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ANTROPOLOGIA
(DOUTRINA DOS HOMENS)
A. INTRODUÇÃO.
A Palavra Antropologia significa “estudo do homem” é uma composição grega formada por:
Antropos: homem e logia: estudo ou tratado racional. Assim, a Antropologia é a ciência que estuda
a história natural do homem, a natureza e a cultura humana.
1. A Antropologia Científica:
Que tem como objetivo estudar o homem por suas características físicas.
2. A Antropologia Religiosa:
Entende que o homem não é apenas um ser vivo (animal, vegetal, biológico), mas que o
homem é um ser espiritual, é assim deve ser estudado de forma física-espiritual.
Entre outras falsas teorias a respeito da origem do homem a que mais se destaca é a
Teoria Evolucionista:
Ela ensina que: em tempos remotos apareceram a matéria e a força – mas como e quando
a ciência não sabe. Dentro da matéria e da força surgiu uma célula viva – mas de onde surgiu a
ciência não sabe. Nessa célula havia uma centelha de vida da qual surgiram todas as coisas vivas,
desde o vegetal até o homem, um desenvolvimento controlado por leis que em conexão com o
meio ambiente explicam a origem de várias espécies.
Uma espécie é uma classe de seres vivos que tenham características comuns, a espécie
pode produzir variedade, que gera uma raça mais elevada.
Essa teoria não pode ser comprovada. Lendo um texto sobre evolução vê-se chavões
como: “crê-se que, admite-se que, talvez, possivelmente, mais ou menos, etc”, portanto uma teoria
vulnerável e falha.
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C. O EVOLUCIONISMO E A BÍBLIA.
Dos povos antigos somente os Hebreus não adoravam nenhum animal ou astro celeste,
eles se identificavam como povo de Jeová, por possuir um único Deus, invisível, soberano, e
criador de tudo, inclusive do homem.
Em Gn 3:19 o próprio Deus afirma: “Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que
tornes a terra, porque dela foste tomado, pois és pó, e ao pó tornaras”. O apóstolo Paulo afirma
que a carne do homem é diferente da carne de animais I Co15:39.
O evolucionismo afirma também que a história do homem vai até 1milhão e 750 mil anos.
Dados absurdos, pois existe comprovação científica de que o homem é um ser novo e que possui
cerca de 6 mil anos, mesmo contando o período antidiluviano.
Os evolucionistas tentam unir o homem ao irracional, mas Jesus veio ao mundo para unir o
homem a Deus. A verdadeira ciência não entra em contradição com a Palavra de Deus, os
cientistas nunca acharam algo que contradiga a Palavra de Deus.
O homem desde a Antigüidade vem se preocupando com suas origens com o seu
surgimento. A ciência também, procurando descobrir o por quê das diferentes características do
homem: a altura; cor da pele; cabelo; as diversidades de línguas. Daí surgiram muitas falsas
teorias a respeito da origem do homem e de sua unidade, ou seja, sobre a criação divina e a
criação do primeiro homem, o cabeça da raça.
• Teoria autoctonista:
Os homens surgiram da terra por meio de uma classe de gerações espontâneas. Esta
teoria, sem fundamentos sólidos, logo foi desacreditada.
Proposta por Agassis, essa teoria dizia que existiram diferentes centros de criação.
• Teoria preadamita:
Desenvolvida em 1655 por Peirerius que defendeu que supostamente havia homens na
terra antes que Adão fosse criado. Essa teoria foi aceita e difundida por Winchell um filósofo que
não negava a unidade da raça, mas considerava Adão como o primeiro homem só da raça judaica
e não como cabeça de toda a raça humana.
• Teoria de Fleming:
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Fleming, em anos mais recentes, afirmou haver razões para acreditar que houvesse raças
inferiores ao homem antes da aparição de Adão, essas raças seriam inferiores aos adamitas, e
distintas dos demais animais, a veracidade dessa teoria nunca pode ser comprovada.
Há muitos argumentos a favor do relato bíblico sobre a unidade da raça humana, como
por exemplo:
3º Argumento da História: A história das tradições humana e das migrações aponta para
uma origem comum.
Assim, o ensino bíblico relata que toda a humanidade tem um tronco em comum, isto é,
descendem de um só casal, Adão e Eva. Veja: At 17:26; Rm 5:12,19; I Co 15:21,22).
Na criação Deus utilizou o Verbo, a Palavra para originar todas as coisas, vejamos: “E
disse Deus haja luz... E disse Deus haja um firmamento no meio das águas... E Disse Deus haja
luminares no firmamento do céu” (Gn 1:3, 7, 14). Mas, ao criar o homem, Deus utilizou material já
existente – a terra - para fazer o corpo físico, e espiritualmente Ele soprou em suas narinas, o
homem tornou-se alma vivente (Gn 2:7).
Is 43:7 “a todo aquele que é chamado pelo meu nome, e que criei para minha glória, e que
formei e fiz”.
O homem veio a existência por um ato criador, recebeu um organismo físico e foi feito ser
pessoal e vivo (Gn 1:27; Gn 2:7; Zc 12:1). No texto de Isaías encontramos três palavras hebraicas
que descrevem a tríplice preparação do homem para sua vida e trabalho sobre a terra:
O homem não é apenas uma criação de Deus, há entre eles uma relação mais profunda, o
homem foi “formado” para viver numa situação familiar com Deus, numa íntima comunhão. Como
coroa da criação, na sua formação o homem recebeu um tratamento diferenciado das demais
criaturas:
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Gn 1:11 “E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores
frutíferas que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a
terra. E assim foi”.
Os seres vivos foram criados com formas típicas “segundo a sua espécie”. O homem não
foi criado conforme o tipo de criaturas inferiores, mas disse Deus: “Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn1:26), recebendo de Deus cuidados especiais.
Devemos, porém, lembrar que não se trata de imagem e semelhança físicas, pois Deus é
espírito, mas sim:
• Semelhança quanto à forma: que inclui as naturezas intelectuais, moral, emotiva, e
substancial, ou seja, espiritual:
Jo 4: 24 "Deus é espírito". A palavra "fôlego", no hebraico e no grego significa "espírito".
Quando Deus soprou no homem, Ele estava lhe dando o mesmo tipo de vida que Ele Tem.
• Semelhança Tri-una: o homem um ser tríplice (corpo: gr, soma; alma: gr, psyche e
espírito: gr, pneuma) como o Deus Tri-uno;
• Semelhança Intelectual (ser racional) e Moral: Cl 3:10 “e vos vestistes do novo, que se
renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”. O homem foi criado
moralmente santo (Ec 7:29).
Observemos também:
O Homem foi criado obediente Deus vela pela obediência a Sua Palavra
O Homem foi criado sem pecado Deus é santo
O Homem foi criado em amor Deus é o amor
O Homem foi criado misericordioso Deus é misericordioso
O Homem foi criado com a capacidade de perdoar Deus nos dá o seu perdão
Em Gn 5:3 o texto nos mostra que Adão gerou a Sete, seu filho, a sua imagem e
semelhança, a imagem de Adão e não de Deus, porque não foi Deus quem gerou a Sete, e sim
Adão. As únicas pessoas que Deus fez foram Adão e Eva. Deus deu ao homem o poder de se
reproduzir “Crescei e multiplicai”, ou seja, Deus fez a matriz perfeita.
O pecado de Adão manchou esta imagem divina no homem. Essa imagem foi perdendo o
valor, o pecado tornou-se crescente na humanidade onde faltam valores morais e obediência ao
Criador. A imagem ficou desfigurada, sem aparência, passou a ser imagem da imperfeição.
Deus em sua infinita misericórdia providenciou uma maneira de se recuperar Sua imagem
no homem: enviando Jesus a este mundo (imagem da perfeição). Assim Cristo morreu por nossos
pecados (obra expiatória) para tirar a desobediência, dar ao homem a imagem do perfeito.
Quando o homem aceita o sacrifício de Jesus Cristo, pelo arrependimento dos pecados,
torna-se imagem de Cristo (Rm 8:29), reprovando as obras da carne (I Co15:53), crucificando os
seus pecados (Rm 6:6-12), vivendo em novidade de vida (Rm 6:4).
E no arrebatamento da igreja Deus terminará Sua obra em nossas vidas (Fp 1:6) quando
resgatará totalmente a Sua imagem de perfeição tanto na vida espiritual como no corpo físico do
homem. Pois de acordo com I Co15:54 o corpo físico (corruptível) será revestido da
incorruptibilidade transformando-se num corpo glorioso (Fp 3:20-21), o corpo mortal será revestido
da imortalidade, a morte será derrotada, e o homem arrependido será novamente a imagem e
semelhança de Deus.
a. Na Antiguidade:
No V.T, para se comunicar com o homem, Deus assumiu a forma humana quando houve a
necessidade de revelar-Se (Gn 18:1-32, Gn 32:24-29).
b. Na Teofania:
➢ Visões subjetivas: revelação de Deus ao homem em estado inconsciente, ex: o
caso da visão de Jacó (Gn 28:10 –17), ou o sonho de José (Mt 1:18-25).
➢ Visões objetivas: revelação ou comunicação em estado consciente.
Sl 8:4-5 “que é o homem, para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o
visites? Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e de honra o coroaste”.
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O salmo expressa a elevada honra que Deus conferiu à raça humana. O homem foi uma
criação especial de Deus, foi a obra-prima do Criador, com propósito glorioso. Somos objeto
especial do seu cuidado e graça, Ele nos honrou ao nos dar o domínio sobre a criação.
Quando Deus criou o homem, Ele já havia criado todos os outros seres vivos, fez o homem
superior a tudo o que existia e disse “dominai sobre os peixes do mar, sobre todas as aves do céu,
e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. Gn 1:28, entre o homem e as demais
criaturas há muitas diferenças, por exemplo: o nível intelectual, moral e religioso (Gn 1:31, 2:19-20,
Sl 8:4-8).
1. Opinião Filosófica.
2. Relato Bíblico.
A Palavra de Deus afirma que o homem tem uma existência física limitada, a vida terrena
do homem é apresentada como: uma sombra (Jó 8:9); os dias de um jornaleiro (Jó 7:1); uma
lançadeira (Jó 7:6); um corredor rápido (Jó 9:25); a extensão de alguns palmos (Sl 39:5); a
urdidura de um tecelão (Is 38:12); a neblina passageira (Tg 4:14).
• O Homem Fisicamente.
O aspecto físico do homem é o que o torna distinto dos demais seres de sua espécie. O
corpo humano possui 150 ossos e 500 músculos e 13 elementos: 8 sólidos e 5 gasosos. O sangue
de um adulto tem 15 Kg. O coração humano bate cerca de 70 vezes por minuto. Os pulmões do
homem contêm em torno de 5 litros de ar. O homem respira 1.200 vezes por hora.
H. A NATUREZA HUMANA.
A Bíblia relata que o homem possui natureza física-espiritual (Gn 2:7; I Co 2:11; Tg 2:26).
De acordo com a Bíblia o homem não possui apenas corpo como os animais, mas possui
também espírito, estudiosos de Antropologia Bíblica dividem-se em duas teorias:
* DICOTOMIA:
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Aqueles que crêem que o homem é dicotomo, defendem a tese de que o ser humano é
formado por duas substâncias: a natureza física – corpo, e a natureza espiritual - imaterial ou
espírito.
A Dicotomia crê que alma e espírito são a mesma coisa, não diferenciando em nada,
baseiam-se nas seguintes passagens: Mt 10:28 e At 2:31.
* TRICOTOMIA:
Acreditam que o homem é formado por três partes: corpo, alma e espírito, com baseados
em:
Hb 4:12 “A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante que qualquer espada de dois
gumes, e penetra até a ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração”.
Um exemplo para entendermos melhor: “quando alguém diz que esta em atrito interior
deseja algo, mas sabe que não deve fazer, ou então quando o corpo físico esta bem, mas mesmo
assim se sente amargurado”. Isto é prova de uma vida espiritual superior ao estado da alma (Sl
43:5; I Ts 5:23).
Gênesis 2:7 demonstra que o homem possui o corpo; o espírito, que é o vento soprado em
suas narinas; e isto produziu uma terceira parte a alma vivente, demonstrando assim que o homem
possui duas naturezas, uma física (corpo) e outra espiritual (espírito e alma).
E dentro desta triunidade do homem, cada parte possui uma função específica, mas com
os mesmos objetivos que são: dar vida, capacidade intelectual, poder de escolha, autoridade,
obediência, estética, amor, respeito, arrependimento, etc.
1. O Espírito.
Deus fez o homem do pó da terra (não por criação, mas por inspiração) e soprou em suas
narinas, e o homem se tornou alma vivente (Gn 2:7), a palavra soprar, do hb napach, indica “ação
de por o ar em movimento”, quem assopra faz vento.
Vento, do hb ruach, significa “energia vital superior”, traduzida por “Espírito”. O Espírito
existe, tem personalidade, pode viver fora do corpo, é imortal, faz parte da divindade de Deus.
Espírito soprado por Deus é o princípio da vida de dEle no homem, Ele deu de Si ao homem, "é o
Espírito que vivifica" (Jo 6: 63).
O espírito, a parte mais elevada do homem, onde há comunicação com Deus, por isso
deveria comandar as atitudes do homem. A alma comandada pelo espírito governaria o corpo. O
homem não foi feito "espírito" (os anjos sim), mas ele foi feito para ser espiritual.
O ser humano recebeu o espírito para ser o lugar de habitação e de comunicação com
Deus, ele está além da consciência do homem e acima da sua sensibilidade. É no espírito que o
homem se une, compreende e serve a Deus.
Rm. 1: 9 "Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha
testemunha de como incessantemente faço menção de vós”.
• Funções próprias do espírito: O espírito deve dar ao homem a direção de Deus, mostrar
a Sua vontade na vida humana, orientando a alma para que esta tome decisões corretas, pela:
a. Intuição - é o entendimento, o sentimento espiritual, onde o Espírito Santo imprime Seu
entendimento, emoção e vontade. A intuição expressa o pensamento do espírito do homem
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(espiritual), que é o pensamento de Deus, trazido pelo Espírito Santo (Cl 1:8,9). Geralmente, a
intuição é oposta ao racional.
O entendimento ou sentido que vem da intuição não é influenciado por nada externo. Eles
saem diretamente do interior do nosso ser - do espírito. Diferente da mente e emoção da alma,
onde o entendimento/sentimento é produzido pelas circunstâncias externas como: acontecimentos,
influência de pessoas, etc.
Exemplo: ás vezes decidimos (alma) fazer algo, e em nossa mente tudo indica que vamos
fazer, mas lá “no fundo” vem uma oposição, sem palavras, sem explicação, é a intuição. Ou ao
contrário: não queremos fazer algo, mas incompreensível a mente nos impulsiona a fazer.
Quando somos controlados pelo Espírito Santo que habita em nosso espírito, quando
somos homens espirituais, é que percebemos mais claramente a "voz" do Espírito atuando através
da intuição.
* "Saber - Entender / Compreender": Quando a intuição opera, o homem "sabe que sabe,
sem poder explicar como e porque sabe. O “saber” vem da intuição. O “entender” vem da mente. O
Espírito Santo traz o "saber" ao nosso espírito. Nosso espírito leva a mente a "entender".
b. Adoração - A adoração está embutida na comunhão com Deus que só pode ter coisa em
comum (comunhão) com alguém que possua uma natureza semelhante à Dele. Não existe
comunicação e nem comunhão entre duas naturezas diferentes (Jo 4: 24).
A adoração é a resposta do homem ao amor de Deus, a esta comunhão que Deus oferece
e dá ao homem.
É na consciência que Deus expressa a Sua santidade. Quando o espírito do homem está
em ordem, renascido e em plena função, ele pode claramente entender como deve ser o seu
procedimento, porque o padrão está ali e diz: "Sede santo, porque Eu, Jeová, Sou Santo".
A consciência opera junto com a intuição. Quando fazemos algo que desagrada o Espírito
Santo, elas nos deixam algo inquietos.
A carnal age por conveniência, em troca de algo, sem se preocupar em fazer o certo pelo
certo; mas preocupa-se com a disciplina, a censura caso faça errado. Ela é elástica, pois vai se
ajustando a "nova moralidade", que torna o imoral aceitável à sociedade: o homossexualismo,
fornicação, obscenidades. Quando dizemos "hoje em dia é assim mesmo", é a consciência carnal
se ajustando.
A consciência espíritual é de convicção. Ela está em nós para Deus nos alertar de acordo
com seu padrão. O mal e o bem são determinados por sua própria natureza. Não é influenciada
por nada externo, ela traz um julgamento direto e independente, Se agirmos errado, ela acusa.
Quando o corpo morre, o espírito volta ao criador (Ec12:7), ele não se desfaz, e nem esta
sujeito a julgamento, ou condenação espiritual mas conhecido como inferno.
2. Alma.
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Com a alma se contacta o mundo intelectual ela é a parte da autoconsciência humana, foi
ela quem tornou o homem vivo e consciente. O homem é o que sua alma é, ela é o ego do homem.
Ela é formada por: mente, vontade e emoção, que realizam as funções do: pensar, decidir,
organizar, comandar o corpo, conscientizar, arrepender, perseverar, movimentar, sentir e querer. O
tempo todo estas funções estão em movimento, formando a personalidade do homem. As funções
da alma dentro do corpo são: pensar.
A alma está entre o espírito e o corpo, unido-os e sendo influenciada por um dos dois,
tornando o homem espiritual ou carnal, pois o homem pode decidir sua vontade (livre arbítrio). O
papel da alma é fazer a comunicação e a harmonia entre o corpo e o espírito. Ela depende do
corpo para se expressar e vice-versa. Esta interdependência é chamada de "homem exterior" (II
Co 4: 16).
O homem espiritual é aquele que tem o corpo submetido ao espírito, por determinação da
alma, é ter, sob o comando geral do Espírito Santo.
O animal tem vida, mas é vida comunicada de maneira impessoal (vida criada); o homem
tem vida transmitida por Deus. Enquanto a alma se ocupa do mundo natural, o espírito se ocupa
do mundo espiritual. Somente com o espírito é possível entender as coisas de Deus, pois Ele é
espírito. A Bíblia chama o homem que não entende as coisas de Deus de "homem natural", que só
quer entender tudo com a alma (I Co 2:14,15).
A alma possui natureza espiritual (a consciência do homem), portanto a alma é eterna, não
é extinta, não se pode matar a alma, ela se separa do corpo no momento da morte física. Em Ap
20:4 fala sobre a alma daqueles que foram degolados por amor a Cristo, o corpo foi degolado, mas
a alma ainda vive.
Sendo a alma a parte intelectual do homem, ela possui poderes de decisão dentro do
corpo, é ela quem obedece ou não a Deus. Receberá, então, julgamento pelos atos e decisões que
tomou enquanto ainda vivia o corpo.
• Ambos podiam pensar, apreciar,... Estavam conscientes, tinham lembranças de suas vidas
antes da morte, sabiam onde estavam, a alma estava ativa.
• A alma não tem o poder de voltar a viver no corpo, é impossível.
• Existem dois destinos para a alma: um para os salvos em Cristo, o paraíso; e outro para
aqueles que rejeitaram o Seu amor, o Hades.
3. Corpo.
O corpo humano é formado pelo pó da terra que recebeu um tratamento plástico de Deus,
recebeu o espírito de vida do Criador, veja que a palavra hebraica para formou é yêtser que
significa “deu forma, modelou”. Quando o espírito (o sopro) tocou o corpo, a alma se manifestou.
Na Bíblia o corpo é chamado de: casa, tabernáculo, templo (II Co 5:1-4; I Co 6:19).
Ao criar o homem, o Pai já o preparou fisicamente para obedecer a vontade divina. A carne
se refere ao corpo, portanto, vemos que o corpo tem sua vida própria, através dele o homem
contacta o mundo material, assim, foi-lhe dadas algumas funções:
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Através dos instintos básicos, que fazem parte da natureza humana, o homem é capaz de
cumprir as suas funções de maneira natural, sem que as mesmas pesem como fardo.
Esses instintos ou desejos foram dados, pelo Criador, ao homem para que ele pudesse
realizar os ideais divinos com prazer. Embora não sejam errados (pois são naturais, dados por
Deus) podem ser desvirtuados e corrompidos devido ao pecado.
O homem tinha que se multiplicar, para povoar a terra a fim de dominá-la. É importante
observar que devia dominar a terra, mas não como se fosse o seu dono. Porque toda a terra
pertence ao Senhor (Lv 25.23, Sl 24.1, I Co 10.26). O homem não é "dono" da criação, e sim,
"mordomos de Deus", com a função de tomar conta das obras das suas mãos.
O corpo do homem é obra de Deus e deve ser usado para a Sua glória (I Co 6:20),
conservando-se forte e santo.
A parte física do homem material é barro, não necessita de julgamento, pois não tem poder
de decisão dentro do homem, apenas executa as decisões da alma. O corpo não tem vida após a
morte.
O corpo que recebemos ao nascer não será o mesmo que o homem terá após o
arrebatamento da Igreja, quando ele será transformado (I Co15:49-54) num corpo glorificado ( I Co
15:44; Fp 3: 21)
Sendo o corpo matéria, após a morte começa sua decomposição (Ec 12:7). O costume de
enterrar o corpo após a morte é antigo (Gn 23:4; 35:20; 49:30-31; 50:50). A condenação do corpo é
a morte física do homem, uma punição pelo pecado que Adão e Eva cometeram.
I. ÁRVORE DO CONHECIMENTO.
Gn 2:9,16,17 “E o Senhor Deus fez brotar da terra toda qualidade de árvores agradáveis à
vista e boas para comida, bem como a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do
conhecimento do bem e do mal...Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do
jardim podes comer livremente;mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não
comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”
A Bíblia não relata a espécie de frutos que dava a árvore do conhecimento, pois isso
certamente não tem importância, o ensino bíblico através dela nada tem a ver com o tipo dessa
árvore ou com relacionamento sexual, mas sim com o princípio de prova que ela representava,
saber se o homem era capaz de manter obediência à exortação do Criador.
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J. PROVAÇÃO.
• Responsabilidade.
Capacidade de responder a um compromisso assumido. Deus quando criou o homem lhe
deu liberdade, mas não era absoluta, pois ao direito de liberdade, lhe impôs o dever da
responsabilidade.
A liberdade repousa num fundamento moral que se chama dever. Ninguém tem direito a
liberdade se nega o dever da responsabilidade.
A provação do homem foi um teste essencial para capacita-lo a expressar e exercer sua
liberdade (intelectual e moral) e sua responsabilidade, promovendo seu crescimento espiritual e
moral.
O período de provação durou desde a criação de adão e Eva até sua desobediência. Os
resultados da prova, conhecidos por Adão e Eva, seriam: o contínuo favor de Deus por sua
obediência ou a imposição da penalidade da morte por sua desobediência.
K. A TENTAÇÃO.
A tentação não veio do interior do homem, não nasceu em seu coração (como ocorreu com
Satanás antes de sua queda) isso, de uma certa forma, foi bom para o homem pois o colocou na
posição de enganado permitindo que o homem pudesse ser redimido do seu pecado. Se não
houvesse uma ação externa por parte de Satanás, o homem estaria na posição de agente da
tentação e dificilmente seria perdoado.
L. A QUEDA DO HOMEM.
Sendo Deus onisciente, Ele sabia que o homem pecaria. O pecado já existia antes da
queda, o homem tinha duas opções de escolha: pecar ou não, Deus não o abandonou ao pecado,
foi o homem quem o escolheu.
Muitos acham que Deus poderia ter feito o homem sem capacidade de pecar, mas isso
seria o mesmo que dizer: sem capacidade de escolha que é a característica de uma criatura moral.
O pecado original de Adão e Eva tornou-se padrão de pecado, compare Gn 3:6 com I Jo
2:16:
Sendo Deus absolutamente Santo Ele não pode admitir a transgressão. Assim, a
desobediência do homem trouxe profundas conseqüências que afetaram todas as áreas da
criação. Vejamos algumas dessas conseqüências descritas em Gn 3:8-24:
1. Medo e Fuga.
Vers. 14,15 “...maldita és entre todos os animais ... rastejarás sobre o teu ventre e comerás
o pó todos os dias de sua vida”.
A serpente foi punida, condenada a rastejar sobre o seu ventre, se o castigo da serpente
foi rastejar sobre o seu ventre é porque antes ela não se locomovia dessa maneira, provavelmente
a serpente tinha uma posição ereta.
Desde então a serpente passou a ser uma figura de Satanás e de todos os opositores de
Deus.
Vers. 16 “...Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o
teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”.
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A Bíblia não afirma se Adão e Eva tiveram filhos antes da queda. O que a Palavra de Deus
diz é que a partir daquele momento, em conseqüência do pecado, a mulher teria sofrimento ao dar
a luz.
4. A sorte da Terra.
Vers. 17,18 “... maldita é a terra... ela produzirá também cardos e abrolhos...”
A transgressão do ser humano afetou até mesmo a natureza, a terra que antes produzia
somente o que era bom foi amaldiçoada e só voltará a ser como antes no reino Milenal de Cristo.
5. Na Vida do Homem.
Vers. 17-19 “...e comerás das ervas do campo. Do suor do teu rosto comerás o teu pão,
até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás”.
É errado afirmar que o trabalho passou a existir somente após a queda, pois sabemos que
o homem foi incumbido de cuidar da criação, um trabalho. A diferença é que o que era prazeroso
passou a ser dificultoso.
Vers. 22 “Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tem tornado como um de nós,
conhecendo o bem e o mal...”.
7. Expulsão do Éden.
Enfim, estava decretada a queda do íon, que “caiu” de uma posição de intimidade com
Deus para uma situação de “afastamento” do Pai, passou a existir uma barreira entre Deus e a
humanidade, o abismo do pecado.
Vers. 22 “Ora, não suceda que estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e
coma e viva eternamente”.
Rm 5:12 ”Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram”.
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A Palavra afirma que por um só homem o pecado entrou no mundo, tornou-se universal. O
homem ao nascer herda do cabeça da raça a condenação, nascendo num estado desaprovado,
inapto e condenável.
Como já vimos o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus, devido ao pecado
essa condição de santidade foi maculada e perdida.
Rm 8:7,8 “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei
de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus”.
12. Escravidão.
Jo 8:34,44 “...todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.... Vós tendes por pai o
Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai ...”
O homem no estado pecaminoso, sem ser purificado e justificado pelo sangue de Cristo,
vive segundo a vontade da carne (glutonaria, fornicações, bebedices,...) satisfazendo a vontade do
inimigo.
A degradação trazida pelo pecado atingiu a existência física do homem que a princípio
podia viver por séculos e com o passar do tempo teve seu período de vida terrena reduzido até
chegar no que temos hoje onde o homem vive apenas cerca de 75 anos.
14. Culpabilidade.
A palavra culpa vem do latin “falta”, e pode ser definida como transgressão moral, pecado.
A culpado é conscientizado pela consciência ou pela Lei que o eu ato está a exigir uma expiação, o
culpado é merecedor de um castigo pois a culpa é um resultado objetivo do pecado, de uma
ofensa a Deus e sujeição a Sua ira.
15. Enfermidades.
O corpo perfeito dado ao homem no ato da criação também sofreu conseqüências devido
ao pecado original, podendo adquirir enfermidades. Nem todas as enfermidades são causadas por
um pecado direto do enfermo, mas todas existem em conseqüência do pecado original.
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BIBLIOGRAFIA
• Sites visitados:
1) www.estudosbiblicos,com.br
2) www.terravista.pt/bilene/3810
3) www.elosdejesus.com.br
Charles Darwin
As idéias gerais da teoria da evolução das espécies sofreram, aos poucos, alterações e
aperfeiçoamentos. Todavia, as bases do evolucionismo subsistem até hoje e o nome de Darwin
ficou ligado a uma das mais notáveis concepções do espírito humano.
Charles Robert Darwin nasceu em Shrewsbury, Shropshire, no Reino Unido, em 12 de
fevereiro de 1809, em uma família próspera e culta. Seu pai, Robert Waring Darwin, foi médico
respeitado. O avô paterno, Erasmus Darwin, poeta, médico e filósofo, era um evolucionista em
potencial, cuja obra mais famosa, a Zoonomia (1794-1796), antecipava em muitos aspectos as
teorias de Lamarck.
Em 1825 Darwin foi para Edimburgo estudar medicina, carreira que abandonou por não
suportar as dessecações. Todavia, interessou-se pelas ciências naturais. Matriculou-se a seguir no
Christ's College, em Cambridge, decidido a ordenar-se, embora não tivesse vocação religiosa. Ali
se tornou amigo do botânico John Stevens Henslow, que o aconselhou a aperfeiçoar seus
conhecimentos em história natural.
A viagem do Beagle. Usando sua influência, Henslow conseguiu que Darwin fosse
convidado para participar, como naturalista, da viagem de circunavegação do navio Beagle,
promovida pelo Almirantado britânico. A 27 de dezembro de 1831, o Beagle deixou Davenport,
rumando para o arquipélago de Cabo Verde. Quando chegou às costas do Brasil, aportando na
Bahia e depois no Rio de Janeiro, Darwin fez algumas incursões pelo interior. O navio seguiu
depois para a Patagônia, as ilhas Malvinas e a Terra do Fogo. Darwin conheceu também as ilhas
Galápagos, a Nova Zelândia, a Austrália, a Tasmânia, as Maldivas, toda a costa ocidental da
América do Sul, do Chile ao Peru, bem como as ilhas Keeling, Maurício e Santa Helena.
Desembarcou em Falmouth a 2 de outubro de 1836, depois de quatro anos e nove meses.
Essa longa viagem deu a orientação que Darwin imprimiria à pesquisa sobre o tema
fundamental de sua obra: a teoria da origem das espécies. Darwin colecionou fósseis e observou
inúmeras espécies vegetais e animais, além de assistir a fenômenos geológicos como erupções
vulcânicas e terremotos. Seu primeiro livro, Journal of Researches into the Geology and Natural
History of the Various Countries Visited by H.M.S. Beagle, 1832-1836 (1839; Pesquisas sobre a
geologia e a história natural nos vários países visitados pelo H.M.S. Beagle, 1832-1836), resumiu
as descobertas que fez na viagem.
Em 29 de janeiro de 1839, Darwin casou-se com uma prima, Emma Wedgwood. Após um
curto período em Londres, o casal passou a viver em Down, no condado de Kent, devido aos
problemas de saúde que Darwin carregaria até a morte. Seu mal, tido por mera hipocondria, foi
mais tarde atribuído à picada de um inseto que, durante sua viagem pelos mares do sul, lhe
transmitiu a então desconhecida doença de Chagas.
A partir das idéias do geólogo escocês Charles Lyell, que explicava as mudanças na
conformação da crosta terrestre por meio dos fenômenos observáveis (chuva, rios, vulcões,
terremotos etc.), Darwin publicou várias obras de geologia, nas quais tratava de diversos temas:
formação e desenvolvimento dos recifes de coral; fenômenos vulcânicos e sísmicos associados a
elevações de terras; estratificação de sedimentos; formação de rochas metamórficas devido à
pressão das camadas que as cobrem etc. Especialmente importante foi sua explicação sobre a
origem de um bosque petrificado dos Andes (que atribuiu a movimentos sucessivos de
afundamento e elevação do terreno que o sustentava).
Evolução das espécies. Durante a viagem do Beagle, Darwin observou que, à medida que
passava de uma região para outra, o mesmo animal apresentava características distintas. Notou
ainda que, entre as espécies extintas e as atuais existiam traços comuns, embora bastante
diferenciados. Tais fatos levaram-no a supor que os seres vivos não são imutáveis, mas que se
transformam uns nos outros.
Na base de sua teoria evolucionista, Darwin colocou a luta pela vida, segundo a qual em
cada espécie animal existe uma permanente concorrência entre os indivíduos. Somente os mais
fortes e os mais aptos conseguem sobreviver e a própria natureza se incumbe de proceder a essa
seleção natural. Darwin observou que os espécimes botânicos cultivados são bem mais
aprimorados do que os que nascem nas matas; observou ainda que os fazendeiros criam
reprodutores que apresentam características consideradas mais vantajosas, e que se transmitem
por hereditariedade. Essa seleção artificial visa, pois, transmitir a cada nova geração da espécie
uma soma de características que permitam, além da melhor adequação ao ambiente, seu
aprimoramento progressivo.
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A princípio, Darwin revelou suas conclusões apenas a um restrito número de amigos, até
que, animado por uma carta na qual o zoólogo britânico Alfred Russell Wallace lhe anunciava um
trabalho com conclusões semelhantes, preparou um resumo de seu estudo, On the Origin of
Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for
Life (1859; Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou a conservação das raças
favorecidas na luta pela vida). O livro colocou Darwin no centro de acirradas polêmicas e
discussões fervorosas. Um dos grandes defensores e divulgadores da teoria foi o biólogo e
naturalista Thomas Henry Huxley. A publicação de mais três livros aprofundou as explicações
sobre a teoria da seleção natural.
De caráter simples, extremamente apegado à mulher e aos filhos, Darwin dedicou a vida à
ciência, apesar da pouca saúde. Sua obra revela modéstia e escrúpulo, que despertaram a
simpatia e a amizade de todos. Até os adversários admiravam seu caráter e respeitavam-no como
cientista. Darwin morreu de um ataque cardíaco em Down, a 19 de abril de 1882. Foi enterrado na
abadia de Westminster, por solicitação expressa do Parlamento britânico.