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial
SAIBA MAIS:
O WB é muito utilizado para confirmação de infecção viral
do HIV, sendo a técnica de padrão ouro. Quer se aprofundar
neste tema? Leia o texto: Eletroforese: Conceitos e Aplicações,
acessível pelo link: https://bit.ly/2y5nVbI
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo?
Agora, só para termos certeza de que você realmente
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a eletroforese
é utilizada para separação e purificação de macromoléculas,
que são, na maioria das vezes, proteínas ou ácidos
nucleicos. Compreendeu que a técnica faz com que essas
macromoléculas sejam submetidas a um campo elétrico
e que elas vão migrar para o polo positivo ou negativo, de
acordo com a sua carga. E esse fluxo é determinado pelo
peso molecular de cada molécula. Viu que a técnica pode
ser aplicada em diversas áreas, como genética, ciência
forense, bioquímica ou microbiologia. Aprendeu sobre os
tipos de géis que podem ser utilizados e quais as suas
características e melhores aplicações, assim como os tipos de
corantes e de tampões utilizados e os tipos de técnicas que
existem e a função de cada uma, ressaltando as vantagens
e desvantagens e a interferência de cada equipamento e
material no resultado da corrida do gel da eletroforese.
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 19
VOCÊ SABIA?
Diversos estudos foram desenvolvidos para compreender
a molécula do DNA, como o Southern blot, por Edwin
Southern, o Sequenciamento, por Frederick Sanger e
Walter Gilbert e a Reação em Cadeia da Polimerase-PCR,
por Kary Mullis.
Fonte: http://bit.ly/2XPjgUz
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 21
PCR
A amostra utilizada para essa técnica pode ser sangue, biópsia de
tecido, cabelo, unha, líquidos corpóreos, entre outros. Pelo menos um par
de primer irá identificar o local do material a ser amplificado, os dNTPs irão
sintetizar as novas cópias do material genético a ser amplificado, a Taq
irá sintetizar as novas cadeias de DNA ou de cDNA, o MgCl2 junto com o
tampão irão auxiliar a atividade da polimerase. Após o MIX ser feito com
todos os reagentes, irá para o termociclador, que configurará temperaturas
ideais em tempos necessários para as etapas de amplificação.
Na primeira etapa do PCR, o DNA molde é desnaturado através do
calor e anela-se a oligonucleotídeos iniciadores sintéticos. Após isso, a DNA
polimerase é utilizada para copiar o molde de fita simples pela extensão dos
primerse o DNA é desnaturado novamente, anelado aos primers e utilizado
como molde para uma nova síntese. Nesse clico, os primers podem iniciar
a síntese a partir das fitas de DNA que foram sintetizadas no ciclo anterior
ou a partir da síntese de DNA anterior. A polimerase prossegue até o fim
do molde e lá se desconecta. Nesse segundo ciclo, o DNA que vai ser
sintetizado está cobrindo a sequência de DNA que será amplificada.
Os ciclos de desnaturação, anelamento e síntese do DNA
irão produzir segmentos de DNA que correspondem ao intervalo da
sequência que foi delimitado pelos primers.
Figura 4: Reação em cadeia da polimerase
RT-PCR
Esta reação pode ser dividida em duas partes: a transcrição
reversa e a amplificação. O que diferencia essa reação é que ela não
inicia através de um molde de DNA diretamente extraído da amostra,
ou seja, a amostra fornece o RNA, que é convertido em cDNA. É
muito utilizada em estudos de expressão gênica, visto que através da
avaliaçãodo RNA mensageiro (mRNA), pode-se detectar quais proteínas
estão sendo expressas. Entretando, o estudo direto do RNA é inviável,
devido à sua alta sensibilidade a vários fatores e a altas temperaturas.
O primeiro passo da reação consiste na síntese de uma fita de
DNA tendo como template uma fita de RNA numa reação catalisada por
uma enzima, a transcriptase reversa. Também são utilizados primers,
mas inespecíficos e nunca em pares, são oligonucleotídeos compostos
por várias timinas consecutivas (6 a 35), que são anelados às regiões
Poly-A do RNA, que são ricas em adenina. Após este ciclo, obtém-se o
cDNA que será utilizado na PCR.
O round de transcrição reversa não altera o número de fitas de
RNA ou DNA.
Figura 5: Diferenças entre PCR e RT-PCR
Fonte: http://bit.ly/34sssAB
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 23
Fonte: http://bit.ly/2Dl9mjV
Multiplex PCR
Em uma única reação, mais de um segmento é amplificado,
cada um com um par de primer específico.Essa técnica é muito útil na
simplificação de alguns experimentos, como em testes de paternidade,
que deve-se analisar vários marcadores genômicos.
24 Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial
Figura 7: Esquematização do multiplex PCR, com quatro pares de primers para amplificação
Fonte: http://bit.ly/33kKIKU
Nested PCR
A PCR “aninhada” é utilizada para aumentar a especificidade da
amplificação, reduzindo a ocorrência de amplificação não específica do
DNA. A técnica utiliza dois pares de primers (pares externo e interno) para
um único locus e dois PCRs sucessivos. No primeiro ensaio, os primers
de par externo são utilizados para gerar produtos de DNA e, assim, os
seus produtos de DNA podem conter fragmentos de DNA amplificados
não específicos. Esses produtos então entram em uma segunda corrida
de PCR, utilizando o segundo conjunto de primers internos, cujos
locais de ligação são de cada primer de par externo usado na primeira
reação. Logo, um segundo produto de PCR é produzido, mais curto que
o primeiro. Se o locus errado foi amplificado por engano no primeiro
turno, é poucoprovável que ele também seja amplificado na segunda
vez, dessa forma a nested PCR aumenta muito a especificidade da
PCR. Primers aninhados são utilizados como
controle importante em
experimentos com sequência desconhecida do genoma.
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 25
Fonte: http://bit.ly/2KZhA5M
PCR “touchdown”
O termo “touchdown” diz respeito aos ciclos de PCR anteriores,
onde a temperatura do anelamento é alta, abaixo da temperatura de
fusão dos pares de primers. Após isso, a temperatura de anelamento é
reduzida. O princípio dessa técnica é que a temperatura do anelamento
durante a reação do PCR determine a especificidade do anelamento do
primer. O resultado dessa técnica aumenta bastante a qualidade da PCR.
PCR digital
Essa técnica é uma nova abordagem para quantificação absoluta
de ácidos nucleicos, onde uma amostra de DNA ou cDNA é separada
em um grande número de partições em poços e as reações de PCR
são realizadas em cada partição. Os poços podem ter a molécula alvo
(positiva) ou não (negativos), tendo reações de PCR positivas e negativas.
No final, as quantidades de resultados positivos e negativos são utilizados
para gerar um número absoluto de moléculas alvo na amostra.
IMPORTANTE:
Essa técnica possui algumas vantagens, seja por não
precisar de referências ou controles endógenos, ou por
possuir alta sensibilidade e precisão devido às várias
replicações de PCR. É muito utilizada na análise de
alterações no número de cópias, sequenciamento de
próxima geração ou mutações raras.
PCR suicide
Essa técnica evita amplificações positivas falsas e devido
a isso, é muito utilizada no estudo do passado através do exame de
material genético preservado a partir de resto de organismos antigos
(paleogenética). É utilizada para evitar falsos positivos e garantir a
especificidade do fragmento amplificado.
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 27
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos que leia
o artigo: Sensibilidade da técnica de reação em cadeia
da polimerase para HIV-1 em relação à técnica de ensaio
imunoenzimático (Rezende et. Al), acessível pelo link
https://bit.ly/30SKCtK
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) é muito útil
em diversos tipos de diagnósticos laboratoriais. Viu quais os
principais reagentes utilizados na técnica, como iniciadores
(primers)e a DNA polimerase (Taq) e suas etapas, que se
resumem em desnaturação, anelamento e extensão.
Compreendeu que podem ser utilizadas várias amostras,
como sangue ou tecido. Aprendeu a função de cada um dos
reagentes e qual a sua atuação na PCR. Soube que existem
diversos tipos de técnicas de PCR, como PCR em tempo
real e multiplex PCR, e que cada uma dessas técnicas
possui uma especificidade e diversas características que
irão determinar o seu uso. Entendeu as diferenças entre
todas as técnicas, assim como as suas utilidades em casos
como a paleogenética e análise forense, que vão além da
detecção de microorganismos e identificação de doenças.
28 Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial
Clonagem
Na biologia molecular e celular há um termo que define o processo
de multiplicar uma região do DNA (gene) ou fita/trecho em específico:
clonagem. A clonagem pode ser dividida em duas categorias: A primeira
é a multiplicação via amplificação do material genético, produzindo
várias cópias idênticas de uma molécula de DNA, um processo realizado
a partir da técnica recém-discutida de PCR. Entretanto, a segunda forma
de clonagem é capaz de multiplicar essa mesma molécula de DNA,
mas não a partir de técnicas de amplificação da molécula, mas sim pelo
isolamento dessa molécula em uma célula que seja capaz de se replicar
e replicar a fita de DNA de interesse.
Em 1972, um bioquímico chamado Paul Berg teve a ideia de utilizar
o Vírus Símio 40 (SV 40) para introduzir um gene de interesse em uma
célula, permitindo que a célula hospedeira conseguisse multiplicar o
material genético de interesse e, também, produzir a proteína desejada.
O genoma desse vírus nada mais é do que um pedacinho de DNA, 600
mil vezes mais curto do que o genoma humano, possuindo apenas 7
genes, ao contrário dos 21 mil do genoma humano. O ponto que mais
lhe chamou atenção era que o sv40 poderia coexistir mais ou menos
de forma pacífica com certos tipos de células infectadas. Ao invés de
produzir milhões de novas partículas virais, como outros vírus comumente
fazem, ele insere o seu DNA no cromossomo da célula hospedeira e, em
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 29
EXPLICANDO MELHOR:
Alguns vírus são considerados ótimos vetores de entrega
de genes em células-alvos devido a sua capacidade de
entrar na célula-alvo sem que haja outros processos de
transfecção. Hoje em dia, as técnicas de edição gênica
estão trabalhando muito com esses vetores. Um exemplo
disso é o CRISPR/Cas9 que é uma endonuclease guiada
por um RNA capaz de clivar um trecho de 20 pares de base
de uma cadeia polipeptídica. Esse sistema é utilizado por
bactérias para se defender de bacteriófagos invasores. Seu
princípio de ação é bastante utilizado para editar genes
mutados de células humanas. Para que esse sistema de
edição alcance seu alvo, um vetor de transfecção precisa
colocá-lo dentro da célula. E é aí que alguns vírus como o
adeno-associado entra.
IMPORTANTE:
O código genético é universal, o que significa dizer que uma
proteína codificada por uma bactéria pode ser codificada
por uma célula humana, caso a mesma sequência
gênica esteja disponível para atuação da RNA polimerase
transcrever em um RNA e do RNA em uma proteína. O fluxo
de informação genética está presente em todas as técnicas
em biologia molecular.
Biblioteca de DNA
Para isolar um gene específico pela técnica de clonagem, é
necessária a construção de uma biblioteca de DNA, que é uma coleção
abrangente de DNA clonado em uma célula, que normalmente é a
Escherichia coli. Essa biblioteca inclui, no mínimo, um fragmento do
gene de interesse do pesquisador em todas as moléculas de DNAs
clonados. Então, ao transfectar o vírus na célula humana, pegando pelo
caso anterior, essa célula humana será cultivada em meio de cultura
para que ela cresça e se multiplique, expandindo também o seu gene
inserido através do vetor viral.
Hoje em dia, o processo de clonagem do DNA é feito mais com
transfecção de plasmídeos recombinantes em células bacterianas ou
em leveduras. Como a E.coli se divide mais rapidamente do que um
Saccharomyces então os testes são mais utilizados nessa bactéria.
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 31
Vetor plasmideal
Os plasmídeos são DNAs circulares que fazem parte do genoma
da célula bacteriana. Os plasmídeos utilizados para a tecnologia de DNA
recombinante são muito menores do que os bacterianos. Isso confere
uma característica benéfica para o investigador, já que esse plasmídeo
possui um peso molecular muito menor do que o genoma bacteriano em
geral, sendo fácil de separá-los após uma centrifugação, por exemplo,
já que o genoma bacteriano acaba formando um sedimento no fundo
do tubo.
Para que esses plasmídeos comportem os genes de interesse,
primeiro ambos precisam passar por um tratamento com enzima de
restrição para abrir o DNA circular e formar pontas coesivas capazes de
interagirem umas com as outras (plasmídeo e DNA de interesse).
Antes de promover os cortes no vetor plasmideal, é preciso
primeiro “pescar” o gene de interesse na célula desejada, e, para isso,
deve-se levar em consideração o tipo celular que comporta esse gene
de interesse. Como visto na unidade passada, a transcrição do RNA em
procariotos e eucariotos acontece de formas totalmente diferentes.
Os procariotos não possuem núcleo e muito menos íntrons, ou
seja, o mRNA das bactérias não passa por processos como splicing
alternativo e nem por outros processos modificadores da sequência
32 Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial
Fonte: http://bit.ly/34rGeDJ
VOCÊ SABIA?
A conjugação é responsável pelo evento de resistência
bacteriana em algumas infecções. Bactérias super resistentes
a muitos antibióticos são o grande desafio da medicina
moderna e essa resistência é devido à reprodução sexuada
das bactérias, conjugação, que podem passar plasmídeos
de uma para outra. Esses plasmídeos, comumente,
possuem um fator microbiano que lhes confere resistência
aos antibióticos que muitas das vezes são os mais potentes
existentes. É por esse motivo que o uso de qualquer
antibiótico sem a orientação médica é contra-indicado, já
que a bactéria que está infectando aquele organismo pode
ser resistente, promovendo assim a ação dos antibióticos
somente na flora bacteriana fisiológica. Caso o antibiótico
seja tomado fora do tempo estimado, a bactéria patogênica
pode criar resistência contra ao antibiótico.
Enzimas de restrição
Após a pesca do gene alvo, será preciso introduzir esse gene dentro
do DNA plasmideal para que ele seja introduzido dentro da célula para
clonagem e produção das proteínas desejadas. Enzimas especializadas
em cortar o DNA em segmentos específicos são convocadas para cortar
tanto o gene de interesse quanto o DNA plasmideal, afim de formar
terminações concisas e equivalentes, permitindo a recombinação do
gene de interesse com o plasmídeo. Junto a esse processo de colagem,
a DNA ligase participará no processo de união polinucleotídica, unindo o
arcabouço nucleotídico de ambos os DNAs.
As enzimas de restrição são encontradas em bactérias. A função
delas é de auto-defesa. Durante a invasão de um bacteriófago, por
exemplo, a bactéria terá de se defender por meio de alguns mecanismos.
O CRISPR/Cas 9 é um exemplo, mas o que realmente importa aqui são
as enzimas de restrição. Elas têm a capacidade de cortar fragmentos
de DNA viral a depender de sequências palindrômicas. Após o
reconhecimento desses determinados sítios, que mudam de enzima à
enzima, essas proteínas farão cortes no sítio de restrição ou em locais
próximos a ele. Os cortes podem mudar de conformação, a depender da
enzima. Geralmente, existem dois grupos de cortes: escalonados e cego.
O corte escalonado acaba gerando extremidades de fitas simples. O corte
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 37
IMPORTANTE:
As extremidades pegajosas são úteis na clonagem porque
produzem dois pedaços de DNA (do gene de interesse e
do plasmídeo) que são capazes de interagirem uma com a
outra. Ao contrário dos cortes cegos, também chamados de
cortes bruscos, que não deixam extremidade e dificultam a
ligação das cadeias de DNA.
-G-G-T-A-C-C-
Kpnl Klebsiella pneumoniae
-C-C-A-T-G-G-
-C-T-G-C-A-G-
PsfI Providencia stuartii
-G-A-C-G-T-C-
-G-T-C-G-A-C-
SalI Streptomyces albus
-C-A-G-C-T-G-
-C-C-C-G-G-G-
SmaI Serratia marcescens
-G-G-G-C-C-C-
EXPLICANDO MELHOR:
Quando se diz “região palindrômica”, entende-se por uma
região que quando lida de traz para frente, na sequência
complementar, é a mesma sequência. A sequência
complementar dela seria a C T T A A G, que lida de traz para
frente fica G A A T T C.
Transfecção
Com o DNA plasmideal montado, precisava haver a transfecção
desse DNA circular na célula hospedeira. A forma de transdução já foi
explicada, que é a utilização de um vetor viral, um bacteriófago para
uma bactéria, capaz de adentrar à célula hospedeira, levando junto o
gene de interesse. Uma outra forma bem conhecida e a mais aplicada é
a transformação bacteriana, processo descoberto por Griffith, em 1928.
A transformação é a passagem de um material genético para
uma bactéria, transformando-a capaz de codificar uma proteína com
uma função. Entretanto, antes que haja a transformação, é necessário
o processo de competência bacteriana. A competência tornará as
bactérias competentes a receber o material plasmideal exógeno, já que
nem todas as bactérias são naturalmente competentes a esse processo.
A competência é feita ao submeter a bactéria em uma solução fria de
cloreto de cálcio por um tempo. Se necessário é possível aumentar
a eficiência do processo por recursos a outros íons monovalentes ou
bivalentes.
Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial 39
Após esse processo, há duas formas de fazer com que o DNA entre
na célula: O DNA por si só não será capaz de atravessar a barreira da
parede bacteriana, sendo assim, dois processos podem ser realizados
capazes de permeabilizar a parede celular bacteriana, eletroporação e
choque térmico. O choque térmico é a retirada da colônia bacteriana ao
gelo e passando-a para um local mais quente, dando assim um choque
térmico em parede celular, criando poros, permitindo a passagem
do DNA. A eletroporação consiste em pequenas descargas elétricas,
desestabilizando a tensão elétrica que envolve a parede celular bacteriana,
criando poros, permitindo assim a entrada do DNA plasmideal.
Proteína recombinante
Quaisquer proteínas pertencentes de quaisquer células estão
em pequenas concentrações em seus respectivos meios. Sendo assim,
o seu processo de extração se torna bastante difícil, envolvendo uma
produção maciça de células para a extração de pequenas quantidades de
proteínas, como acontecia com a insulina. As pessoas diabéticas precisam
de insulina para regularizar os níveis de glicose no sangue. Entretanto,
antigamente era muito difícil obter um extrato relativamente razoável de
insulina. Com a tecnologia de DNA recombinante, há a possibilidade de
produzir concentrações elevadíssimas de insulina em apenas uma célula,
melhorando o processo de tratamento dessas pessoas diabéticas. Outra
aplicação para a técnica é a produção de proteínas de patógenos virais ou
bacterianos, por exemplo a proteína GP 120 do HIV, em células bacterianas
para a produção de vacinas a partir dessas proteínas.
Entretanto, após a clonagem nas células hospedeiras, além da
produção maciça do DNA plasmideal, a proteína também vai sendo
produzida e concentrações muito elevadas.
Será necessária a separação dessas proteínas, já que uma
bactéria produz outros tipos de proteínas também. É para isso que dois
processos são utilizados no DNA plasmideal: a inserção de um trecho de
DNA capaz de codificar uma cauda de histidina ou um gene fluorescente
GFP, capaz de codificar uma proteína fluorescente. Ambos os trechos a
mais inseridos no DNA plasmideal permite que a proteína de interesse
seja separada facilmente por cromatografia.
40 Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos a leitura
do artigo A Engenharia Genética, disponível em: https://bit.
ly/2PqG6RS
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que a tecnologia do DNA recombinante possibilita a
alteração do material genético de organismos seja pela
introdução ou pela supressão de genes estruturais. E que
existe uma biblioteca de DNA que é utilizada para isolar
um gene específico através da técnica de clonagem.
Aprendeu sobre essa técnica de clonagem e sobre os
vetores utilizados, principalmente os plasmídeos de
bactérias, assim como os tipos de plasmídeos existentes
e suas funções. Conheceu alguns tipos de enzimas de
restrição existentes, que possuem função de autodefesa.
Aprendeu sobre a transfecção do DNA circular na célula-
alvo e também sobre a transformação, que é a passagem
do material genético para a bactéria. Por fim, entendeu que
existem proteínas recombinantes que são utilizadas na
técnica de DNA recombinante, na produção de proteínas.
Detecção de DNA
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo será abordada uma outra forma de
manipulação do DNA que é a utilização do pareamento
de bases Watson-Crick para identificar outras cadeias
polinucleotídicas, o processo denominado de Hibridização.
No final do capítulo você será capaz de entender o que é
uma sonda, seus princípios básicos, estrutura, formas de
sintetização e aplicabilidades dessa técnica.
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dessas moléculas nesse meio vai ser a base da cinética das colisões
aleatórias. Entretanto, há um jeito mais rápido de obter a hibridização de
suas cadeias polinucleotídicas, que é o aprisionamento da sequência
alvo em uma membrana e a adição direta das sondas. Quando essas
sondas são adicionadas a um filtro, sua sensibilidade é prejudicada.
EXPLICANDO MELHOR:
Isso se deve ao fato de ao fixar os ácidos nucleicos no
filtro, isso acaba tornando alguma dessas moléculas
incapazes de hibridizar a uma sonda, talvez devido a uma
incapacidade estérica, já que o sítio de ligação pode estar
em uma orientação em que a sonda não seja mais capaz de
se ligar àquela molécula.
que a interação G:C é uma interação que requer uma maior quantidade
de energia para que seja dissociada, por conta das três ligações de
hidrogênio envolvidas nessa interação, tornando cadeias ricas em G:C
termodinamicamente mais estáveis do que A:T. A concentração vai
influenciar na velocidade de hibridização. Quanto maior a concentração
de sondas no meio, maior será a velocidade de hibridização da sonda
e seu alvo. Entretanto, concentrações extrapoladas podem favorecer
interações inespecíficas fora do alvo.
5. Erros fora do alvo (Mismatching): Toda sonda de qualidade,
ao ser comprada, tem sua porcentagem de hibridizações com a fita
alvo, sob condições de alta rigorosidade, formando duplex de cadeias
polinucleotídicas. As implicações de saber os possíveis pareamentos
se traduz num maior rigor representado pelo meio, impedindo que
essas sondas sejam capazes de interagir com qualquer fragmento de
DNA genômico. Um pareamento imperfeito vai diminuir a velocidade
de hibridização do processo e pode acontecer somente om uma única
base nitrogenada. Podendo representar um polimorfismo de uma base
no gene a ser estudado, ou erro ao desenhar a sonda.
6. Formamida e Ureia: A formamida é uma cadeia nitrogenada
capaz de desestabilizar a dupla fita de moléculas polinucleotídicas
através de sua interação nas pontes de hidrogênio formadas entre
os pareamentos entre as bases, reduzindo assim a temperatura de
fusão. Entretanto, essa é uma molécula tóxica e é bastante volátil em
temperaturas necessárias para a hibridização. Para evitar a exposição a
fumaças tóxicas da formamida, a ureia entra como uma via alternativa,
que também possuí a capacidade de desestabilizar as ligações de
hidrogênio entre as bases nitrogenadas, porém em concentrações muito
menores, quando comparada à formamida.
Marcadores
Toda sonda é conjugada a um marcador com função de identificar
ou reportar a presença da sonda, caso esteja ligada à sequência alvo.
O primeiro marcador utilizado era um radioisótopo que se ligava ao
arcabouço da cadeia polinucleotídica. Essa marcação vinha através de
um nucleotídeo marcado com um P radioativo (32P) e era inserido na
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Síntese de sondas
Além dos variados métodos para marcação descritos, há várias
metodologias que permitem a formação das sondas. Algumas dessas
metodologias serão abordadas a seguir:
1. Reação em Cadeia da Polimerase: PCR é um excelente método
para síntese de sondas, visto que ele é capaz de amplificar/duplicar o
material genético, adicionando novos nucleotídeos que podem ser
marcados de formas diferentes. Marcação por PCR oferece vantagens,
tais como velocidade, versatilidade, eficiência na reação e o fato de
muitos laboratórios estarem realizando PCR rotineiramente. Quando
realizados na presença de nucleotídeos marcados, as sondas são feitas
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RNA anti-senso
Durante a etapa da preparação das sondas de RNA, há a
transcrição de fita senso e da anti-senso. A fita de RNA anti-senso é
complementar ao mRNA, sendo assim, capaz de parear com ele. Esse
RNA pode ser utilizado para o estudo transcricional de um gene. Além
dessa habilidade, o RNA anti-senso pode inibir a expressão gênica a
partir da sua interação com o mRNA, formando uma molécula incapaz
de ser traduzida, devido a formação de uma dupla fita de RNA, sendo
esse o cerne do RNA de interferência (iRNA).
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos a letua
do artigo: Eletrodos modificados com dna: uma nova
alternativa em eletroanálise, acessível pelo link: https://bit.
ly/2zBiJKo.
48 Aplicação da Biologia Molecular no Diagnóstico Laboratorial
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de
que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter
aprendido sobre os princípios da hibridização de cadeias
oligonucleotídicas a partir do princípio da interação
Watson:Crick, sobre a detecção de DNA a partir de uma
cadeia oligonucleotídica conjugada. Aprendeu também
que essas cadeias estão conjugadas a um composto capaz
de gerar cor, podendo ser um fluorocromo, cromóforo
ou radioisótopo. Compreendeu sobre as estruturas de
uma sonda e quais os tipos de sondas existentes, assim
como suas funções e aplicabilidade. Conheceu sobre os
reagentes necessários para a construção das sondas, e os
tipos de corantes. Viu que existem tipos de hibridização e
pôde conhecer um pouco sobre esses tipos, como DNA:
DNA, DNA:RNA e RNA:RNA. Por fim, aprendeu sobre as
técnicas de biologia molecular que utilizam as sondas
como forma de diagnóstico, entendendo melhor a sua
funcionalidade laboratorial.
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