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Biologia
Biologia
seres vivos (relações intraespecíficas e relações interespecíficas)...............................................37
Planeta Terra em transformação: Universo, Sistema Solar e Terra: Origem, Forma, Estrutura e
Movimentos da Terra;.....................................................................................................................41
Efeito Estufa e outras transformações na Terra: El Niño, Mudanças Climáticas, Poluição da
água, do solo e do ar e Erosão. desmatamento e conservação da biodiversidade.......................46
Ciclos biogeoquímicos (ciclos da água, carbono, oxigênio, nitrogênio, hidrogênio e fósforo).......62
Biomas brasileiros..........................................................................................................................63
Saúde Pública e Saneamento: Noções de saneamento básico e suas relações com a qualidade
de vida das populações humanas..................................................................................................71
Aspectos biológicos da pobreza e do desenvolvimento humano; Indicadores sociais, ambientais
e econômicos; Índice de desenvolvimento humano......................................................................79
Agentes causadores de doenças: caracterização de vírus e bactérias; Os principais parasitas
humanos (ectoparasitas e os endoparasitas) e as medidas preventivas de saúde.......................79
Epidemias recorrentes e pandemias..............................................................................................99
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Agenda 2030...........................................................126
Seres Vivos - Características Gerais: Organização celular (membrana plasmática, citoplasma,
organelas e núcleo); Divisão celular (mitose e meiose); Metabolismo energético (fotossíntese
e respiração celular).....................................................................................................................143
Classificação dos seres vivos: procariontes e eucariontes; sistema de cinco Reinos (Monera,
Protista, Fungi, Plantae e Animalia).............................................................................................220
Funções vitais dos seres vivos e adaptação ao ambiente. Corpo Humano e Fisiologia Humana:
Antígenos e anticorpos; Soros e Vacinas; Grupos sanguíneos, transplantes e doenças
autoimunes. Coordenação das funções vitais dos seres humanos: o sistema nervoso e o
sistema endócrino; Reprodução humana....................................................................................226
Doenças Sexualmente Transmissíveis e métodos contraceptivos..............................................269
Alimentação e saúde: carboidratos, proteínas e lipídios; Transtornos alimentares.....................276
Exercícios.....................................................................................................................................287
Gabarito........................................................................................................................................292
A Teoria da Evolução descreve o desenvolvimento das espécies que habitavam ou habitam o planeta Terra.
Assim, as espécies atuais descendem de outras espécies que sofreram modificações ao longo do tempo e
transmitiram novas características aos seus descendentes.
Charles Darwin, autor de “Origem das Espécies” (1859) é um dos grandes nomes sobre teorias relacionadas
ao evolucionismo. A sua teoria baseia-se na seleção natural das espécies e é aceita até hoje.
Quais são as teorias da evolução?
Quando nos referimos à evolução das espécies, as teorias criadas baseiam-se em duas vertentes:
Criacionismo: As forças divinas são responsáveis pelo surgimento do planeta e de todas as espécies exis-
tentes. Nesse caso, não houve nenhum processo evolutivo e as espécies são imutáveis. Essa teoria relacio-
na-se com questões religiosas.
Evolucionista: Propõe a evolução das espécies por meio da seleção natural conforme ocorrem as mudan-
ças ambientais.
Criacionismo
A Teoria da Criação ou “Criacionismo” aponta para a origem do Universo e da vida através de explicações
mítico-religiosas, as quais não estariam sujeitas às evoluções ou transformações ocorridas na evolução das
espécies e sim de um Criador.
O criacionismo destaca-se como oposta à ciência evolutiva, sendo discutido por diversas civilizações e
gerando diversas hipóteses acerca da criação do mundo, sendo que cada religião o abordou de diferentes
maneiras.
Lamarckismo
O naturalista francês Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829) foi muito importante para o desenvolvimento
das ideias evolucionistas, tendo publicado o livro «Filosofia Zoológica» com suas conclusões em 1809. O con-
junto de suas teorias é denominado de “Lamarckismo”.
Ele propunha a “Lei do uso e desuso” que consistia no desenvolvimento ou atrofiamento de partes do corpo,
de acordo com seu uso ou desuso, respectivamente. Com isso, tais características seriam passadas ao longo
do tempo para as gerações seguintes, o que ele explicou na “Lei da transmissão dos caracteres adquiridos”.
Darwinismo
A teoria da evolução das espécies tem como principal articulador o naturalista britânico Charles Darwin
(1809-1882) sendo o conjunto de suas teorias evolutivas nomeada de «Darwinismo”.
Darwin afirmou que os seres vivos, inclusive o homem, descendem de ancestrais comuns, que modificam-
-se ao longo do tempo. Assim, as espécies existentes foram evoluindo de espécies mais simples que viveram
antigamente.
A seleção natural foi o princípio utilizado por Darwin para defender a sua teoria. Desse modo, somente as
espécies adaptadas às pressões do ambiente, são capazes de sobreviver, se reproduzir e gerar descendentes.
A partir de suas observações e pesquisas, as principais ideias de Darwin foram:
Indivíduos de uma mesma espécies apresentam diferenças entre si, resultado de variações entre as suas
características;
Indivíduos com características vantajosas às condições do ambiente possuem mais chances de sobreviver
do que aqueles que não apresentam tais características;
Indivíduos com características vantajosas também possuem mais chances de deixar descendentes.
Quando falamos da teoria da evolução de Charles Darwin não podemos deixar de mencionar outro perso-
nagem, o naturalista britânico Alfred Russel Wallace (1823-1913). Ele desenvolveu uma teoria semelhante a de
A Genética nasceu das pesquisas de Gregor Johann Mendel. Monge agostiniano, professor de Física e His-
tória Natural desenvolveu seu trabalho durante os anos de 1845 a 1865 com alunos secundaristas em Brunn,
hoje Brno, maior cidade da República Tcheca, cultivando ervilhas de jardim (Lathyrus odoratus) tentando escla-
recer o comportamento de algumas das características.
Mendel não foi o primeiro a se dedicar ao estudo da hereditariedade, mas foi o que obteve resultados posi-
tivos, devido sua capacidade de interpretar corretamente os resultados dos cruzamentos feitos. Seu trabalho
assíduo e paciencioso foi o de cultivar e analisar cerca de 10.000 plantas de ervilhas, para elaborar suas duas
leis que formaram as bases da Genética, até então.
As Leis de Mendel publicadas em 8 de fevereiro de 1865 no Proceedings of Natural History Society of Brunn
podem ser assim resumidas: 1º - Os caracteres herdados são produzidos por “fatores” independentes que se
transmitem inalterados, de geração a geração; e 2º - Estes fatores se apresentam aos pares nos indivíduos,
cada um deles originário de cada um dos pais; geralmente um domina o outro, e é chamado dominante, ao
passo que o outro, mais fraco, cujos efeitos desaparecem numa geração é chamado recessivo. Na formação
de gametas, os dois fatores de cada par em cada um dos pais, se separam ou segregam, e apenas um de cada
par vai para o descendente. Qualquer gene de um determinado par que vai para um dado gameta, independe
de qualquer outro par que vai para o mesmo gameta.
Os trabalhos de Mendel ficaram obscurecidos por cerca de 35 anos sendo então descobertos por três pes-
quisadores independentes, em 1900. Foram eles Correns, na Alemanha; Tchesmak, na Áustria e De Vries, na
Holanda.
A probabilidade é um evento esperado, uma possibilidade, portanto, não é certeza que vá ocorrer. Quanto
mais repetições ocorrerem, mais chances a previsões terão de dar certo.
Quando utiliza-se cálculos de probabilidades em genética, não pode-se dizer que os indivíduos que irão nas-
cer terão obrigatoriamente os genótipos calculados, pois é questão de sorte. Quanto mais indivíduos nascerem,
mais chances dos resultados práticos se aproximarem dos cálculos.
Eventos independentes
Quando a ocorrência de um evento não afeta a probabilidade de ocorrência de um outro, fala-se em eventos
independentes. Por exemplo, ao lançar várias moedas ao mesmo tempo, ou uma mesma moeda várias vezes
consecutivas, um resultado não interfere nos outros. Por isso, cada resultado é um evento independente do
outro.
Da mesma maneira, o nascimento de uma criança com um determinado fenótipo é um evento independente
em relação ao nascimento de outros filhos do mesmo casal. Por exemplo, imagine uma casal que já teve dois
filhos homens; qual a probabilidade que uma terceira criança seja do sexo feminino? Uma vez que a formação
de cada filho é um evento independente, a chance de nascer uma menina, supondo que homens e mulheres
nasçam com a mesma frequência, é 1/2 ou 50%, como em qualquer nascimento.
Posteriormente descubriu-se que camundongos homozigotos não chegavam a nascer, morrendo no útero
materno na fase embrionária. Concluiu-se então que os genes para pelagem amarela em dose dupla são letais
ao indivíduo, já que provocam sua morte. Textos adaptado de SANTOS. V. D.
Herança semdominância
O gene dominante bloqueia totalmente a atividade do seu alelo recessivo, de maneira que apenas o caráter
condicionado pelo gene dominante se manifesta.Nesses casos, portanto, um indivíduo heterozigoto(Aa) exibirá
o mesmo fenótipo do homozigoto(AA). Tal fenômeno é chamado de dominância completa.
Mas existem casos em que o gene interage com seu alelo, de maneira que o híbrido ou o heterozigoto apre-
senta um fenótipo diferente e intermediário em relação aos pais homozigotos ou então expressa simultanea-
mente os dois fenótipos paternos.Fala-se, então, de ausência de dominância.
Podemos identificar dois tipos básicos de ausência de dominância, cujos os estudos foram desenvolvidos
em épocas posteriores á de Mendel:a herança intermediária e co-dominância.
Herança intermediária
Aherança intermediária é o tipo de dominância em que o indíviduo heterozigoto exibe um fenótipo diferente
e intermediário em relação aos genitores homozigotos.Vejamos os seguintes exemplos:
Exemplo 1.A planta Maravilha (Mirabilis jalapa) apresenta duas variedades básicas para a coloração das
flores: a variedade alba(com flores brancas) e a variedade rubra (com flores vermelhas). chamando o gene
que condiciona flores brancas de B e o gene para flores vermelhas de V, o genótipo de uma planta com flores
brancas é BB, e o genótipo de uma planta com flores rubras é VV. Cruzando-se esses dois tipos de plantas (VV
Mendel concluiu que as características analisadas não dependiam uma das outras, portanto, são
consideradas características independentes. Texto adaptado de MORAES. P. L.
Alelosmúltiplos: grupos sanguíneos dos sistemas ABO, Rh e MN
Polialelia, ou alelos múltiplos, é o nome dado ao fenômeno em que os genes possuem mais de duas formas
alélicas, ou seja, uma mesma característica pode ser determinada por três ou mais alelos (formas alternativas
de um gene).
A explicação para a coexistência polialélica, deriva dos processos mutagênicos produzindo séries alélicas
selecionadas e adaptadas ao ambiente.
Um alelo é cada uma das várias formas alternativas do mesmo gene, ocupando um dado locus num cromos-
somo. Consiste em uma sequência de núcleotídeos de um gene específico.
Um alelo pode ser mutante, resultando em um fenótipo alterado, ou selvagem, caracterizado por um produto
gênico ativo e um fenótipo “normal”.
Indivíduos diplóides → cromossomos homólogos → 2 alelos do mesmo gene
O locus ABO tem 3 alelos comuns: IA, IB e i. O locus controla o tipo de glicosídeo encontrado na superfície
do eritrócito. Um determinado glicolipídeo fornece determinantes antigênicos que reagem com anticorpos es-
pecíficos presentes no soro sanguíneo.
Os tipos sanguíneos são determinados por três alelos diferentes para um único gene: IA, IB e i. O alelo IA é
responsável pela presença do antígeno A na hemácia; o alelo IB é responsável pela presença do antígeno B,
e o alelo i é responsável pela ausência desse antígeno. Os alelos IA e IB exercem dominância sobre o alelo i,
mas entre IA e IB existe um caso de codominância.
Os três alelos existentes nos grupos sanguíneos permitem a existência de seis diferentes genótipos para
os quatro fenótipos encontrados na população. Veja abaixo os genótipos e fenótipos dos grupos sanguíneos:
IAIA, IAi – Sangue A
IBIB, IBi – Sangue B
IAIB – Sangue AB
ii – Sangue O
O alelo i é recessivo.
Os alelos IA e IB são co-dominantes, ou seja, indivíduos heterozigotos IAIB têm tanto antígeno A como B nas
hemáceas, sendo essas proteínas detectadas isoladamente na corrente sanguínea. Porém, indivíduos AB não
apresentam anticorpos anti-A e anti-B. Assim:
O interessante de observar nos coelhos, é que esses quatro fenótipos diferentes, estão na depen-
dência de 10 genótipos distintos, conforme o quadro a seguir:
A diferença na cor da pelagem do coelho em relação à cor da semente das ervilhas é que agora temos mais
genes diferentes atuando (4), em relação aos dois genes clássicos. No entanto, é fundamental saber a 1ª lei
O fator Rh é um dos dois grupos de antígenos eritrocitários (encontrados nas hemácias) de maior importân-
cia clínica, estando envolvido nas reações de transfusão de sangue, juntamente com os antígenos pertencen-
tes ao sistema ABO.
Mulheres Rh- (rr) que se casam com homens Rh+ (RR ou Rr) podem dar origem a crianças Rh+.
Como existe a possibilidade de o sangue materno ser transferido para o feto, em razão de um defeito na
placenta ou hemorragias durante a gestação e o parto, é possível que se formem, no organismo materno, anti-
corpos anti-Rh na primeira gestação.
Com isso, as crianças de partos subsequentes, que forem do grupo Rh+ podem apresentar sérios proble-
mas.
Os anticorpos produzidos pela mãe na gestação anterior poderão atingir o sangue do feto e provocar a des-
truição de suas hemácias.
Isso resulta em problemas para o bebê. Tais como: morte intrauterina; morte logo após o parto; anemia gra-
ve; crianças surdas ou deficientes mentais; icterícia (coloração amarela anormal devido ao derrame da bile no
corpo e no sangue, devido às bilirrubinas) e insuficiência hepática.
Essa doença que resulta da incompatibilidade sanguínea entre mãe e feto é chamada Eritroblastose Fetal.
Entretanto, o fato de apresentarem regiões sem homologia tem implicações na herança de algumas carac-
terísticas. Os genes localizados na região do cromossomo X, que não possui homologia em Y, seguem um pa-
drão de herança denominada herança ligada ao cromossomo X ou herança ligada ao sexo. Herança ligada ao
cromossomo Y ou herança restrita ao sexo é a que se refere aos genes localizados somente no cromossomo
Y, chamados de genes holândricos.
Figura 3. Exemplo de teste para daltonismo. Indivíduos daltônicos não conseguem visualizar o número na
figura.
Veja o cruzamento (Figura 4) apresentando um casal formado por uma mulher portadora (XDXd) e um ho-
mem normal (XDY). A possibilidade de descendentes é de 25% para mulher normal (XDXD), 25% para mulher
portadora (XDXd), 25% para homem normal (XDY) e 25% para homem daltônico (XdY). Neste cruzamento é
possível visualizar que, para características ligadas ao cromossomo X, é a mãe portadora quem transmite o
alelo defeituoso ao filho.
Figura 4. Cruzamento entre um homem normal XDY e uma mulher portadora do alelo para o daltonismo
XDXd. Os descendentes.
Nos heredogramas para características ligadas ao sexo usa-se representar o indivíduo portador com
um sinal diferente ao do indivíduo normal. Veja a representação deste padrão de herança na Figura 5.
Observe também que homens que apresentam a característica não a transmitem para seus filhos do
sexo masculino, mas, suas filhas serão todas portadoras do alelo para a característica
Entende-se, por fluxo de matéria e/ou energia, o “caminho” percorrido pela matéria, também chamada de
biomassa, ou pela energia ao longo de um ecossistema. Trata-se de um processo fundamental para o funcio-
namento e a manutenção de um ecossistema, podendo ser representado como uma pirâmide chamada de
pirâmide trófica ou pirâmide ecológica.
A pirâmide ecológica é, portanto, um modelo didático usado na Ecologia para esquematizar o fluxo de ma-
téria e energia presente em um ambiente, com base nas relações ecológicas existentes entre os seres vivos
que ali habitam.
Ecossistema e Cadeia Alimentar
Para compreender o conceito de fluxo de energia, ou de biomassa, é importante entender como estão dis-
postos os organismos em um ecossistema, bem como as relações estabelecidas entre eles, pois é através
dessa relação que a energia e a matéria são deslocadas no ecossistema.
Entende-se por ecossistema o conjunto de fatores bióticos (seres vivos) e abióticos (clima, água, nutrientes
no solo, luminosidade, etc) que se interagem em uma determinada localidade ou região. Pode ser entendido
também como o conjunto de comunidades existentes em uma região junto com os fatores ambientais e climá-
ticos disponíveis.
Uma característica fundamental de um ecossistema é a relação estável entre o espaço físico, o fluxo de
energia e os fatores bióticos e abióticos. Com isso, nem todo sistema biológico pode ser chamado de ecossis-
tema, caso não seja autossuficiente e não possua autorregulação.
Os seres vivos que compartilham o mesmo ecossistema podem se relacionar através de relações ecológicas
que podem ser harmônicas, quando há o benefício de pelo menos um dos integrantes sem o prejuízo do outro,
ou desarmônicas, quando há o prejuízo de pelo menos um dos integrantes que se relacionam.
Dentre as relações desarmônicas já conhecidas, o predatismo e a herbivoria estão diretamente relacionadas
com o conceito de fluxo de matéria e energia. O predatismo é a relação ecológica em que um animal consome
outro animal para fins alimentares e de sobrevivência. Já a herbivoria, é o consumo de plantas e vegetais por
outros animais, estes herbívoros, também para se alimentar e sobreviver.
Dessa forma, a matéria consumida pelos organismos e a energia gerada estão diretamente relacionadas
com esse tipo de relação e, portanto, as relações ecológicas estão relacionadas com o fluxo de energia.
Outro conceito importante para auxiliar a compreender a complexidade do fluxo de matéria em um ecossiste-
ma, que também está relacionado com as relações desarmônicas já citadas, é o conceito de Cadeia Alimentar.
A cadeia alimentar é um modelo didático que visa organizar e exemplificar o percurso de matéria orgânica
dentro de um ecossistema através das relações de herbivoria ou predatismo existentes entre os integrantes
desse ecossistema.
Dentro de uma cadeia alimentar, os organismos que a constituem e que se relacionam estão dispostos em
níveis chamados de níveis tróficos. Cada nível trófico apresenta um animal, ou um conjunto de animais, que
compartilham, nutricionalmente, o mesmo nicho ecológico, possuindo, assim, os mesmos hábitos alimentares.
Os níveis tróficos podem ser divididos em:
Produtores: Organismos autótrofos que produzem o próprio alimento. Em termos energéticos, são os orga-
nismos que convertem a energia química inorgânica ou luminosa em energia bioquímica;
Consumidores: Organismos heterótrofos que consomem a energia e a biomassa presente no nível trófico
abaixo do que se encontram. São, portanto, organismos que consomem outros organismos e podem ocupar
Os decompositores geralmente não são considerados nas pirâmides ecológicas, pois isto dificultaria o en-
tendimento didático do esquema, uma vez que todos os organismos estão submetidos a ação dos decompo-
sitores. Ainda assim, em algumas pirâmides, os decompositores são representados como um bloco à parte, o
qual está presente em todos os níveis tróficos.
Exemplo de uma pirâmide de biomassa de uma cadeia alimentar de ambientes marinhos com o fitoplâncton
ocupando a posição de produtor, zooplâncton ocupando a posição de consumidor primário e peixes ocupando
a posição de consumidores secundários e terciários.
Uma desvantagem da pirâmide de biomassa é que ela não considera o tempo de produção dessa biomassa
e, dessa forma, não mostra a velocidade com que a matéria é produzida.
No exemplo da cadeia alimentar que tem fitoplânctons como produtores, à primeira vista, parece que o
ecossistema não está em equilíbrio, já que a quantidade de matéria pertencente aos produtores é menor que a
quantidade de matéria dos demais níveis tróficos, porém, o fitoplâncton tem uma taxa de reprodução elevada,
se dividindo rapidamente e aumentando a biomassa em um curto período de tempo e com uma velocidade
elevada, por isso, conseguem ser os produtores da maioria das cadeias alimentares de ambientes aquáticos.
Pirâmide de número
Na pirâmide ecológica de número, cada nível trófico visa representar a quantidade de organismos per-
tencentes àquela posição. Portanto, esse tipo de pirâmide pode apresentar diversos arranjos, principalmente
quando se analisa pequenos ecossistemas.
Normalmente, a pirâmide de número apresenta bases maiores que o topo, mostrando, geralmente, que a
quantidade de produtores em um ecossistema é maior que a quantidade de consumidores primários, que, por
sua vez, é maior que a quantidade de consumidores secundários - formando, assim, o arranjo normal de um
pirâmide com a base maior que o topo.
Em alguns casos, como em pequenos ecossistemas, o arranjo da pirâmide pode mudar. Por exemplo: uma
cadeia alimentar composta por uma única árvore produtora, que serve de alimento para vários insetos, que, por
sua vez, servem de alimento para pássaros: a base da pirâmide será menor que os demais níveis.
Pirâmide ecológica de número invertida em um ecossistema composto por uma árvore, insetos como consu-
midores primários e parasitas como consumidores secundários.
A desvantagem da pirâmide ecológica de número é a sua simplicidade. Ela desconsidera o tamanho do indi-
víduo presente em cada nível trófico, bem como não apresenta a quantidade de biomassa ou matéria orgânica
que é deslocada de um nível para outro. Todas essas informações precisam ser fornecidas e não estão incluí-
das no desenho esquemático da pirâmide de número.
Planeta Terra em transformação: Universo, Sistema Solar e Terra: Origem, Forma, Es-
trutura e Movimentos da Terra;
Vivemos no planeta chamado Terra, também conhecido como mundo, e até onde sabemos, trata-se do único
planeta habitável do Sistema Solar. Também conhecido como “planeta água”, a Terra possui características
bastante peculiares quando comparadas aos demais planetas. Sua posição em relação ao Sol é um dos prin-
cipais motivos para a existência de vida e para a existência de água em seus três estados físicos, e, por isso,
precisamos entender seu lugar no Universo.
Conhecer a Terra é o início do saber sobre a origem da vida, e entender sua estrutura é fundamental para
compreender a dinâmica do planeta, seja na sua atmosfera, seja na própria crosta terrestre.
Dados sobre o planeta Terra
Denominações: Terra, mundo, planeta água ou planeta azul
Diâmetro: aproximadamente 12.756,2 km
Em relação ao Sol, o planeta Terra é o terceiro em distanciamento. Anterior a ele estão Mercúrio e Vênus, e
posterior a ele estão Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Entre os planetas rochosos ou terrestres, a Terra
é o maior deles, tanto em densidade quanto em diâmetro.
O planeta possui um satélite natural, a Lua, possivelmente formada devido à colisão entre o planeta e um
outro corpo celeste. A rotação do satélite é sincronizada com a do planeta, e sua existência está associada às
marés (alterações do nível do mar).
A Terra não é um corpo celeste de luz própria e não é estática. O planeta está em constante realização de
diversos movimentos, como:
Rotação: é o movimento realizado pela Terra em torno do seu próprio eixo, e é responsável pela existência
do dia e da noite.
Translação: é o movimento realizado pela Terra em torno do Sol, e é responsável pela existência das esta-
ções do ano.
Precessão: é o movimento em que há deslocamento do eixo da Terra.
A questão ambiental
O Brasil é famoso por seu território continental e por seus diversos ecossistemas. O país é também conhe-
cido por possuir a maior diversidade biológica do planeta. O gigantesco patrimônio ambiental do Brasil inclui
cerca de 13% das espécies de plantas e animais existentes no mundo.
O Brasil possui também as maiores reservas de água doce da Terra e um terço das florestas tropicais. Quase
um terço de todas as espécies vegetais do mundo se concentram no Brasil. A Amazônia por si só abriga aproxi-
madamente um terço das florestas tropicais do mundo e um terço da biodiversidade global, além da maior bacia
de água doce da Terra. Cabe ressaltar que 63,7% da região amazônica se encontra em território brasileiro.
A conservação do meio ambiente brasileiro é um desafio, pois o crescimento econômico do país aumenta a
demanda por recursos naturais. Utiliza-se mais a terra, extraem-se mais minerais e torna-se necessário expan-
dir a infraestrutura. Evidentemente, a agricultura, a mineração e a realização de novas obras impactam o meio
ambiente.
Nas conferências internacionais sobre o Meio Ambiente, há um embate ideológico entre o mundo desenvol-
vido e o subdesenvolvido. Se torna inviável preservar a natureza em espaços habitados por uma população mi-
serável. Alguém que encontra dificuldades para se alimentar não vai se preocupar com as consequências das
queimadas nas lavouras e do desmatamento nas florestas; ações que resultam na emissão de gases estufa.
Por outro lado, as mudanças climáticas agravam ainda mais a miséria. Na maioria dos casos, as pessoas
que mais sofrem as consequências dos desastres naturais e dos eventos climáticos extremos – inundações,
furacões, deslizamentos, etc. – são os pobres. Mesmo quando sobrevivem à tragédia, muitas vezes acabam
perdendo todos seus bens materiais: o pouco que se acumulou após anos de trabalho pode ser perdido algu-
mas horas.
As mudanças climáticas dificultam a redução da pobreza no mundo e ameaçam a sobrevivência física de
milhões de pessoas. Em outras palavras, é praticamente impossível dissociar a preservação ambiental da pés-
sima qualidade de vida de milhões de seres humanos.
A riqueza material também pode causar mudanças climáticas, pois uma pesada pegada ecológica e de car-
bono exerce pressão sobre o ambiente e o clima.
O Brasil vem apresentando melhorarias em alguns indicadores ambientais. Apesar de tal progresso, ainda
há grandes desafios que o país precisa superar.
A Floresta Amazônica e o desflorestamento
O efeito estufa é um fenômeno natural que, apesar de ser essencial para a manutenção da vida, tem sido
agravado pela emissão de gases decorrente da ação antrópica.
Aquecimento global e efeito estufa
O efeito estufa é um fenômeno atmosférico de ordem natural capaz de garantir que a Terra seja habitável.
Esse efeito é responsável por manter a temperatura média do planeta, de forma que o calor não seja totalmente
irradiado de volta ao espaço, mantendo, portanto, a Terra aquecida e evitando que a temperatura não baixe
drasticamente.
A concentração dos gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono e o óxido nitroso, elevou-se signifi-
cativamente nas últimas décadas. Segundo diversos estudiosos, essa concentração tem provocado mudanças
na dinâmica climática do planeta, provocando o aumento das temperaturas da Terra.
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, a temperatura do planeta aumentou apro-
ximadamente 0,85º C nos continentes e 0,55º C nos oceanos em um período de cem anos. Com esse aumento,
foi possível constatar o derretimento das calotas polares e a elevação do nível do mar.
A comunidade científica relaciona, portanto, o aumento dos gases de efeito estufa ao aumento das tem-
peraturas médias globais. A concentração desses gases impede cada vez mais que o calor irradiado pela su-
perfície seja disperso no espaço, aumentando a temperatura e reafirmando a questão do aquecimento global.
Contudo, é válido ressaltar que essa relação entre efeito estufa e aquecimento global, bem como a existência
do aquecimento global não são unanimidades entre os estudiosos. Muitos pesquisadores desacreditam que a
concentração dos gases tem agravado o aumento das temperaturas do planeta. Para eles, esse aquecimento
elevado constitui apenas uma fase de variação da dinâmica climática da Terra.
O derretimento das calotas polares e o consequente aumento do nível do mar são consequências do efeito
estufa.
Como evitar o efeito estufa?
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas sinaliza que a emissão de gases de efeito estufa
deve ser reduzida de 40% a 70% entre os anos 2010 e 2050. Os países precisam estabelecer metas de redu-
ção de emissão desses gases a fim de conter o aumento das temperaturas.
É preciso investir no uso de fontes de energia renováveis e alternativas, abandonando o uso dos combus-
tíveis fósseis, cuja queima libera diversos gases de efeito estufa. Outras ações cotidianas também podem ser
adotadas, como redução do uso de transportes em trajetos pequenos, optando por ir a pé ou de bicicleta, pre-
ferência pelo uso de transporte coletivo e de produtos biodegradáveis e incentivo à coleta seletiva.
Combate à erosão
• Reflorestamento: a falta de vegetação pode provocar a ocorrência da erosão. Com a plantação de árvores
em regiões que passaram por desmatamentos, evita-se a erosão. O eucalipto e o pinheiro são as árvores mais
utilizadas neste processo, pois suas raízes “seguram” a terra e absorvem parte da água.
Rotação de cultura
Em busca de seu próprio conforto e de aperfeiçoamento da tecnologia, há muito tempo o homem vem pro-
movendo modificações no ambiente, prejudicando o ecossistema do qual ele faz parte. O aperfeiçoamento
tecnológico, industrial e científico, nos últimos tempos, tem provocado drásticas alterações na atmosfera, na
água de mares, lagos, rios, e no solo. Além do mais, provocou desequilíbrio nas cadeias alimentares. Levando
a extinção de certos componentes da cadeia alimentar, com isso provocou o aumento numérico de espécies de
níveis tróficos mais inferiores produzindo efeitos muito desagradáveis.
*Poluição ambiental
Nem todo desequilíbrio ecológico é produzido pelo homem, como por exemplo, os incêndios acidentais pro-
vocados por raios devastando áreas florestais, no entanto, o homem é o maior causador de tais desequilíbrios.
Dentre eles, o de importância maior, que é a poluição do ambiente.
*Poluição da água
Os principais poluentes da água são: lançamento de esgoto, detergentes, resíduos industriais e agrícolas e
petróleo nos rios.
*Poluição atmosférica
Os poluentes encontrados no ar, principalmente das cidades industrializadas, são: monóxidos de carbono
(CO), dióxido de carbono (CO2), fração particulada, óxido de nitrogênio (NO2) e óxido de enxofre (SO2).
*Inversão térmica
A camada de ar próxima à superfície do globo terrestre é mais quente. Sendo menos densa ela sobe e à
medida que atinge alturas maiores vai esfriando. Com o movimento do ar as partículas sofrem dispersão. No
inverno pode ocorrer inversão térmica, ou seja, nas camadas próximas ao solo fica o ar frio e acima dessa ca-
mada, o ar quente. Os poluentes liberados na camada de ar frio estacionam.
*Poluição radioativa
A poluição radioativa aumenta a taxa de mutação, uma de suas maiores consequências é o surgimento de
variados tipos de câncer, alguns com cura desconhecida.1
Poluição do Ar
O desenvolvimento dos grandes centros urbanos e o consumo cada vez mais exagerado dos humanos são
os grandes responsáveis por tornar o mundo cada dia mais poluído. A poluição é um problema real que atinge
o ar, a água e o solo, tornando-se cada vez mais acentuada graças às nossas atitudes.
A poluição do ar pode ser definida como a presença de substâncias provenientes de atividades humanas ou
da própria natureza que podem colocar em risco a qualidade de vida dos seres vivos. O ar poluído pode causar
1Fonte: www.meuartigo.brasilescola.uol.com.br
3https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-ambiental/educacao-ambiental-perspectivas-e-desafios-na-sociedade-ade-risco/
O ciclo da água, também conhecido como ciclo hidrológico, refere-se ao movimento contínuo que a água
faz pelo meio físico e pelos seres vivos do ecossistema, passando através da atmosfera, hidrosfera, litosfera e
biosfera. Trata-se, portanto, de um importante ciclo biogeoquímico que faz com que esse indispensável recurso
natural esteja constantemente no ambiente.
O Sol é o responsável por proporcionar energia para que o ciclo aconteça. Sua luz provoca a evaporação
da água presente na superfície terrestre. Em alguns locais, no entanto, a neve e o gelo sublimam, passando do
estado sólido para o vapor, pulando as fases de fusão (sólido para o líquido) e de evaporação.
A água, agora em estado gasoso, sobe para camadas mais altas da atmosfera, onde a temperatura é mais
baixa. Ao alcançar determinada altitude, essa substância passa do estado de vapor para o líquido (condensa-
ção) e forma as nuvens, que são, na realidade, uma grande quantidade de gotículas de água. Em locais frios,
essas gotículas podem solidificar-se e dar origem à neve ou ao granizo.
Ao iniciar a chuva, processo também chamado de precipitação, a água começa a retornar para a superfície
terrestre e é influenciada diretamente pela gravidade. Nesse momento, ela pode atingir rios, lagos e oceanos,
infiltrar-se no solo e nas rochas ou pode ser impedida de voltar à superfície terrestre pela vegetação.
Os seres vivos possuem papel determinante no ciclo da água. Como todos os organismos possuem essa
substância em seu corpo, a água também flui pelas cadeias alimentares. Além disso, as raízes das plantas ab-
sorvem água, e os animais obtêm essa substância bebendo-a ou retirando-a dos alimentos. Os animais perdem
água por meio de processos como a eliminação de urina e fezes, respiração e transpiração. Já as plantas per-
dem água por transpiração, processo em que vapor de água é liberado pelos estômatos (estruturas presentes
na epiderme vegetal que atuam nas trocas gasosas), e por gutação, processo no qual a água eliminada en-
contra-se no estado líquido. Além disso, parte da água que fica incorporada nesses seres é eliminada durante
o processo de decomposição.4
Poluição da água
A poluição hídrica corresponde ao processo de poluição, contaminação ou deposição de rejeitos na água
dos rios, lagos, córregos, nascentes, além de mares e oceanos. Trata-se de um problema socioambiental de
elevada gravidade, pois, embora a água seja um recurso natural renovável, ela pode tornar-se cada vez mais
escassa, haja vista que apenas a água potável é própria para o consumo.
A principal causa da poluição das águas é o desenvolvimento desenfreado das atividades econômicas, so-
bretudo nas cidades, com o aumento da deposição indevida de rejeitos advindos do sistema de esgoto e sane-
4Fonte: www.brasilescola.uol.com.br
Biomas brasileiros
Biomas brasileiros
Podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Um bioma é ca-
racterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo bioma podem existir diversos tipos de vegetação).
Os seres vivos de um bioma vivem de forma adaptada as condições da natureza (vegetação, chuva, umidade,
calor, etc) existentes.
Há no mundo uma imensa variedade de vegetação, dentre todos os países o Brasil possui um lugar de des-
taque em relação à quantidade de tipos de vegetação e belezas naturais. O Brasil possui um território continen-
tal, devido a isso apresenta vários tipos de vegetação, clima, relevo, hidrografia, esses são aspectos físicos e/
ou naturais. Cada região do país possui uma particularidade acerca de uma vegetação, a variação corresponde
à interrelação entre todos os elementos naturais. A vegetação é um dos aspectos naturais que mais se destaca
na paisagem, apresenta caraterísticas devido a sua formação a partir de aspectos de solo, clima entre outros
elementos.
5Fonte: www.mundoeducacao.bol.uol.com.br
Calcula-se que dentro da floresta amazônica convivem em harmonia mais de 20% de todas as espécies vivas
do planeta, sendo 20 mil de vegetais superiores, 1400 de peixes, 300 de mamíferos e 1300 de pássaros, sem
falar das dezenas de milhares de espécies de insetos, outros invertebrados e micro-organismos. Para se ter
ideia do que isso significa, existem mais espécies vegetais num hectare de floresta amazônica de que em
todo o território europeu. A castanheira é o exemplo mais típico de árvore amazônica, sendo uma das mais
imponentes da mata. De toda essa variedade, metade permanece ainda desconhecida da ciência, havendo
muitas espécies endêmicas, ou seja, que vivem apenas numa localidade restrita, não ocorrendo em outras
regiões. A vegetação pode ser classificada em: mata de terra firme (sempre seca), mata de várzea (que se
alaga na época das chuvas) e mata de igapó (perenemente alagada). Existem, também, em menor quantida-
de, áreas de cerrado, campos e vegetação litorânea.
a) Mata de Igapó ou Caaigapó: Essa composição vegetativa ocorre em áreas de baixo relevo próximas a rios
e por causa disso permanecem alagadas, as plantas dessas áreas apresentam estatura máxima de 20 metros,
além de cipós e plantas aquáticas.
b) Mata de Várzea: Vegetação que se estabelece em áreas mais elevadas em relação às matas de igapó,
mesmo assim sofre inundações, porém somente nos períodos de cheias. As árvores presentes possuem em
média 20 metros de altura, sem contar com uma imensa quantidade de galhos repletos de espinhos, essa parte
da floresta é de difícil acesso por ser muito fechada.
c) Mata de Terra Firme ou Mata Verdadeira (Caaetê): Ocorre nas regiões que não sofrem com as ações das
cheias, nessa parte da floresta as árvores apresentam alturas que oscilam entre 30 e 60 metros e se desenvol-
vem com distâncias restritas entre si, fato que dificulta a inserção de luz, uma vez que as copas das mesmas
ficam muito próximas, devido a isso quase não existem outras plantas menores, pois o interior dessas matas é
escuro, tornando-se impróprias para reprodução de vegetais por não ocorrer o processo de fotossíntese.
As Matas de Araucárias são encontradas na Região Sul do Brasil e nos pontos de relevo mais elevado da
Região Sudeste. Existem pelo menos dezenove espécies desse tipo de vegetação, das quais treze são en-
O Cerrado é um tipo de vegetação que compõe a fitogeografia brasileira, já ocupou 25% do território brasilei-
ro, fato que lhe dá a condição de segunda maior cobertura vegetal do país, superada somente pela floresta
Amazônica. No entanto, com o passar dos anos o Cerrado diminuiu significantemente. A vegetação do Cerra-
do se encontra em uma região onde o clima que predomina é o tropical, apresenta duas estações bem defini-
das: uma chuvosa, entre outubro e abril; e outra seca, entre maio e setembro. O Cerrado abrange os Estados
da região Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal), além do sul do Pará e
Maranhão, interior do Tocantins, oeste da Bahia e Minas Gerais e norte de São Paulo.
A vegetação predominante é constituída por espécies do tipo tropófilas (vegetais que se adaptam às duas
estações distintas, como ocorre no Centro-Oeste), além disso, são caducifólias (que caem as folhas no pe-
ríodo de estiagem) com raízes profundas. A vegetação é, em geral, de pequeno porte com galhos retorcidos
e folhas grossas. Apesar dessa definição generalizada, o cerrado é constituído por várias caraterísticas de
vegetação, é classificado em subsistemas: de campo, de cerrado, de cerradão, de matas, de matas ciliares e
de veredas e ambientes alagadiços. O Cerrado já ocupou uma área de 2 milhões de km2, entretanto, hoje são
aproximadamente 800 mil km2. Essa expressiva diminuição se deve à intervenção humana no ecossistema.
Em geral, os solos são pobres e muito ácidos. Até a 1970 o cerrado era descartado quanto ao seu uso para a
agricultura, mas com a modernização do campo surgiram novas técnicas que viabilizaram a sua ocupação para
essa finalidade. Então foi realizada a correção do solo e os problemas de nutriente foram solucionados, atual-
mente essa região se destaca como grande produtor de grãos, carne e leite. Embora esses sejam os grandes
“vilões” da devastação do Cerrado.
Pantanal
O Brasil apresenta ao longo de seu território diversas composições vegetais, dentre elas o Pantanal, que é
conhecido também por Complexo do Pantanal; sua formação vegetal recebe influência da floresta Amazônica,
Mata Atlântica, Chaco e do Cerrado. Ocupando uma área de 210 mil km2, o Pantanal é considerado a maior
planície alagável do mundo, está situado sobre uma enorme depressão cuja altitude não ultrapassa os 100
Mangue
Os mangues correspondem a uma característica vegetativa que se apresenta em áreas costeiras, compre-
ende uma faixa de transição entre aspectos terrestres e marinhos, esse tipo de cobertura vegetal se estabelece
em lugares no qual predominam o clima tropical e subtropical. Os mangues se encontram em ambientes alaga-
dos com águas salobras, os vegetais do mangue são constituídos por raízes expostas favorecendo uma maior
retirada de oxigênio e também proporcionando maior fixação.
Essa composição vegetal é fundamental na produção de alimentos para suprir as necessidades de diversos
animais marinhos. O mangue é formado por plantas com aspecto arbustivo e também arbóreo, no entanto, os
manguezais não são homogêneos, uma vez que há diferenças entre eles, desse modo são classificados ou
divididos em: mangue vermelho, mangue branco e mangue-siriuba.
Apesar da importância dos manguezais na manutenção da vida marinha, esse ambiente tem sofrido profun-
das alterações promovidas principalmente pela ocupação urbana e especialmente para atender a especulação
imobiliária. Dos 172.000 quilômetros quadrados de manguezais existentes no mundo, o Brasil responde por
15% do total, ou seja, 26.000 quilômetros quadrados distribuídos em todo litoral brasileiro, partindo do Amapá
até Santa Catarina.
Saneamento
É o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade
de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a qualidade de vida da população e à produtividade do in-
divíduo e facilitar a atividade econômica.
Quando se fala em saneamento básico, estamos nos referindo basicamente às medidas aplicadas ao abas-
tecimento de água e tratamento do esgoto, incluindo também a destinação correta do lixo.
Fazem parte ainda do conceito saneamento todas as ações que produzam prevenção à doenças, geração
de qualidade de vida e preservação do meio ambiente, tais como, controle de animais e insetos, limpeza e pre-
servação de espaço públicos, alimentos, habitações, entre outras.
No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007
como o conjunto dos serviços, infraestrutura e Instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamen-
to sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais.
Embora atualmente se use no Brasil o conceito de Saneamento Ambiental como sendo os serviços citados
acima, o mais comum é que o saneamento seja visto como sendo os serviços de acesso à água potável, à
coleta e ao tratamento dos esgotos.
Sua importância
Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser chamado de país desenvolvido. Os ser-
viços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas,
sobretudo na saúde Infantil com redução da mortalidade infantil, melhorias na educação, na expansão do turis-
mo, na valorização dos imóveis, na renda do trabalhador, na despoluição dos rios e preservação dos recursos
hídricos, etc.
Em 2017, segundo o Ministério da Saúde (DATASUS), foram notificadas mais de 258 mil internações por
doenças de veiculações hídricas no país.
Em vinte anos (2016 a 2036), considerando o avanço gradativo do saneamento, o valor presente da eco-
nomia com saúde, seja pelos afastamentos do trabalho, seja pelas despesas com internação no SUS, deve
alcançar R$ 5,9 bilhões no país.
O Saneamento Básico
Abastecimento de água
A água potável é a água própria para o consumo humano. Para ser assim considerada, ela deve atender aos
padrões de potabilidade. Se ela contém substâncias que desrespeitam estes padrões, ela é considerada impró-
pria para o consumo humano. As substâncias que indicam esta poluição por matéria orgânica são compostos
nitrogenados, oxigênio consumido e cloretos.
Disposição do lixo
O lixo é o conjunto de resíduos sólidos resultantes da atividade humana. Ele é constituído de substâncias
putrescíveis, combustíveis e incombustíveis. O lixo tem que ser bem acondicionado para facilitar sua remoção.
Quando o lixo é disposto de forma inadequada, em lixões a céu aberto, por exemplo, os problemas sanitá-
rios e ambientais são inevitáveis. Isso porque estes locais tornam-se propícios para a atração de animais que
acabam por se constituírem em vetores de diversas doenças, especialmente para as populações que vivem da
Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado na matéria de GEOGRAFIA DO BRA-
SIL
Microbiologia
A microbiologia é o ramo da Biologia que estuda os microrganismos.
Os microrganismos são seres vivos de tamanho pequeno, cujas dimensões não permitem que sejam obser-
vados a olho nu pelo homem. Assim, eles só podem ser visualizados ao microscópio.
A palavra microbiologia, deriva da combinação das palavras gregas mikros, “pequeno”, bios e logos “estudo
da vida”. Dessa forma, o estudo da microbiologia abrange a identificação, forma, modo de vida, fisiologia e me-
tabolismo dos microrganismos, além das suas relações com o meio ambiente e outras espécies.
De modo geral, os microrganismos contribuem na fertilização do solo, reciclagem de substâncias e parti-
cipam de ciclos biogeoquímicos. Ainda podem ser usados na fabricação de produtos como iogurte, vinhos,
queijos, vinagres e pães.
Existem ainda os microrganismos patogênicos que causam doenças em seres humanos, animais e plantas.
Grupos de microrganismos
Os principais grupos de microrganismos são: vírus, bactérias, protozoários, algas e fungos.
Os vírus são organismos microscópicos que não possuem células. Por isso, são considerados parasitas
intracelulares.
Os vírus só conseguem realizar suas atividades vitais dentro de outra célula viva.
Alguns vírus são patogênicos e causam doenças ao homem. Alguns exemplos são: gripe, sarampo, febre
amarela, meningite, caxumba, hepatite, aids e varíola.
Bactérias
As bactérias são seres unicelulares e procariontes. Elas fazem parte do Reino Monera.
As bactérias podem ser encontradas em diversos ambientes e são capazes de suportar condições ambien-
tais inóspitas à maioria dos seres vivos.
Mesmo sendo imperceptível, as bactérias desenvolvem importantes funções no ambiente. Elas atuam nos
ciclos biogeoquímicos e na produção de alimentos e medicamentos.
Algumas bactérias podem ser patogênicas e causam doenças como a cólera, difteria, febre tifoide, lepra,
meningite, tuberculose.
Protozoários
Esses oito Objetivos foram o primeiro arcabouço global de políticas para o desenvolvimento e contribuíram
para orientar a ação dos governos nos níveis internacional, nacional e local por 15 anos. Os ODMs reconhece-
ram a urgência de combater a pobreza e demais privações generalizadas, tornando o tema uma prioridade na
agenda internacional de desenvolvimento.
Em 2010, a Cúpula das Nações Unidas sobre os Objetivos do Milênio demandou a aceleração na imple-
mentação dos Objetivos. Além disso, solicitou ao então Secretário-Geral da Nações Unidas, Ban Ki-moon,
elaborar recomendações sobre os próximos passos após 2015. Com o suporte do Grupo de Desenvolvimento
das Nações Unidas, o Secretário-Geral lançou um processo de consultas com várias partes interessadas e/ou
impactadas para discutir uma nova agenda de desenvolvimento.
O processo de construção de uma agenda pós-2015
Após a Rio+20, um amplo e inclusivo sistema de consulta foi empreendido sobre questões de interesse
global que poderiam compor a nova agenda de desenvolvimento pós-2015. Diferentemente do processo dos
ODMs, os novos objetivos de desenvolvimento sustentável foram construídos a muitas mãos.
O Grupo de Trabalho Aberto para a elaboração dos ODS (GTA-ODS) estava encarregado da elaboração de
uma proposta para os ODS. Composto por 70 países, contou com o envolvimento das mais diversas partes in-
teressadas: desde contribuições especializadas da sociedade civil, até contribuições da comunidade científica
e do sistema das Nações Unidas. O objetivo era proporcionar uma diversidade de perspectivas e experiências.
Em agosto de 2014, o GTA-ODS compilou os aportes recebidos, finalizou o texto e submeteu a proposta dos
17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e das 169 metas associadas à apreciação da Assembleia Geral
da ONU em 2015.
A Agenda 2030: Um plano de ação global para um 2030 sustentável
O documento adotado na Assembleia Geral da ONU em 2015, “Transformando Nosso Mundo: a Agenda
2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, é um guia para as ações da comunidade internacional nos próxi-
mos anos. E é também um plano de ação para todas as pessoas e o planeta que foi coletivamente criado para
colocar o mundo em um caminho mais sustentável e resiliente até 2030.
Ao combinar os processos dos Objetivos do Milênio e os processos resultantes da Rio+20, a Agenda 2030
e os ODS inauguram uma nova fase para o desenvolvimento dos países, que busca integrar por completo to-
dos os componentes do desenvolvimento sustentável e engajar todos os países na construção do futuro que
queremos.
Os 17 ODS e suas 169 metas
Objetivo 1.
Erradicação da Pobreza
Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares
Em 2000, o mundo comprometeu-se em reduzir pela metade o número de pessoas vivendo em extrema
pobreza e alcançou ganhos notáveis no desenvolvimento humano. Até 2015, a pobreza havia sido reduzida sig-
nificativamente, o acesso ao ensino básico e os resultados da saúde melhoraram, bem como foram realizados
progressos na promoção da igualdade de gênero e no empoderamento das mulheres e meninas. No entanto,
a erradicação da pobreza extrema continua a ser um desafio, com mais de 700 milhões de pessoas vivendo,
globalmente, com menos de US$ 1,90 (PPP) por dia e mais da metade da população global vivendo com menos
de US$ 8,00 por dia.
Esquema de uma célula animal e suas organelas. Ilustração: master24 / Shutterstock.com [adaptado]
As células são a unidade fundamental da vida. Isso quer dizer que, com a exceção dos vírus, todos os orga-
nismos vivos são compostos por elas. Nesse sentido, podemos classificar os seres vivos pela sua constituição
celular ou complexidade estrutural, existindo os unicelulares e os pluricelulares. Os organismos unicelulares
são todos aqueles que são compostos por uma única célula, enquanto os pluricelulares, aqueles formados por
mais de uma. Com relação a seu tamanho, existem células bem pequenas que são visíveis apenas ao micros-
cópio, como bactérias e protozoários, e células gigantes visíveis a olho nu, como fibras musculares e algumas
algas.
Assim como acontece com o tamanho, as células se apresentam em diversas formas: retangulares, esféri-
cas, estreladas, entre outras. Isso ocorre porque a forma é um reflexo da função celular exercida, por exemplo,
A função de uma célula é alcançada através do ponto culminante de centenas de processos menores,
muitos dos quais são dependentes uns dos outros e compartilham proteínas ou componentes moleculares.
Apesar das variações fenotípicas e funcionais que existem entre os tipos de células, é verdade que existe um
alto nível de similaridade ao explorar os processos subcelulares, os componentes envolvidos e, principalmente,
a organização desses componentes.
Com a maioria dos processos subcelulares sob controle regulatório preciso de outros processos subce-
lulares, e com componentes geralmente compartilhados entre diferentes caminhos moleculares e cascatas
protéicas, a organização celular é de grande importância. Isso é verdade para cada tipo de célula, com com-
partimentação de processos subcelulares, e localização de proteínas, recrutamento e entrega, garantindo que
sejam constantemente repetidos de forma eficiente e com resultados precisos.
A nível básico, as células eucarióticas podem ser descritas como contendo três regiões sub-celulares dis-
tintas; nomeadamente a membrana , o citosol e o núcleo . Contudo, a compartimentação celular é ainda mais
complicada pela abundância de organelas específicas.
Apesar de ter apenas vários nanômetros de largura, as membranas celulares são altamente enriquecidas
em receptores de sinalização, proteínas transmembranares, bombas e canais e, dependendo da maquiagem,
podem recrutar e reter um conjunto de proteínas importantes no campo da mecanobiologia. Em muitos casos,
esses proteínas interagem com o citoesqueleto , que reside na proximidade da membrana. O citosol, por outro
lado, abriga organelas celulares, incluindo o complexo golgiense, o retículo endoplasmático (RE), ribossomos
e numerosas vesículas e vacúolos. Podem existir proteínas solúveis nesta região. Enquanto isso, o núcleo
abriga o material genético e todos os componentes relacionados à sua expressão e regulação. Embora os pro-
cessos do núcleo não estejam tão bem estabelecidos em termos de seu papel na mecanobiologia , os achados
recentes indicam várias conexões importantes, muitas vezes com as vias de sinalização de mecanotransdução
que culminam em alterações na expressão gênica.
Cada uma dessas regiões sub-celulares deve funcionar de forma coerente para a sobrevivência e o fun-
cionamento eficiente da célula. A organização adequada de organelas, proteínas e outras moléculas em cada
região permite que os componentes de proteínas individuais funcionem de forma concertada, gerando efetiva-
mente processos subcelulares individuais que culminam em uma função celular global.
Compartimentalização em células
As células não são uma mistura amorfa de proteínas, lipídios e outras moléculas. Em vez disso, todas as cé-
lulas são constituídas por compartimentos bem definidos, cada um especializado em uma função particular. Em
muitos casos, os processos subcelulares podem ser descritos com base na ocorrência na membrana plasmáti-
ca , no citosol ou dentro de organelas ligadas à membrana, como o núcleo, o aparelho de Golgiense ou mesmo
os componentes vesiculares do sistema de tráfico de membrana , como os lisossomos e os endossomas.
Mitose
A mitose é um processo de divisão celular que forma duas células-filhas, cada uma com o mesmo número
de cromossomos que a célula-mãe. Esse processo está relacionado, em plantas e animais, com o desen-
volvimento dos organismos, cicatrização e crescimento.
As etapas da mitose são prófase, prometáfase, metáfase, anáfase e telófase. Ao fim da telófase, ob-
serva-se a ocorrência da citocinese, ou seja, a divisão do citoplasma da célula, gerando duas células-filhas.
Vale destacar que essas etapas variam de um autor para outro. A prometáfase, por exemplo, não é descrita por
todos os autores.
Componentes Orgânicos
Glicídios ou Carboidratos
Também conhecidos como açucares, os glicídios são os grandes fornecedores imediatos de energia para
os seres vivos. São fabricados pelas plantas no processo da fotossíntese e apresentam em suas moléculas
átomos de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O).
Além de fornecedores de energia, os glicídios possuem também função estrutural, como a celulose, encon-
trada no revestimento das células vegetais, na constituição dos ácidos nucleicos (material genético).
Os glicídios são classificados em três grupos:
Monossacarídeos - são os açucares mais simples, formados por pequenas moléculas que não se dividem
na presença de água, portanto, não sofrem hidrólise. O exemplo mais comum encontrou nos organismos vivos
são: glicose (produzido pelos vegetais na fotossíntese), frutose (encontrado nas frutas doces), galactose (en-
contrado no leite), ribose e desoxirribose (componentes dos ácidos nucleicos).
Dissacarídeos- são glicídios constituídos pela união de dois monossacarídeos. Quando ingerimos dissacarí-
deos ou polissacarídeos, nosso sistema digestório os transforma em monossacarídeos para que estes possam
fornecer energia para a célula. Todos os dissacarídeos têm função energética e os principais são:
- Sacarose: glicose + frutose. Suas principais fontes são: a cana-de-açúcar e beterraba.
- Lactose: glicose + galactose. Sua principal fonte é o leite.
- Maltose: glicose + glicose. Suas principais fontes são: raízes, caule, folhas dos vegetais.
Analisando o gráfico verifica-se que a 0 ºC de temperatura as enzimas encontram-se pouco ativas. À medida
que aumenta a temperatura, a atividade enzimática também aumenta, chegando ao ponto ótimo em 1.0. Acima
disso, a atividade enzimática vai diminuindo, até que ocorre a desnaturação da enzima (o calor provoca mu-
danças espaciais na proteína, o que provoca a perda de sua função). Quanto ao nível de pH (nível de ácido do
meio), cada enzima atua em um específico. Exemplo: pepsina - enzima do suco estomacal - é ativada somente
em pH ácido, ou seja, em volta de 2; a ptialina - enzima da saliva - é ativada somente em pH neutro, ou seja,
por volta de 7.
Atuação enzimática ou modelo chave-fechadura
Cada tipo de enzima consegue catalizar um único tipo de substrato (substância reagente). O encaixe da en-
zima no substrato assemelha-se ao sistema chave-fechadura. Após a ocorrência da reação, as enzimas deixam
o substrato intacto, podendo atuar em outros substratos.
Vitaminas
São substâncias orgânicas sintetizadas pelos vegetais e por alguns seres unicelulares que funcionam como
ativadores das enzimas. As vitaminas diferem entre si na composição química, formando um grupo heterogê-
neo.
As vitaminas são compostos orgânicos, presentes nos alimentos, essenciais para o funcionamento normal
do metabolismo, e em caso de falta pode levar a doenças. Não são produzidas pelo organismo, devendo obri-
gatoriamente ser obtidas na dieta.
A disfunção de vitaminas no corpo é chamada de hipovitaminose, hipervitaminose e avitaminose. Atualmen-
te é reconhecido que os seres humanos necessitam de 13 vitaminas diferentes, sendo que o nosso corpo só
consegue produzir vitamina D;
Vitaminas lipossolúveis - são as vitaminas solúveis em lipídios e não solúveis em água. Para serem absor-
vidas, é necessária a presença de lipídios, além de bile e suco pancreático. Após a absorção no intestino, elas
são transportadas através do sistema linfático até aos tecidos onde serão armazenadas;
Vitaminas hidrossolúveis - são vitaminas solúveis em água. São absorvidas pelo intestino e transportadas
pelo sistema circulatório até os tecidos em que serão utilizadas. O organismo somente usa o necessário, eli-
minando o excesso. Elas não se acumulam no corpo, ou seja, não permanece no nosso organismo por muito
tempo, sendo assim, excretada pelo organismo através da urina.
Lipossolúveis, que são: A, D e K;
Hidrossolúveis que são: C,e o complexo B (B1, B2, B3, B6 e B12).
Energia de ativação
Estrutura do nucleotídeo
Os nucleotídeos unem-se através de ligações fosfodiéster entre o açúcar e o grupo fosfato. A pentose é um
açúcar com cinco carbonos, a do DNA é chamada de desoxirribose, enquanto a do RNA denomina-se ribose.
Como uma célula procariótica, uma célula eucarionte possui membrana plasmática, citoplasma e ribosso-
mos. No entanto, ao contrário das células procarióticas, as células eucarióticas têm:
1. Um núcleo ligado à membrana
2. Numerosas organelas ligadas à membrana (incluindo o retículo endoplasmático, aparelho de Golgi, clo-
roplastos e mitocôndrias)
3. Vários cromossomos em forma de haste
Normalmente, o núcleo de umacélula eucarionte é o organelo mais proeminente de uma célula. As células
eucarióticas têm um núcleo verdadeiro, o que significa que o DNA celular é cercado por uma membrana. Por-
tanto, o núcleo abriga o DNA da célula e direciona a síntese de proteínas e ribossomos, organelas celulares res-
ponsáveis pela síntese protéica. O envelope nuclear é uma estrutura de dupla membrana que constitui a porção
mais externa do núcleo. Tanto as membranas internas como as externas do invólucro nuclear são bicamadas de
fosfolipídios. O envelope nuclear é pontuado com poros que controlam a passagem de íons, moléculas e RNA
entre o nucleoplasma e o citoplasma. O nucleoplasma é o líquido semi-sólido dentro do núcleo onde encontra-
mos cromatina e nucléolos. Além disso, os cromossomos são estruturas dentro do núcleo que são constituídas
por DNA, o material genético. Nos procariontes, o DNA é organizado em um único cromossomo circular. Em
eucariotas, os cromossomos são estruturas lineares.
Outras organelas de membrana
As mitocôndrias são organelas de membrana dupla de forma oval que possuem seus próprios ribossomos e
DNA. Essas organelas são muitas vezes chamadas de “fábricas de energia” de uma célula porque são respon-
sáveis por fazer trifosfato de adenosina (ATP), a principal molécula transportadora de energia da célula, através
da respiração celular. Veja a aula sobre ciclo de krebs para entender como os ATPs são produzidos
O retículo endoplasmático modifica proteínas e sintetiza lipídios, enquanto o aparelho golgiense é o local
onde a classificação, marcação, embalagem e distribuição de lipídios e proteínas ocorrem. Os peroxissomos
são organelas pequenas e redondas, fechados por membranas simples; eles realizam reações de oxidação que
quebram ácidos graxos e aminoácidos.
Os peroxissomas também desintoxicam muitos venenos que podem entrar no corpo. Vesículas e vacúolos
são sacos de membrana que funcionam em armazenamento e transporte. Além do fato de que as vacúolos são
um pouco maiores do que as vesículas, há uma distinção muito sutil entre eles: as membranas das vesículas
podem se fundir com a membrana plasmática ou outros sistemas de membrana dentro da célula. Todas estas
organelas são encontradas em cada célula eucarionte.
• Todas as células eucariotas possuem uma membrana plasmática circundante, que também é conhecida
como membrana celular.
• A membrana plasmática é composta por uma bicamada de fosfolipídios com proteínas embutidas que se-
param o conteúdo interno da célula do ambiente envolvente.
• Apenas materiais relativamente pequenos e não-polares podem se mover facilmente através da bicamada
lipídica da membrana plasmática.
• O transporte passivo é o movimento de substâncias na membrana que não exige o uso de energia enquan-
to o transporte ativo é o movimento de substâncias na membrana usando energia.
• A osmose é a difusão da água através de uma membrana semi-permeável pelo seu gradiente de concen-
tração; Isso ocorre quando há um desequilíbrio de solutos fora de uma célula em comparação com o interior
da célula.
A Membrana celular
Apesar das diferenças de estrutura e função, todas as células vivas em organismos multicelulares possuem
uma membrana plasmática circundante (também conhecida como membrana celular). À medida que a camada
externa da sua pele separa seu corpo de seu ambiente, a membrana plasmática separa o conteúdo interno de
uma célula do seu ambiente exterior. A membrana plasmática pode ser descrita como uma bicamada de fos-
folipídios com proteínas embutidas que controlam a passagem de moléculas orgânicas, íons, água e oxigênio
dentro e fora da célula. Os resíduos (como dióxido de carbono e amônia) também deixam a célula passando
pela membrana.
A membrana celular é uma estrutura extremamente flexível composta principalmente de duas folhas ad-
Funções:
- Transporte de substâncias no interior do citoplasma;
- Síntese de lipídios (gorduras);
- Eliminar substâncias tóxicas (álcool, drogas, etc.);
Função:
- Síntese de proteínas
OS RIBOSSOMOS
São pequenos grânulos observados livres no citoplasma ou aderidos as membranas do retículo endoplas-
mático rugoso. Quimicamente são constituídos por proteínas e RNA (ácido ribonucléico). Não são visíveis ao
microscópio óptico.Ocorrem em todos os tipos de células. Função: Síntese de proteínas.
O COMPLEXO DE GOLGI OU GOLGIOSSOMO
Compreende um conjunto de sacos achatados e sobrepostos, formando pilhas, de onde partem pequenas
vesículas.
Funções:
- Armazenar e empacotar secreções produzidas pela célula;
- Sintetizar carboidratos;
- Originar os lisossomos;
- Constitui o acrossomo do espermatozóide.
OS LISOSSOMOS
São vesículas membranosas que brotam do complexo de Golgi, contendo enzimas digestivas.
Funções:
- Digestão intracelular;
- Regressão da cauda do girino;
- Promove a autofagia (= digestão de algumas organelas da própria célula, com a finalidade de nutrição);
- Realizam a autólise ou citólise (eliminação de células mortas).
Lisossomo primário → é aquele que apresenta no seu interior apenas as enzimas digestivas.
Lisossomo secundário ( = vacúolo digestivo) → é aquele formado pela união do lisossomo secundário com
um fagossomo ou pinossomo (= vacúolo alimentar).
As mitocôndrias, assim como os cloroplastos, apresentam o seu próprio ácido nucléico (DNA e RNA), sendo,
portanto capazes de se autoduplicarem, independentemente da célula.
OS PLASTOS OU PLASTÍDEOS
São organelas características das células vegetais. Não são encontra dos, portanto em bactérias, ciano-
bactérias, protozoários, animais e fungos. Os plastos se dividem em dois tipos: Leucoplastos e Cromoplastos.
Os Leucoplastos → São aqueles que não apresentam pigmentação, ou seja, não apresentam coloração.
São plastos incolores.
Função : armazenar substâncias produzidas na célula.
Ex.
Amiloplastos → armazenam amido.
Oleoplastos → armazenam lipídeos.
Proteoplastos → armazenam proteínas.
Os Cromoplastos → São aqueles que possuem pigmentação, apresentam, portanto, coloração.
Exemplos:
Eritroplastos → apresentam o pigmento eritrofila que confere cor vermelha. Tomate, acerola,etc.
Xantoplastos → apresentam o pigmento xantofila que confere cor amarela. Mamão, banana, etc
Cloroplastos → É o mais importante dos plastos, apresenta o pigmento clorofila que confere cor verde aos
tecidos vegetais. EX: Folhas.
Função dos cromoplastos: O cloroplasto é o principal responsável pela fotossíntese, enquanto que os de-
mais plastos auxiliam no processo fotossintetizante, funcionando como filtro de luz.
Funções:
- Divisão celular
- Formar cílios e flagelos. Texto adaptado de MAIA. A.
Membrana Celular
A membrana celular é a fronteira biológica que delimita o perímetro da célula, separando o meio intracelular
do extracelular. A membrana celular, que envolve todas as células, não é totalmente impermeável, constituindo
uma barreira seletiva que permite a troca de algumas substâncias entre o exterior e interior. Nas células eu-
carióticas permite também o suporte do citoesqueleto que dá forma à célula, e a ligação à matriz extracelular/
parede e outras células permitindo a formação de tecidos. O isolamento de membranas plasmáticas através de
técnicas especiais permitiu identificar os seus constituintes. As membranas podem-se considerar complexos
lipoproteicos, constituídos por proteínas, lipídios e glicídios, variando em quantidade de célula para célula.
• proteínas: de composição e funções diversas, as proteínas membranares podem ter funções estruturais,
intervir no transporte de substâncias através da membrana, ou atuar como receptores de sinais moleculares
(por exemplo, de hormonas).
• lipídios: maioritariamente fosfolípides (lipídios complexos associados a um grupo fosfato, com uma ex-
tremidade hidrofóbica polar e outra hidrófila apolar), e em menor quantidade colesterol e glicolipídios (lipídios
associados a glicídios).
• glicídios: situam-se no lado externo da membrana e são importantes no reconhecimento de substâncias
por parte da célula.
Este modelo foi revisto por Davson e Danielli, em 1935, que baseados em estudos de permeabilidade e de
tensão superficial da membrana propuseram uma estrutura um pouco mais complexa (ver figura 2). A bicama-
da fosfolipídica seria revestida, externa e internamente, por uma camada proteica associada às extremidades
polares hidrófilas dos fosfolipídios. A bicamada fosfolipídica teria interrupções poros revestidos internamente
por proteínas que permitiam a passagem de substâncias polares através da membrana e as não polares atra-
vessariam a bicamada diretamente.
À medida que avançaram os estudos sobre a estrutura membranar, alguns dados não corroboraram o mo-
delo de Davson e Danielli. Análises quantitativas aos constituintes membranares revelaram que as proteínas
não existiam em quantidade suficiente para cobrir toda a superfície da camada fosfolipídica. Para, além disso,
observaram que as proteínas alteravam a sua posição, evidenciando um comportamento dinâmico da organi-
zação membranar.
Surge então o modelo de mosaico fluido de Singer e Nicholson, em 1972. Este modelo admite uma estrutura
membranar não rígida, permitindo uma fluidez das suas moléculas. Os fosfolipídios não estão estáticos nas
camadas, podendo moverse lateralmente trocando de posição com outros fosfolipídios na mesma camada e,
ocasionalmente, sofrendo transversões (do inglês “flip-flop”) de uma camada para a outra.
O modelo considera a existência de dois grandes grupos de proteínas: as integradas e as periféricas. As
proteínas periféricas ou extrínsecas são definidas como proteínas que se dissociam da membrana após trata-
mentos com reagentes polares que não destroem a bicamada. Estas proteínas não estão inseridas na parte
PAREDE CELULAR
A parede celular, parede celulósica ou membrana esquelética celulósica, é uma estrutura de celulose resis-
tente e flexível que delimita as organelas celulares numa célula vegetal.
Classificação
A parede celular pode ser primária e secundária:
- Parede Celular Primária: são formadas basicamente de celulose, hemicelulose e pectinas. Apesar de fina,
ela é resistente e flexível, permitindo assim, o crescimento celular. Possui um teor de água elevado, com cerca
de 70%. Nas paredes primárias, as pontes de hidrogênio proporcionam maior elasticidade à estrutura.
- Parede Celular Secundária: são formadas basicamente de celulose e hemicelulose. Nem todos os organis-
mos vegetais apresentam esse tipo de estrutura. Ela é mais espessa que a primária, além de ser bem resistente
uma vez que é composta de lignina. Possui um teor de água menor que a primária, ou seja, de 20%. As paredes
secundárias limitam o espaço e conferem maior rigidez.
Além da parede primária e secundária, a lamela média é uma camada fina exterior as paredes que tem como
função ligar a célula com outras que estão próximas.
Plasmólise. A: Conformação habitual de uma célula vegetal; B: célula vegetal sujeita um meio hiper-
tônico
Co-transporte
Os processos de co-transporte utilizam a energia armazenada na força motriz protônica, ou seja, no gradien-
te de potencial eletroquímico criado pela extrusão de prótons ( H+ ). Bimembranas de fosfolipídeos puras são
bastante impermeáveis ao H+. Membranas de vegetais possuem proteínas transportadoras para o H++. Estas
permitem ao H+ a se difundir de volta à célula e a estrutura da membrana é tal que só permite este retorno se
ele se move com outro íon ou soluto. Logo a força motriz protônica gerada pelo transporte eletrogênico de H+
é usada para conduzir o transporte de muitas outras substâncias contra o seu gradiente eletroquímico. Este
transporte acoplado e simultâneo de dois íons ou moléculas por um único carregador é chamado co-transpor-
te. Existem dois tipos principais de co-transporte, o simporte e o antiporte. No primeiro caso duas substâncias
movem-se na mesma direção através da membrana. Existem carreadores específicos para diferentes ânions,
co-transportados com H+.
Neste caso, observamos o mecanismo molecular do íon acompanhante, neste mecanismo o H+ se move a
favor de seu gradiente eletroquímico, enquanto que o ânion ou moléculas neutras são transportadas ativamen-
te. Nos mecanismos de antiporte, a absorção de H+ é usada para transportar cátions simultaneamente para
fora das células (troca iônica). Neste caso, o carreador combina-se com o H+ do lado externo da membrana e
com o cátion (sódio, por exemplo) no lado interno.
Diversas funções têm sido sugeridas para o glicocálix. Acredita-se que, além de ser uma proteção contra
agressões físicas e químicas do ambiente externo, ele funcione como uma malha de retenção de nutrientes e
enzimas, mantendo um microambiente adequado ao redor de cada célula. Confere às células a capacidade de
se reconhecerem, uma vez que células diferentes têm glicocálix formado por glicídios diferentes e células iguais
têm glicocálix formado por glicídios iguais.
Nos animais, o glicocálix também terá função de reconhecimento celular, sendo, por exemplo, de grande
importância em transplantes. Assim, quanto mais parecido o glicocalix de uma pessoa for com o de outra, mais
fácil a compatibilidade da doação.
Parede Celular
A parede celular é uma estrutura localizada externamente, envolvendo a membrana plasmática, e está pre-
sente em células vegetais, organismos procariotos e alguns eucariotos, como os fungos. Ela é constituída por
cadeias de glicídios e aminoácidos, que variam entre as espécies, podendo variar até mesmo dentro do mesmo
indivíduo, de acordo com o tipo celular. Em fungos, o principal componente da parede celular é a quitina e, nas
plantas, a celulose.
Função da parede celular
A parede celular apresenta como principal função proteger a célula, reforçando-a externamente. Diante dis-
so, tem papel muito importante para evitar a plasmoptise (ruptura da célula devido ao aumento de líquido em
A cromatina está mergulhada em um líquido, o nucleoplasma ou cariolinfa, constituído por água, sais mine-
rais, proteínas e materiais que participam da síntese de ácidos nucléicos. No nucleoplasma também há um ou
mais nucléolos, corpúsculos nos quais o RNA que forma o ribossomo é sintetizado de acordo com as instruções
do DNA, também presente nesses nucléolos. Esse RNA se junta a proteínas que vêm do citoplasma e forma as
subunidades precursoras dos ribossomos, que são exportadas para o citoplasma.
Evidenciando o DNA
A presença de DNA na cromatina pode ser demonstrada pela técnica de Feulgen (do cientista alemão Ro-
bert Feulgen; lê-se “fóiguem”), na qual se utiliza o reativo de Schiff, produto químico incolor que se torna violeta
ao combinar-se com o DNA. Dizemos, por isso, que o DNA é Feulgen positivo. O RNA não é corado por esse
processo; portanto, é Feulgen negativo.
Características gerais do núcleo celular
Os organismos procariontes, representados pelas bactérias e cianobactérias ou cianofíceas, não possuem
núcleo individualizado, ou seja, delimitado por uma membrana. Nos eucariontes, porém, o núcleo apresenta-se
perfeitamente individualizado e a membrana que o delimita é denominada carioteca.
Variações quanto à forma e quanto ao número
As células eucarióticas geralmente são dotadas de um único núcleo, que normalmente acompanha o for-
mato celular. Assim, o núcleo costuma ser: arredondado nas células isodiamétricas; alongado em células cilín-
dricas ou fusiformes; achatado nas células pavimentosas. Além das células mononucleadas, as mais comuns,
Os experimentos de Balbiani
Os experimentos de merotomia (do grego meros, ‘parte’; tomia, ‘cortar’), realizados pelo cientista francês
Eduard Girard Balbiani, no final do século XIX, evidenciaram a função reguladora do núcleo. A merotomia con-
siste na secção ou corte de uma célula viva para estudo das modificações que vão ocorrendo nos fragmentos.
Trabalhando com amebas seccionadas, Balbiani verificou que a porção nucleada regenerava-se e sobrevivia,
ao contrário da porção anucleada, que degenerava. Quando, porém, em uma porção anucleada era enxerta-
do um núcleo transplantado de outra ameba, aquela porção sobrevivia e se reproduzia. Esses experimentos
demonstraram a importância do núcleo para a manutenção das atividades normais de uma célula, as quais
permitem sua sobrevivência e reprodução. Observe o esquema da figura abaixo.
Representação do processo de síntese proteica que começa no núcleo e depois acontece no citoplasma.
Além disso, quando o organismo precisa crescer ou se reproduzir a célula passa por divisões que acontecem
também no núcleo.
Componentes do Núcleo
O núcleo contém nucleoplasma, substância onde fica mergulhado o material genético e as estruturas que
são importantes para que desempenhe suas funções, como os nucléolos.
E também há a carioteca ou membrana celular, que delimita o núcleo e envolve o material genético.
Esquema básico do compartimento nuclear, mostrando as duas membranas que formam o envelope
Membrana nuclear externa – é contínua com o retículo endoplasmático rugoso, tendo frequentemente ribos-
somos aderidos, capaz, portanto, de sintetizar proteínas.
Espaço perinuclear – é contínuo com o lúmen do retículo endoplasmático.
Membrana nuclear interna – a bicamada lipídica dessa membrana também é semelhante à do retículo en-
doplasmático, sendo contínua com a membrana externa em alguns pontos, porém seus lipídios e proteínas
não se difundem livremente pela membrana externa e pelo retículo. Por isso, a membrana nuclear interna tem
composição especial. Entre as moléculas mais importantes dessa membrana, destacam-se receptores que vão
ancorar a lâmina nuclear, que está abaixo dela, e moléculas envolvidas com a homeostase de cálcio.
Lâmina nuclear – É uma rede de filamentos entrecruzados, classificados como filamentos intermediários por
causa de sua espessura e características de polimerização e despolimerização.
Os filamentos da lâmina são formados por proteínas chamadas laminas (a palavra é assim mesmo, paroxíto-
Esquema simplificado do complexo do poro. Repare que as membranas externa e interna são contínuas,
mas se mantêm isoladas porque proteínas transmembrana que fazem parte da estrutura do poro bloqueiam a
livre movimentação de proteínas e lipídios entre elas.
A estrutura de cada poro é formada por três anéis: o anel citoplasmático, exposto na membrana externa; o
anel nuclear, exposto na membrana interna, e um anel mediano na região do espaço perinuclear. Cada anel
é formado por oito partículas. As partículas do anel mediano são transmembrana, sendo por isso chamadas
estacas radiais, e formam a barreira que limita a fluidez de proteínas e lipídios entre as membranas externa e
interna. Do anel citoplasmático projetam-se longas fibrilas envolvidas com o reconhecimento das moléculas que
poderão atravessar o poro. Do anel nuclear, projetam-se outros filamentos que se prendem a um anel distal,
parecendo uma cesta de basquete. O conjunto desses filamentos mais o anel distal é chamado cesta nuclear.
Os poros nucleares medem cerca de 120 nm. No entanto, o diâmetro do canal formado pelo poro pode variar
entre 9 e 50 nm. Pequenas moléculas, com até 5.000 daltons, são transportadas livremente pelos poros nucle-
ares. Por outro lado, o transporte de proteínas ou subunidades ribossomais, requer mudanças conformacionais
no poro, de forma a aumentar o diâmetro da luz do canal, permitindo o transporte de moléculas de até 26 nm.
Como vimos na unidade 3, o transporte de proteínas através do poro nuclear é mediado por proteínas deno-
minadas importinas ou exportinas. A interação das importinas com as fibrilas citoplasmáticas dos poros nuclea-
res é que vai promover as mudanças conformacionais no poro de forma a permitir a abertura da luz do canal e
o transporte das macromoléculas para o nucleoplasma.
Nucleoplasma
O nucleoplasma é a região delimitada pelo envelope nuclear que contém o material genético e as macro-
moléculas associadas ao controle da expressão gênica. Vamos, agora, conhecer um pouco sobre as principais
estruturas presentes no nucleoplasma.
Figura 1: O núcleo celular possui um envoltório membranoso, chamado carioteca, que separa o conteúdo
do núcleo do restante da célula, além de controlar a passagem de substâncias do núcleo para o citoplasma e
vice-versa.
A carioteca é perfurada por milhares de poros, através dos quais determinadas substâncias entram e saem
do núcleo. Os poros nucleares são mais do que simples aberturas. Em cada poro. existe uma complexa es-
trutura protéica que funciona com o uma válvula, abrindo-se para dar passagem a determinadas moléculas,
fechando-se em seguida. Dessa forma, a carioteca, assim como a membrana plasmática para a célula, pode
controlar a entrada e a saída de substâncias no núcleo.
Figura 2: Compactação do DNA. À molécula de DNA associam-se proteínas nucleares que dirigem
um processo de dobramento da molécula de maneira organizada até a formação de uma estrutura com-
pacta – o cromossomo.
Ao longo de sua estrutura, um cromossomo apresenta uma ou mais constrições. A constrição primária (ou
centrômero) está presente em todos os cromossomos, representando um estrangulamento que origina os seus
braços. Os cromossomos de uma célula que não está em divisão apresentam apenas dois braços, enquanto o
cromossomo de uma célula que se prepara para se dividir apresenta quatro. Isso é o resultado da duplicação do
cromossomo (processo que você conhecerá mais adiante). Cada braço duplicado de um mesmo cromossomo
recebe o nome de cromátide irmã.
Figura 3: Cromossomos de células que não estão em processo de divisão celular apresentam somente dois
braços (em verde), enquanto células que se preparam para entrar em divisão apresentam quatro braços (em
Figura 4:Classificação dos cromossomos de acordo com a posição ocupada pelo centrômero. A) Cromos-
somo telocêntrico; B) Cromossomo acrocêntrico; C) Cromossomo submetacêntrico; D) Cromossomo metacên-
trico.
Nos cromossomos, encontramos os genes. Cada gene corresponde a uma sequência da molécula de DNA
que é responsável pela receita para a produção de uma proteína. Nesse ponto, é importante saber que as pro-
teínas são moléculas que compõem praticamente todas as estruturas celulares, desde organelas a membranas
e até o próprio núcleo.
O número de cromossomos é constante em indivíduos de mesma espécie, mas varia de espécie para
espécie. As células que formam o corpo (chamadas células somáticas) da espécie humana possuem 46 cro-
mossomos em seus núcleos. Desses, 2 cromossomos são sexuais, XX para mulheres e XY para homens e 44
cromossomos são autossomos, ou seja, iguais para ambos os sexos. Texto adaptado de ALBERTS. B, et al.
Citoesqueleto e movimento celular
O citoesqueleto é um sistema de proteínas filamentosas presente tanto em organismos eucariotos quanto
em organismos procariotos. O termo citoesqueleto (originalmente, cytosquelette) foi cunhado pelo embriolo-
gista e zoologista francês Paul Wintrebert, no ano de 1931, ao acreditar na existência de uma rede intracelular
resistente e elástica.
O citoesqueleto é constituído por três sistemas filamentosos: microfilamentos (filamentos de actina), micro-
túbulos e filamentos intermediários. O citoesqueleto participa de uma série de eventos celulares dinâmicos, tais
como: a divisão celular; o transporte intracelular de vesículas; o movimento flagelar ou ciliar; mobilidade celular,
e a fagocitose. Sendo importante, ainda, para a determinação do formato celular e por conferir proteção contra
estresses mecânicos. Veremos, agora, as principais características estruturais e funcionais de cada tipo de
filamento que compõe o citoesqueleto.
MICROFILAMENTOS OU FILAMENTOS DE ACTINA
Os filamentos de actina também são conhecidos por microfilamentos por apresentarem o menor diâmetro
(entre 6 e 8 nm) entre os componentes do citoesqueleto. Os microfilamentos são formados pela polimerização
da proteína globular actina G. A associação dos monômeros de actina G formam dois protofilamentos polari-
zados dispostos de maneira paralela em uma dupla hélice e unidos por interações laterais não-covalentes. O
filamento formado pela união de dois protofilamentos também é conhecido como actina F. A adição das subuni-
dades monoméricas de actina G ocorre na extremidade mais (+), e a despolimerização, na extremidade menos
(-). A polimerização da actina G nos filamentos depende de sua ligação com a molécula de ATP, ao passo que
o desligamento das subunidades de actina G depende da hidrólise do ATP, formando ADP e fosfato inorgânico.
Nos organismos aeróbicos, a equação simplificada da respiração celular pode ser assim representada:
C6H12O6+O2-> 6 CO2 + 6 H2O + energia
A respiração é um fenômeno de fundamental importância para o trabalho celular e, portanto, para manuten-
ção de vida num organismo. A fotossíntese depende da presença de luz solar para que possa ocorrer.
Já a respiração celular, inclusive nas plantas, é processada tanto no claro como no escuro, ocorre em todos
os momentos da vida de organismo e é realizada por todas as células vivas que o constituem. Se o mecanismo
respiratório for paralisado num indivíduo, suas células deixam de dispor de energia necessária para o desem-
penho de suas funções vitais; inicia-se, então, um processo de desorganização da matéria viva, o que acarreta
a morte do indivíduo.
Dessa forma, o metabolismo fotossintético foi de fundamental importância durante a evolução das condições
ambientais, em particular da atmosfera, proporcionando a formação de um filtro retentor de radiação ultravioleta
(camada de ozônio). Tal circunstância causou gradativa estabilidade climática, tornando viável um meio oxi-
dativo favorável ao surgimento de organismos, que a partir de então passaram a realizar reações metabólicas
favorecidas pela respiração aeróbia. Quanto à produção de compostos orgânicos (carboidratos), a fotossíntese
colabora de forma direta e indireta com a manutenção dos níveis tróficos em uma cadeia alimentar, pois os
organismos autotróficos constituem a base sustentadora dos demais níveis: os consumidores herbívoros e
carnívoros.
Processos fotossintéticos: Fase clara e escura
Etapa luminosa ou fotoquímica Nesta etapa acontece uma série de reações onde a energia da luz será trans-
ferida para algumas moléculas em forma de energia química. Essa etapa não ocorre sem que haja o pigmento
clorofila que tem a capacidade de absorver a energia da luz.
A energia contida na luz faz com que alguns elétrons fiquem excitados, isto significa que eles passam para
níveis energéticos mais altos e conseguem escapar na moléculas de clorofila e assim podem são levados por
uma série de enzimas. Assim é feita a fixação da energia da luz solar em certas moléculas químicas.
Etapa escura ou química
Esta etapa compreende a formação de moléculas orgânicas pela incorporação do C02 do ambiente. Os ATP
formados na etapa luminosa vão fornecer energia para ligar moléculas de C02 a moléculas de ribulose-fosfato,
um açúcar de 5 carbonos. Formam-se, então, moléculas de 6 carbonos, que se quebram em duas moléculas
de 3 carbonos. Cada uma dessas moléculas de 3 carbonos, por sua vez, recebe hidrogênios do NADPH2 e se
torna um fosfoglicerato. Veja essa Animação sobre a Fase escura da Fotossíntese.
A partir do fosfoglicerato, constituído por moléculas de 3 carbonos, vão se formar os açúcares, como a glico-
se e a ribulose, os ácidos graxos e os aminoácidos, dos quais vão derivar os açúcares complexos, as proteínas,
as gorduras e outros compostos orgânicos.
Em 1948, o norte-americano Melvin Calvin comprovou a participação do C02 na síntese de glicose na etapa
escura da fotossíntese. Por isso, todas as reações químicas da etapa escura ficaram conhecidas como ciclo
de Calvin.
As reações da etapa escura são indiferentes à luz, mas dependem da etapa luminosa para acontecerem.
Assim, em última análise, as duas etapas ocorrem, na natureza, durante o dia.
As etapas da fotossíntese no cloroplasto
A etapa luminosa acontece nas lamelas e nos grana, e toda a etapa escura acontece no estroma ou matriz.
Assim, água, ADP + P e NADP, que participam da fase luminosa, entram nas lamelas e nos grana, e trans-
Na glicólise, a molécula da glicose é quebrada em dois piruvatos e são produzidos dois ATP.
Dependendo do organismo e do tipo de célula, a respiração celular pode acontecer na presença do oxigênio
(aeróbicos) ou completa ausência (anaeróbicos) e assim a glicólise produzirá substâncias diferentes.
Na respiração aeróbica é originado o piruvato que entra no ciclo de Krebs, enquanto narespiração anaeróbi-
ca, a glicose origina o lactato ou o etanol que participam, respectivamente, da fermentação lática ou alcoólica.
Bioquímica da Glicólise
A glicose é quebrada ao longo de dez reações químicas que geram duas moléculas de ATP como saldo.
Apesar de ser pouca a energia produzida nesse etapa, há substâncias geradas que serão importantes nas
etapas seguintes da respiração.
Inicialmente a molécula de glicose precisa ser ativada, para isso são gastas duas moléculas de ATP e a
glicose recebe fosfatos (provenientes do ATP) formando glicose 6-fosfato. Em seguida esse composto sofre
mudanças na sua estrutura, originando frutose 6-fosfato e frutose 1,6 bifosfato.
Com essas alterações as substâncias são mais facilmente quebradas em moléculas menores. Depois acon-
tece nova fosforilação (entrada de fosfato na molécula) e desidrogenação (hidrogênios são retirados) das subs-
tâncias produzidas, com a participação da molécula NAD (nicotinamida adenina).
Regulação neuro-endócrina
A regulação externa à célula, integrada e simultânea a vários tecidos é dada pela regulação neuro-endócri-
na. Os hormônios são importantes moduladores da atividade enzimática, pois sua ação na célula pode resultar
na ativação de proteínas quinases ou de fosfoproteínas fosfatases, as quais atuam sobre as enzimas, de tal
modo, que estas ganhem ou percam um grupamento fosfato, intimamente relacionado à modulação da ativida-
de enzimática, mecanismo também conhecido por regulação covalente.
Enzimas sofrem regulação covalente por fosforilação de um ou mais de um resíduo de serina, treonina ou
tirosina através da ação de enzimas quinases.
Esta fosforilação pode ser revertida pela ação de enzimas fosfoproteínas fosfatases. A presença do grupo
fosfato modifica a atividade catalítica de várias enzimas importantes do metabolismo celular, ativando-as ou
inibindo-as.
Entre os principais hormônios que influenciam diretamente o metabolismo celular temos: a insulina, o gluca-
gon, as catecolaminas adrenalina e noradrenalina, o cortisol e o hormônio do crescimento entre outros. Como
a presença de insulina está sempre associada a uma situação inicial de hiperglicemia, a sua ação primordial
será a de diminuição da glicemia, no entanto, a presença deste hormônio também significa uma situação de alto
suprimento energético para células, e, neste momento as reações anabólicas, as quais necessitam de energia
para ocorrer, serão favorecidas.
Regulação metabólica é recíproca e antagônica É de fundamental importância compreender que em um
mesmo tecido, vias opostas precisam ser reguladas antagonicamente. Não haveria qualquer sentido se uma
célula, por exemplo, sintetizasse glicogênio ou qualquer outro composto, e o degradasse simultaneamente. Isto
Ilustração simplificada da estrutura do ATP, que é moeda corrente energética que aciona todas as
formas de trabalho biológico. O símbolo ~ significa ligações de alta energia.
Oxidação celular
Átomos de hidrogênio são arrancados continuamente dos substratos de glicídios, lipídios e proteínas durante
o metabolismo energético. Moléculas carregadoras dentro das mitocôndrias, que representam as “usinas quí-
Molécula de aminoácido
Observe na figura a presença de diversos grupos na composição dos aminoácidos. Cada molécula de ami-
noácido é composta de um átomo de C, que se ligará a um hidrogênio, a um grupo amino, a uma carboxila e a
um grupo orgânico que chamaremos de resíduo. Este grupo residual difere de aminoácido para aminoácido e
determina sua propriedade.
Existem 20 aminoácidos no total, sendo doze são naturais e oito, essenciais. Observe:
SERES VIVOS
Classificação dos Seres Vivos
A sistemática é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e compreender as relações
filogenéticas entre os organismos.
Inclui a taxonomia (ciência da descoberta, descrição e classificação das espécies e grupo de espécies, com
suas normas e princípios) e também a filogenia (relações evolutivas entre os organismos). Em geral, diz-se que
compreende a classificação dos diversos organismos vivos. Em biologia, os sistematas são os cientistas que
classificam as espécies em outros táxons a fim de definir o modo como eles se relacionam evolutivamente.
O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as plan-
tas e animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou
a respeitar as relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em
características externas.
Para isso se utilizam também características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem
disponíveis para os táxons em questão. é a esse conjunto de investigações a respeito dos táxons que se
Ananas comosus
Ananas ananassoides
Estas duas espécies do gênero ananas são chamadas pelo mesmo nome popular Abacaxi.
Outro exemplo é o crustáceo de praia Emerita brasiliensis, que no Rio de Janeiro é denominado tatuí, e nos
estados de São Paulo e Paraná é chamado de tatuíra.
Em contra partida, animais de uma mesma espécie podem receber vários nomes, como ocorre com a onça-
-pintada, cujo nome científico é Panthera onca.
A epiderme é constituída de tecido epitelial, cujas células apresentam diferentes formatos e funções. Elas
são originadas na camada basal, e se movem para cima, tornando-se mais achatadas à medida que sobem.
Quando chegam na camada mais superficial (camada córnea) as células estão mortas (e sem núcleo) e são
compostas em grande parte por queratina. Entre a camada basal (mais interna) e a córnea (mais externa), há a
A derme é constituída de tecido conjuntivo fibroso, vasos sanguíneos e linfáticos, terminações nervosas e
fibras musculares lisas. É uma camada de espessura variável que une a epiderme ao tecido subcutâneo, ou
hipoderme. Sua superfície é irregular com saliências, as papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias
da epiderme.
Apêndices da Pele
Unhas, Cabelos e Pelos
As unhas são placas de queratina localizadas nas pontas dos dedos que ajudam a agarrar os objetos. Os
pelos estão espalhados pelo corpo todo, com exceção das palmas das mãos, das solas dos pés e de certas
áreas da região genital. Eles são formados de queratina e restos de células epidérmicas mortas compactadas
e se formam dentro do folículo piloso. Os cabelos, espalhados pela cabeça crescem graças às células mortas
queratinizadas produzidas no fundo do folículo; elas produzem queratina, morrem e são achatadas formando o
cabelo. A cor dos pelos e cabelos é determinada pela quantidade de melanina produzida, quanto mais pigmento
houver mais escuro será o cabelo.
Receptores Sensoriais
São ramificações de fibras nervosas, algumas se encontram encapsuladas formando corpúsculos, outras
estão soltas como as que se enrolam em torno do folículo piloso. Possuem função sensorial, sendo capazes de
receber estímulos mecânicos, de pressão, de temperatura ou de dor. São eles: Corpúsculos de Ruffini, Corpús-
culos de Paccini, Bulbos de Krause, Corpúsculos de Meissner, Discos de Merkel, Terminais do Folículo Piloso
e Terminações Nervosas Livres. Veja a figura a seguir:
Os músculos não estriados apresentam contração lenta e involuntária, ou seja, são responsáveis por aque-
les movimentos que ocorrem independentemente da nossa vontade, como os movimentos peristálticos.
Os músculos estriados esqueléticos são aqueles que se fixam nos ossos através dos tendões (cordões fi-
brosos), caracterizam-se por contrações fortes e voluntárias. Isso quer dizer que são responsáveis pelas ações
conscientes do nosso corpo, como andar e fazer exercícios.
O músculo estriado cardíaco, como o próprio nome diz, é o músculo do coração. É ele o responsável pelos
batimentos cardíacos, suas contrações são fortes e involuntárias.
A principal característica do sistema muscular é a capacidade de se contrair e relaxar. Aliás, é o equilíbrio
Enzimas Digestivas
O processo de digestão é facilitado pelas enzimas digestivas, como as amilases, que agem sobre o amido;
as proteases, que atuam sobre as proteínas; e as lípases, que trabalham nos lipídios.
Os rins funcionam como um filtro que retém as impurezas do sangue e o deixa em condições de circular pelo
organismo.
Eles participam do controle das concentrações plásmicas de íons, como sódio, potássio, bicarbonato, cálcio
e cloretos.
De acordo com as concentrações no sangue, esses íons podem ser eliminados em maior ou menor quanti-
dade na urina, através do sistema urinário. As principais substâncias que formam a urina são uréia, ácido úrico
e amônia.
MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
COURO CABELUDO
Galea aponeurótica
A galea aponeurótica (aponeurose epicraniana) cobre a parte superior do crânio.
Em sua região posterior junta-se entre o intervalo de sua união com os músculos occipitais, especificamente
na protuberância occipital externa e nas linhas mais altas do osso occipital do pescoço.
Na fronte, ele forma uma extensão curta e pequena entre a união com o músculo frontal.
Músculos infra-hióideos
Músculos supra-hióideos
O Mediastino Posterior é um espaço triangular irregular que corre paralelo a coluna vertebral. Está limitado
anteriormente pelo pericárdio, pelo diafragma inferiormente, posteriormente pela coluna vertebral desde a 4º
à 12º vértebra torácica de cada lado pela pleura pulmonar. Contém a porção torácica da aorta descendente, a
veias ázigos e as duas hemiazigos, os nervos vagos e esplâncnicos, o esôfago, ducto torácico e alguns linfo-
nodos.
“Os métodos contraceptivos são utilizados por pessoas que têm vida sexual ativa e querem evitar uma gravi-
dez. Além disso, a camisinha, por exemplo, protege de doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Há vários tipos de métodos contraceptivos disponíveis no mercado, como a camisinha masculina, camisinha
feminina, o DIU (dispositivo intrauterino), contracepção hormonal injetável, contracepção hormonal oral (pílula
anticoncepcional), implantes, espermicida, abstinência periódica, contracepção cirúrgica, contracepção de
emergência, entre outros.
Entre tantos métodos disponíveis, torna-se necessário o auxílio de um médico para escolher qual método uti-
lizar, pois ele levará em consideração a idade, a frequência em que mantém relações sexuais, necessidades
reprodutivas, saúde etc.
É muito importante ter consciência de que qualquer método escolhido só funcionará se for utilizado da manei-
ra correta.
Entre os métodos contraceptivos, há os que são reversíveis e os que são irreversíveis. Os métodos reversí-
veis, também chamados de temporários, são aqueles que, ao interromper o uso, é possível engravidar. Os
métodos irreversíveis, também conhecidos como definitivos, são aqueles que exigem uma intervenção cirúrgi-
ca, como vasectomia, para os homens; e laqueadura tubária, para as mulheres.”
6 Fonte: www.minhavida.com.br
Exercícios
1. As células são estruturas conhecidas como unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. Elas
são formadas basicamente por substâncias orgânicas e inorgânicas. São consideradas substâncias inorgâni-
cas:
(A) lipídios e proteínas.
(B) proteínas e água.
(C) sais minerais e vitaminas.
(D) água e sais minerais
(E) lipídios e carboidratos.
2. Muitas pessoas pensam que os lipídios trazem apenas malefícios à saúde e que podem ser facilmente
excluídos da nossa alimentação. Entretanto, essa substância orgânica é essencial para o organismo. Nas cé-
lulas, os lipídios:
(A) fazem parte da composição das membranas celulares.
(B) são a única fonte de energia.
(C) estão relacionados principalmente com a função estrutural.
(D) atuam na formação da parede celular.
(E) são as moléculas formadoras de grande parte das enzimas.
3. Os carboidratos são substâncias orgânicas que atuam, principalmente, fornecendo energia para a célu-
la. O amido, por exemplo, é um carboidrato de origem vegetal amplamente disponível na natureza e também
bastante consumido. Estima-se que cerca de 80% das calorias que consumimos sejam oriundas desse carboi-
drato. A respeito do amido, marque a alternativa que indica corretamente sua classificação dentro do grupo dos
carboidratos.
(A) Monossacarídeos.
(B) Dissacarídeos.
(C) Oligossacarídeos.
(D) Polissacarídeos.
(E) Trissacarídeos.
4. (UEMS) O corpo humano é constituído basicamente de água, sais minerais e macromoléculas como
carboidratos, proteínas e lipídios. Entre as afirmativas abaixo, assinale a que não está relacionada com as pro-
priedades das proteínas:
(A) Colágeno, queratina e actina são exemplos de proteínas com função de constituição e estruturação da
matéria viva.
(B) São constituídas por vários aminoácidos unidos por ligações peptídicas.
(C) Quando submetidas a elevadas temperaturas, sofrem o processo de desnaturação.
(D) Fornecem energia para as células e constituem os hormônios esteroides.
(E) São catalisadores de reações químicas e participam do processo de defesa como anticorpos contra an-
tígenos específicos.
5. (UECE) A farinha de mandioca, muito usada no cardápio do sertanejo nordestino, é um alimento rico em
energia. Entretanto, é pobre em componentes plásticos da alimentação. Quando nos referimos ao componente
energético, estamos falando daquela substância que é a reserva energética nos vegetais. Quanto aos compo-
Gabarito
1 D
2 A
3 D
4 D
5 C
6 A
7 D
8 C
9 B
10 A
11 D
12 D
13 C
14 C
15 B
16 C
17 A
18 E
19 E
20 C
21 E
22 C
23 D
24 C
25 D