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no Diagnóstico
Laboratorial
Rosalina Guedes Donato Santos
Aula 01
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor
EDUARDO NASCIMENTO DE ARRUDA
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autora
Rosalina Guedes Donato Santos
01
UNIDADE
8 Citogenética no Diagnóstico Laboratorial
INTRODUÇÃO
A compreensão acerca da importância da genética para a medicina
exige uma compreensão do material hereditário, como ele atua no
genoma humano e como ele pode ser transmitido de uma célula para
outra durante o processo de divisão celular e de geração em geração
durante a reprodução. O genoma humano é composto pelo DNA (ácido
desoxirribonucleico) que contém na sua composição a informação genética
necessária para validar os processos relacionados com a embriogênese,
desenvolvimento, crescimento, metabolismo e reprodução. Cada célula
nucleada do corpo contém seu próprio genoma humano, o qual contém
cerca de 25.000 genes. Então, podemos definir gene como sendo a
unidade de informação genética, organizados em diversas organelas
em forma de bastão os quais chamamos de cromossomos. A influência
dos genes e da genética são cruciais para o entendimento de doenças
genéticas. A análise dos cromossomos, da sua estrutura e da sua
hereditariedade é denominado de citogenética. A citogenética contribui
para o diagnóstico clínico das doenças genéticas, mapeamento genético,
citogenética do câncer e diagnóstico pré-natal. Entendeu? Ao longo desta
unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
Citogenética no Diagnóstico Laboratorial 9
OBJETIVOS
Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar você
no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o
término desta etapa de estudos:
1. Descrever a estrutura do DNA.
2. Analisar a estrutura e morfologia do cromossomo.
3. Apontar as fases do ciclo celular.
4. Analisar as proteínas reguladoras do ciclo celular.
Então? Preparado para uma viagem rumo ao conhecimento? Ao
trabalho!
10 Citogenética no Diagnóstico Laboratorial
Estrutura do DNA
Os genes podem ser estudados a partir de três pontos diferentes: o
molecular, mendeliano e populacional. Do ponto de vista molecular, o gene é
a sequência e DNA que contém a informação necessária para sintetizar uma
molécula de RNA. Cada gene está localizado em sum sítio do cromossomo.
A informação genética contida nas moléculas de DNA está
localizada no núcleo da célula e a síntese proteica ocorre no citoplasma
conforme mostramos na figura 1. Assim, o RNA mensageiro copia a
informação presente no DNA e dirige-se até o citosol, no qual conduz a
síntese da proteína. Dessa forma, no núcleo o DNA determina a sequência
dos nucleotídeos do RNA mensageiro, e no citoplasma o RNA mensageiro
estabelece a sequência de aminoácidos e proteínas.
Figura 1: fluxo da informação genética em eucariotos
Fonte: http://bit.ly/2uD3AJx
Citogenética no Diagnóstico Laboratorial 11
Fonte: http://bit.ly/2FEo4nf
Fonte: http://bit.ly/39VBPMn
Citogenética no Diagnóstico Laboratorial 13
Condensação do DNA
Podemos definir o termo “condensação do DNA” da seguinte
maneira: É um processo que ocorre quando a célula está próxima de se
dividir.
Nas células eucarióticas humanas os núcleos têm em média 10
μ de diâmetro e abrange mais de metros de DNA empacotados em 46
cromossomos. Pela razão do genoma ocupar quase todo o espaço, uma
célula precisa duplicar de maneira uniforme quase todo o DNA antes
de se dividir. Para que essa tarefa ocorra é necessário a compactação
da cromatina. O genoma humano é constituídos por aproximadamente
3,2 x 109 nucleotídeos que estão compactados e distribuídos nos 24
cromossomos (22 autossômicos e 2 sexuais).
Cada cromossomo é composto por uma única fita de DNA contínua
ligada por meio de proteínas chamadas de histonas e não histonas, e
esse complexo chamamos de cromatina. A unidade fundamental da
cromatina é o nucleossomo que é composto de aproximadamente
146 pares de bases de DNA enoveladas ao redor de octâmero central
das proteínas histonas. Há cerca de cinco tipos de HISTONAS que são
chamadas de H1, H2A, H2B, H3 e H4.
Figura 4: Organização de um nucleossomo formado
por um octâmenro de histonas, associado à histona H1
Fonte: http://bit.ly/36KnQa4
Centrômero
DEFINIÇÃO:
Centrômeros são regiões cromossômicas que têm a habili-
dade de mediar a ligação dos microtúbulos ao DNA, por
meio de uma estrutura proteica conhecida como cinetócoro.
Fonte: http://bit.ly/2sc2ZO5
Telômeros
O nome telômero vem do grego e significa “parte final”. As
extremidades dos cromossomos possuem uma sequência de DNA
(TTAGGG) repetida muitas vezes, estas repetições, em grande parte,
servem como locais para vinculação de proteínas específicas dos
telômeros que impedem de obter o reparo das respostas normalmente
ativadas por sequências de DNA terminais.
Telômeros são estruturas localizadas nas extremidades dos
cromossomos lineares, cujo encurtamento ocorrido a cada mitose pode
resultar em senescência ou envelhecimento.
16 Citogenética no Diagnóstico Laboratorial
SAIBA MAIS:
A senescência replicativa e o envelhecimento em células
humanas estão associados à ausência de atividade da
enzima telomerase. Para saber mais sobre o assunto leia
o artigoContribuição dos Telômeros e da Telomerase
no Surgimento de Neoplasias e no Processo de
Envelhecimento disponível em: https://bit.ly/2HoUSSr
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu
mesmo? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que o DNA é molécula chave do genoma humano. O DNA
é composto de nucleotídeos, os quais são compostos por
uma pentose (um carboidrato de cinco carbonos), uma
base nitrogenada e grupos fosfatos. O açúcar presente
no DNA é a desoxirribose. As bases nitrogenadas são
classificadas em pirimidinas e purinas. As piridiminas
são compostas de carbônio e nitrogênio e as purinas
possuem dois anéis. As piridiminas são Citocina (C), timina
(T) e uracila (U), e as purinas são adenina (A) e guanina
(G). A uracila não é observada no DNA. Essas bases são
complementares. Quando a célula está próxima a se dividir
o DNA é condensado. Nos eucariotos, a compactação do
DNA ocorre por meio da adição de proteínas chamadas
de histinas, que são proteínas de carga negativa as quais
enovelam o DNA. O complexo de DNA, histonas e outras
proteínas estruturais chamamos de cromatina. Quando
a cromatina se condensa, pode-se observar a presença
de pedaços lineares e avulsos, o qual chamamos de
cromossomos. Os cromossomos humanos compreendem
cerca de 46 cromossomos organizados em 23 pares, e os
dois membros de cada par são considerados homólogos
entre si. O centrômero é a região mais condensada do
cromossomo e podem ser classificadas em metacêntrico
quando o centrômero está localizado exatamente no
meio do cromossomo, submetacêntrico quando ele está
«um pouco» afastado do centro, acrocêntrico quando
o centrômero está mais próximo das extremidades do
que do centro, telocêntrico - quando ele está numa das
extremidades do cromossomo e acêntrico- quando ele está
numa das extremidades e não possui mais genes acima
deles sendo portando a extremidade final do cromossomo.
E, os telômeros são estruturas responsáveis por conferir a
estabilidade do cromossoma.
18 Citogenética no Diagnóstico Laboratorial
Código genético
O código genético analisa a relação entre a sequência de
bases nitrogenadas do DNA e a sequência de aminoácidos na cadeia
polipeptídica correspondente. A palavra-chave do código para um
aminoácido consiste em uma sequência de três bases nitrogenadas
adjacentes, que formam a unidade de informação genética ou códon.
O código genético apresenta as seguintes características:
1. A leitura do código genético é feita em trincas de bases ou de
nucleotídeos;
2. O código é dito degenerado ou redundante. Isso ocorre porque
existem aminoácidos que são codificados por dois ou mais códons, isso
é de extrema importância uma vez que o DNA possui apenas quatro
bases distintas, são necessárias diversas combinações dessas bases
para codificar os diferentes tipos de aminoácidos.
Por exemplo, o aminoácido fenilalanina pode ser codificado
por dois códons diferentes: UUU e UUC. Os códons que representam
os mesmos aminoácidos são denominados códons sinônimos,
relacionando-se, em geral, por uma alteração de sua terceira base; a de-
generação da terceira base minimiza os efeitos de possíveis mutações.
3. Ambíguo porque uma trinca só pode codificar um aminoácido.
A exemplo da fenilalanina que pode ser codificado por UUU e UUC e
nenhum outro aminoácido pode ser codificado pela mesma trinca de
aminoácidos;
4. É um código sem superposição, ou seja, uma dada base
pertence a uma só trinca ou códon;
5. É, também, contínuo, não existindo espaçamento entre os
códons;
6. É dito semiuniversal porque os mesmos aminoácidos são
codificados com os mesmos códons em quase todos os organismos,
permitindo que um RNA mensageiro seja traduzido em uma célula de
outra espécie, o que possibilitou a técnica do DNA recombinante;
7. Presença de códons de iniciação e de finalização ou terminação.
O início da síntese de um polipeptídio, em procariotos, é assinalado
pela presença de um códon iniciador específico, que é AUG no RNA
mensageiro, correspondendo ao aminoácido metionina. Há, também,
Citogenética no Diagnóstico Laboratorial 19
REFLITA:
É importante refletir sobre a manipulação do genoma
humano, principalmente quanto ás implicações éticas.
O Projeto Genoma Humano trouxe várias possibilidades,
como por exemplo, a identificação de genes associados a
doenças, mas modificando às vezes comportamentos ao
intervir geneticamente no ser humano, trazendo benefícios
ou malefícios sociais. Devido a esse grande salto surgiu o
estudo do proteoma, a base dessa nova ciência é estudar
as proteínas bem com as suas interações na célula, isso
poderia levar ao entendimento do funcionamento do
organismo bem como das células. Assim, o grande desafio
é decidir o que a humanidade pretende em relação a este
gigantesco salto.
ACESSE:
Para entender melhor como aplicar essas técnicas na
citogenética leia a tese Caracterização Genética da
População do Estado de Goiás baseada em Marcadores
STRs Autossômicos e do Cromossomo Y,disponível em:
https://bit.ly/2U4Ru4i
Citogenética no Diagnóstico Laboratorial 21
DNA mitocondrial
O DNA mitocondrial é uma molécula circular de fita dupla, com
16.569 pares de bases, existente no interior das mitocôndrias. A mitocôndria
é formada por uma matriz limitada por duas membranas, uma externa e
outra interna. Esta última apresenta dobramentos para dentro, formando
cristas que aumentam internamente sua superfície total.
No genoma mitocondrial humano e de outros mamíferos
apresenta 13 genes codificadores de proteínas, 22 genes de tRNA e 2
genes de rRNA. Os genes codificadores de proteínas encontram-se
no complexo citocromo-c-oxidase (subunidades 1, 2 e 3) e nas regiões
do citocromo b e das subunidades 6 e 8 do complexo da ATPase. Por
meio de densidade, pode ser diferenciada uma fita simples leve (L) de
uma pesada (H), na qual se encontra a maioria dos genes. Os genes
mitocondriais utilizam um código genético diferente do usado pelos
genes nucleares; em mamíferos, UGA para trp, AUA para met e AGA/
AGG como códon de finalização.
IMPORTANTE:
É importante sinalizar que a taxa de mutação do DNA
mitocondrial é quase 20 vezes maior do que a do DNA
nuclear, isso pode ocorrer devido à grande produção de
radicais livres de oxigênio (mutagênicos). É importante
analisar o DNA mitocondrial porque existe uma gama de
doenças genéticas que são herdadas a partir do DNA
mitocondrial, ou seja da mãe.
ACESSE:
Estude sobre as doenças relacionadas com o DNA
mitocondrial no artigo Análise das Doenças Relacionadas
ao Dna Mitocondrial: Uma Revisão da Literatura. Disponível
em: https://bit.ly/2ZroYir
Replicação do DNA
A replicação do DNA é um processo que ocorre após o processo
de divisão celular. A replicação do DNA ocorre a partir da separação das
duas fitas parenterais, após são produzidas duas novas fitas, tendo as
parentais como molde. Assim, cada nova molécula de DNA contém uma
fita parental e uma fita recém-sintetizada, por isso a replicação do DNA é
dita semiconservativa. Nesse processo estão envolvidas várias proteína
e enzimas que atuam no processo de forma ordenada garantindo
fidelidade.
Citogenética no Diagnóstico Laboratorial 23
Fonte: http://bit.ly/2uzlVXL
RESUMINDO:
O DNA é uma molécula responsável por armazenar e
transmitir as informações genéticas. Além disso, O DNA é
o molde da molécula do RNA. Assim, o DNA coordena a
síntese do RNA e o RNA comanda a síntese de proteínas. A
replicação do DNA é semiconservativa. Cada fita na dupla
hélice atua como modelo para a síntese de uma nova fita
complementar. As enzimas responsáveis pelo processo de
replicação são: DNA polimerases, que necessitam de um
molde e um primer (iniciador) e sintetizam DNA na direção
5’ para 3’. E além dessas enzimas, são importantes a DNA
polimerase, incluindo DNA primase, DNA helicase, DNA
ligase, e topoisomerase. Existem tipos de DNA como o
TANDEM e o mitoxondrial. O DNA TANDEM são repetições
de sequênciais de DNA não codificadoras, que podem
estar concentradas em locais restritos ou muito dispersas
no genoma e podem ser subdivididos em DNA satélite,
microssatélite e microssatélites. E, o DNA mitocondrial está
presente nas mitocôndrias, e é passado maioritariamente
de mãe para filho na grande maioria dos organismos
multicelulares, por isso as doenças mitocôndrias são
herança materna.
Citogenética no Diagnóstico Laboratorial 25
Ciclo celular
A divisão celular ocorre a partir de uma sequência de eventos na
qual o crescimento da célula ocorre pela replicação de todos os seus
componentes, com a posterior divisão em duas células‐filhas.
O ciclo celular é composto por três fases: intérfase, nessa fase
ocorre o crescimento da célula bem como o reparo para a próxima fase.
Fase mitótica, também conhecida como a fase M ocorre a separação dos
cromossomos da célula mãe e a citocinese, na qual ocorre o rompimento
das membranas plasmáticas e a finalização do processo celular, dando
origem a duas células-filhas. Nessas fases são avaliados os erros nos
processos que podem levar à célula ao processo de apoptose ou no
desenvolvimento de células tumorais.
A célula passa a maior parte do tempo em intérfase, mas através
de sinais químicos externos (hormônios e fatores de crescimento) ou
internos (ciclinas e quinases – CDKs), a célula é sinalizada para entrar em
divisão. Estes sinais que controlam o ciclo provêm de fora para dentro da
célula, pois os fatores de crescimento liberados ligam-se aos receptores
de membrana das células-alvo e estes vão estimular a produção
de sinalizadores intracelulares, ativando a cascata de fosforilação
intracelular e induzindo a expressão de genes que são essenciais para
o controle do ciclo celular (composto por CDKs e ciclinas, descritas em
detalhe no capítulo de controle do ciclo celular).
O tempo médio para a divisão celular depende de fatores
relacionados com a célula e com as condições fisiológicas como
idade celular, disponibilidade de hormônios, fatores de crescimento,
temperatura, pressão osmótica, pressão hisdrostática e pressão do
oxigênio externo e o ritmo circadiano. A interfase é a fase mais longa do
ciclo celular. Está dividida em três fases: G1,S e G2.
A fase G1 é caracterizada pela intensa produção de síntese
enzimática, já na fase S se caracteriza a duplicação do material genético,
bem como peloaumento da quantidade DNA, o que favorece que cada
cromossomo apresente uma cromátide irmã. Também na fase S, se
inicia a duplicação dos centrossomas e o início dos movimentos para
os polos da célula. Já na fase G2 ocorre uma síntese de proteínas e um
rápido crescimento celular, o que prepara a células para a fase mitótica.
26 Citogenética no Diagnóstico Laboratorial
Fonte: http://bit.ly/2R03KlE
RESUMINDO:
Nas células eucarióticas, ou células com núcleo, os estágios
do ciclo celular são divididos em duas fases principais:
interfase e a fase mitótica (M). Durante a interfase, a célula
cresce e faz uma cópia de seu DNA e durante a fase
mitótica (M), a célula separa seu DNA em dois conjuntos e
divide seu citoplasma, formando duas novas células. Para
que a divisão seja iniciada, três etapas são fundamentais:
fase G1 onde ocorre o crescimento celular com intensa
produção enzimática, na fase S ocorre duplicação do
material genético e aumento do DNA e duplicação dos
centrossomas, nesse momento ocorre a mudança dos
centrossomas para os pólos da célula e na fase G2 ocorre
uma intensa síntese enzimática, crescimento celular e
preparação para a fase mitótica.
Fonte: http://bit.ly/37UBJD2
Para que a ativação das CDK ocorra são necessários dois eventos.
O primeiro evento é a ligação com uma molécula reguladora positiva,
a ciclina;20, 21 e o segundo, a fosforilação de um resíduo de treonina
(Thr160 em CDK2) localizado na alça conhecida como segmento de
ativação.
O ciclo celular é composta das fases G1 (intervalo, gap 1), fase
em que a célula se prepara para síntese do DNA; s (síntese), estágio
no qual o DNA é replicado; G2 (gap 2), fase na qual a célula se prepara
para a mitose; m (mitótica), fase onde a célula passa por diversas
transformações que resultam na divisão do núcleo (mitose) e divisão do
citoplasma, ou seja, a formação de duas células filhas (citocinese).
A CDK4/ciclina (Cyc)D e CDK6/CycD são responsáveis pela
progressão na fase G1 enquanto que a CDK2/CycE é necessária para
a progressão da fase G a S; CDK2/CycA para a transição de S; a CDK1/
CycB é responsável para a transição G /M. (ver figura 08).
Citogenética no Diagnóstico Laboratorial 29
Fonte: http://bit.ly/309WBna
RESUMINDO:
O ponto de checagem ocorrem nos diversos estágios do
ciclo célula e tem como principal objetivo identificar erros
e reparar os mesmos, entretanto, quando esse erro não
pode ser corrigido a célula pode entrar em apoptose. Os
pontos de checagem ocorrem nos pontos G1 em transição
para a fase S, na transição da G2 para M e na transição da
metáfse para anáfase. As proteínas quinases dependentes
de ciclinas (Cdks) são responsáveis por impulsionar os
eventos do ciclo celular nas células eucarióticas, além de
determinar o tempo em que cada um deve ocorrer. O ciclo
celular passa pelas fases G0, G1, S, G2 e M para completar
a divisão celular. A progressão é regulada pela expressão
e ativação das proteínas do ciclo celular, incluindo ciclinas,
CDKs e CDIs. O ciclo celular se inicia pela elevação da ciclina
D, que interage com as CDK4 e CDK6 formando o complexo
ciclina D- CDK4/6 que age fosforilando a Rb e liberando a
E2F, evento que ativa a transcrição do DNA. A progressão
do ciclo celular pode ser bloqueada pela ação de inibidores
endógenos, membros das CDIs, e por alguns bloqueadores
exógenos, que atuam em diferentes pontos do ciclo celular.
Além dessas, ainda há a p53 que é responsável por checar e
impedir que o dano seja levado adiante no ciclo celular.
Citogenética no Diagnóstico Laboratorial 31
BIBLIOGRAFIA
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