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EVOLUÇÃO

• Evolução é o processo de
origem e modificação das
espécies ao longo do
tempo.
Fixismo
• Surgiu na antiguidade e na Idade Média; foi
agregado ao Cristianismo e incorporado pelo
naturalista Lineu na elaboração do seu sistema
de classificação;
• Segundo essa concepção, os seres vivos eram
imutáveis, delimitados e criados por obra
divina e continuavam sempre iguais ao longo
do tempo.
Finalismo
• De acordo com essa concepção, também
conhecida como teleologia, todos os
processos da natureza teriam um fim e
um propósito determinado, como o
desenvolvimento dos organismos, que
passariam por diversas fases com o
objetivo de atingir o estágio final, o do
indivíduo adulto.
Teoria de Lamarck
• Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829), que
publicou a sua teoria em 1809, foi o primeiro
cientista a propor uma teoria lógica sobre
evolução;
• Lei do uso e desuso;
• Transmissão de caracteres adquiridos;
Lei do uso e desuso
• Propôs para explicar a evolução: as mudanças
ambientais alterariam as necessidades de
sobrevivência do organismo;
• De acordo com a teoria lamarckista, os órgão ou
tecidos mais utilizados por um indivíduo deveriam se
desenvolver com o passar do tempo, ou seja, aumentar
em tamanho, capacidade e aptidão;
• Em contrapartida, tecidos e órgãos em desuso
poderiam sofrer redução de tamanho ou até mesmo
desaparecer do organismo com o passar do tempo.
Transmissão de caracteres adquiridos
• Lamarck defendia que as características
desenvolvidas pelo uso e desuso eram
transmitidas de geração para geração, ou seja,
transmitida de pai para filho.
Teoria da evolução de Darwim
• Somente com a evolução de Charles Darwin
(1809-1882), o conceito de evolução se
consolidou. Sua teoria, publicada no livro A
origem da espécies, é considerada uma das mais
importantes revoluções intelectuais do século
XIX;
• A teoria darwinista propõe que todos os seres
vivos descendem de ancestrais comuns e teriam
evoluído por seleção natural;
• A seleção natural propõe que os organismos mais
bem adaptados teriam maiores chances de
sobreviver e se reproduzir. Ao se reproduzirem,
passam para seus descendentes a maioria de
suas características, inclusive aquelas que
permitiram sua sobrevivência diante da seleção
natural. Essas características acabam se fixando
na população, com o passar do tempo e, em
muitos casos, podem ser chamados de
adaptações.
• Um exemplo se seleção natural que ocorre
nos dias de hoje e de fácil ilustração é a
resistência de bactérias a certos antibióticos.
Evidências da evolução
• O processo evolutivo é muito lento e difícil de
perceber, porém muitos indícios da evolução
foram acumulados;
• Fósseis: são restos ou vestígios de seres vivos
que se preservavam por mais de 11 mil anos;
Estruturas homólogas
• Os estudos com os fósseis e anatomia das
espécies permitiram mostrar que existem
estruturas ou órgãos que possuem a mesma
origem embrionária, podendo ou não
desempenhar a mesma função. Esses órgãos
ou estruturas são chamados de homólogos;
• Esse fato sugere que tais organismos
evoluíram a partir de um ancestral comum.
• Nas aves os membros dianteiros estão
adaptados ao voo, e nas baleias, à natação.
Esse exemplo é um modelo de divergência
evolutiva ou radiação adaptativa, ou seja,
mostra estruturas homólogas que possuem a
mesma origem, mas que se modificaram para
desempenhar funções diversas.
Estruturas análogas
• Elas possuem a aparência externa e função
semelhantes, mas têm origem embrionária
distinta;
• Um exemplo de estruturas análogas são as
asas de morcegos e de moscas: ambas
auxiliam o voo. Nos morcegos as asas são
formadas a partir dos ossos dos membros
dianteiros, e nas moscas, a partir de uma
membrana do revestimento externo
Órgãos vestigiais
• Algumas estruturas dos organismos podem perder sua
função original;
• Apêndice vermiforme, no ser humano não tem função
mas é importante nos coelhos, pois participa da
digestão da celulose;
• A presença do apêndice no ser humano e no coelho
indica ter havido um ancestral comum.
Embriologia comparada
• Fornece outro tipo de ferramenta para o estudo
da evolução. Pelo processo de desenvolvimento
embrionário pode-se verificar se há ou não
semelhanças anatômicas entre as espécies.
Bioquímica
• A bioquímica comparada também é utilizada
para se determinar o grau de parentesco entre
as espécies;
• Quanto mais próximas forem as espécies, mais
semelhanças bioquímicas eles terão;
• Técnicas mais conhecidas são hibridização do
DNA e relógio molecular- analisa sequência de
aminoácidos para indicar quando duas
espécies divergiram de um ancestral comum.
Seleção natural e adaptação
• A ação da seleção natural consiste em selecionar
indivíduos mais adaptados a determinada condição
ecológica, eliminando aqueles desvantajosos para essa
mesma condição.
• A expressão mais adaptado refere-se à maior
probabilidade de determinado indivíduo sobreviver e
deixar descendentes em determinado ambiente.
• A seleção natural atua permanentemente sobre todas
as populações. Mesmo em ambientes estáveis e
constantes, a seleção natural age de modo
estabilizador, está presente, eliminando os fenótipos
desviantes.
Mecanismo da seleção
• Segundo Darwin e Wallace, as ideias básicas da
evolução por seleção natural são os seguintes:
• Os indivíduos de uma determinada população
apresentam variações que os tornam diferentes
entre si. Essas variações são hereditárias, ou seja,
são passadas de pais para filhos;
• O crescimento das populações tende a ser maior
do que a oferta de alimento;
• Esse crescimento gera competição entre os
organismos pelos recursos ambientais;
• Os organismos que apresentam características
vantajosas para competir com os recursos
escassos têm mais possibilidade de sobreviver e
de reproduzir-se;
• Com o passar das gerações, o processo se repete.
Indivíduos portadores das características
vantajosas sobrevivem e se multiplicam,
deixando mais descendentes, cada vez mais
adaptados às condições ambientais.
Adaptação
• Adaptação é consequência direta da seleção
natural;
• Certos tipos de adaptações, como à coloração,
aumentam a possibilidade de sobrevivência
dos seres vivos;
• A coloração de aviso, a camuflagem e o
mimetismo
Coloração de aviso
Camuflagem
Mimetismo
• É uma adaptação na qual uma espécie se
assemelha a outra;
• Semelhante à camuflagem, só que ao invés de se
parecerem com o meio, os animais que praticam
o mimetismo tentam se parecer com outros
animais, com intuito de parecer quem não é.
Teoria sintética da evolução
• De 1900 até cerca de 1920, os adeptos da genética
mendeliana acreditavam que apenas as mutações eram
responsáveis pela evolução e que a seleção natural não
tinha importância nesse processo.
• Depois disso vários cientistas começaram a conciliar as
ideias sobre seleção natural com os fatos da Genética, o
que culminou com a formulação da Teoria sintética da
evolução, às vezes chamada também de Neodarwinismo.
• Conforme Darwin já havia proposto, essa teoria considera a
população como a unidade evolutiva. Uma população pode
ser definida como um grupamento de indivíduos da mesma
espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em
um mesmo intervalo de tempo.
• Cada população apresenta determinado conjunto
gênico, que pode ser alterado de acordo com fatores
evolutivos. O conjunto gênico de uma população é o
conjunto de todos os genes presentes nessa
população. Assim, quanto maior for o conjunto gênico
da população, maior será a variabilidade genética.
• Os principais fatores evolutivos que atuam sobre o
conjunto gênico da população podem ser reunidos em
duas categorias:
• fatores que tendem a aumentar a variabilidade
genética da população – mutação e permutação;
• fatores que atuam sobre a variabilidade genética já
estabelecida – migração, deriva genética e seleção
natural.
• Sabe-se que uma população está evoluindo
quando se verificam alterações na frequência
de seus genes. Atualmente considera-se a
evolução como o conceito central e unificador
da Biologia, e uma frase marcante que
enfatiza essa ideia foi escrita pelo cientista
Dobzhansky: “Nada se faz em biologia a não
ser à luz da evolução”.
Bases genéticas da evolução
• A mutação cria novos genes, e a recombinação os
mistura com os genes já existentes, originando os
indivíduos geneticamente variados de uma
população. A seleção natural, por sua vez,
favorece os portadores de determinados
conjuntos gênicos adaptativos, que tendem a
sobreviver e se reproduzir em maior escala que
outros. Em função da atuação desses e de outros
fatores evolutivos, a composição gênica das
populações se modifica ao longo do tempo.
Mutações
• As mutações podem ser cromossômicas ou gênicas. As
cromossômicas podem ser alterações no número ou na
forma dos cromossomos. As gênicas originam-se de
alterações na sequência de bases nitrogenadas de
determinado gene durante a duplicação da molécula de
DNA. Essa alteração pode ocorrer por perda, adição ou
substituição de nucleotídeos, o que pode originar um gene
capaz de codificar uma proteína diferente da que deveria
ter sido codificada.
• As mutações gênicas são consideradas as fontes primárias
da variabilidade, pois aumentam o número de alelos
disponíveis em um lócus, incrementando um conjunto
gênico da população. Embora ocorram espontaneamente,
podem ser provocados por agentes mutagênicos, como
radiações e certas substâncias químicas (a droga ilegal LSD,
por exemplo).
• As mutações não ocorrem para adaptar o
indivíduo ao ambiente. Elas ocorrem ao acaso
e, por seleção natural, são mantidas quando
adaptativas (seleção positiva) ou eliminadas
em caso contrário (seleção negativa). Podem
ocorrer em células somáticas ou em células
germinativas; neste último caso as mutações
são de fundamental importância para a
evolução, pois são transmitidas aos
descendentes.
Migração
• A migração corresponde à entrada ou à saída de indivíduos
em uma população. A entrada denomina-se imigração e a
saída emigração.
• Pelos processos migratórios é possível que genes novos
sejam introduzidos em uma população. Assim, se
indivíduos emigrarem de uma população para a outra da
mesma espécie, poderão introduzir genes que não
ocorriam na população para a qual imigraram, contribuindo
para o aumento da variabilidade genotípica dessa
população.
• Por meio das migrações é estabelecido um fluxo gênico,
que tende a diminuir as diferenças genéticas entre as
populações da mesma espécie.
FIM

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