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Evolucionismo

Andrieli Gehlen
Deividi Marques
Camílli Rios
Kamylle vargas
Simone Fonseca
Welliton Coelho

RESUMO:O evolucionismo social é uma teoria da antropologia que afirma que toda
sociedade começa primitivamente e evolui com o tempo. De acordo com esta teoria, toda
sociedade começa de uma maneira mais animal de ser e gradualmente progride lenta e
gradativamente, tornando-se civilizada.

Evolucionismo Sociológico
O evolucionismo sociológico tem como característica fundamental a ideia de progresso,
trata-se de uma doutrina que mostra uma forma otimista de encarar a realidade humana. Esse
evolucionismo chegou ao seu auge no século XIX, ligado aos nomes de Saint-Simon, que
afirma que há uma sequência evolutiva através da qual deve passar toda a humanidade, tendo
três fases se atividade mental: a conjetural, a semi conjetural e a positiva.
August Conte: para ele todas as sociedades atravessam três etapas progressivas, indo da
superstição religiosa, passando pela metafísica e a teologia, para chegar a ciência positiva
ponto final do progresso humano;
Herbert Spencer: no seu livro intitulado progresso, estabelece que o progresso reveste os
aspectos da realidade, ele defende que todo desenvolvimento sendo ele da terra, da vida, da
sociedade, entre outros, significa progresso, e no fundo de todo progresso está a mesma
evolução.
Lévi Strauss : o evolucionismo social ou cultura é um falso evolucionismo pois consiste
numa tentativa de suprir a diversidade das culturas. A humanidade se torna única e idêntica a
si mesmo, só que esta unidade e identidade podem realizar progressivamente, e a variedade
das culturas, ilustra os momentos de um processo que dissimula uma realidade mais
profunda.

Evolucionismo Biológico

O aparecimento do evolucionismo biológico é posterior ao evolucionismo sociológico,


contudo não há influência de um sobre o outro. O evolucionismo biológico provocou muitas
polêmicas ao se contrapor à teoria da substância formulada por Aristóteles e elevada à
categoria de dogma religioso.
Segundo a metafísica aristotélica, todas as formas substanciais são imutáveis porque
necessárias. Isso significa que não podem ser criadas nem destruídas. O evolucionismo
biológico ou teoria da evolução rompe com a tradição aristotélica e tem como precursores
Jean-Baptiste Lamarck e Charles Darwin.

Lamarck foi o primeiro a apresentar a teoria da evolução biológica. Fala basicamente que os
seres vivos herdam as características dos seus ascendentes, como o pescoço longo da girafa
longo para alcançar o ramo das árvores.

Hoje se entende que as mudanças nascidas dos hábitos não podem ser herdadas, portanto, o
mérito de Lamarck não é o de ter descoberto o princípio da evolução, mas o de ter insistido
na doutrina geral e em alguns aspectos importantes dela, como o da adaptação ao ambiente.

Para Charles Darwin, A Teoria da Evolução afirma que é o ambiente, por meio de seleção
natural, que determina a importância da característica do indivíduo ou de suas variações, e os
organismos mais bem adaptados a esse ambiente têm maiores chances de sobrevivência,
deixando um número maior de descendentes. Ambas as teses são importantes na evolução da
vida, uma não exclui a outra.

Para Lévi Strauss o evolucionismo biológico diferente do evolucionismo sociológico é uma


teoria científica, pois é uma hipótese de trabalho fundada em observação e a parte da
interpretação é muito pequena. Embora a ideia de evolução tenha dominado o debate
científico do século XIX, o evolucionismo antropológico não significa um prolongamento do
evolucionismo biológico. De qualquer modo, é certo que na segunda metade do século XIX,
o conceito de evolução deu à antropologia o seu primeiro impulso e sua unidade.

Evolucionismo antropológico

Desenvolveu-se no século XIX. Baseava-se nas teorias científicas de Darwin e reúne áreas
como: arqueologia, ecologia comportamental, psicologia, primatologia e genética.

Preocupava-se com a evolução cultural dos seres humanos, passado e presente. É o estudo da
evolução das estruturas biológicas e fisiológicas do homem.

Exemplo de antropologia evolucionista da época era: crença que as comunidades indígenas


eram exemplos primitivos enquanto a sociedade européia era o topo da evolução.

Antropólogos e evolucionistas

As escolas antropológicas reúnem pensadores que compartilham uma visão acerca do fazer
antropológico. Ao longo do desenvolvimento dessa ciência, muitos pesquisadores se
propuseram a compreender o homem em suas dimensões biológicas, sociais e culturais. E,
nesse processo, foram criados novos paradigmas e formas de entender o processo
investigativo. Cada vez que esses elementos eram alterados, criava-se uma nova escola
antropológica.

Escola Evolucionista

Das escolas antropológicas, a Funcionalista é a que vai propor o método clássico de


etnografia e adotar o trabalho de campo para realização das análises (na Escola Evolucionista,
eram os relatos dos viajantes e colonizadores que subsidiaram as interpretações feitas pelos
antropólogos). Além da adoção do trabalho de campo, os funcionalistas se diferem dos
evolucionistas por não conceber a ideia de hierarquia entre as sociedades.

Para os antropólogos funcionalistas, cada sociedade possui uma função distinta. Esse seria o
traço que diferencia uma das outras, mas sem construir hierarquias. Nessa perspectiva, ao
passo que cada grupo exerce a sua função, eles contribuem para um sistema maior, onde
todos as funções se relacionam. Contribuíram para a Escola Funcionalista Bronislaw
Malinowski, escritor de “Argonautas do Pacífico Ocidental” (1922), e Alfred
Radcliffe-Brown, autor de “Estrutura e função nas sociedades primitivas” (1952).

Temas do Evolucionismo

São considerados características da antropologia evolucionista:

a) estudo das sociedades simples ou primitivas e das

Sociedades Antigas: foi um tema considerado pela primeira vez pelos antropólogos
evolucionistas que com um grande esforço e estudos extraíram as informações de diversas
classes que pertenciam a esta sociedade onde fizeram a partir destes estudos as bases da
antropologia social, o que interessa para o estudo das sociedades são as instituições
especialmente a familiares e as religiosas eles também dão enfoque na jurídica e monetária
mas em qualquer um dos temas sempre a um foco em mostrar como a cultura evolui
universalmente e unilinear

dizia Morgan, é única em sua origem, única em sua experiência e única em seu progresso,
dentre as comunidades primitivas destaca-se o estudo dos grupos australianos. Segundo Elkin
(in LAPLATINE, 2006: 67).

O estudo das sociedades primitivas não visa apenas revelar o primitivo por trás do civilizado.
As sociedades primitivas facilitam os estudos dos antropólogos porque permitem partir de um
ponto mais realista e mais preciso e como se distinguem uma da outra permitindo assim uma
análise comparativa e crítica em relação às sociedades complexas.
b) estudo do parentesco:

os pesquisadores do século XIX vem buscado com seus estudos mostrar a anterioridade do
sistema matrilinear (no qual só a ascendência materna e levada em conta para a transmissão
do nome, dos privilégios, da condição de pertencer a um clã ou a uma classe) sobre o sistema
de filiação patrilinear.

c) estudo da religião.

Parentesco e religião são, nessa época, as duas grandes áreas da antropologia, ou, mais
especificamente, as duas grandes vias de acesso privilegiado ao conhecimento das
comunidades primitivas e das sociedades antigas.

Os antropólogos acreditam que antes da religião os povos antigos usavam um sistema onde
suas crenças eram explicadas pelo uso da magia e que as religiões teriam partido destes
sistemas, isso também ajudou na construção das instituições e o direito.

De todos os povos estudados pelos antropólogos a à presença de um sistema de crenças


classificadas como magia religião ou mágico-religioso alguns antropólogos têm uma visão
sobre o que é a magia.

Tylor considerou a magia uma pseudociência, em que o homem primitivo, incorretamente,


afirma uma relação direta de causa e efeito entre o ato mágico e o acontecimento desejado.

Frazer também considerou falsa a relação de causa e efeito entre a magia e os efeitos naturais
e analisou os princípios que governam essa relação. Além disso, investigou o relacionamento
da magia com a religião e a ciência e estabeleceu um quadro evolutivo entre elas.

Frazer, a magia representa uma fase anterior, mais grotesca da história do espírito humano,
pela qual todas as raças da humanidade passaram, ou estão passando, para dirigir-se para a
religião e a ciência

Críticas ao Evolucionismo

A ciência e a sociedade evoluem e progridem, o tempo seria uma sucessão de momentos que
somados uns aos outros resultam no melhoramento do que aconteceu antes. Entendendo
então que ao longo do tempo haveria um processo de aperfeiçoamento.

Evolução e progresso é uma concepção a qual o futuro está contido no ponto inicial de uma
sociedade, o desenvolvimento pleno daquilo que já era o motivo da sociedade evoluir e
desenvolver.

Analisando as mudanças científicas passaram a negar as ideias de evolução e progresso,


assim, não houve evolução e progresso de uma para a outra, pois são duas geometrias
sucessivas. Cada cultura inventa seu modo de relacionar-se e de criar obras de pensamento,
de arte, tendo seu próprio modo de organizar o poder e de produzir seus valores.

1. Críticas ao Evolucionismo Antropológico

A antropologia evolucionista utiliza o método comparativo como metodologia de estudo,


partindo do pressuposto teórico de uma única mentalidade capaz de gerar um único caminho
de desenvolvimento possível para a sociedade humana. O método comparativo surge
considerando a igualdade geral da natureza humana

A primeira crítica de Franz Boas aos pressupostos da antropologia evolucionista reside no


fato de que a mentalidade humana não é algo uniforme e obedece a um conjunto determinado
de leis, nem os caminhos para o desenvolvimento das sociedades.

Religião e Direito

com o aumento da complexidade social os povos romanos tiveram que deixar para traz suas
religiões familiares para que elas se tornassem na religião da cidade onde seria feito uma
hierarquia de sacerdotes, um calendário religioso com os dias fastos e nefasto agora os cultos
seriam realizados por sacerdotes e se tornaria pública.

Os sacerdotes seriam agrupados em colégios, dos quais o mais importante é o Colégio dos
Pontífices, presidido pelo Pontífice Máximo. Os sacerdotes são organizados em três
categorias:

a) os augures: interpretam a vontade dos deuses pela observação da natureza ou leitura dos
presságios.

b) os flâmines: encarregam-se do culto individual de cada 74 deuses.

c) os fecais: pedem às divindades o êxito nas relações exteriores de Roma.

Durante este período a justiça era confiada ao colégio dos pontífices que era formada por
religiosos aristocráticos descendentes dos fundadores da cidade, eles possuíam todo o
conhecimento, os pontífices cuidavam da justiça eram que guardava as regras dos
procedimentos jurídicos.

Os sacerdotes desempenham, portanto, um papel relevante na formação do direito arcaico


porque eles constituem e neles se desenvolve o centro do saber jurídico.

Os sacerdotes são responsáveis pela preservação da tradição religiosa e jurídica.


Nessa sociedade, direito, religião e política não se diferenciam, levam-se muito tempo para a
separação dos poderes deste modo podemos ver que o colégio dos pontífices era não só uma
instituição religiosa com jurídica e política e continuou assim por muito tempo, os
antropólogos têm como seu entendimento que nas sociedades antigas não tem como separar
direito de religião e magia.

1.1. Casamento religioso

O casamento religioso e uma das formas que podemos notar a proximidade da religião e o
direito já que esta forma de casamento e equiparada ao casamento civil (Art.1.515 CC) temos
alguns entende que o casamento religioso não terá os mesmos efeito do que o civil se for feito
em terreiro de macumba, centros de baixo espiritismo, seitas

umbandistas, ou outras formas de crendices populares, que não tragam a configuração de


seita religiosa reconhecida como tal este modo de pensar vai contra a constituição federal que
e contra a inviolabilidade das crenças que são asseguradas pelo (Art.5, VI).

Juristas e evolucionistas

O jurista é o profissional que estuda o direito. Segundo alguns juristas, a evolução do direito
deriva de duas forças principais: o costume e a jurisprudência, em oposição à ideia de um
legislador racional.

O evolucionismo e seus juristas trazem uma reapreciação crítica sobre a gênese e a evolução,
o objeto e o propósito do direito prático moderno sob uma perspectiva funcional e
evolucionista. Ensinam também que determinadas representações culturais devem ser vistas
como algo que se sustenta em mecanismos próprios de nossa arquitetura cognitiva inata

Esse evolucionismo é uma adaptação das teorias tradicionais, a perspectiva evolucionista /


funcional é um aliado indispensável das mesmas. Uma visão realista, naturalista,
potencialmente unificada do lugar que o ocupamos na natureza.

Fontes:

https://brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/antropologia.htm

https://www.monografias.com/pt/docs/Antropologia-evolucionista

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