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A DOUTRINA DO HOMEM

ESP. RODRIGO LIMA JR

◦ BACHAREL EM TEOLOGIA COM ESPECIALIZAÇÃO EM


TEOLOGIA SISTEMÁTICA;
◦ PEDAGOGO COM ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
ECLESIÁSTICA;
◦ ADVOGADO COM ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO PÚBLICO
E PROCESSO CIVIL;
2
INTRODUÇÃO
A antropologia é a área da ciência que se
dedica ao estudo aprofundado sobre o ser
humano. A antropologia bíblica, por sua vez,
volta-se à articulação entre a existência
humana e as escrituras sagradas, refletindo
sobre a origem do ser humano, sua
constituição, sua vida individual e coletiva, e
também sobre a realidade prática. 3
Por essa razão é fundamental refletir sobre
algumas questões:
◦ Quem é o ser humano?
◦ Como ele surgiu?
◦ De onde ele veio?
◦ Para onde ele vai?
◦ Qual a sua constituição?
A antropologia bíblica permite a reflexão em
busca dessas resposta que consomem a
humanidade. 4
1 UNIDADE I
o Conceitos e definições
o A origem do ser humano e suas perspectivas:
• Perspectiva evolucionista
• Perspectiva criacionista
• Perspectiva evolucionista teísta 5
I. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
1.1 Conceito etimológico
A palavra Antropologia, é composta por dois
termos de origem grega, sendo:
◦ antropoV (antropós) que significa Homem
◦ logo (lógos) que significa estudo, doutrina,
ensinamento.
No sentido etimológico a expressão
antropologia significa o estudo doutrinário
acerca do ser humano. 6
1.2 Conceito teológico
Num aspecto teológico o termo se refere a
doutrina que estuda o ser humano, a partir
de uma perspectivas das escrituras
sagradas, mormente no que tange a Deus, à
sua origem, constituição, natureza espiritual
e moral, a sua natureza presente, atividade,
deveres e destino. No aspecto científico, esta
ciência estuda o homem no sentido psico-
físico-social e sua história natural. 7
II. A ORIGEM DO SER HUMANO
2.1 – A teoria Evolucionista
Afirma que as espécies animais e vegetais
existentes na terra são mutáveis, pois, sofrem
mutações ao longo das gerações, através de
modificações graduais, que inclui a formação
das raças e novas espécies.
2.1.1 – O surgimento dessa teoria
Até o século XVIII não se tinha dúvidas que
este tinha sido criado por um ser supremo, ou
seja, pelo Deus apresentado pelas religiões. 8
PRINCIPAIS EXPOENTES DO EVOLUCIONISMO

Jean-Baptiste Lamark (Francês)

August Weismann (Alemão)

Charles Robert Darwin (Inglês)


9
Nesse momento, devido a influência
racionalista do Iluminismo, e pela filosofia
Positivista, uma nova proposta foi
apresentada para tentar explicar a origem do
universo e dos seres que nele habitam.
2.1.2 – Os principais expoentes dessa teoria
a) Jean-Baptiste Lamark: foi o primeiro a
propor uma teoria que girasse em torno da
evolução das espécies, ele propunha que
fatores ambientais podiam modificar certas
características dos indivíduos.
10
Defendeu o transformismo como responsável
pela modificação dos seres vivos ao longo do
tempo. Dizia que filhos de pessoas que
normalmente tomam muito sol nasceriam
mais morenos, do que aqueles que não estão
habituados à constante exposição ao sol.
b) August Weismann: no século XIX o biólogo
alemão pôs em dúvida essa teoria, ao fazer
uma experiência com ratos, cortando-os seus
rabos para observar se seus filhos nasciam
com rabos menores, a conclusão foi negativa,
descredibilizando a teoria de Lamark. 11
c) Charles Robert Darwin: a partir de 1831, o
cientista e filósofo inglês, iniciou uma incursão
naval por vários países entre os quais visitou
as ilhas Galápagos. Durante sua viagem
colecionou fósseis e observou inúmeras
espécies vegetais e animais, além de assistir
inúmeros fenômenos geológicos como
erupções vulcânicas e terremotos. Esta longa
viagem proporcionou a publicação de sua
mais importantes obra escrita: A origem das
espécies.
12
2.1.3 – Darwin e as bases de sua Teoria
Como conclusão de seus estudos estabeleceu
alguns postulados que são :
A) A teoria da mutabilidade das espécies:
Observou de que à medida que ele passava
de uma região para outra, um mesmo animal
apresentava características distintas. Notou
ainda que, entre as espécies extintas e as
atuais, existiam traços comuns, embora
bastante diferenciados. Isso levou-o a supor
que os seres vivos são mutáveis.
13
B) A teoria da seleção natural: afirmava que
em cada espécie havia uma permanente
concorrência. Nessa seleção, somente os mais
aptos conseguem sobreviver, e a própria
natureza é quem se incumbe de realizá-la.
C) A teoria da seleção artificial: observou
que os espécimes botânicos cultivados são
bem mais aprimorados do que os que nascem
naturalmente. Declarava, que os fazendeiros,
criam animais para serem reprodutores, mas
somente os que apresentam características.
14
Essa seleção artificial visa, pois, transmitir a
cada nova geração da espécie uma soma de
características que permitam, além da melhor
adequação ao ambiente, seu aprimoramento
progressivo.
Em 1859, Charles Darwin revelou suas
conclusões, ao preparar um resumo de seu
estudo sobre a Seleção Natural.
Sem conseguir provar nada, morreu de um
ataque cardíaco em Down, a 19 de abril do
ano de 1889.
15
2.1.4-Problemas da teoria darwinista
Existem vários problemas insuperáveis que os
evolucionistas são obrigados a enfrentar antes
da teoria poder ser aceita como verdadeira:
◦ Tanto a Terra como o Universo tiveram um
início e nem sempre existiram;
◦ A ausência de dados quanto à origem da
vida sobre a terra;
◦ A repentina aparição da vida, tal como a
evidenciam os fósseis;
16
◦ O fato de que muitos “tipos” do reino
animal, tanto os simples como os
complexos, aparecem simultaneamente
logo no princípio e seguem existindo hoje
sem mudança ou transformação.
◦ Não existem fósseis “de transição” entre as
formas vitais mais simples e as mais
complexas;
◦ Não existe a menor prova das mudanças
de um tipo para outro, em lugar de “elos
perdidos” falta a corrente inteira.
17
II. A ORIGEM DO SER HUMANO
2.1 – A perspectiva criacionista
Defende a criação instantânea dos animais,
pois, de acordo com essa perspectiva, Deus
ordenou e pela sua palavra as coisas são
criadas no mesmo instante. Também afirma
que o ser humano é criação divina, e que essa
criação é imutável, defendendo que os
animais, foram criados de acordo com as
suas espécies e o ser humano de acordo com
a imagem e semelhança divina (Gn. 1.20-28). 18
2.3 – O EVOLUCIONISMO TEÍSTA
Os partidários desse pensamento, afirmam
que Deus, de alguma forma opera através da
evolução. Para eles, Deus criou, porém, a
evolução se encarregou de concluir esse
processo criativo.
Declaram que o corpo humano, assim, como
todas as demais formas de vida animal e
vegetal, surgiram unicamente , pela ação da
lei natural, ou através do que podemos
chamar de “desenvolvimento casual”.
19
2.3 – O EVOLUCIONISMO TEÍSTA
Os partidários desse pensamento, afirmam
que Deus, alguma forma opera através da
evolução, ou seja, Deus criou, porém, a
evolução é também de certo modo
verdadeiro.
Esse pensamento insiste que o corpo humano,
assim, como todas as demais formas de vida
animal, mesmo vegetal, surgiram unicamente
, pela ação da lei natural, ou através do que
podemos chamar de “desenvolvimento
20
casual”. Admitindo, talvez, que uma “mente”
Admitindo, talvez, que uma “mente” tenha
planejado tudo originalmente , “dando-lhe
corda” e pondo-o em marcha; porém, nada
tem a ver com o processo posterior.

2.3.1 Problemas do evolucionismo teísta


A) Não conseguem explicar como o homem
pode passar a ter alma vivente em Gn. 2.7
quando, se fosse uma outra criatura, ele já
teria sido alma vivente como os outros
animais, em Gn. 1.20-21;
21
2 UNIDADE II
o A DOUTRINA BÍBLICA DA ORIGEM
DO SER HUMANO
22
II. A ORIGEM DO SER HUMANO
2.1 A perspectiva bíblica
A perspectiva criacionista tem como
fundamento dos seus postulados as
escrituras sagradas, que defendem a origem
do ser humano, a partir da criação divina,
sendo portanto, instantânea (ainda que
tenha passado por um processo de
formação), de acordo com a sua espécie e
imutável. 23
2.2 O relato das escrituras
As escrituras oferecem inicialmente, dois
relatos da criação do ser humano (Gn. 1.26-
27; 2.7, 21-23). No primeiro texto tem-se uma
descrição geral, destacando a ordem em que
a criação se deu, enquanto, no segundo a
bíblia oferece uma narrativa pormenorizada
da criação do ser humano, relatando como
ele foi formado, quais as atividades iniciais
ocupadas por ele, e depois, como se deu a
criação da mulher. 24
É evidente que na escritura, tem-se um vasto
acervo textual que comprovada a origem do
ser humano a partir do ato criativo de Deus.
a) Antigo Testamento
◦ Exôdo 20.11;
◦ Neemias 9.6;
◦ Jó 33.4;
◦ Salmo 8.4-6; 139.13-14
◦ Eclesiastes 7.29;
◦ Isaías 42.5; 45.12, 18; 64.8;
◦ Malaquias 2.10; 25
b) Novo Testamento
◦ Mateus 19.4;
◦ João 1.3;
◦ Atos 17.26-28;
◦ Romanos 1.20;
◦ 1 Coríntios 8.6;
◦ Efésios 2.10; 3.9;
◦ Colossenses 1.16;
◦ 1 Timóteo 4.4;
◦ Hebreus 2.6-7;
◦ Apocalipse 4.11; 26
2.3 As característica da criação
2.3.1 O ser humano é uma criação especial
de Deus (Gn. 1.26-28; 2.7)
Diferentemente das demais criações onde
Deus utilizou o poder de sua palavra,
dizendo, “haja”, o homem foi formado do pó
da terra (Gn. 2.7; 3.19; 103.14; Ec. 3.20; 12.7),
sendo minuciosamente esculpido por Deus,
recebendo o nome hebraico de (ãdãm) que
significa “homem, varão, gênero humano,
pessoas, alguém”. 27
Martins (2007, p. 397) “A humanidade não se
originou de um processo evolutivo aleatório,
mas de um ato consciente e proposital de Deus.
Por isso, existe um motivo para a existência
humana definida de acordo com a intenção do
criador”.
Berkoff (2007, p.168) diz que “essa criação foi
única, pois, “foi precedida por um conselho
solene; foi um ato imediato de Deus; foi criado
conforme um tipo Divino; foi criado com
natureza material e espiritual; foi colocado em
posição exaltada”. 28
b) Foi criado a partir de um conselho solene
A criação do ser humano se deu a partir de um
conselho solene na eternidade. O texto
demonstra ela foi determinada por Deus ao
dizer: “Façamos o homem a nossa imagem,
conforme a nossa semelhança” (Gn. 1.27).
A palavra “façamos” vem do hebraico ‫ֲשׂה‬ ֶ ‫ַנﬠ‬
(naaseh) que significa “fazer, realizar; nomear;
deter-se”. No hebraico esse termo é um “plural
de majestade” o que dificulta a compreensão
permitindo várias interpretações. 29
Quanto ao significado dessa expressão,
existem muitas divergências e interpretações:
◦ Judeus: para os eruditos do judaísmo, essa
palavra possui a função gramatical “plural
de majestade” ou “plural de comunicação”
no qual Deus inclui os seus anjos nesse
decreto eterno.
◦ Cristãos: costumam interpretar esse termo
como a existência trinitária de Deus;
◦ Outros: compreendem esse termo como
um plural de auto-exortação. 30
Berkoff (2004, p. 168) diz que a compreensão do
judaísmo é muito improvável, pois, essa figura
gramatical surgiu em data muito posterior em
relação ao registro do texto;
Também declara que seria impossível que esse
termo fosse plural de comunicação, pois, faria
dos anjos co-criadores com Deus, sem dizer que
o homem teria sido criado de uma imagem e
semelhança de anjos. Não cabe também plural
de auto exortação, pois, qual a razão de um
plural de auto exortação a não ser que haja
uma pluralidade em Deus? 31
b) Criado a imagem e semelhança de Deus
Quando Deus disse: “Façamos o homem a
nossa imagem, conforme a nossa
semelhança” (Gn,1.27). As palavras hebraicas
que são utilizadas para descrever esses dois
termos são: “tselem” para “imagem” e “demût”
para “semelhança” que significa algo similar,
mas não idêntico, a coisa que representa ou
ainda pode ser utilizada como “Algo que
representa outra coisa”. Sendo assim essa
imagem e semelhança não diz respeito a32
semelhança física ou corpórea.
b) Criado a imagem e semelhança de Deus
Quando Deus disse: “Façamos o homem a
nossa imagem, conforme a nossa semelhança”
(Gn,1.27), Ele estava declarando a natureza
originária do ser humano, assim como, o
distinguindo-o dos demais seres criados.
Erickison (1997, p. 217) afirma que “a imagem
de Deus distingue o homem de todas as outras
criaturas; é o que nos faz humanos”. A
compreensão dessa verdade é fundamental
para entender quem é o ser humano.
33
As palavras hebraicas que são utilizadas para
descrever esses dois termos são: “tselem” para
“imagem” e “demût” para “semelhança”. O
primeiro termo significa “figura, imagem,
forma, semblante”. Enquanto o segundo quer
dizer “parecer, ser parecido com”. Ou seja,
significa algo similar, mas não idêntico, aquilo
que representa ou ainda pode ser utilizado
como “algo que representa outra coisa”.
Essa expressões, também tem sido alvo de
muitas interpretações, como se verá a seguir.
34
Há três maneiras gerais de entender a
natureza da imagem de Deus no ser humano.
◦ Concepção substantiva: essa concepção
vem predominando ao longo da história da
teologia cristã. Ela acredita que a imagem
de Deus consiste em certas características
da própria natureza da raça humana,
características que podem ser físicas,
psicológicas ou espirituais.
◦ Embora haja divergência quanto a natureza
da imagem, concordam que ela está situada
no ser humano. 35
◦ Concepção relacional: considera a imagem
como a vivência de um relacionamento
entre homens e Deus. Emil Bruner e Karl
Barth, declaravam que a imagem de Deus
não é uma entidade que possuímos, mas,
uma experiência que está presente quando
um relacionamento está em atividade.
◦ Concepção funcional: compreendem que a
imagem, não é algo que os homens são ou
vivenciam, mas, algo que eles fazem, ou
seja, o exercício do domínio da criação.
36
2.3.2 A natureza da imagem de Deus
O assunto é complexo e divergente. Contudo,
se não é possível resolver completamente o
assunto, pode-se apresentar algumas
conclusões a respeito da natureza da imagem
de Deus no ser humano.
a) A imagem de Deus é universal
Todos os seres humanos receberam a
imagem de Deus. Uma vez que Adão o cabeça
da raça foi criado a imagem e semelhança,
todos seus descentes também. 37
b) A imagem não se perdeu
Ao contrário do que propõe a doutrina
calvinista da “depravação total”, na queda o
homem não perdeu as características da
imagem, apesar de terem sido comprometidas
pelo pecado. Contudo, a obra de Cristo as
restaura gradualmente (2Co.3.18; Rm. 8.29),
esta será concluída por ocasião de sua vinda
(1Co. 15.51-57). Desse modo, a imagem não é
algo externo, mas, intrinsicamente ligado a
humanidade deste ser. 38
c) A imagem não está presente com variável
Não há nenhuma indicação bíblica de que a
imagem de Deus esteja presente em maior ou
menor grau numa pessoa. O fato de alguém,
possuir dotes naturais, tais, como uma
inteligência elevada, não são prova da presença
ou gradação da imagem de Deus.
Em face das declarações anteriores podemos
afirmar que a imagem de Deus no ser humano
deve ser entendida como algo substantivo e
estrutural, localizada na sua própria natureza,
e que diz respeito ao que somos. 39
2.3.3 As características da imagem de Deus
A imagem de Deus diz respeito aos elementos
que na constituição do ser humano foram
comunicadas pelo criador, por meio do seu
sopro (heb. Ruach), que além de o tornar alma
vivente, fez com recebesse os chamados
atributos comunicáveis. Esses atributos
permitem ao ser humano, tornar-se um retrato
de Deus (tselem e demût) possuindo, natureza
espiritual, vontade própria (livre-arbítrio),
sensibilidade (emoções), intelecto (razão). 40
a) Atributos recebidos por meio da imagem
◦ Imortalidade: o homem pode ser
considerado imortal, pois, continua vivo
mesmo depois de sua morte física.
◦ Racionalidade: aqui está incluído o intelecto
e a vontade com suas funções. Sem esta
semelhança, Deus não poderia comunicar-
se conosco, seria impossível recebermos a
revelação de Deus.
◦ Espiritualidade: é o que capacita o ser
humano a ter comunhão com Deus; 41
◦ Vontade própria: o livre-arbítrio é outra
dádiva que recebemos, derivante da
imagem e semelhança de Deus;
◦ Natureza moral: o homem possui senso de
moralidade;
◦ Personalidade: é o que determina a
individualidade moral; é o elemento estável
da conduta de uma pessoa; sua maneira
habitual de ser; aquilo que a distingue de
outra. Isso destaca a individualidade
humana. 42
2.4 A criação da mulher
O fato do homem ter sido criado a “imagem e
semelhança” de Deus, logo este descobriu a
necessidade de relacionar-se com outro ser de
sua espécie. Por isso, o próprio Deus testificou:
“não é bom que o homem vivesse só” (Gn.
2.18). Desse modo, Deus criou a mulher
conferindo-lhe características, condições e
função distinta do homem. Essas
características formam o propósito da criação
da mulher, sendo: 43
◦ Foi criada para formar com o homem a
perfeita comunhão, representado a
comunhão entre a Trindade;
◦ Foi criada para cumprir com o homem os
propósitos de Deus na terra;
◦ Foi criada de uma porção constitutiva do
homem;
◦ Recebeu um papel distinto daquele
cumprido pelo homem;
44
2.5. Argumentos em favor do criacionismo
Não obstante ao fato da outras teorias não
possuírem argumentos convincentes, o
criacionismo apresenta vários argumentos que
evidenciam sua veracidade:
A) O argumento da unidade racial
As escrituras do Antigo Testamento ensinam que
todo ser humano descende de um só casal (Gn.
1.27,28; 2.7,22; 3.20; 9.19). O Novo Testamento
também ampara esse conceito (At. 17.26; 1Co.
15.21-22; Rm. 5.12, 19; 1 Co. 15.21,22; Hb. 2.16)
45
B) A ciência comprova a unidade racial
◦ O argumento histórico (formação racial):
até onde se pode delinear a história das
nações e tribos em ambos os hemisférios, a
evidência aponta para uma única origem e
um só ancestral na Ásia central.
◦ O argumento da Filologia (estudo das
línguas): a Filologia comparativa aponta para
uma origem comum de todas as mais
importantes línguas e não fornece nenhuma
evidência de que as menos importantes
também não sejam derivadas. 46
◦ O argumento da Psicologia (As almas são
idênticas): a alma independente da raça,
etnia ou nação tem em comum o mesmo
apetite, instinto e paixões animais, as mesmas
tendências e capacidades, e acima de tudo,
as mesmas qualidades superiores,
características morais e mentais pertencente
exclusivamente ao homem.
◦ O argumento das ciências naturais ou da
fisiologia: é de opinião comum entre os
fisiologista que a raça humana constitui tão
somente uma única espécie. 47
◦ Como prova dessas afirmações argumenta-
se as seguintes questões:
• As inumeráveis gradações intermediárias
que estabelecem conexão entre as assim
chamadas raças uma das outras;
• A identidade essencial de todas as raças nas
características cranianas, osteológicas e
dentais;
• A fertilidade de uniões entre indivíduos dos
mais diversos tipos e a continuada
fertilidade do produto dessas uniões;
48
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todo ser humano é uma criatura de Deus, feita a
sua imagem e semelhança. o Eterno dotou cada
pessoa com atributos comunicáveis, concedendo-
lhes natureza espiritual, racionalidade,
sensibilidade, vontade própria, além de outras
características da personalidade que possibilitam
ao ser humano servir e adorar ao seu criador. Ao
utilizarmos esses dons para esses fins, nos
tornamos mais próximos daquilo para o qual
fomos criados, e assim, somos de fato humanos.
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PR. RODRIGO LIMA JÚNIOR
E-mail: pastorrodrigolima@gmail.com
Contato: (96) 99114-4077

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