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A complexidade do ser humano e o seu inacabamento biológico

O presente trabalho é sobre o tema “A complexidade do ser humano e o seu


inacabamento biológico”, estando nele englobados alguns conceitos-base como: a
filogénese e ontogénese, o programa genético fechado e aberto e a prematuridade e
neotenia.
Cada um de nós tem um genoma único - hereditariedade individual -, ainda que
partilhemos uma grande parte do nosso genoma com diferentes indivíduos da nossa
espécie - hereditariedade específica. Por outras palavras, podemos afirmar que em
virtude da hereditariedade específica todos nascemos seres humanos (sendo essa a
nossa espécie) e por efeito da hereditariedade individual apresentamos características
comuns ou semelhantes às dos nossos progenitores. Deste modo, é objetivo deste
trabalho explicar o porquê de espécies diferentes possuírem um determinado número
de estruturas genéticas em comum, encontrar a relação destes dois tipos de
património genético e analisar a sua influência no nosso comportamento e
desenvolvimento.
Na procura de uma explicação para a existência de uma variedade de espécies, Charles
Darwin propôs a teoria da evolução e da seleção natural pondo assim em causa a ideia
de que as espécies surgiram tal como os conhecemos e se mantiveram imutáveis ao
longo do tempo. A esta nova perspetiva deu-se o nome de darwinismo.
Darwinismo
Dentro de uma população, um conjunto de indivíduos de uma determinada espécie,
existem seres vivos que apresentam caraterísticas diferentes entre si - variações
genéticas aleatórias. Estes lutam pela sobrevivência competindo pelo alimento e
habita e fuga aos predadores, o que faz com que sobrevivam os mais aptos e os
restantes são eliminados por seleção natural. Ao reproduzirem-se os mais aptos
transmitem essa característica aos descendentes. A acumulação de pequenas
variações a longo prazo determina a transformação e o aparecimento de novas
espécies.
A nossa hereditariedade específica é determinada pela filogénese, que se resume a
toda a história da origem e do desenvolvimento de uma espécie ou de um grupo
biológico que permitiu a sua evolução desde a sua forma mais simples (evolução
geral); já a ontogénese, definida pela hereditariedade individual, consiste em todas as
transformações que um indivíduo de uma dada espécie sofre desde a sua fecundação
até ao seu falecimento (evolução individual).
Com o intuito de explicar a ligação entre a filogénese e a ontogénese, Ernst Haeckel
formulo a teoria da recapitulação. Com base na comparação das representações de
embriões de diferentes espécies por si desenhadas, Haeckel concluiu que a
Ontogénese recapitula a Filogénese, isto é, são recuperados algumas fases do
desenvolvimento do embrião de espécimes mais simples no decorrer do
desenvolvimento embrionário de seres mais complexos. Contudo Haeckel admitiu ter
manipulado os seus desenhos e por isso a sua teoria foi descredibilizada.
Tendo esta teoria cativado a atenção de alguns para a hipótese destes dois processos
estarem de facto relacionados, a teoria da evolução por seleção natural permitiu
procurar no ramo da genética, através das ideias de Darwin, uma resposta plausível
para essa relação.
Com os novos conhecimentos adquiridos acerca da genética, foi possível atualizar a
teoria de Darwin: Neodarwinismo.
Esta ideia inclui um conceito muito importante: as mutações, que são entendidas
como alterações mínimas na estrutura do ADN durante a sua replicação. As mutações
que proporcionam uma melhor adaptação ao meio envolvente e por isso á
sobrevivência do ser vivo são selecionadas através de reprodução e transmitidas às
gerações futuras.
Posto isto conclui-se que a ontogénese causa a filogénese, dado que o que vai ditar a
extinção, a sobrevivência ou o aparecimento de novas espécies é aquilo que ocorre
durante o desenvolvimento particular de cada organismo.

Fim
Foda-se

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