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Marielle Mar Santos

Sociedade e Cultura

Evolucionismo Antropológico
O conceito de evolucionismo antropológico surge no contexto Darwiniano de explicação
evolutiva biológica e de seleção natural, porém afirmando que o avanço da humanidade e
diversidade cultural se dá não por tais motivos, mas sim toma quatro pilares para justificar o
desenvolvimento social:
● As sociedades humanas devem ser comparadas entre si por meio dos seus costumes, mas
os costumes definidos pelo investigador e não situados lado a lado de modo horizontal. Os
costumes eram vistos fora de seus contextos, e não como peças de sistema de relações
sociais e de valores;
● Os costumes têm uma origem, uma substância, uma individualidade e um fim que é o do
europeu.
● As sociedades se desenvolvem de modo linear, irreversivelmente;
● A sociedade que é diferente e estranha a minha, mas que no entanto é contemporânea, é
uma sociedade que já passei.
Ou seja, que uma sociedade se desenvolve do primitivo ao moderno, e para os 3 principais
teóricos deste (Morgan, Tylor e Frazer),há uma clara relação entre a história da humanidade,
concebida como única, e passível de representações analíticas acerca do tempo, por etapas,
períodos ou estágios da evolução humana, que se sucedem e se explicam.

Principais autores
Para Morgan, o processo de evolução é natural e necessário: "A história da raça humana é
uma só – na fonte, na experiência, no progresso.”. A perspectiva evolucionista se apresenta desta
forma, próxima de uma concepção unilinear da história, como identificação de um caminho
ascendente do estágio humano da selvageria, passando pelo estágio da barbárie, chegando ao
estágio da civilização como uma etapa final da história humana.
Enquanto para Taylor há na raça humana uma unidade psíquica, na qual não há diferenças
essencialmente culturais para diferentes origens ou hierarquias, apenas uma completa
uniformidade de pensamento refletida no contemporâneo como processos e costumes resquícios
de uma sociedade passada. E assim, portanto, Tylor trata núcleos tradicionais ou primitivos como
etapas a serem naturalmente superadas ou um passo seguinte a um objetivo.
Já James Frazer tinha como tarefa antropológica descobrir as leis gerais que regulavam a
história humana no passado e que, se a natureza for realmente uniforme, é de se esperar que a
regulam no futuro. O sociólogo apresenta semelhança com o trabalho de seus predecessores ao
considerar a evolução como processo gradual necessário e difere-se ao apresentar uma concepção
multilinear, afirmando a progressão escalonada não reta, mas com linhas dispersas a depender do
líder daquele em questão, essa que dá berço a sua teoria da “realeza divina”, onde o bem-estar das
ordens sociais e naturais dependia da vitalidade do rei, que deve, portanto, ser morto quando seus
poderes começam a faltar e ser substituído por um vigoroso sucessor.

Frazer
Biografia
James George Frazer nasceu em Glasgow, Escócia, em 1º de janeiro de 1854. Estudou na
Universidade de Glasgow e em 1874 ingressou no Trinity College da Universidade de
Cambridge, onde escreveria sua grande obra, The Golden Bough; a Study in Magic and Religion
– O ramo de ouro; um estudo sobre magia e religião.
Principal obra
Frazer se preocupa com a forma como os humanos explicam o mundo, podendo ser
descrito como uma espécie de anatomia comparativa da mente humana. Nesta obra, Frazer
defendeu, entre outras teses, que a evolução do pensamento e do conhecimento humano se
processou em três etapas fundamentais: magia, religião e ciência.
Dito de outro modo, Frazer sustentava que a humanidade teria atravessado uma primeira
fase caracterizada por um pensamento do tipo mágico, daí teria passado para uma fase religiosa e,
finalmente, para uma fase de pensamento científico, de forma não excludente às iniciais. Embora
essa teoria houvesse sido logo refutada, muitos antropólogos aceitam a distinção estabelecida por
Frazer entre magia e religião: a primeira seria uma tentativa "técnica" de controlar os
acontecimentos, ao passo que a religião consiste em pedir ajuda a seres espirituais.

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