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criacionismo: baseia-se nas escrituras e defende que os seres vivos foram criados por Deus,
na sua forma perfeita e definitiva, e nunca mais sofreram modificações;
teoria da geração espontânea: considera que os seres vivos se originam a partir da matéria
inerte, em certas condições especiais, por ação de um princípio ativo;
A descoberta dos fósseis veio confrontar os naturalistas com vestígios de seres vivos do
passado, diferentes dos atuais, o que pôs em causa a permanência e a imutabilidade das
espécies. George Cuvier propôs o catastrofismo, uma teoria fixista que explicava a extinção
de espécies pela ocorrência de grandes catástrofes, a que se seguia o repovoamento das
regiões atingidas por espécies que migravam de outras regiões.
Teorias evolucionistas
Lamarckismo
Primeiro reconhecimento de que a adaptação dos organismos aos seus ambientes pode ser
explicada por uma mudança evolutiva e gradual
o ambiente diversificado, e em mudança lenta desencadeia novas necessidades;
o uso frequente de um órgão desenvolve-o e amplia-o. O desuso permanente
enfraquece-o e diminui a sua capacidade funcional;
todas as aquisições ou perdas são conservadas pela reprodução;
Darwinismo
Segunda metade do séc. XIX
O mecanismo de evolução das espécies apresentadas por Darwin assenta nos seguintes
pressupostos:
Todos os indivíduos de uma população de uma dada espécie mostram variações nas
suas características fisiológicas, morfológicas e comportamentais- variabilidade
intraespecífica
Os indivíduos que possuam variações favoráveis que lhes permitam obter mais
facilmente o alimento ou fugir dos predadores tornam-se mais frequentes na
população. Pelo contrário, os indivíduos que possuem variações desfavoráveis
tornam-se menos frequentes- sobrevivência diferencial
Os indivíduos com variações favoráveis, reproduzem-se mais, transmitindo à
descendência as suas características- reprodução diferencial. Assim, o nº de
indivíduos portadores das características vantajosas tende a aumentar na população.
Atuando ao longo de muitas gerações, a seleção natural, resultante da relação dos
organismos com o ambiente, leva à acumulação lenta e gradual de modificações nas
características de uma população, podendo levar ao aparecimento de novas espécies.
Críticas à teoria de Darwin: não explica a origem das variações que os indivíduos de uma
população apresentam, devido ao escasso conhecimento dos mecanismos de transmissão
hereditária nesta época.
-O fundo genético pode ser alterado ao longo do tempo, devido a desvios aleatórios na
frequência das variantes de alguns genes- deriva genética, esta não depende da seleção
natural, uma vez que não se relaciona com a capacidade adaptativa dos organismos de uma
população.
→ Anatomia comparada
→ Biogeografia
Segundo Darwin, uma situação de isolamento geográfico entre dois ou mais grupos
populacionais de uma mesma espécie, sujeitos a diferentes pressões seletivas, pode dar
origem à acumulação sucessiva de variações entre essas populações, levando eventualmente
à formação de duas espécies diferentes.
Depois os neodarwinistas consideraram que as populações que vivem em ambientes
diferentes acumulam diferenças genéticas em resultado de processos de diferenciados de
seleção natural. Com o passar do tempo, essas diferenças acabam por impedir o fluxo de
genes entre as populações, mesmo que venham novamente a poder contactar entre si. Assim,
podem passar a ser consideradas como espécies distintas, uma vez que se encontram isoladas
reprodutivamente de outras espécies.
→ Paleontologia
O estudo do registo fóssil tem evidenciado a ligação existente entre organismos, mostrando
o percurso evolutivo das espécies e tornando clara a divergência que foram sofrendo com o
tempo.
Alguns fósseis, designados por formas sintéticas/ intermédias, apresentam características
de dois grupos distintos, levando a inferir a divergência evolutiva entre eles.
→ Bioquímica e genética
Evolução convergente
Processo pelo qual organismos não relacionados, ocupando ambientes semelhantes,
desenvolvem, de forma independente, características semelhantes, em resposta às mesmas
pressões seletivas. O argumento que apoia a convergência evolutiva:
→ Anatomia comparada
Modelo endossimbiótico
Segundo este, as células eucarióticas terão resultado da incorporação de células procarióticas
por parte de outras células procarióticas de dimensão superior, com as quais passaram a
estabelecer relações de simbiose intracelular (++).
Na década de 70 as hipóteses endossimbióticas foram atualizadas através do contributo de
Lynn Margulis, devido ao desenvolvimento da microscopia eletrónica e da bioquímica. O
que veio a revelar a grande semelhança de alguns organelos, como mitocôndrias e
cloroplastos, com algumas células procarióticas, permitindo inferir uma origem procariótica
para esses organelos.
Células procarióticas sem parede celular (célula hospedeira) terão englobado, por
fagocitose, outras células procarióticas de menor dimensão com determinada
especificidade metabólica;
As células englobadas persistiram na célula hospedeira e passaram a estabelecer
com ela relações de simbiose;
A vantagem adaptativa resultante da associação determinou o sucesso evolutivo
desses conjuntos, fazendo com que as células simbiontes evoluíssem para organelos
das células hospedeiras, tornando-as células eucarióticas.
Segundo Margulis, numa primeira etapa, as células hospedeiras anaeróbias terão
incorporado bactérias aeróbias de grande eficiência energética, ancestrais das atuais
mitocôndrias. Posteriormente, células de algumas dessas linhagens terão incorporado
bactérias fotossintéticas, cuja evolução deu origem aos cloroplastos das células eucarióticas
vegetais.
Da unicelularidade à multicelularidade
- Crescente competição por alimento e espaço entre as eucariontes unicelulares
associações entre eles multicelularidade terá surgido a partir da evolução de
agregados coloniais
- O metabolismo celular depende das trocas que a célula estabelece com o meio: entrada
de nutrientes e eliminação de produtos de exceção
Á medida que as dimensões de uma célula aumentam, diminui a relação área
volume (a superfície não aumenta na mesma proporção que o volume)
- Para ultrapassar esta limitação, a multicelularidade apresentou-se como solução eficaz.
O crescimento dos indivíduos só pode ser assegurado pelo aumento do número de
células e não pelo aumento do
tamanho das mesmas
- A associação/ agregação entre seres unicelulares deverá ter sido vantajosa, conduzindo
ao aparecimento de seres pluricelulares:
- Inicialmente, todas as células desempenhavam a mesma função e com o tempo
algumas células da colónia adquiriram especialização diferenciação celular,
Interdependência estrutural e funcional das células, acentuou-se durante a
evolução, originando os seres multicelulares.