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Universidade de Pernambuco (UPE), Campus Petrolina

Departamento de Geografia
Disciplina: Fundamentos Antropológicos da Educação
Docente: Profª. Joelma Batista do Nascimento
Data da entrega: 16/06/2023
Discente: Luiz Eduardo Souza Coelho Pereira

Segundo o texto, houve três pais fundadores da antropologia: Lewis Henry Morgan, Edward
Burnett Tyler e James Frazer

Morgan fez pesquisas sobre os iroqueses, povo originário da América do Norte. Ele acreditava
que o sistema classificatório de parentesco deles era similar ao encontrado em outras tribos
norte-americanos e em outras partes do mundo. Chegou a conclusão de que havia apenas dois
sistemas de terminologia de parentesco: um descritivo e um classificatório. Essa divisão se dá
de acordo com o desenvolvimento da propriedade.

A obra mais importante do antropólogo foi “O ramo de ouro”, que explicava a regra para a
sucessão do sacerdócio no templo de um bosque na Itália, feita através de um ritual. A partir de
comparações com rituais de outros lugares, percebeu-se uma semelhança entre eles.

Morgan faz parte da escola de pensamento evolucionista, que era aceito pela sociedade pois
denotava uma ideia de progresso, como se as diferentes culturas do mundo estivessem
dispostas em uma “escada”, em que haveriam culturas menos e mais civilizadas.

Então os povos originários da América e demais povos foram vistos a partir dessa teoria como
“museus vivos” e que portanto ainda não passaram por etapas que o fizessem chegar ao último
nível do que é ser “civilizado”.

Como existem lacunas na história da humanidade, é proposto pelos evolucionistas um método


comparativo entre as diferentes culturas, para entender melhor a fase em que cada um desses
povos se encontra.

Para os evolucionistas, era preciso, mesmo sendo preconceituosos ou superficiais,


compreender a sociedade antiga, a cultura primitiva, dos povos estudados. E também, ao
estudar essas sociedades que ainda estão em “etapas inferiores”, também consegue-se
estudar a si mesmo, enquanto povo já civilizado, como era esse povo em etapas anteriores.

Segundo Morgan, as invenções e descobertas mantém relações sequenciais ao longo do


processo humano, registrando seus estágios sucessivamente. As instituições, por sua vez,
nascem a partir de germes de pensamento. Em conjunto, as invenções, descobertas e
instituições, quando organizadas e comparadas, apontam a história da humanidade. As
instituições, em geral, surgiram ainda enquanto os povos eram selvagens.
Também, segundo ele, a sociedade é baseada em indivíduos, e vão haver aqueles que se
destacam mais e produzem mais conhecimento, ao passo diferente de uma parcela da
população, que acredita em superstições, como é presente hoje em dia até mesmo em países
desenvolvidos.

As sociedades mudam conforme a situação, o momento. Haverá momentos em que a


“civilização” de um lugar em específico será alterada, a partir do seu progresso, degradação,
sobrevivência, renascimento e modificação.

A cultura ou civilização, segundo Tyler, em seu amplo sentido etnográfico, é o complexo de


conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume, entre outras características adquiridas pelo
indivíduo na condição de membro da sociedade. Essa foi a primeira conceituação formal do
termo cultura. A cultura, para ele, seria sinônimo de civilização, o que destoa com o significado
do termo atualmente, que define algo de modo mais relativo, uma definição que combina mais
com o pensamento de Franz Boas. Ainda, segundo Tyler, a palavra cultura é usada no singular
e é hierarquizada em estágios.

O mito foi criado desde a etapa de selvageria, e com a evolução da sociedade, foi se
transformando em algo mais culto.

O objetivo da Antropologia, segundo Frazer, é descobrir as leis gerais dos fatos particulares
que se observam nas diferentes sociedades. A Antropologia Social, conforme pensamento de
Frazer, está limitado ao desenvolvimento primário da sociedade. A partir de seu estudo,
percebe-se que a selvageria é um estado estacionário de dada cultura.

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