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ANHANGUERA EDUCACIONAL

CAMPUS SANTO ANDRÉ – ALBERTO BENEDETTI


Bacharelado em Medicina Veterinária

BIOGRAFIA E TEORIA DE CHARLES DARWIN NO EVOLUCIONISMO E THOMAS


HUNT MORGAN ACERCA DA EVOLUÇÃO DA HEREDITARIEDADE

Santo André - SP
2023
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ANHANGUERA EDUCACIONAL

CAMPUS SANTO ANDRÉ – ALBERTO BENEDETTI


Bacharelado em Medicina Veterinária

BIOGRAFIA E TEORIA DE CHARLES DARWIN NO EVOLUCIONISMO E THOMAS


HUNT MORGAN ACERCA DA EVOLUÇÃO DA HEREDITARIEDADE - DISCIPLINA
MELHORAMENTO GENÉTICO

Caroline Bordignon RA: 40003480860


Dulcineia silva Santana RA: 370574215748
Gislei Pimentel Diogo RA: 121660115748
Paulo Henrique Alves Ramos RA: 369554215748

Trabalho Acadêmico realizado no Curso


de Bacharel em Medicina Veterinária, Universidade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção
do título na disciplina, sob orientação da Prof.ª Naima Jamile dos Santos Marciano.

Santo André - SP
2023
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 6
2. DESENVOLVIMENTO- BIOGRAFIA E TEORIA DE CHARLES DARWIN NO
EVOLUCIONISMO E THOMAS HUNT MORGAN ACERCA DA EVOLUÇÃO DA
HEREDITARIEDADE - DISCIPLINA MELHORAMENTO GENÉTICO. ...................................... 7
2.1 Teoria Criacionista ........................................................................................................... 7
2.2 Quem foi Charles Darwin? ............................................................................................... 8
2.3 As ideias de Darwin: ........................................................................................................ 9
2.4 O Darwinismo Social e o Neodarwinismo ...................................................................... 10
2.5 Neodarwinismo - Teoria sintética da evolução ............................................................... 11
2.6 Religião x Ciência – Criacionismo x Evolucionismo ....................................................... 12
2.7 O livro a Origem das Espécies....................................................................................... 14
3. Quem foi Thomas Hunt Morgan: ...................................................................................... 15
3.1 As concepções iniciais de Thomas Hunt Morgan acerca de evolução e hereditariedade 17
3.1 Algumas objeções de Morgan ao conceito da Seleção natural ..................................... 19
4.Os estudos de Morgan em relação a Determinação sobre o Sexo ................................... 20
4.1 As experiências de Morgan ........................................................................................... 21
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 24
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RESUMO

O objetivo deste trabalho, realizado no quarto semestre do curso “Bacharel em


Medicina Veterinária” da Universidade Anhanguera - Campus Santo André - São
Paulo, é de correlacionar as práticas e conhecimentos de dois grandes cientistas,
além de suas contribuições no âmbito biológico, dentro do estudo da evolução e
hereditariedade das espécies, com as práticas das disciplinas regulares do curso em
questão. Os dois principais cientistas abordados nessa pesquisa acadêmica são
Charles Darwin, que traz a teoria da evolução, publicada em 1859 onde sua
premissa é que o ambiente, por meio de seleção natural, é o que determina a
importância das características dos indivíduos ou de suas variações, já Thomas
Hunt Morgan, desenvolveu a teoria que descreve o sistema dos genes em
"Mechanism of mendelian heredity" publicado por sua equipe em 1915. As
descobertas subsequentes de Morgan referem-se à mutação e às funções
hereditárias dos cromossomos. Desse modo, faz com que as teorias e disciplinas
ministradas no curso sejam aplicadas em prática , através do estudo e
desenvolvimento das contribuições do avanço científico, na qualidade de vida dos
seres vivos e manutenção das espécies através das descobertas da medicina
veterinária. Este estudo tem como objetivo apresentar os pontos principais das
teorias e aspectos das biografias desses autores, através das suas descobertas e
contribuições para a sociedade.

Palavras chaves: Charles Darwin, Thomas Hunt Morgan, Teoria da Evolução,


Evolucionismo, Mecanismo da Hereditariedade Mendeliana, Desenvolvimento das
espécies.
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ABSTRACT

The objective of this work carried out in the fourth semester of the “Bachelor of
Veterinary Medicine” course at Anhanguera University - Campus Santo André - São
Paulo, is to correlate the practices and knowledge of two great scientists, in addition
to their contributions in the biological field, within the study of the evolution and
heredity of species, with the practices of the regular disciplines of the course in
question. The two main scientists addressed in this academic research are Charles
Darwin, who brings the theory of evolution, published in 1859 with ere premise is
that the environment, through natural selection, is what determines the importance
of the characteristics of individuals or their variations, already Thomas Hunt
Morgan, developed the theory that describes the gene system in "Mechanism of
mendelian heredity" published by his team in 1915. Morgan's subsequent
discoveries refer to mutation and the hereditary functions of chromosomes. In this
way, it makes the theories and disciplines taught in the course be applied in
practice, through the study and development of the contributions of scientific
advancement, in the quality of life of living beings, and mainn the tenancy of species
through the discoveries of veterinary medicine. This study aims to present the main
points of the theories and aspects of the biographies of these authors, through their
discoveries and contributions to society.

Keywords: Charles Darwin, Thomas Hunt Morgan, Theory of Evolution,


Evolutionism, Mechanism of Mendelian Inheritance, Development of species.
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INTRODUÇÃO

A teoria da evolução, desenvolvida pelo naturalista Charles Darwin, foi publicada


em 1859, e desde de sua publicação, gera questionamentos dentro da academia, pois
diversos filósofos, religiosos e cientistas se contrastam nos ensinamentos bíblicos e
cristãos baseados na fé. Que segundo os quais o homem, assim como os outros seres
vivos, além de todo o universo é exclusivo de uma criação de um ser superior.

Entende-se que através da Teoria da Evolução, o desenvolvimento das espécies


dá-se por meio da seleção natural, onde se determina a importância da característica
do indivíduo ou de suas variações genéticas e os organismos mais bem adaptados a
esse ambiente, têm maiores chances de sobrevivência e reprodução. Sendo que, os
organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados pelo ambiente e, assim,
ao longo das gerações a atuação da seleção natural mantém ou melhora o grau de
adaptação dos organismos, fixando suas características dentro daquele ambiente .

Já o cientista Thomas Hunt Morgan (1866-1945) em sua teoria , considerava que


o sexo dependia de fatores internos relacionados ao citoplasma na célula, favorável à
epigênese. Em seus estudos, analisou pequenas moscas que pairavam sobre as frutas.
Essa pesquisa acabou se tornando sua primeira fonte de confirmação da teoria
cromossômica. Morgan através desse estudo chegou à conclusão que era a mutação
que afetava a cor dos olhos das moscas. E que essa mutação era herdada de forma
diferenciada pelas moscas macho e fêmea. A partir de 1909-1910 passou a admitir que
os cromossomos poderiam participar do processo, mas não como seus principais
agentes. Por meio de pesquisas a fontes bibliográficas e web gráficas, embasadas em
leituras de livros, revistas, artigos e sites de internet, o objetivo deste estudo é apresentar
os pontos principais do melhoramento genético animal.

Imagem 1 - Evolução Natural e Teoria Cromossômica

Fonte: Darwinismo Disponível em: https://www.resumoescolar.com.br/biologia/resumo-do-


darwinismo/ Acesso: Março de 2023.
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2. DESENVOLVIMENTO- BIOGRAFIA E TEORIA DE CHARLES DARWIN NO


EVOLUCIONISMO E THOMAS HUNT MORGAN ACERCA DA EVOLUÇÃO DA
HEREDITARIEDADE - DISCIPLINA MELHORAMENTO GENÉTICO.

2.1 Teoria Criacionista

Até ao século XVIII, as ideias dominantes na Europa eram as de que os seres


vivos tinham sido criados tal como os conhecemos hoje: eram imutáveis. Estas ideias,
conhecidas como “fixismo criacionista”, baseavam-se nas crenças judaico -cristãs do
Génesis, segundo o qual o mundo, e tudo no que ele existe, foi criado em seis dias e
teria uma idade de apenas 6000 anos. Deus teria criado as espécies tais e qual como
elas são hoje.

O que é a evolução?

A evolução é uma alteração no perfil genético de uma população de indivíduos


que vai tendo lugar através de sucessivos estados temporais (gerações). Estas
modificações supõem a integração de novas vantagens competitivas em termos de
sobrevivência e podem levar ao surgimento de novas espécies, à adaptação a diferentes
ambientes ou à emergência de novidades evolutivas. No início do estudo da evolução
biológica, Darwin e Wallace propuseram a seleção natural como principal mecanismo
da evolução. Atualmente, a teoria da evolução combina as propostas de Darwin e
Wallace com as leis de Mendel, bem como com outros desenvolvimentos posteriores de
genética; por isso, é designada por síntese moderna ou teoria sintética da evolução.
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2.2 Quem foi Charles Darwin?

O naturalista e inglês Charles Robert Darwin nasceu em 12 de fevereiro de 1809


em Shrewsbury. Filho de um médico proeminente e de família rica, mudou-se para
Edimburgo em 1825, com a intenção de seguir a carreira médica do pai, mas logo
abandonou. Depois de fazer amizade com o botânico John Stevens Henslow (1796-
1861) em Cambridge, ele aprofundou seus conhecimentos de história natural. Em 27 de
dezembro de 1831, como naturalista, embarcou em uma viagem de cerca de 10 minutos
no famoso navio Beagle com destino à América do Sul. Também entre os fósseis.

Imagem 2 - Charles Darwin

Fonte: Darwinismo Disponível em: https://www.resumoescolar.com.br/biologia/resumo-do-


darwinismo/ Acesso: Março de 2023.

Quando voltou de sua viagem em 1836, estava convencido de que os animais


haviam mudado com o tempo e onde viviam. Leia o trabalho de Thomas Malthus (1766-
1834), que demonstrou que as populações crescem geometricamente e os alimentos
crescem linearmente, e ele encontra a resposta para o porquê das mutações: a luta pela
sobrevivência. Darwin, que demorou a publicar suas descobertas porque conflitavam
com a "versão bíblica da criação", a ideia de evolução só era discutida em círculos
íntimos de amigos.
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Exclusivamente após saber o trabalho do zoólogo Alfred Russell Wallace (1823-


1913), que chegou a conclusões semelhantes às suas, Darwin foi encorajado a publicar,
em 1859, seu livro, cujo título completo é "Sobre a Origem das Espécies" Seleção

Natural ou a Preservação de Raças Favoráveis na Luta pela Existência". O


pensamento de Darwin, inicialmente refutado devido a controvérsias e controvérsias, foi
posteriormente confirmado e reconhecido por inúmeros cientistas, mesmo no Hoje, os
princípios básicos de sua teoria não foram derrubados.

Além da sua teoria sobre a origem das espécies, deixou Darwin algum legado dos
seus estudos que permita conhecer melhor o seu pensamento e as suas conclusões
científicas. Charles Darwin foi sempre um escritor metódico e compulsivo. Gostou
sempre de tomar nota de tudo aquilo em que trabalhava e de cada avanço nas suas
investigações, assim como trocar correspondência de forma sistemática com colegas e
professores de todo o mundo. Conservam-se mais de 14 000 cartas de Darwin, nas
quais se refletem os seus sucessos, avanços e retrocessos nas suas investigações.
Conservam-se, também, muitas cartas que escreveu a Emma Wedgwood, sua mulher,
a quem amou profundamente e que, embora muito religiosa, sempre o apoiou. Além
disso, Darwin publicou posteriormente outros livros e tratados de elevado valor científico.

2.3 As ideias de Darwin:

As principais ideias de Darwin, baseadas em pesquisa e observação Como são


os seres vivos em sua totalidade:

● Indivíduos da mesma espécie não são idênticos entre si devido a


diferenças em suas características;

● O organismo produz muitos descendentes devido ao seu grande tamanho


capacidade de se reproduzir; no entanto, poucos deles atingem a idade adulta

● Portanto, o número de indivíduos de uma espécie permanece constante


ao longo do tempo Intergeracional;

● Organismos que têm uma mudança favorável nas condições ambientais


aqueles vivos são mais propensos a sobreviver do que aqueles com a mutação menos
favorável;

● Organismos com mutações favoráveis ou favoráveis têm maior

● A oportunidade de deixar descendentes que herdaram essas vantagens;

● A seleção natural age sobre os indivíduos por gerações, em um modo de


manter ou melhorar a adaptação ao ambiente.
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O darwinismo pode realmente ser pensado como um grupo de conceitos, estudos


e teorias relacionadas às ideias do naturalista Charles Darwin sobre a evolução das
espécies, seleção natural ou evolução. Essa doutrina difere de todas as outras porque
sua característica mais marcante é que a evolução é uma forma de mudança provocada
por populações e não por indivíduos individuais.

Em outras palavras, o darwinismo pode ser definido como o estudo realizado por
Darwin e seu impacto no meio ambiente, sob a ótica do processo evolutivo dos
organismos e da organização da vida na Terra.

Nesses estudos, são reveladas ideias, como a de que alguns indivíduos se


reproduzem com mais sucesso porque são diferentes porque transmitem suas
características. Como resultado, os indivíduos sem essas características teriam muito
mais dificuldade em competir, reproduzir e sobreviver, e seriam efetivamente extintos.

2.4 O Darwinismo Social e o Neodarwinismo

O século XIX foi marcado pelo desenvolvimento do conhecimento científico. A


busca por novas ideias relacionadas ao campo das tecnologias, juntamente com o
crescimento da Revolução Industrial alavancaram o surgimento de estudiosos das mais
variadas áreas do conhecimento. Naquela época, eles eram reconhecidos como
agentes de transformação social pelas academias e associações voltadas ao avanço da
ciência.

A título de conhecimento, vai ser exposto um resumo do Darwinismo quanto ao


seu desenvolvimento referente ao Darwinismo Social. Com o seu surgimento datado no
final do século XIX e no começo do XX, o Darwinismo Social foi constituído como um
pensamento sociológico. O principal objetivo dessa teoria era tentar explicar a evolução
da sociedade humana tendo como referência a doutrina da evolução proposta por
Charles Darwin.

O início do século XX, entre as décadas de 1930 e 1940, também foi marcado
pelos avanços sobre o conhecimento, só que sobre a Genética. Essas informações
ganham força com o redescobrimento das leis de Mendel e estas, são unidas às ideias
evolucionistas de Darwin. Isso permitiu aos cientistas especular e entender os mistérios
das variações que Darwin nunca soube explicar, numa síntese mais abrangente e, por
esse motivo, mais aceita para explicar as leis que regem o processo evolutivo de seres
vivos. Essa teoria ficou conhecida como Neodarwinismo.
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2.5 Neodarwinismo - Teoria sintética da evolução

A teoria sintética da evolução incorpora as noções atuais da Genética às ideias


de seleção natural de Darwin, ambas considerando a população e não o organismo
como unidade evolutiva. Assim, define-se população como um “agrupamento de
indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em
um mesmo intervalo de tempo”, e espécie biológica como “agrupamento de populações
naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isolados de outros
grupos de organismo”. (SOBIOLOGIA [s.d], 2014).

Observando as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, é


possível notar que não existe um indivíduo igual ao outro. A compreensão da
variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma população é fundamental para
o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a evolução é, na realidade, a alteração
na frequência dos genes dessa população. Os fatores responsáveis por essas
alterações são os fatores evolutivos. Cada população apresenta um conjunto gênico
(todos os genes presentes nessa população) que, sujeito a fatores evolutivos, pode ser
alterado. Os fatores evolutivos podem ser reunidos em duas categorias:

1. Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da


população: mutação gênica, mutação cromossômica e recombinação.
2. Fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida:
seleção natural, migração e oscilação genética (BIOLOGIA [s.d.],
2014).

A integração desses fatores, associada ao isolamento geográfico, pode levar, ao


longo do tempo, ao isolamento reprodutivo, quando, então, surge uma nova espécie.
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2.6 Religião x Ciência – Criacionismo x Evolucionismo

Como o tema evolução biológica é abordado na escola? Como os professores de


Biologia avaliam a polêmica entre evolução biológica e criacionismo sobre a origem e a
diversidade da vida?

“De acordo com Carvalho e Soares (2013, p. 157), a polêmica sobre origem
e diversidade da vida diz respeito à interferência (obstáculo) que a
formação
religiosa ocasiona em alunos e professores, “com ideias que se
distanciam do conhecimento científico [...], dificultando o aprendizado da
evolução biológica”.

A questão criacionismo x evolucionismo é, então, muitas vezes evitada, em


virtude do desconforto que causa, e em “respeito” à diversidade cultural e
religiosa.

A omissão da discussão é justificada pelo “respeito à fé”, que todos na


sociedade pressupõem “vulnerável a ofensas” e que, portanto, “deve ser
protegida por uma parede de respeito extremamente espessa, um tipo de respeito
diferente daquele que os seres humanos devem ter uns com os outros” (Dawkins,
2007, p. 45).

“Carvalho e Soares (2013, p.159) observam que os professores se utilizam


do “não conflito e da não contra-argumentarão, e criam a barreira espessa” de
omissão e silêncio, “por meio do termo respeito”, ferindo um dos princípios
essenciais da “demarcação científica”, segundo a qual “em qualquer conjunto que
se denomine Ciência, deve-se prevalecer a discuti ilidade, pautada na qualidade
formal e política”.

Na tentativa de separar o conhecimento científico da abordagem religiosa,


Stephen Jay Gould, em “Pilares do tempo: ciência e religião na plenitude da vida”, de
2002, propõe a diplomacia entre as concepções de mundo, denominadas magistérios
não interferentes (MNI), numa perspectiva de não interferência da Ciência na religião e
religião na ciência.
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Como funciona a seleção natural de Darwin : (USP/IB [s.d.], 2014).

1. Variação nos traços ou características dos indivíduos de uma mesma


população.

2. Reprodução diferenciada: como o ambiente não suporta crescimento ilimitado


das populações, nem todos os indivíduos conseguem se reproduzir. No
exemplo, se besouros verdes são comidos por pássaros, os besouros marrons
sobrevivem para se reproduzir em maior.

3. Hereditariedade: os besouros marrons sobreviventes deixam descendentes


marrons porque esse traço (cor marrom) tem uma base genética.

Imagem 3 - Livro A origem das Espécies

Fonte: Darwinismo Disponível em: https://www.resumoescolar.com.br/biologia/resumo-do-


darwinismo/ Acesso: Março de 2023.
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4. O traço mais vantajoso se torna mais comum na população: a coloração


marrom, que possibilita que os besouros tenham maior número de
descendentes, torna-se mais comum na população. Se esse processo
continuar, a tendência é que todos os indivíduos da população sejam marrons.
A evolução por seleção natural é resultado direto de três fatores: variação,
reprodução diferenciada e hereditariedade.

2.7 O livro a Origem das Espécies

A Origem das Espécies (ou, mais completamente, A Origem das Espécies por
Meio da Seleção Natural, ou Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida) é
uma obra de literatura científica escrita por Charles Darwin, que é considerada a base
da biologia evolutiva. Publicado em 24 de novembro de 1859, ele introduziu a teoria
científica de que as formas de vida evoluíram ao longo das gerações por meio de um
processo de seleção natural.

O livro apresentou evidências de que a diversificação das formas de vida resulta


de uma ascendência comum, que evoluiu por meio de um padrão ramificado. Darwin
incluiu evidências que havia coletado na expedição Beagle na década de 1830 e
também suas descobertas subsequentes por meio de pesquisa, comparação e
experimentação.

Imagem 4 - Modelo do Livro Origem das Espécies

Fonte: Darwinismo Disponível em: https://www.resumoescolar.com.br/biologia/resumo-do-


darwinismo/ Acesso: Março de 2023.
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O livro foi escrito para leitores não especialistas e atraiu amplo interesse após a
sua publicação. Como Darwin era um cientista eminente, suas descobertas foram
levadas a sério e as evidências que apresentou geraram discussões científicas,
filosóficas e religiosas.

3. Quem foi Thomas Hunt Morgan:

Thomas Hunt Morgan (25 Setembro 1866 – 4 Dezembro 1945) foi um importante
biólogo nas áreas da evolução, genética e embriologia. Recebeu o prémio Nobel em
Fisiologia e Medicina em 1933 pelos seus trabalhos sobre o papel dos cromossomas na
hereditariedade. As suas descobertas vão ser a base da genética moderna.

A importância dos trabalhos de Thomas Morgan está intimamente ligada aos


trabalhos de Mendel, de Walter Sutton e Theodor Boveri. Os dois últimos no início de
século XX, chegaram à conclusão que o comportamento dos fatores referidos por
Mendel nas suas experiências se assemelhava ao dos cromossomas durante as
divisões da meiose.

Estes dois cientistas defendiam que os genes estavam localizados nos


cromossomas, teoria que ficou conhecida, em 1902, como Teoria Cromossómica da
Hereditariedade. Thomas Morgan, mais tarde, tem um papel fundamental na
compreensão dos processos de segregação independente de um determinado gene.
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Imagem 5 - Thomas Morgan Fotografia

ALLEN, G. A. Thomas Hunt Morgan and the problem of sex determination:1903-1910.


Proceedings of the American Philosophical Society 110: 48-57, 1966. Acesso em Março de
2023.

Morgan fazia investigação na Universidade de Columbia nos Estados Unidos da


América, e trabalhava com as moscas da fruta (ou mosca do vinagre) (Drosophila
melanogaster) para compreender como determinados caracteres eram herdados e
transmitidos aos organismos em desenvolvimento. Diz-se que ele terá reparado, numa
observação à lupa, que um macho de mosquinha do vinagre em vez de ter os olhos
vermelhos como era de esperar no tipo selvagem (do inglês wild-type) teria os olhos
brancos.

Morgan ter-se-á interrogado sobre o que teria acontecido para tal modificação
ocorrer e, aproveitando os laboratórios existentes e os vários cruzamentos que se faziam
entre as mosquinhas na que ficou conhecida pela “sala das moscas” planeja uma série
de cruzamentos onde pudesse observar a transmissão de caracteres genético ao longo
de várias gerações.
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3.1 As concepções iniciais de Thomas Hunt Morgan acerca de evolução e


hereditariedade

Morgan acreditava que a evolução era um processo que deveria ocorrer no


presente, do mesmo modo como ocorreu no passado e que era possível estudá-lo
diretamente.

De acordo com ele, nem a anatomia comparada e nem a embriologia tinham


trazido esclarecimentos sobre os fatores e causas da evolução (Morgan, 1910a, p. 201).

Durante o período considerado neste estudo (1900-1910), embora Morgan


aceitasse que os grupos de animais e plantas que existem atualmente se originaram a
partir da modificação de animais e plantas que existiram antes, fazia várias críticas à
teoria darwiniana em geral e, particularmente, ao princípio da seleção natural. Apesar
disso, valorizava a contribuição de Darwin, dando-lhe o crédito de ter tratado a questão
de adaptação e evolução com bases científicas.

No período anterior a 1910, contrariamente à Darwin, Morgan não aceitava que o


processo evolutivo ocorresse principalmente através do acúmulo lento e gradual
de pequenas variações sobre as quais atuava a seleção natural (variações contínuas).

Para ele, o processo evolutivo acontecia principalmente a partir de variações


descontínuas, o tipo de variação que Darwin chamou de sports e considerou pouco
relevantes para o processo evolutivo (Darwin, Origin of species, p. 10).

Entre 1901 e 1903 foi publicada em dois volumes a obra Die Mutations Théorie
de autoria do médico e botânico holandês Hugo de Vries. Ele se baseou nas evidências
experimentais obtidas durante dez anos de estudos com a planta Oenothera.

lamarckiana. Defendia que novas espécies poderiam se formar em um único


passo, o que chamou de “mutação”. A conotação deste termo em De Vries é diferente
daquela empregada por Morgan e colaboradores em 1915-1920 bem como daquela
que se utiliza atualmente.
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Para De Vries, “mutação” era o que Darwin chamava de sports e que atualmente
conhecemos por macro mutação. (Allen, Thomas Hunt Morgan, p. 119; Allen, 1969;
Martins, 2000). Desse modo, para o botânico holandês a evolução ocorria
principalmente através de variações descontínuas. Mas, apesar disso, ele não excluiu a
seleção natural do processo evolutivo. Segundo este autor, a seleção natural não se
decide entre um indivíduo e outro, mas sim, entre duas formas específicas.

A mais adaptada ao ambiente seria selecionada e a outra seria eliminada ou poderia viver em
um ambiente diferente (Castle, 1904, p. 398).

O trabalho de Vries convenceu muitas pessoas na época, inclusive o próprio


Morgan. Ele ficou bastante entusiasmado principalmente pelo caráter
experimental desta investigação. Motivado pelos resultados obtidos por De Vries, em
1908 iniciou suas investigações com Drosophila. Ele desejava testar se nesses animais
ocorriam mutações no sentido de Vries. Somente muitos anos mais tarde (entre 1912 e
1920).

Os estudos de Renner, Cleland e Bradley Davis trouxeram evidências


experimentais de que a maioria dos casos que De Vries descrevia como sendo o
surgimento de uma nova espécie, com exceção de dois, podiam ser explicados pelos
complicados arranjos cromossômicos de Oenothera, que era um híbrido e que os
homozigotos puros não sobreviviam (Allen, Thomas Hunt Morgan, pp. 110;125; Martins,
2000; Martins, 2002, pp. 232-234; Van Der Pas, 1981, p. 101; Dunn, A short history of
genetics, p. 60).

Além de Morgan, havia outros autores na época que atribuíam um importante


papel às variações descontínuas no processo evolutivo. Um deles, cujo trabalho Morgan
respeitava bastante, foi William Bateson, que em seu livro Materials for the study of
variation (1894) catalogou uma grande quantidade de fatos que enfatizavam esta ideia
(Martins, 1999, pp. 77-78; Martins, 2006).

O posicionamento de Morgan contrário à ideia de um processo evolutivo gradual,


no período considerado, pode ser explicado a nível conceitual, já que ele alegava que
não havia provas de que as variações contínuas pudessem ser herdadas (Morgan,
Evolution and adaptation, p. 267). Por outro lado, a evolução saltacional podia explicar
as lacunas existentes no registro paleontológico que, segundo ele, era um dos pontos
problemáticos da teoria darwiniana (Allen, Thomas Hunt Morgan, p. 120).

Um outro aspecto da teoria darwiniana do qual Morgan discordava era a herança


de caracteres adquiridos. Em seus estudos sobre as causas que provocam as
mudanças na forma não encontrou evidências que respaldassem esta ideia (Morgan,
Experimental Zoology, p. v; Child, 1907, pp. 825-826).
19

Além dos aspectos sobre os quais comentamos, Morgan fazia diversas restrições
ao princípio da seleção natural, sobre as quais trataremos na seção que se segue.

3.1 Algumas objeções de Morgan ao conceito da Seleção natural

Durante o período compreendido entre 1900 e 1915 Morgan fazia as seguintes


objeções em relação à seleção natural:

A seleção natural pode eliminar o não adaptado, mas não pode criar novas
variações a partir das quais se originem novas adaptações (Morgan, Evolution
and adaptação, p. 462).

Em um artigo publicado em 1910, Morgan comentou: “Mas hoje em dia, aceitando a


evolução, estamos preocupados se a teoria da seleção natural explica a origem das
espécies ou se explica as adaptações dos animais e plantas [...] (Morgan, 1910, p. 203). A seu
ver, ela não explicava nenhuma das duas coisas.

A seleção natural não explicaria os estágios incipientes de órgãos altamente


adaptados. Nesse sentido, Morgan estava de acordo com a crítica que Georges Mivart
(1827-1900) havia feito em 1871: se a seleção age sobre pequenas diferenças
individuais que ocorrem ao acaso, os níveis elevados de adaptação (como, por exemplo,
os olhos nos vertebrados) não poderiam ser explicados, porque seus estágios
incipientes nunca ofereceram vantagem suficiente para uma seleção favorável (Mivart,
The Genesis of Species, capítulo 2; Allen, Thomas Hunt Morgan, p. 112).

A seleção natural não explicaria a regeneração e o desenvolvimento. As


evidências encontradas nos estudos feitos por Morgan sobre embriologia e
regeneração, no início de sua carreira, levaram-no a crer que o desenvolvimento das
partes do zigoto e embriões e a regeneração de partes no organismo adulto eram
problemas análogos (Conklin, 1902, p. 621) que cheguei é que a teoria é inteiramente
inadequada para explicar a origem do poder de regeneração” (Morgan, Evolution and
adaptation, p. ix).
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4.Os estudos de Morgan em relação a Determinação sobre o Sexo

Durante a primeira década do século XX discutia-se se a determinação do sexo


estava relacionada a fatores internos ou externos. No caso de ser determinada
por fatores internos se o processo seria a pré-formação ou a epigênese.

Inicialmente, em suas publicações, onde tratava sobre a hereditariedade, Morgan


não atribui muita importância aos fatores externos, exceto no caso de formas
partenogenéticas, como os afídeos e Hydatina. Porém, tinha dúvidas se o sexo era
determinado por elementos contidos no citoplasma ou no núcleo e rejeitava a teoria
mendeliana.

As concepções de Morgan sobre determinação de sexo sofreram mudanças no


período considerado, mas sua ideia principal era que a determinação de sexo
estava relacionada principalmente com fatores internos contidos no citoplasma. Com o
tempo, passou a acreditar que os cromossomos poderiam tomar parte no processo, mas
não como seus principais agentes.

Além disso, no período considerado, sua posição foi favorável à epigênese. Em


1910-11 ele passou a aceitar a teoria cromossômica e os princípios mendelianos de
forma abrupta, dedicando-se ao desenvolvimento da teoria mendeliana-cromossômica
que admitia a relevância do núcleo (cromossomos) na determinação do sexo, relação
entre o comportamento dos cromossomos e princípios mendelianos e existência de pré-
formação, sem que muitas de suas restrições e críticas a nível conceitual fossem
respondidas.
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4.1 As experiências de Morgan

Tabela 1 - Proporções Mendelianas esperadas versus proporções observadas


por Morgan

ALLEN, G. A. Thomas Hunt Morgan and the problem of sex determination:1903-1910.


Proceedings of the American Philosophical Society 110: 48-57, 1966. Acesso em Março de
2023.

Tabela 2 - Hereditariedade dos cromossomas sexuais.

ALLEN, G. A. Thomas Hunt Morgan and the problem of sex determination:1903-1910.


Proceedings of the American Philosophical Society 110: 48-57, 1966. Acesso em Março de
2023.

Tabela 3 - Primeiro cruzamento efetuado por Morgan: gametas e genótipos


formados após fecundação por combinação gamética.

ALLEN, G. A. Thomas Hunt Morgan and the problem of sex determination:1903-1910.


Proceedings of the American Philosophical Society 110: 48-57, 1966. Acesso em Março de
2023.
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Tabela 4 - Segundo cruzamento de Morgan

ALLEN, G. A. Thomas Hunt Morgan and the problem of sex determination:1903-1910.


Proceedings of the American Philosophical Society 110: 48-57, 1966. Acesso em Março de
2023.

Tabela 5 - Terceiro cruzamento de Morgan para testar a hipótese de o fenótipo


de olhos brancos ser letal para as fêmeas.

ALLEN, G. A. Thomas Hunt Morgan and the problem of sex determination:1903-1910.


Proceedings of the American Philosophical Society 110: 48-57, 1966. Acesso em Março de
2023.

Tabela 6 - Quarto cruzamento entre fêmeas de olhos brancos e machos de


olhos vermelhos

ALLEN, G. A. Thomas Hunt Morgan and the problem of sex determination:1903-1910.


Proceedings of the American Philosophical Society 110: 48-57, 1966. Acesso em Março de
2023.
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CONCLUSÃO

O atual trabalho trouxe uma análise detalhada sobre duas teorias dentro da
ciência que trazem reflexos até os dias atuais. De acordo com as pesquisas realizadas
para a composição deste trabalho, percebe-se que a Obra de Darwin é umas das mais
importantes para a sociedade, porém o mesmo de fato não descobriu a evolução em si,
o seu grande mérito foi ter descoberto o mecanismo pelo qual ocorrem essas tais
modificações, ou seja, a seleção natural.

Já o segundo cientista Thomas Hunt Morgan, traz às ideias evolutivas baseadas


na evolução o saltacional, onde a seleção natural teria uma ação mais restrita dentro do
campo biológico que foi baseada em evidências obtidas em seus estudos sobre
regeneração e nas evidências encontradas por De Vries em Oenothera. De certo modo
a evolução saltacional oferecia uma explicação mais satisfatória para a ausência de
formas intermediárias no registro paleontológico biológico.

Conclui-se que tal teoria de Darwin, pode ser levada em consideração três
principais fatores evolutivos dentro da cadeia biológica, como a Mutação gênica, que
consiste em alterações dentro do material genético, de forma natural ou induzida. O
modelo de recombinação gênica, que ocorre através da reprodução sexuada , é definido
como uma mistura de genes, a partir da fecundação. E a seleção natural, que é uma
das mais relevantes dentro do processo evolutivo ,que age sobre as variações da
população ali existentes e que permite a sobrevivência dos seres mais adaptáveis para
produzir um número maior de descendentes favoráveis às próximas gerações. Ou seja,
o mais forte sobrevive.

O trabalho teve seus pontos altos principalmente nos destaques das biografias
desses cientistas, que naquele período de suas vidas foram revolucionários em suas
respectivas áreas, e é dessa forma que os novos profissionais da ciência e da saúde
devem levar em consideração os feitos de seus antecessores. Onde possam trazer de
forma única a realização de grandes feitos para a sociedade moderna, além de trazer
uma construção protagonista em sua trajetória profissional, principalmente dentro da
medicina veterinária na gama de diversificação das espécies e suas especificidades.

Como sugestão de melhoria para esse trabalho ,seria necessário avaliar demais
pensadores que tiveram destaque no campo da ciência genética animal, principalmente
na época de Darwin e Morgan. Além disso, o trabalho trouxe uma compreensão
significativa dentro do campo de estudo do melhoramento genético animal,
principalmente atrelado a medicina veterinária.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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https://www.resumoescolar.com.br/biologia/resumo-do-darwinismo Acesso:
Março de 2023.

SOBIOLOGIA. A teoria de Darwin. [s.d.]. Disponível em:


http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioselecaonatura
. Acesso em: Março de 2023.

USP. Instituto de Biociências. Seleção natural. [s.d.]. Disponível em


http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/IIIENaturalSelection.shtml. Acesso em:
Março de 2023.

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ALLEN, G. A. Thomas Hunt Morgan and the problem of natural selection. Journal
of the History of Biology 1: 113-139, 1968.

ALLEN, G. A. Thomas Hunt Morgan and the problem of sex determination:1903-


1910.

CARVALHO, R.; SOARES, M. H. F. B. A polêmica Evolução biológica x

Criacionismo na formação inicial do docente em Ciências Biológicas. In:

DAWKINS, R. Deus, um delírio. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Formação de professores de Biologia: os desafios da trama. São Carlos: Pedro

GOULD, S. J. Pilares do tempo: ciência e religião na plenitude da vida. Rio de

GUIMARÃES, S. S. M.; PARANHOS, R. de D.; SILVA, K. M. A. e. (Orgs.). History of


Biology 2: 55-87, 1969 Janeiro: Rocco, 2002.

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