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1.

O EVOLUCIONISMO
1.1. Origem e conceito do evolucionismo

O evolucionismo é uma teoria que emerge no século XIX na tentativa de explicar a origem da
vida e a evolução do homem. No entanto, é importante ressaltar que a teoria evolucionista surge
em oposição ao criacionismo1 que se baseia na fé da criação divina, tal como narrado na Bíblia
Sagrada, mais especificamente no livro de Gênesis na qual Deus criou todas as coisas, inclusive
o homem.
O evolucionismo, contrariamente ao que se pensa tem as suas raízes nos filósofos da Grécia
clássica2. Entretanto, um dos maiores nomes do Evolucionismo foi o naturalista britânico Charles
Robert Darwin (1809 - 1882), que desenvolveu no século XIX um conjunto de estudos que
deram origem ao Darwinismo, teoria tida como sinônimo do Evolucionismo, consagrando-se
como o "pai da Teoria da Evolução".
Importa realçar que, antes disso, o francês Jean-Baptiste Lamarck já tinha apresentado alguns
estudos que se opunham ao tradicional modelo criacionista, indicando que os seres vivos
contemporâneos eram uma evolução de seres mais primitivos.

Charles Darwin, com sua publicação “A origem das espécies” (1859), afirmava que «o homem
era resultado de uma longa evolução que começou com os hominídeos até o homo sapiens, o que
corresponde as nossas características atuais».

De facto, o evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida por diversos cientistas que
defende o processo de evolução das espécies de seres vivos, através de modificações lentas e
progressivas consoantes ao ambiente em que habitam.

Para melhor compreensão dessa teoria, passaremos, em seguida, a ver os seus ideiais em linhas
gerais.

1.2. Ideiais da teoria evolucionista:


 O homem e os demais seres vivos são resutado de uma lenta e gradual transforma ção que
remonta há milhões de anos;
 Os fósseis e sua datação remota confirmam que a extinção de espécies também faz parte
do processo evolutivo;
1
Deus criou o homem e os demais seres vivos já na forma actual há menos de 10 mil anos (consutar:
http://educacao.globo.com/biologia/assunto/origem-da-vida/criacionismo.html)
2
Anaximandro poderá ser considerado o precursor da teoria moderna do desenvolvimento, quando defende que os
organismos vivos, se transformam gradualmente a partir da água por acção do calor até se formarem as formas mais
complexas e que o Homem tem a sua origem em animais de outro tipo.
 As transformações evolutivas são resultado de mutações genéticas aleatórias expostas à
seleção natural pelo ambiente; O homem não é descendente dos primatas atuais, mas tem
uma relação de parentesco. Ambos descendem de um ancestral comum já extinto;
 Seres vivos com ciclo de vida mais curto comprovam a evolução por seleção e adaptação,
como no caso de populações de bactérias resistentes a determinados antibióticos;
 A evolução não caminha sempre para a maior complexidade. Insetos atuais são mais
simples que seus ancestrais já extintos. Nem sempre a evolução significa melhoria,
apenas maior adaptação ao meio ambiente;

Depois de termos apresentado os principais ideiais da teoria evolucionista, seria oportuno falar
no ponto seguinte dos representantes dessa teoria.

1.3. Representantes da teoria evolucionista

Vários cientistas vão defender a ideia da diversidade biológica ser resultado de um processo
dinâmico de transformação dos organismos ao longo do tempo. Porém, os nomes mais marcantes
serão os de Jean Baptiste de Lamarck (1744-1829), Charles Robert Darwin (1809-1882) e Alfred
Russel Wallace (1823-1913).

1.3.1. Jean-Baptiste de Lamark (1744-1829)

O lamarckismo foi uma teoria proposta e criada no século XIX pelo biólogo francês Jean-
Baptiste Lamarck para explicar a evolução das espécies. Lamarck acreditava que mudanças no
ambiente causavam mudanças nas necessidades dos organismos que ali viviam, causando
mudanças no seu comportamento

Lamarck, naturalista francês, botânico no Jardim Botânico de Paris ao serviço do rei, elaborou
diversos estudos taxonómicos que o levaram a concluir que as espécies não só se relacionam
entre si, como sofrem alterações ao longo do tempo. Em 1809, publica Philosophie Zoologique
onde expõe as suas ideias defendendo que a necessidade de adaptação ao ambiente leva o
indivíduo a iniciar o seu processo evolutivo. A sua teoria baseava-se em dois princípios:

 Lei do uso e do desuso – a necessidade de um certo órgão em determinado ambiente cria


esse órgão e a função modifica-o, isto é, quando um órgão é muito utilizado desenvolve-
se e torna-se vigoroso e quando não é utilizado degenera e atrofia.
 Lei da herança de caracteres adquiridos as modificações
Os avanços científicos vieram demonstrar que as características do indivíduo (fenótipo) são
resultado da interacção do material genético herdado dos progenitores (genótipo) com o meio
ambiente. Lamarck incorporava ainda na sua teoria os princípios que viriam a ser refutados,
como por exemplo, episódios de criação por geração espontânea, ou propósitos finalistas de
“melhoria” como força evolutiva.

1.3.2. Charles Robert Darwin (1809-1882) e Alfred Russel Wallace (1823-1913)

As ideias de Darwin e Wallace foram apresentadas em 1858 numa reunião da Sociedade


Lineana, em Londres. Embora o primeiro seja mais popular que o segundo, ambos os naturalistas
de forma isolada chegaram a modelos evolutivos semelhantes. Wallace no seu manuscrito
resumia os principais pontos da teoria a que Darwin havia dedicado uma boa parte dos seus
estudos. Alfred Russel Wallace, publicou um trabalho propondo que todas as espécies vivas
descendiam de um único ancestral comum. Em 1858, Wallace sintetiza a teoria da seleção
natural, mas ao invés de publicar a descoberta, remete-a para Darwin que, pouco tempo depois,
publica A Origem das Espécie

De facto, o principal cientista ligado ao evolucionismo foi o inglês Charles Robert Darwin
(1809-1882), que publicou, em 1859, a obra Sobre a origem das espécies por meio da seleção
natural ou a conservação das raças favorecidas na luta pela vida, ou como é mais comumente
conhecida

A teoria evolucionista de Darwin pode ser descrita da seguinte forma: as espécies de seres vivos
se transformam ao longo dos tempos, pois sofrem seleção natural, que prioriza os seres mais
adaptados ao ambiente em que vivem, devido a suas características serem adequadas ao meio
onde vivem

Portanto, para Darwin, evoluir é mudar biologicamente (e não necessariamente se tornar


melhor), e as mudanças geralmente ocorrem para que exista uma adaptação das espécies ao meio
ambiente em que vivem. A esse processo de mudança em consonância com o meio ambiente
Charles Darwin deu o nome de seleção natural.
1.4. Criticas a teoria evolucionista

Críticas à evolução foram levantadas desde que as ideias evolucionistas vieram à tona no século


XIX. Quando Charles Darwin publicou em 1859 seu livro A Origem das Espécies, a sua teoria
da evolução, a ideia de que as espécies surgiram através da descendência com modificações de
um único ancestral comum, em um processo conduzido pela seleção natural, inicialmente
encontrou oposição de cientistas com diferentes teorias, mas logo veio a ser esmagadoramente
aceita pela comunidade científica. A observação dos processos evolutivos que ocorrem (bem
como a síntese evolutiva moderna explicando que a prova) tem sido um ponto de concordância
entre a grande maioria dos biólogos desde a década de 1940.

As ideias de Lamarck embora muito importantes foram muito contestadas. As principais críticas
a Lamarck foram:

 a teoria de Lamarck admitia que os seres vivos se modificavam com o objectivo último de
se tornarem melhores
 a lei do uso e do desuso, embora válida para alguns órgãos, não explicava todas as
modificações
 a lei da herança de caracteres adquiridos, não é observável. A atrofia ou o
desenvolvimento de determinadas estruturas adquiridas durante a vida de um individuo
não são transmitidas à descendência

Contudo, a maioria das críticas e negações da evolução vêm de fontes religiosas, em vez da


comunidade científica. Apesar de muitas religiões aceitarem a ocorrência de evolução, tais como
aqueles que defendem a evolução teísta, há algumas crenças religiosas que rejeitam as
explicações evolutivas em favor do criacionismo, a crença de que uma divindade criou o
universo e a vida. A controvérsia da criação versus evolução tem sido um ponto focal do recente
conflito entre religião e ciência.

CONCLUSÃO
O Evolucionismo Social, também conhecido por "Darwinismo Social" ou "Racismo Científico",
é uma corrente de pensamento antropológico que utiliza os princípios da Teoria da Evolução das
espécies para justificar o desenvolvimento das sociedades.

De acordo com o Evolucionismo Social, os grupos sociais começam num estado animalesco e
vão alcançando o desenvolvimento conforme se tornam mais civilizados.

O Evolucionismo Social, nomeadamente o Darwinismo Social, ajudou a propagar ideias de


racismo, como o imperalismo, fascismo e nazismo, gerando uma lastimável guerra entre grupos
sociais e étnicos.

Esta teoria acreditava que existiam sociedades humanas superiores a outras, e que estas deveriam
"dominar" as inferiores com o objetivo de "civilizá-las" e ajudá-las no seu "desenvolvimento".
SITOGRAFIA

1- «https://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S010201882014000100008&script=sci_abstract&tlng=pt» consultado aos 23-05-
2020
2- «http://educacao.globo.com/biologia/assunto/origem-da-vida/criacionismo.html»
consultado aos 23-05-2020
3- «https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_pensamento_evolutivo» consultado
aos 23-05-2020

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