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INDICE DE FIGURAS

Figura 1.........................................................................................................................6
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao19.php.

Figura 2.........................................................................................................................9
https://www.deviante.com.br/noticias/resenha-sapiens-uma-breve-historia-da-
humanidade-yuval-noah-harari/

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................2

2. A TEORIA GENETICA DA EVOLUÇÃO..............................................................3

2.1 Conceito de Genética..........................................................................................3

2.2 A Teoria de Charles Darwin....................................................................................3

2.3 A Teoria de Gregor Mendel.....................................................................................4

2.4 A Teoria de Jean Piaget..........................................................................................4

2.5 Teoria Neodarwiniana.............................................................................................4

2.6 Tipos de Mutações..................................................................................................5

2.7 O aspecto antropológico e as modificações epigenéticas......................................7

2.7.1 Do gênero Homo...........................................................................................7

2.8 Teorias sobre o início da vida...............................................................................10

3. BIOTECNOLOGIA e ENGENHARIA GENÉTICA..................................................12

3,1 Conceito de Biotecnologia....................................................................................12

3.2 Evolução Histórica.................................................................................................12

3.3 Aplicações da Biotecnologia.................................................................................13

4. ENGENHARIA GENETICA....................................................................................15

4.1 Conceito de engenharia genética.........................................................................15

4.2 Objetivo da engenharia genética..........................................................................15

5. CLONAGEM...........................................................................................................16

5.1 Conceito de Clonagem..........................................................................................16

5.2 Técnicas de Realização da Clonagem.................................................................16

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1. INTRODUÇÃO

O homem para chegar o que é hoje, passou por um processo de evolução, seja ela
física, mental, todas maneiras de adaptação para a sobrevivência da espécie. O
primeiro registro do homem ocorreu a mais de 70 mil anos atrás, tamanha a
complexidade do processo evolutivo, evolução está que continua a ocorrer nos dias
atuais. Porém com o passar dos anos, com o avanço científico novas formas de
adaptação vão surgindo. Nessa ótica, importa trazer à tona a manipulação genética,
qualquer organismo animal ou vegetal é constituído por células, e dentro delas
existe um núcleo, com um conjunto de cromossomos. Estes são estruturas de DNA
(ácido desoxirribonucleico) que contêm toda a informação sobre o organismo a que
pertencem. Os genes, constituintes do DNA, representavam, cada um, uma
propriedade específica. A manipulação consiste em retirar o DNA de um organismo
e enxertá-lo no DNA de outro, a fim de criar algo inteiramente novo – novas
moléculas vivas, novos genes, e consequentemente, uma nova vida. Desse modo,
surge uma importante questão a ser avaliada, pois obviamente não é possível alterar
uma característica que levou milhares de anos para se consolidar, sem que haja
prejuízos ou até mesmo descaracterização da espécie como tal. Tais prejuízos
refletem nas mais diversas ordens, ultrapassando importantes barreiras, não apenas
naturais, mas também no que tange à sociedade e à ética. A ética na ciência tem
sido ignorada há tempos. Munidos pela ganância, cientistas prescindem da ética de
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forma que muitas vezes valendo dos avanços tecnológicos justificam a urgência na
obtenção de resultados, lamentavelmente empregados, como se os fins
justificassem os meios. A ética permanece relegada ao último plano, pois até mesmo
as leis por vezes são utilizadas para servirem como respaldo às mais bizarras
experiências cientificas, tudo em nome da ciência e do progresso, que menospreza
a vida humana. Esses avanços tecnológicos permitiram a criação dos transgênicos,
a clonagem e a decifração do código genético humano. Hoje através da genética é
possível modificar, manipular e até mesmo criar novas formas de vida.

2. A TEORIA GENETICA DA EVOLUÇÃO

Os humanos começaram o desenvolvimento com a adaptação de seus genes,


quando tratamos de evolução percebemos que um determinado grupo humano
pertencente a uma determinada área geográfica começa a desenvolver
características semelhantes que permitem que este grupo se adapte melhor às
condições ambientais em que vivem. Essa mutação cria novos genes, e os mistura
com os genes já existentes, originando indivíduos geneticamente variados. A
seleção natural neste processo favorece os indivíduos portadores de determinados
conjuntos gênicos adaptativos, que tendem a sobreviver e se reproduzir em maior
escala que outros. Em função da atuação desses e de outros fatores evolutivos, a
composição gênica das populações se modifica ao longo do tempo.

2.1 Conceito de Genética

“A genética é o ramo da biologia que estuda a hereditariedade, ou seja, a


transmissão de características de pais para filhos, ao logo de várias gerações.” 1

1
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/genetica.htm.

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2.2 A Teoria de Charles Darwin

Em 1859, o naturalista e cientista britânico Charles Darwin em seu livro intitulado “A


Origem das Espécies” mudava radicalmente a biologia ao desenvolver a teoria da
seleção natural, sendo o primeiro estudioso a oferecer provas científicas e explicar o
mecanismo que a torna possível. De acordo com Darwin há uma luta pela
sobrevivência na natureza, mas aquele que sobrevive não é necessariamente o
mais forte e, sim, o que melhor se adapta às condições do ambiente em que vive.

2.3 A Teoria de Gregor Mendel

Em 1920, o monge Gregor Mendel acreditava que apenas as mutações eram


responsáveis pela evolução e que a seleção natural não tinha importância nesse
processo. Ele desenvolveu a teoria através da observação da transmissão de
caracteres entre várias gerações de ervilhas sem ao menos saber da existência dos
cromossomos e desconhecer os processos de divisão celular.

2.4 A Teoria de Jean Piaget

Também chamada de Epistemologia Genética esta teoria defende que o indivíduo


passa por várias etapas de desenvolvimento ao longo da sua vida.” É
essencialmente baseada na inteligência e na construção do conhecimento e visa
responder não só como os homens, sozinhos ou em conjunto, constroem
conhecimentos, mas também por quais processos e por que etapas eles conseguem
fazer isso”.2

2.5 Teoria Neodarwiniana

https://edisciplinas.usp.br › mod_resource › content.

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As teorias que sobrevieram as anteriores começaram a conciliar as ideias sobre
seleção natural com os fatos da Genética, o que resultou na formulação da Teoria
sintética da evolução, às vezes chamada também de Neodarwinismo.

Essa teoria considera a população como a unidade evolutiva, considerando que


população pode ser definida como um grupamento de indivíduos da mesma espécie
que ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.

O conjunto de todos os genes presentes nessa população é denominado conjunto


gênico, desta forma, quanto maior for o conjunto gênico da população, maior será a
variabilidade genética.

A partir desse conceito temos dois grupos de fatores evolutivos que vão atuar sobre
o conjunto gênico da população:

1. “Aumentam a variabilidade genética – Mutação e Permutação;


2. Atuam sobre a variabilidade genética – Migração, Deriva Genética e Seleção
Natural.”3

2.6 Tipos de Mutações

As mutações podem ser de dois tipos:

 Mutações Cromossômicas;
 Mutações Gênicas.

As mutações cromossômicas surgem através da modificação no número ou na


forma dos cromossomos. Os cromossomos são estruturas compostas de DNA que
carregam os genes responsáveis pelas características físicas de cada indivíduo.
Cada individuo possui 23 pares de cromossomas em cada célula, em cada par há
um herdado do pai e o outro da mãe.

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https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao19.php

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As mutações gênicas formam-se pela mudança na sequência das chamadas bases
nitrogenadas do gene no momento em que ocorre a duplicação da molécula de
DNA.

No DNA existem quatro tipos de bases nitrogenadas:


 Adenina (A);
 Guanina (G);
 Citosina (C);
 Timina (T),

Qualquer perda, adição ou substituição desses nucleotídeos pode originar um gene


diferente. Esses genes vão atuar dentro de nossas células “fabricando” proteínas ou
enzimas que terão diferentes funções metabólicas em nosso organismo. Apesar de
serem consideradas fontes primárias da variabilidade da população, também são as
responsáveis pelas diversas doenças genéticas existentes. Embora ocorram
espontaneamente, podem ser provocados por agentes como radiações e certas
substâncias químicas, como drogas psicotrópicas. Destarte ressaltar que elas não
ocorrem para adaptar o indivíduo ao ambiente, ocorrem por acaso. Quando
mantidas são adaptativas (seleção positiva) ou eliminadas em caso contrário
(seleção negativa). Ocorrem em células somáticas ou em células germinativas;
neste último caso suas mutações são transmitidas aos descendentes.

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Figura 1

2.7 O aspecto antropológico e as modificações epigenéticas

As diferenças genéticas importantes não estão apenas na sequência dos


nucleotídeos, mas também em outras coisas que se anexam a ela, também
chamadas modificações epigenéticas sobre os genes. Enquanto a genética é a
ciência que estuda a base estrutural do DNA e suas funções, como a
hereditariedade. O ramo da epigenética está ligado à adaptação metabólica aos
estímulos do meio externo no dia a dia.

2.7.1 Do gênero Homo

A espécie humana evoluiu de um ancestral comum agrupado sob o nome de


“gênero”. Os gêneros, por sua vez, são agrupados em famílias. O homem como não
poderia deixar de ser também pertence a uma família, numerosa e especialmente
barulhenta chamada de grandes primatas.

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Os homens começaram a evoluir cerca de 2,5 milhões de anos atrás, Os primeiros
habitantes são da África Oriental e de lá alguns abandonaram a terra natal e
migraram para o norte da África, da Europa e da Ásia, indo viver nas florestas
cobertas de neve da Europa Setentrional, com características geográficas e
climáticas completamente diferentes daquelas aos quais estavam adaptados. O
resultado foi a evolução do gênero em várias espécies distintas, aos quais os
cientistas atribuíram diversos nomes latinos.

 O Homo neanderthalensis – popularmente conhecidos como neandertais,


eram mais corpulentos, musculosos e mais adaptados ao clima frio da era do
gelo;
 O Homo erectus- provenientes do leste asiático, lá sobreviveram por quase 2
milhões de anos, sendo assim a espécie humana mais duradoura;
 O Homo soloensis- provenientes da Indonésia, receberam essa denominação
por habitarem a ilha de Java, ou vale do Solo, que por sofrer inundações
constantes muitos de seus indivíduos ficaram presos a ilha e devido a
carência de recursos alimentícios passaram a desenvolver o nanismo. Os
indivíduos de maior porte que precisavam de mais alimentos para
sobreviverem, morreram primeiro. Aqueles que eram menores tinham mais
chances de sobreviver;
 O Homo denisova- originário da Sibéria, descoberto na caverna de Desinova,
com características previamente desconhecidas;
 O Homo rudolfensis- ou “homem do lago Rudolf”;
 O Homo ergaster- ou “homem trabalhador”;
 O Homo sapiens- sua característica mais notável é o fato de possuírem
cérebros extremamente grandes e consequente inteligência refinada. Devido
ao grande peso do crânio exigia-se maior energia para carrega-lo e, portanto,
esses humanos dedicaram mais tempo á busca de comida. Outras
características a partir dessa foram desenvolvidas, locomoção rápida e ereta,
capacidade de fabricar carros e armas, braços desnecessários para a
locomoção foram liberados para propósitos manufatureiros que exigiram o
desenvolvimento de músculos e nervos nas mãos. Os prejuízos foram o

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desenvolvimento de dores nas costas, torcicolos, mulheres com quadris mais
estreitos, compressão do canal vaginal, nascimentos mais prematuros.

Partindo dessa ideia,.Yuval Noah Harari, historiador, filósofo e professor de História


na Universidade Hebraica de Jerusalém, em seu livro intitulado “Sapiens: uma breve
história da humanidade”1 teve o poder de sintetizar essa história e dividir o seu
progresso em três grandes revoluções: A cognitiva, a agrícola e a científica. Na
revolução cognitiva o autor explica como as sociedades se formaram através da
capacidade de abstração e memória que somente o cérebro humano possui. Porém
devido à escassez de alimento, essas sociedades não podiam ser numerosas, daí a
necessidade da segunda revolução, a revolução agrícola. Esta permitiu que o
homem produzisse grandes quantidades de alimentos e com isso a possibilidade da
formação de grupos ainda maiores. E por último, temos a revolução científica, que
ainda está ocorrendo nos dias atuais. Essa revolução só foi possível porque
acumulamos alimentos suficientes, de forma que não precisarmos mais nos
preocupar.

“A real diferença entre seres humanos e outros animais não está no âmbito
individual, mas sim no âmbito coletivo. Ao longo da evolução, os seres humanos se
destacaram dos demais animais por 2 motivos principais:

 1 – Cooperação em grandes grupos e


 2 – Flexibilidade.” 4

4
https://www.resumocast.com.br/sapiens-1-yuval-noah-harari/.

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Figura 2

2.8 Teorias sobre o início da vida

Através do avanço da biologia molecular, em meados do século XX, foi descoberto o


DNA, e a partir da década de 70, o DNA recombinante foi descoberto, e assim a
primeira tentativa de clonagem.

Com a possibilidade de a humanidade manipular a “origem” da vida, a preocupação


onde ela começa exatamente ficou eminente.

A reprodução humana envolve a união de células sexuais, um ovulo e um


espermatozoide formam um ovo, e essa célula única se transforma em um ser
multicelular.

Considerando que metade dos cromossomos é de origem paterna e outra metade


de origem materna, o ovo resultante é uma nova combinação cromossômica, pois
contêm uma carga genética própria, com algumas características herdadas do pai e
outras da mãe.

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Aproximadamente setenta e duas horas após a fecundação, uma massa celular,
denominada mórula, penetra na cavidade uterina. Após várias transformações, ela
se transforma em um blastocisto, que se liga no endométrio no sexto dia após a
fecundação, fenômeno este denominado nidação, e é através dele que se tem início
as transformações hormonais no organismo que determina o estado gravídico.

Algumas teorias sobre o início da vida surgem nos diversos campos do


conhecimento:

1 - Para a teórica genética a vida se inicia, com a fecundação, com a união dos
gametas, gerando um código genético único, portanto um novo ser;

2 - Já a visão embriológica defende que a vida, somente começa na terceira semana


após a concepção, pois é quando é estabelecida a individualidade humana.;

3 - Já a visão neurológica afirma que a vida se inicia quando o sistema nervoso está
constituído, quando o feto apresenta atividade cerebral, mesmo que seja de forma
primitiva.;

4 - Para a visão ecológica a vida só começa quando o feto interage com o mundo,
quando ele possui capacidade de sobreviver fora do útero.

Entretanto, essas ponderações sobre o início da vida, não são puramente humanas,
a questão é determinar se o começo da vida é equivalente ao surgimento da pessoa
humana.

Para a antropologia, a pessoa, possui racionalidade como característica essencial. A


ética acrescenta a moralidade, pessoas são seres que agem com liberdade e
responsabilidade. Portanto para a visão ética, alguns seres humanos ainda não são
pessoas, como os recém-nascidos, e os que nunca serão, os deficientes mentais e
os que deixaram de ser, os que estão em estado vegetativo, os senis.

Partindo do pressuposto que o começo da personalidade se dá a partir do


nascimento com vida, linha seguida pelo atual Código Civil, a vida do novo ser
configura-se no momento em que este novo ser respira sozinho e com autonomia, a
partir de então existe uma pessoa em que se integram direitos e obrigações.

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3. BIOTECNOLOGIA e ENGENHARIA GENÉTICA

3,1 Conceito de Biotecnologia

Segundo a ONU, “biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que utilize


sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar
produtos ou processos para utilização específica” (ONU, Convenção de
Biodiversidade 1992, Art. 2).5

3.2 Evolução Histórica

Historicamente, o termo “biotecnologia” surgiu por volta de 1919, pelo engenheiro


húngaro Karl Ereky, mas os primeiros relatos desta ciência remontam aos processos
de fermentação por volta de 6000 a.C. com a produção de pães, queijos, bebidas
alcóolicas, vinagres e iogurtes. No entanto, somente em 1876 que o cientista Louis
Pasteur, por meio do microscópio, provou a existência que pequeníssimos
organismos eram os causadores deste processo.

Nos períodos das guerras mundiais ocorreu um aumento expressivo da ciência com
a fabricação de bombas, explosivos e munições. Em 1928, outro importante cientista
colaborou muito nos avanços deste segmento, Alexandre Fleming descobriu neste
ano a penicilina.

Atualmente, as pesquisas na área vêm aumentando, levando à criação de novos


campos de estudo como a engenharia genética e seus desdobramentos, a técnica
do DNA recombinante, a clonagem, a edição gênica, o método CRISPR.

3.3 Aplicações da Biotecnologia

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https://biotechtown.com/blog/o-que-e-biotecnologia/

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A Biotecnologia possui diversos ramos de acordo com a área da aplicação.
Podemos desenvolver técnicas de biotecnologia em áreas como medicina,
agricultura, pecuária, alimentação, bioenergia, indústria química, eletrônica, dentre
outras.

Convencionou-se que a classificação dos dez tipos diferentes ramos da


biotecnologia seria realizado através de cores.

 Biotecnologia Vermelha: a sua cor está relacionada diretamente ao sangue


e está relacionada a medicina humana tanto como a animal. Então tudo
aquilo ligado a melhoria da vida humana e animal, relacionado a área de
saúde em biotecnologia está nesta classificação. Alguns exemplos são a
produção e o desenvolvimento de vacinas, medicações, métodos de
diagnóstico, terapias gênicas, órteses e próteses, equipamentos médicos,
reprodução artificial, dentre muitos outros.

 Biotecnologia Branca: neste ramo a cor se relaciona a área industrial e seus


processos. Tem como função principal melhorar a sustentabilidade e a
eficiência nos processos de produção de alimentos, biocombustíveis,
cosméticos e vacinas.

 Biotecnologia Cinza: Seu objetivo está ligado a área ambiental, buscando


soluções para cuidar e preservar o solo, a flora, as águas e as novas formas
de reaproveitamento de resíduos.

 Biotecnologia Azul:  A cor está relacionada ao mar e seus biomas. A rica


biodiversidade encontrada nos oceanos oferece oportunidades que podem
ser aplicadas em outras áreas, como agricultura, alimentação,
biocombustíveis, farmacêuticos, ambiental, entre outros.

 Biotecnologia Marrom: Sua cor se relaciona aos desertos e todas os biomas


de locais inóspitos ou pouco habitados. O desenvolvimento de técnicas para o

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desenvolvimento de plantas geneticamente modificadas para suportar os
grandes períodos de seca, aridez ou de uso racional da água

 Biotecnologia Amarela: Ramo cuja cor está voltada para o ramo da


alimentação e da nutrição. Suas técnicas permitem desenvolver alimentos
mais nutritivos que promovam a saúde e não causem alergias ou
intolerâncias.

 Biotecnologia Dourada: Esta cor se relaciona a área de bioinformática e


nanotecnologia. Tem como objetivo pesquisar e desenvolver programas,
algoritmos e equipamentos para a análise de dados biológicos, além de
fabricar biossensores e demais dispositivos que podem ser utilizados na
biotecnologia.

 Biotecnologia Verde: Tem a sua cor ligada a natureza sendo responsável


pelas técnicas de agricultura, tais como, nutrir e fertilizar as plantações, o
combate de pragas, à criação de novas variedades de plantas e à clonagem
de vegetais. Um exemplo bem comum aos nossos tempos é a produção ds
alimentos transgênicos.

 Biotecnologia Roxa: Ligada às questões éticas, morais e da regulamentação


da propriedade intelectual.

 Biotecnologia Laranja: Este é o setor responsável pela educação. Sua


função é desenvolver materiais e estratégias educacionais para o maior
número de pessoas.

 Biotecnologia Preta: Está relacionada ao desenvolvimento de armas


biológicas e o fomento do bioterrorismo. Uma das áreas da biotecnologia
mais perigosa, pois sua mal utilização pode gerar graves riscos para a
humanidade.

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A biotecnologia é uma das principais áreas de desenvolvimento em todo o planeta,
responsável por setores essenciais à vida, como medicina, o meio ambiente, a
agricultura, a indústria, a educação, dentre outros. Os benefícios são diversos e
intangíveis, mas a biotecnologia também pode ser considerada um risco se utilizada
para fins errados.

A Biotecnologia Vermelha, por exemplo, como já citado neste conteúdo, pretende


ser o objeto principal deste trabalho, e com ela o desenvolvimento da engenharia
genética ligada a clonagem e edição do DNA e, com elas, as questões legais, éticas,
morais e filosóficas decorrentes deste processo.

4. ENGENHARIA GENETICA

4.1 Conceito de engenharia genética

A engenharia genética é um conjunto de técnicas capazes de manipular genes.


Engloba uma diversidade de conhecimentos científicos, como os conhecimentos no
campo da genética, da biologia molecular e da bioquímica.

Manipulação genética e modificação genética são termos para o processo de


manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo normal
reprodutivo deste. Envolvem frequentemente o isolamento, a manipulação e a
introdução do DNA em um ser vivo, geralmente para expressar um gene.

4.2 Objetivo da engenharia genética

Tem como objetivo desenvolver técnicas que possibilitem que determinados


organismos tenham um melhor desempenho ou melhoramento, visando ao
aprimoramento ou estruturação genética de determinada espécie, seja vegetal ou
animal, conforme as necessidades científicas.

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“Os processos de indução genética possibilitaram que sequências de bases
completas de DNA fossem decifradas, procedimento que facilitou a clonagem de
genes, uma técnica amplamente utilizada em microbiologia celular como forma de
identificar e copiar determinado gene no interior de um organismo simples, como as
bactérias”.6

6
https://www.spectrun.com.br/blog/engenharia-genetica/engenharia-genetica-conceito-e-aplicacao/#
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5. Clonagem

5.1 Conceito de Clonagem


A clonagem é uma técnica utilizada no ramo da engenharia genética. Trata-se de
vários processos diferentes que podem ser usados para obtenção de “cópias’
genéticas de um mesmo ser vivo a partir de uma célula mãe. Tais cópias consistem
em genes, células, protozoários, plantas e até mamíferos, como uma ovelha. Essa
ideia de clonagem partiu de um embriologista alemão, Hans Spermann, que em
1938 propôs um experimento que até então consistia em transferir o núcleo de uma
célula em estagio tardio de desenvolvimento para um óvulo.
A técnica de clonagem se desenvolveu ao longo das décadas até que, em 1995, os
escoceses da estação de reprodução animal, Keith Campbell e Ian Wilmut, partiram
de células idênticas embrionárias de 9 dias para clonar duas ovelhas idênticas
chamadas de “Megan” e “Morag”. Apesar disso, foi apenas no ano seguinte que a
célebre ovelha Dolly surgiu, clonada a partir de células congeladas de uma ovelha.
O processo utilizado pelos escoceses gerou opiniões um tanto controversas, uma
vez que a ovelha não originou a partir uma célula embrionária e sim a partir de uma
célula mamária. Independentemente de toda a repercussão negativa mundial e das
discussões envolvendo a ética do experimento que surgiram com a anunciação do
nascimento de Dolly, esse seria um dos maiores passos já dados pela ciência e foi
um marco de uma nova era biotecnológica.

5.2 Técnicas de realização da Clonagem


Envolvendo clonagem em processos laboratoriais, podemos mencionar a clonagem
reprodutiva e terapêutica.
1. Clonagem Reprodutiva
A clonagem reprodutiva tem como objetivo criar um ser vivo que é
geneticamente igual a outro ser vivo através da transferência nuclear de
células somáticas a um óvulo sem núcleo. Surpreendentemente, esse
começa a se comportar como um óvulo recém-fecundado por um
espermatozoide. Após a fusão, se introduz esse óvulo enucleado ao útero
(que funcionaria com uma barriga de aluguel) e se ele se desenvolver, ao final
da gestação se obterá um indivíduo com a bagagem genética idêntica ao
indivíduo original, ou seja, um clone.
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É muito discutido nos dias de hoje sobre clonagem humana. Esse tema é
abordado em filmes como “A Ilha” e “Cópias – De Volta à Vida”. Discorre
Mayana Zatz sobre clonagem humana:
“O risco biológico é enorme, pelo que a gente viu das
pesquisas com animais. A tecnologia não está nem
disponível em humanos, mas se tivesse disponível é
impensável o risco de fazer uma clonagem reprodutiva
humana”. (ZATZ, 2008)

2. Clonagem terapêutica
A clonagem reprodutiva não é um processo fácil. Dolly só nasceu depois de
276 tentativas fracassadas. Por décadas, os cientistas tentaram e não
conseguiram clonar mamíferos de adultos existentes. Experimentos recentes
provaram que esta reprogramação de genes, que originou Dolly, é
extremamente difícil. A clonagem terapêutica, por sua vez, é um processo
mais simples de ser realizado e tem por finalidade atuar na medicina paliativa,
em tratamentos médicos e reproduções de tecidos e órgãos. Ocorre em
laboratório, sem a introdução no útero.

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