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Por sua vez, Charles Darwin, com sua obra "A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural",
publicada em 1859, propôs a teoria da evolução das espécies, baseada na seleção natural e na adaptação
gradual ao ambiente. Essa teoria desafiou o criacionismo defendido pela religião católica, ao sugerir que as
espécies se desenvolvem ao longo do tempo por meio de processos naturais, sem a necessidade de
intervenção divina direta.
Atualmente, novos fatores são considerados na evolução das espécies, como variações genéticas e
somáticas, determinantes geográficos e isolamento de populações. Esses avanços científicos na biologia
deslocaram o ser humano do centro da criação, confrontando antigas concepções sobre sua posição
privilegiada no mundo natural.
O INATISMO E A PSICOLOGIA
Até o final do século XIX, a Psicologia estava fortemente ligada à filosofia, mas nas últimas décadas desse
período, houve uma tendência de separação, visando torná-la uma ciência independente. Esse movimento
também afetou a Educação, que passou a buscar na Psicologia embasamento para teorias educacionais
científicas, originando a Psicologia da Educação no início do século XX. A busca por cientificidade foi
impulsionada por Claude Bernard, promovendo métodos experimentais precisos na medicina. Esse método
tornou-se padrão em várias áreas, incluindo a Psicologia, que passou por uma fase experimental até o final
do século passado. Apesar de críticas, a teoria evolucionista se desenvolveu com novas evidências e
contribuições da etologia e genética, revolucionando a compreensão do ser humano em evolução.
Na Psicologia da Educação, foram fundamentais os estudos sobre diferenças individuais, processos e tipos
de aprendizagem, e desenvolvimento infantil. Essas áreas foram influenciadas por diversas disciplinas, como
Astronomia, Psicologia cognitiva e ciências biológicas.
A aprendizagem é um processo complexo que envolve tanto fatores inatos quanto ambientais, relacionados
aos contextos políticos, econômicos, históricos e ideológicos. É mais abrangente do que a dicotomia inato-
ambiental sugere, podendo ser estudada em várias dimensões, não apenas como uma dicotomia.
Os estudos etológicos revelaram a importância dos estímulos sinais na ativação de comportamentos inatos,
como o alerta de predadores em aves. Além disso, destacaram a ideia de que muitos comportamentos
animais são fixos e inatos, ocorrendo espontaneamente e sendo desencadeados por causas internas. Lorenz
defendeu que o comportamento humano segue as mesmas leis causais da natureza, mas compreendê-las
pode aumentar nosso autocontrole.