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RITUAL MENOR DO PENTAGRAMA

Por Danilo Sena e Caio Peclat

Imagem ilustrando como traçar o pentagrama de banimento da terra,


utilizado no ritual
Antes de iniciar o ritual com a cruz cabalística, trace um círculo imaginário
ao seu redor. De uma volta em torno do seu eixo em sentido horário,
utilizando o mudra de invocação.
Isto impede que o círculo seja “quebrado” por falta de atenção. É ensinado
que este círculo é traçado logo após a formação do pentagrama, como se eles
estivessem conectados. Ora, se o círculo é um traço ineterrúpto, não faz
sentido algum formular ele após um desenho, isto estaria quebrando a
circunferencia, um circulo impefeito. Por tanto, trace o circulo perfeito, sem
interrupções para estipular a sua zona de trabalho.
Da mesma maneira que tu traças o pentagrama no ar, tu deverás traçar um
circulo ao teu redor. De frente para o leste, feche os olhos, inspire bem
fundo e sinta a pressão do sangue subir. Segure um pouco o ar e concentre
sua atenção na ponta do dedo, estenda o braço e ao EXPIRAR imagine um
jato de luz, ou lazer de cor branca saindo.
Este paradigma servirá para te auxiliar com os demais sinais realizados
durante o ritual, bem como manipular sua própria energia interna e a
fortificar seu corpo astral

lustração do corpo astral na árvore da vida. O ovo é criado pela constituição


desses 2 pilares que aqui representam o fluxo das energias do corpo a parti
de polos. A energia sobe ao inspirar até chegar no topo da cabeça, onde é
concentrada e projetada ao expirar, formando esses jatos de luz que descem,
da mesma forma que o nosso sangue também descerá.
Dica: traçe o pentagrama bem grande, quase da sua altura ou um pouco
maior que isso. Isto irá lhe ajudar muito na vizualisação.
Referências:
- Inner Teachings of the Golden Dawn, R.G Torrens pag 136
Menciona traçar o pentagrama em 5 feets high, aproximadamente 1,5m de
altura ( por isso mencionei um pouco maior que sua própria altura)
-Essential Skills of Magic, Benjamim Rowe
-The Ritual Magic Workbook, Dolores Ashcroft , Apendice D
-Summoning Spirits, Konstantino, pag 49
Essas referencias foram encontradas através do google, na aba Livros,
digitando: “ imagine the pentagram large”
O RITUAL

0 – trace um circulo astral, em sentido horário a sua volta, de cor branca ou


dourada. Inspire fundo, estenda a sua mão em mudra de figa ou kubera
mudra, concentre sua atenção na pota do polegar ou dos dedos, ao expirar
sinta um jato de luz saindo enquanto vc gira em torno do seu eixo, até
completar o círculo.

Parte 1 — A Cruz Cabalista:


Fique em pé, voltado para o LESTE. Inpire, Imagine uma Luz Branca
brilhante tocando o alto da sua cabeça. Estenda o dedo indicador ou a
Lâmina de uma adaga para entrar em contato com a Luz e trazê-la para a
testa ( você pode utilizar o mudra de invocação ou kubera mudra para tocar
nas esferas de luz)
Toque a testa expire vibrando “ ATEH” ( AH-TA, que significa “ Para ti”)
Inspire fundo enquanto imagina a luz descendo até a região do seu sexo, ela
desce deixando um rastro de luz branco.
Expire vibrando : “ MALKUTH” ( MAL – KOOTH , significa “O Reino)
Agora enquanto inspira faça a luz subir junto com a sua mão, em direção ao
ombro direito, imgine uma esfera vermelha, expire vibrando :
“VE GEBURAH” ( ve – gee – boor -ah, significa “ O Poder” ), imagine um
feixe de luz saindo pelos seus ombros na horizontal
Inspire, siga até o ombro direito , imgagine uma esfera azul e expire
vibrando:
“VE GEDULAH” ( veh – gee – doo – laah, significa “ A GLÓRIA”)
Imgine um feixe de luz saindo de seu ombro esquerdo.
Agora, imagine que a cruz de luz está completa, passando da cabeça aos pés
e de ombro a ombro.
Por fim, estenda as mãos fazendo um sinal de cruz com seu corpo inteiro,
depois junte as mãos novamente sobre o peito , até que seus dedos se
cruzem. Enquanto junta as mãos vibre: “ LE OLAHM AMEN” ( LAY OH
LAHM que significa “ Para sempre, Amém)
Parte 2 — Os Pentagramas:

01 — Com as mão em mudra de espada, trace um pentagrama no Leste com


os traçados na cor azul vibrante. Mirando o centro do pentagrama, inspire o
nome divino, sentindo as qualidades do ar projete o primeiro nome de Deus
"IHVH"( Iehovah) com o sinal do entrante, após isso concentra-se a energia
no sinal do silencio e através da inspiração a energia do nome divino toma
todo o seu espaço áurico, em formato de ovo

02 — De frente para o Sul, repita o processo anterior trocando o nome por


“ADONAI”;

03 — De frente para o Oeste, repita o processo anterior trocando o nome por


“EHEIEH” , pronuncia-se “É-Ré-Iée”;

04 — De frente para o Norte, repita o processo anterior trocando o nome por


“AGLA”

Parte 3 — A Invocação dos Arcanjos:

01— Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante


repetirá vibrando o nome de cada Arcanjo:

1. “A minha frente RAPHAEL”

2. “Atrás de mim GABRIEL”

3. “A minha direita MICHAEL”

4. “A minha esquerda URIEL”

5. “Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas”

6. “E na coluna do meio, brilha a estrela de seis raios”


Nesse momento, imagine-se como na carta do magus, Envolto por um
globo, com o circulo e os pentagamas ao seu redor, você estando dentro de
um tubo de luz onde o hexagrama dourado brilha acima e abaixo de você.
A imaginem do pentagrama representa o domínio do espírito humano
sobre os 4 elementos. É por meio deste simbolo que se comanda a
aparição dos arcanjos.

Ilustração:

Via Tarot

Parte 4 - Repita a Cruz Cabalística

DICA:
Caso queria imaginar os arcanjos em formas humanoides
Rafael- roupas amarelas, segurando uma espada
Michael- roupas vermelhas segurando uma baqueta magica, ou uma lança
Gabriel- roupas azuis, segurando uam taça
Uriel, roupas verdes, segurando um escudo esfético e um ramo de trigo
Caso queria imaginar em forma de animais, pode ser a cabeça do animal, ou
corpo humano com asas e cabeças de animal
Raphael – Ser humano, amarelo (saber)
Michael – Leão, vermelho ( ousar)
Gabriel – Aguia, azul ( calar)
Uriel – Touro, verde ( querer)
“Os Kerubim são os quatro princípios guardiões do reino astral-
material. Eles são os
‘guardiões do portal’ da humanidade e os co-trabalhadores, ou
serventes dos Arcanjos dos
Quadrantes. Através dos Kerubim, as energias invisíveis são mediadas
e feitas potentes de forma que elas possam manifestar-se. Os Kerub
são a ordem angélica de Yesod – estão imediatamente abaixo do Véu
de Paroketh –, e do Reino Lunar. (…)

A sugestão do Cícero (Chiq Cícero) utilizando a idéia é imaginar


corpos humanos com a as cabeças
apropriadas e vestidos com a aparência dos Kerubim egípcios.
Nós podemos imaginar que aqui é onde nossos poderes instintivos ou
‘animais’ estão
direcionados e dedicados à nossa evolução e criação. É
EXTREMAMENTE IMPORTANTE que
mantenhamos sempre uma atitude de superioridade e confiança
internos quando dirigirmo -nos às forças Elementais, ou mesmo forças
angélicas”

-Frater Goya, Notas sobre o Pentagrama


MUDRAS

Mudra da Figa Kubera Mudra


(ou mudra do giz)

A figa representa a baqueta mágica, ela é um simbolo fálico, na Turquia é


considerado como um gesto obsceno justamente por sua ensinuação erótica.
O dedo polegar representa o espírito, pois foi com o uso dessde dedo que o
Homo Sapiens Sapiens destacou-se dos demais primatas, manejando
ferramentas. Por tanto esse mudra representa o poder criador do magista,
muito parecido com um simbolo mágico chamado “handof glory”
Kubera mudran também é um mudra de manifestação, porém ele ele está
mais ligado a materialização de um desejo do que a projeção ou
manifestação de um intendo no astral ( quando criamos, progetamos ou
manifestamos formas no astral com a nossa energia vital, damos o nome de
plasmar). É um mudra relacionado à riuqueza e prosperidade, mas para fins
práticos, esse mudra nos serve justamente para concentrar a materialização
de nossas projeções.
O MUDRA DA ESPADA

Simboliza a adaga do mago. Essa adaga é como a lingua, ela representa o


raciocínio, a fala argumentativa que rasga o véu da ilusão com a razão e com
isso molda a sua propria realidade, como quem estivesse esculpindo algo.
Repare que Jesus Cristo é representado no apocalipse levando uma faca de 2
gumes em sua boca. Por tanto representa a sua capacidade de
argumentação, cortar um assunto, cortar um argumento contrário. O
dualismo está presente em todos os aspectos da magia. Destruição e criação,
análise e síntese; são todos lados opostos de uma mesam coisa. A Varinha ou
a baqueta representa a síntese, a criação. A Espada, por sua vez, é a arma da
faculdade analítica do magista, respectivamente representando:
Solve et Coagula.
SINAL DO ENTRANTE

Use o Sinal do Entrante, também conhecido como o Sinal de Hórus ou o


Sinal de Ataque, serve principalmente para projetar Energia Mágica. Utilize
na energização (encantamento) de Pentagramas e Hexagramas em Magia
Cerimonial e para energizar talismãs em magia prática.
Para fazer o sinal do Entrante, fique com os pés paralelos
sobre a largura dos ombros. Visualize uma estrela brilhando logo acima do
sua cabeça do tamanho de uma bola de beisebol.
Inspire silenciosamente e visualize um raio de luz branca descendo através
do seu corpo vindo da estrela acima de você para uma segunda estrela sob
seus pés. Enquanto você inspira, puxe para baixo a luz e levante os
cotovelos para cima e para fora, em paralelo com seus ombros. Mantenha as
mãos espalmadas ao lado do pescoço, palmas para baixo, dedos estendidos,
apontando para frente.
De repente e com força, dê um passo à frente com o pé esquerdo, empurre as
mãos diretamente para a frente e abaixe a cabeça entre os braços, olhos
para a frente.
Enquanto você expira fortemente, visualize a Luz subindo de volta através
de seu corpo e projete-o com a ponta dos dedos.
Esse aqui é um bom método onde o autor David griffin nos ensina, porém
Frank Bennett ( Frater Progradior) em seu texto “ Publicação para os
probacionistas” dá uma pequena instrução sobre como inspirar o nome
divino, lembrando que você ode adaptar conforme o que é mostrado aqui. O
meso texto também é encontrado em Liber O Manus Vel Sagitae. O autor (
Danilo.S) costuma ter como base ao inspirar o nome divino, o sangue que
sobe ao inspirar, observando isto como o preenchimento da energia no
corpo.

Frank Bennet
“A vibração dos Nomes-de-Deus é usada como um método adicional de
identificar a consciência humana com aquela porção pura dela que o homem
chama pelo nome de Deus. Para aprender a vibrar os Nomes Divinos, aja
assim:
– (a) Fique de pé com os braços estendidos
. (b) Inspire profundamente através das narinas, imaginando o Nome-de-
Deus entrando com a respiração. (c) Que o nome desça lentamente dos
pulmões para o coração, para o plexo solar, para o umbigo, para os órgãos
de procriação, e assim por diante até os pés. (d) No momento em que
parecer tocar os pés, rapidamente avance o pé esquerdo cerca de doze
polegadas, lance o corpo para a frente, e que as mãos (que retrocederam até
os lados dos olhos) sejam projetadas, de modo que você fique na posição
típica do “Entrante”, e ao mesmo tempo imagine o Nome como se correndo
para cima e através do corpo, enquanto você o sopra para fora através das
narinas com o ar, que até então, foi retido nos pulmões. Tudo isso deve ser
feito com toda a força da qual você seja capaz.
(e) Então recolha o pé esquerdo, e coloque o dedo indicador direito nos
lábios, de modo que você esteja na posição característica denotando
“Silêncio”.
Um sinal de que o estudante está realizando isso corretamente é quando
uma única vibração exausta completamente a sua força física. Deveria
deixá-lo todo quente, ou transpirando fortemente, e deveria enfraquecê-lo de
um tal modo que ele acharia difícil permanecer de pé. Quando maior o
poder da imaginação do estudante ao trabalhar esta operação, mais potente
será o resultado; e quanto mais tempo for necessário para que ele volte ao
seu estado normal de percepção, melhor”
Liber O
“3. A vibração de Nomes de Deuses. Como mais uma maneira de identificar
a consciência humana com a sua porção pura que o homem chama pelo
nome de algum Deus, que ele faça o seguinte:
4. (a) Fique de pé com os braços esticados. (Veja a ilustração.)
(b) Inspire profundamente pelas narinas, imaginando o nome do Deus
desejado entrando com a respiração.
(c) Que o nome desça lentamente dos pulmões até o coração, até o plexo
solar, até o umbigo, até os órgãos reprodutores, e assim por diante até os
pés.
(d) No momento em que o nome parece tocar os pés, avance rapidamente o
pé esquerdo cerca de 12 polegadas, atire o corpo para frente, e que as mãos
(puxadas para trás ao lado dos olhos) se lancem para fora, de modo que você
esteja de pé na posição típica do Deus Hórus, e ao mesmo tempo, imagine o
Nome como se estivesse correndo para cima e através do corpo, enquanto
você expira através das narinas o ar que até então foi retido nos pulmões.
Tudo isso deve ser feito com toda a força que lhe for possível.
(e) Então recolha o pé esquerdo e coloque o dedo indicador direito sobre os
lábios, de modo que você fique na posição característica do Deus
Harpócrates.
5. É um sinal de que o estudante está executando isso corretamente quando
uma única “Vibração” esgota completamente sua força física. Isso deve
fazer com que ele fique todo quente, ou que transpire violentamente, e
deverá enfraquece-lhe tanto que ele achará difícil manter-se de pé.
6. Embora isso seja percebido apenas pelo próprio estudante, é um sinal de
sucesso quando ele ouve o nome do Deus veementemente rugindo em volta,
como se pela junção de dez mil trovões; e deve parecer para ele como se essa
Grande Voz viesse do Universo, e não de si mesmo.
Em ambas as práticas acima, toda consciência de qualquer coisa além da
Forma Deus e do nome deve ser absolutamente apagada; e quanto mais
tempo levar para a percepção normal voltar, melhor.
SINAL DO SILENCIO

Use o Sinal do Silêncio, também conhecido como Sinal de Proteção ou o


Sinal de Harparcrates, para proteção contra qualquer ataque ou para parar
ou selar o movimento da energia mágica.
Quando projetado com o Sinal do Entrante, a Corrente Mágica tende a
ricochetear sobre o Operador através de uma onda de refluxo. O Sinal do
Silêncio impede que essa repercussão de Energia nos planos internos.
Use o Sinal do Silêncio, portanto, logo após o Sinal do Entrante para
confinar uma Força durante a Consagração de Talismãs e encantamento
dos pentagramas em Magia Prática. Use-o da mesma forma após o traçar e
projetar a energia com o sinal do entrante em Pentagramas ou Hexagramas
de Banimento na Magia Cerimonial
Não o use seguindo o Sinal do Entrante durante o Cerimonial Invocação,
uma vez que é desejável que as Forças invocadas inundem em resposta
através da Invocação de Pentagramas ou Hexagramas, direcionando o
refluxo para dentro do Círculo Mágico.
( Sugiro que realize o sinal do silencio Sim, mesmo em invocações, para a
sua proteção, porém acredito que vale a pena experimentar – Danilo Sena)
Para realizar o Sinal do Silêncio, feche o punho com a mão esquerda e
estenda seu dedo indicador esquerdo. Traga sua mão esquerda até a boca e
toque o centro dos lábios com o indicador esquerdo. Quando realizado
seguindo o Sinal do Entrante, traga seu pé esquerdo de volta paralelo com
seus ombros e, em todos os casos, bata uma vez com força com seu pé
esquerdo.
Visualize simultaneamente que um vapor aquoso que te circunda e envolve
você ao expirar, esse jato, ou vapor de luz deve sair da sua cabeça e te
envolver até os pés. Ao inspirar novamente a força entra pelo ânus, até subir
pela cabeça novamente

Bonus:
O Pentáculo dá forma à Terra. A Adaga corta o Ar, a Taça retém a Água, a
Baqueta espalha o Fogo.
O pantaculo representa a persistencia do mago, é o verbo querer, representa
a manifestação da vontade e de propósito sobre a força dos elementos, ele é
um aformismo do universo próprio do mago, representa o infinito feito no
finito. Ele também representa sua base material, seu corpo, é também a sua
própria estrutura, o disco onde o mago busca a sua estabilidade e firmeza de
propósito.

A taça
A taça se relaciona com o elemento água, e representa claramente o
princípio negativo, uterino, feminino. Também representa a maneira como
recebemos ou comunicamos nossos sentimentos, é você passar o teu cálice
para alguem, a fim de beber das aguas desse sentimento. Enquanto a
baqueta é o elemento criativo, seminal, que emite a semente, é a taça que
recebe, preserva, conserva, nutre e cria essa semente. Ela representa a
compreensão do mago com seu mundo sutil, com seus sentimentos e com as
ideias, ou melhor sentelhas que são emanadas pelo mundo superior. Ela
representa justamente o mundo da Criação, Briah, que está logo abaixo do
mundo da emanação ( altziuth), logo de onde emanam as ideias, vontades ou
impeto, ele é refletivo no mundo da criação, que é o mundo das águas. Em
termos de magia prática, ela é utilizada para receber os influxos da força
invocada durante o ritual.

Refrencias Bibliográfiacas
Das armas mágicas: http://pestilencia.calen.org.br/2016/02/07/005-kit-
magico-parte-1-as-armas-magicas/
David Griffin – Ritual Magic Manual
Liber O
https://www.hadnu.org/publicacoes/publicacao-para-probacionistas/
https://www.hadnu.org/publicacoes/sobre-o-circulo-o-pentaculo-e-o-lamen/
guia ilustrativo do ritual
https://www.youtube.com/watch?v=CoblC3HffDY&t=14s
Frater Gota, Notas sobre o Pentagrama – Circulo Iniciático de Hermes

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