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1. Primeiras
Teorias Sociais
1. Primórdios da Sociologia
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colonização militar e cultural. Inúmeros conflitos irrompem em
territórios da Índia, da China, da África do Sul, da Libéria e
Eritréia em função da chegada dos europeus. Os invasores
destroem modos de produção milenares e equilibrados,
corrompem hábitos ligados à religiosidade, modificam estruturas
sociais fundadas em tradições.
2. Evolucionismo Social
2
As primeiras tribos são de caçadores-coletores na idade da
selvageria. Nesse período as tribos teriam um comportamento
sexual promíscuo. Logo em seguida, com o advento da
agricultura as tribos humanas passariam à barbárie. Aqui a
sexualidade passaria a ser monogâmica dado que a noção de
bens materiais e terras passariam a interessar ao núcleo familiar.
Por último, as sociedades passariam à forma civilizada onde elas
chegariam ao progresso máximo em uma organização urbana.
3
complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, moral, lei,
costumes, e qualquer outras capacidades e hábitos adquiridos
pelo homem enquanto membro de uma sociedade.
4
Auguste Comte (1798 – 1857) foi um filósofo e sociólogo francês
criador da teoria positivista. O positivismo é uma teoria de cunho
liberal que incorpora inúmeros anseios da burguesia francesa do
século XIX. Inspirada em um profundo racionalismo e
cientificismo, o Positivismo nasce de um entendimento do
paradigma científico: a ciência se faz por meio da descrição de
leis.
5
as formas de pensamento supersticioso e resolve todas as
disputas de valor subjetivo. A ciência passa a ser a principal
ferramenta dos homens no governo tecnocrático e na busca da
paz.
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industriais com alta complexidade, diferenciação, voluntarismo e
contratos sociais tácitos.
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2. Karl Marx
1. Contexto
Karl Marx nasceu em 1818 e viveu até 1883. Sua vida é marcada
por uma profunda contribuição filosófica, sociológica e
econômica; mas também por um ativismo político e por
perseguições à sua pessoa. Formado em direito na universidade
de Bonn e doutor pela universidade de Berlin, Marx não se
firmou jamais como um acadêmico. Seus estudos iniciaram pelo
entendimento da filosofia pré-socrática de Demócrito, passou
pelo contato com a filosofia de Hegel e mergulhou nos escritos
de socialistas utópicos como Proudhon e Fourier. Já maduro,
Marx leu Saint-Simon e foi auxiliado pelo seu amigo de sempre
Friedrich Engels. Após sair perseguido de Paris, Marx foi viver
em Londres onde passou a estudar economia e ajudou a
constituir o Partido Comunista Inglês, cujo manifesto tornou-se
uma das obras mais lidas da humanidade.
2. A Crítica ao Idealismo
8
Marx pertenceu a um grupo de estudiosos do idealismo de Hegel
e esse grupo será fundamental para que ele elabore sua primeira
Superestrutura
crítica filosófica. A teoria hegeliana afirmava que a razão era a
Direito
base do entendimento da natureza, dado que seria por meio dela
Ideologia Religião
que as ideias do que é natural formam o entendimento do mundo
real. Hegel acreditava que a razão humana elaborava
dialeticamente uma imagem da natureza, mas que
inescapavelmente terminava por elaborar uma imagem da
própria humanidade. Esse processo culminaria em uma
libertação paulatina do homem de todas as suas ilusões das
Infraestrutura quais ele é cativo. Assim, a evolução dialética do Espírito seria
Relações
Economia
Sociais o que liberta os homens.
9
Em seus primeiros escritos, como por exemplo no Manifesto
Comunista, Marx afirma que o progresso histórico feito até hoje
se dá em função da luta de classes – o motor da história. Nesse
livro observamos a tese de que a humanidade progrediu após
sucessivos processos que revolucionaram os modos de
produção. Marx parte do escravismo romano ao feudalismo, e
posteriormente, do feudalismo ao capitalismo, criando formas de
relação de trabalho cada vez mais livres em função dos
constantes embates de classe. No entanto, ao passo que ocorria
uma libertação em termos de relações produtivas, a
possibilidade de exploração aumentava, pois o capitalismo teria
se tornado o modo de produção mais eficaz nessa tarefa.
10
A ideologia dominante é a produção de uma classe dominante
que controla o setor da superestrutura social. Essa
superestrutura é um conjunto de atividades administrativas e
intelectuais como por exemplo o direito, a religião e a moral.
Essa superestrutura social é resultado do modo como a
infraestrutura organiza a sustentação material da vida de uma
determinada sociedade.
A partir disso, Marx irá cada vez mais se interessar por entender
como o capitalismo surgiu historicamente e como ele modificou
as relações de produção. Esse interesse levou Marx a estudar
os economistas que o precederam como por exemplo, os
12
mercantilistas, os fisiocratas e os liberais. De todos, Adam Smith
foi o mais genial economista que permitiu a Marx compreender
as grandes transformações que eram observadas na transição
da economia mercantilista para a capitalista.
13
O trabalho não produz somente mercadorias; ele produz a si
mesmo e ao trabalhador como uma mercadoria, e isto na medida
em que produz, de fato, mercadorias em geral. [...] Quanto mais
o trabalho desgasta trabalhando, tanto mais poderoso se torna
o mundo objetivo, alheio que ele cria diante de si, tanto mais
pobre se torna ele mesmo, seu mundo interior, tanto menos o
trabalhador pertence a si próprio.” Marx, K. Manuscritos
Econômico-Filosóficos
5. Marxistas
15
Além disso, os frankfurtianos uniram teorias marxistas a teorias
freudianas. Marx, em um de seus escritos mais psicológicos, fala
da capacidade de fetichização das mercadorias. Mercadorias
funcionam como ganchos para o desejo humano de
autoconhecimento. Assim, o capitalismo se vale disso e
transforma o trabalho um meio de acesso para que a classe
trabalhadora desenvolva desejos de consumo que atendam a
necessidades identitárias. Por vezes, a classe média proletária
entende que o acesso dela ao consumo é aquilo que a diferencia
dos estratos mais baixos do proletariado e nesse ponto ela
passa a ser cooptada pela burguesia.
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3. Émile Durkheim
1. Contexto
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apressadas não são suscetíveis de nenhum tipo de prova. –
Durkheim, E. O suicídio: estudo de sociologia.
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A questão é tanto mais urgente na medida em que tal atributo é
adotado sem muita precisão, sendo empregado, no uso
corriqueiro, para designar praticamente todos os fenômenos que
se dão no âmbito da sociedade, ainda que estes não ofereçam,
além de certa generalidade, qualquer interesse social. Desse
ponto de vista, contudo, não há, por assim dizer, acontecimentos
humanos passíveis de ser considerados sociais. Todo indivíduo
bebe, dorme, come e raciocina, e a sociedade tem todo interesse
em que essas funções sejam normalmente exercidas. Se,
portanto, estes fossem fatos sociais, a sociologia não teria objeto
que lhe fosse específico e seu domínio se confundiria com o da
biologia e da psicologia.
Por fim, fatos sociais são gerais. Isso significa que eles sempre
ocorrem a grupos e universos de pessoas. Há fatos sociais que
são mais gerais, como por exemplo, no Brasil o horário de
almoço é por volta do meio-dia. Esse fato social faz com que por
volta desse horário as pessoas cessem em seus trabalhos ou
estudos e busquem uma refeição. Há fatos sociais menos gerais
como por exemplo a prática de ir aos estádios de futebol. De
modo geral, as pessoas precisam identificar-se como torcedoras
para sentirem a vontade de ir assistir partidas do seu time.
5. Anomia
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Durkheim também se interessou por compreender situações em
que uma sociedade perdia a capacidade de transmitir suas
formas de consciência coletiva. Tais estados ocorriam quando
suas instituições entravam no que ele chamou de estado de
anomia.
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4. Max Weber
1. Contexto
2. A Sociologia Compreensiva
23
críticos do modelo de Durkheim que buscava nas ciências da
natureza a inspiração para compreender as dinâmicas sociais.
Ademais, não acreditavam que leis sociológicas devessem ser
buscadas, pois elas não eram a forma correta de compreender
fenômenos sociais. Schutz chama a atenção para o fato de que
as ciências sociais têm uma natureza única – nela a importância
da descoberta afeta a vida do cientista e do próprio objeto de
estudo.
3. Os Tipos Ideais
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Por fim, temos as ações afetivas. Estas têm um grau de
irracionalidade e tendem a ter como motor afetos, paixões ou
emoções na sua raiz. Elas são encontradas em alto grau de
subjetividade e tendem a não calcular consequências.
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5. Gilberto Freyre
1. Contexto
31
A tese central do livro é que o Brasil é uma democracia racial,
isto é, o Brasil é o país do encontro de três raças que se
misturaram cultural e geneticamente. Para demonstrar como
essas três vertentes se cruzam, Freyre dividiu seu livro em três
momentos principais: a descrição dos brancos portugueses, dos
indígenas da américa e dos negros africanos.
3. Os Portugueses
4. Os Indígenas
33
Na cultura alimentar o hábito de comer o caju e a mandioca são
extremamente importantes. Na área de cultura material, o uso
de fibras na confecçao
̃ de cestos, a arte em cerâmica é também
muito importante até hoje. Há inúmeros casos de adaptaçao ̃ da
vida indígena às necessidades de portugueses e negros, mas
muito dessa contribuição ainda está por ser reconhecida. Por
outro lado, no que diz respeito à miscigenaçao ̃ genética, as
mulheres indígenas são reconhecidas como parte integrante da
família brasileira – elas, em suas práticas tradicionais,
experiências e utensílios irão legar para a civilizaçao
̃ tropical
marcas indeléveis.
5. Os africanos
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que parece resultar da plasticidade social, maior no português
que em qualquer outro colonizador europeu. – Freyre, G. Casa
Grande & Senzala
35
Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se
deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala. no canto
de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de
vida. Trazemos quase todos a marca da influência negra. Da
escrava ou sinhama que nos embalou, que nos deu de mamar.
Que nos deu de comer, ela própria amolengando na mão o bolão
de comida. Da negra velha que nos contou as primeiras histórias
de bicho e de mal-assombrado. Da mulata que nos tirou o
primeiro bicho-de-pé de uma coceira tão boa. Da que nos iniciou
no amor físico e nos transmitiu, ao ranger da cama-de-vento, a
primeira sensaçao
̃ completa de homem. Do moleque que foi o
nosso primeiro companheiro de brinquedo. Freyre, G. Casa
Grande & Senzala
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de predileçao ̃ , mas de exclusivismo: homens brancos que só
gozam com negra. De rapaz de importante família rural de
Pernambuco conta a tradiçao ̃ que foi impossível aos pais
promoverem-lhe o casamento com primas ou outras moças
brancas de famílias igualmente ilustres. Só queria saber de
molecas. Outro caso, referiu-nos Raoul Dunlop de um jovem de
conhecida família escravocrata do Sul: este para excitar-se
diante da noiva branca precisou, nas primeiras noites de casado,
de levar para a alcova a camisa úmida de suor. impregnada de
budum. da escrava negra sua amante. Casos de exclusivismo
ou fixaçao
̃ . Mórbi- dos, portanto, mas através dos quais se sente
a sombra do escravo negro sobre a vida sexual e de família do
brasileiro. – Freyre, G. Casa Grande & Senzala
6. A Democracia Racial
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6. Sérgio Buarque
de Holanda
1. Contexto
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A tentativa de implantaçao ̃ da cultura europeia em extenso
território, dotado de condiçoe ̃ s naturais, se não adversas,
largamente estranhas à sua tradiçao ̃ milenar, é, nas origens da
sociedade brasileira, o fato dominante e mais rico em
consequências. Trazendo de países distantes nossas formas de
convívio, nossas instituiçoẽ s, nossas ideias, e timbrando em
manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e
hostil, somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra. [...] o
certo é que todo o fruto de nosso trabalho ou de nossa preguiça
parece participar de um sistema de evoluçao ̃ próprio de outro
clima e de outra paisagem. - Holanda, S.B. Raízes do Brasil.
2. A tese da modernidade
3. O Fidalgo
4. O Aventureiro
5. A Herança Rural
6. O Semeador
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Por fim, uma das características que o autor elenca como sendo
também efeito dos tipos ideais que aqui aportaram é observável
na ocupação do espaço. Segundo Holanda, o espaço brasileiro
não foi ocupado de modo racional e planejado. Não houve aqui
uma burocracia capaz de sistematizar e organizar atividades
econômicas, militares e de povoamento. A profunda liberdade,
organicidade e naturalidade são as marcas da ocupação do
espaço. Jogos de alianças com tribos nativas, atividades
econômicas que brotavam ao acaso, movimentos migratórios
sazonais que cruzavam o continente traficando gado e escravos.
Além disso, missões jesuíticas penetravam os territórios além do
Tratado de Tordesilhas. Tudo isso foi a marca de um espaço que
se ocupou aos moldes de uma semeadura – alguns lugares
brotando em vida, outros permanecendo virgens.
7. O Homem Cordial
44
7. Raymundo Faoro
1. Contexto
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burocratas e militares que se utilizam de suas funções e do
poder de estado para manter a sua influência política e para o
controle de bens e riquezas. Desse modo, Faoro também
atribuiu ao Brasil um projeto moderno fracassado, mas com uma
análise um tanto diferenciada das formas de poder.
4. Coronelismo e Personalismo
50
8. Caio Prado
Júnior
1. Contexto
51
estruturas temporais de longo alcance e por isso ele retorna ao
entendimento do Brasil Colônia.
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Outra consequência importante advinda da compreensão do
papel do Brasil na economia colonial é o entendimento dos ciclos
econômicos. A economia brasileira jamais foi planificada, pois
ela sempre foi elaborada a partir de demandas externas. Os
ciclos econômicos que se sucederam no Brasil foram:
Figure 8: Um engenho de açúcar em Pernambuco colonial, pelo pintor holandês Frans Post
(século XVII).
3. Comparações e Analogias
53
Caio Prado compara a formação histórica brasileira com a
americana. Ele percebe que uma diferença fundamental entre
ambas é o fato de que nos EUA houve o que ele chamou de
colonização de povoamento. Para a américa do norte, houve
inúmeras famílias que cruzaram o atlântico porque eram
perseguidos religiosos. Não havia o projeto de retornar para a
Europa enriquecido ou a ideia de tornar-se um fidalgo agente da
exploração. Já para o Brasil, as pessoas vindas faziam parte da
empresa colonial portuguesa em que a colonização serve para
o único propósito de enriquecer a metrópole. O Brasil tornou-se
uma colônia de exploração. Desse modo, ao sul do equador,
todo projeto nacional que diverge da posição subalterna no
capitalismo encontra uma forte resistência para se desenvolver
– algo que o norte dos EUA não encontrou por um longo período.
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9. Florestan
Fernandes
1. Contexto
Figure 11: Imagem de Dalrymple do Tio Sam ensinando aos países do caribe
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10. Sociologia do
Brasil Atual
1. Contexto
Figure 12: DaMatta durante palestra para a Escola de Governo do Estado de São Paulo
2. Roberto Da Matta
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Mas no Brasil, a comparação por contrastes revela uma dupla
possibilidade. E mostra que o sistema é dual: de um lado, existe
o conjunto de relaçoe ̃ s pessoais estruturais, sem as quais
ninguém pode existir como ser humano completo; de outro, há
um sistema legal, moderno, individualista (ou melhor: fundado
no indivíduo), modelado e inspirado na ideologia liberal e
burguesa. [...] Em comparaçao ̃ com o mundo indiano e
americano, o mundo brasileiro é possível de ser abandonado,
mas esse abandono tem um custo. Dado que entrar para o
mundo brasileiro significa passar a pertencer a um sistema de
relaçoẽ s intersubjetivas onde posiçoẽ s demarcadas tem de
obedecer e mandar, aos que desejam não pertencer a esse
mundo um outro sistema lhes aguarda. Esse mundo é o mundo
frio e calculado da lei. Como diz o ditado “Aos inimigos a lei; aos
amigos, tudo!” - DaMatta, R. Carnavais, malandros e heróis
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com os ditames da lei. Um indivíduo não é alguém para outro
alguém, é meramente alguém perante a lei.
O "Você sabe com quem está falando?" não parece ser uma
expressão nova, mas velha, tradicional, entre nós. Na medida
em que as marcas de posição e hierarquização tradicional, como
a bengala, as roupas de linho branco, o anel de grau e a caneta-
tinteiro no bolso de fora do paletó se dissolvem, incrementa-se
imediatamente o uso da expressão separadora de posições
sociais para que o igualitarismo formal e legal, mas cambaleante
na prática social, possa ficar submetido a outras formas de
hierarquização social. - DaMatta, R. Carnavais, malandros e
heróis
2.5. O Carnaval
Figure 13: Na parte de cima vemos o entrudo (celebração com água nas ruas) que tem
origem popular
3. Jessé Souza
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Em sua visão o Brasil é composto por uma elite do Atraso, uma
classe média moralista e uma ralé. Essas três categorias são
muito importantes de serem assim chamadas porque elas
nascem de formulações de linguagem próprias. A Elite do atraso
é assim chamada justamente porque ela, além de conservadora,
promove o atraso de modo voluntário. Jessé acredita que a
herança cultural não é uma razão suficiente para promover o
atraso brasileiro. Além deles há uma classe média que vive no
tensionamento entre a cultura da elite e as condições de trabalho
da ralé.
68
69
11. Questões de
Gênero
1. Contexto
2. Feminismo
71
Por fim, na segunda metade do século XIX as coisas começam
a mudar. Foi nesse período que o Queens College, em Londres,
passou a oferecer educação para as mulheres. Pouco a pouco,
milhares de escolas na Inglaterra e nos EUA passaram a
oferecer educação para as mulheres. Era a fagulha necessária
para o início da primeira onda.
72
Podemos dizer que a primeira onda do feminismo entendia que
a luta contra o patriarcado seria uma luta contra um sistema
jurídico-legal e a esperança que as movia era de que a entrada
nas instituições de governo seria suficiente para mudar as
relações de poder.
73
A partir dessa leitura, o patriarcado passou a ser entendido com
um poder estruturado e um sistema de dominação. A crítica a
ser feita à primeira geração era sua ilusão de que a mera
penetração no sistema político seria suficiente para rui-lo. Agora,
os novos desafios vinham a partir do novo diagnóstico. Um
sistema de dominação só pode ser combatido com uma
verdadeira revolução feminista.
A terceira onda nasce por volta dos anos 90 e tem uma crítica
pontual à segunda onda. O movimento feminista se definiu
excessivamente em torno de uma noção de mulher branca,
europeia e de classe média alta. Era necessário romper e
fragmentar o feminismo dentro de suas diversidades.
75
que somos, nomeamos experiências. Tudo isso era fundamental
para dar um novo combate ao patriarcado.
3. LGBTQIA+
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sexo mesmo que esta pessoa seja transsexual. Homossexuais
tem interesse por pessoas do mesmo gênero. Pansexuais são
pessoas que tem interesse em certas configurações
psicológicas e afirmam gostar de “pessoas” e desconsideram o
corpo como sendo fundamental para suas preferências.
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comunicação também precisa ser continuada após votar,
criticamente revisitando as consequências dos acordos
adotados.” – Medina, J. Injustiça Epistêmica
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12. A Questão
Racial
1. Contexto
2. Raça e Etnia
80
Em 2016, pesquisadores do mundo inteiro reuniram-se para
investigar a questão racial do ponto de vista genético. A pergunta
que eles desejavam responder era se há marcadores
genotípicos suficientemente claros para afirmar que há raças
entre seres humanos. A resposta foi que não. Não há evidências
suficientes para mostrar que há raças entre humanos. Diante
disso, a comunidade científica pensou que seria um avanço para
o fim das discriminações em função de cor de pele determinar o
fim do uso do termo e de todo vocabulário associado a ele.
Contudo, percebeu-se que talvez isso não fosse positivo.
81
Ambas as religiões sobreviveram porque buscaram o
sincretismo religioso. O candomblé parte de deidades
encontradas na África, como é o caso de Osun, o rio que corta o
território da Nigéria. Essa deidade é trazida ao Brasil e adaptada
como sendo Oxum, a deusa das águas doces. Contudo, para
que seu culto não fosse percebido, os praticantes do candomblé
e da umbanda figuraram a deusa na imagem de Nossa Senhora
dos Navegantes.
Assim, note que nem tudo que veio da África segue sendo
praticado pelas pessoas de ascendência africana. Por esse
82
motivo é necessário criar um termo para falar de um grupo
cultural. O termo que designa um grupo cultural é etnia e a
importância de ter um termo independente está em que ele
permite um entendimento independente. Por exemplo, por um
lado, há pessoas de pele preta que não pertencem à etnia afro-
brasileira; por outro lado, há pessoas brancas que participam de
algumas práticas da etnia afro-brasileira. Assim, percebemos
que o termo raça termina por designar um fenótipo, mas não um
pertencimento cultural; enquanto o termo etnia, designa um
grupo cultural.
3. Racismo
83
o bem-estar da população. Contudo, para realizar essa tarefa ela
acaba por assimilar um olhar sobre a sociedade que reflete uma
estrutura social problemática. Em uma sociedade onde a
pobreza se concentra em uma linha de raça, a polícia termina
por assimilar um papel de vigília de um grupo racial. As revistas,
as ações, as desconfianças recaem sobretudo na população
negra. Em função disso inúmeras histórias acabam se
acumulando onde injustiças e erros da ação policial acabam se
multiplicando somente em um grupo social.
4. As Ações Afirmativas
5. O Feminismo Negro
Figure 20: Djamila enquanto era secretária adjunta de direitos humanos em São Paulo.
86
87
13. A Questão
Indígena e
Ambiental
1. Contexto
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O Ambientalismo Brasileiro deu seus primeiros passos por meio
da vontade dos irmãos Vilas-Boas. Os três irmãos Orlando,
Claudio e Leonardo percebiam, já nos anos 40 do século
passado que as tribos indígenas do interior do Brasil estavam
adoecidas, em péssimas condições de sobrevivência e
abandonadas. Amantes das ideias de Marechal Rondon, que
acreditava no contato pacífico com as tribos indígenas como um
meio de garantir a integridade territorial brasileira, os irmãos
Vilas-Boas propuseram a criação de um parque nacional do
Xingu. Os jovens expedicionários percebiam que essas tribos
eram seminômades o que fazia com que transitassem
constantemente pelo território. Desse modo, o conhecimento
que tinham da floresta seria uma forma de assegurar sua
ocupação constante de modo equilibrado.
Acontece que o parque foi criado nos anos 60, mas não se
tornou uma política de estado constante. As fronteiras agrícolas
avançaram enormemente durante os anos 40 até os anos 80 e
sem a criação de diversos parques seria difícil garantir que
fazendeiros respeitassem essas áreas como áreas de proteção
florestal. Foi precisamente diante do avanço dessas atividades
que outro importante ambientalista surgiu. Nos anos 80 foi a vez
de Chico Mendes denunciar a entrada do garimpo ilegal na
Amazônia. É sabido que há inúmeros metais preciosos em rios
da Amazônia, contudo, para poder retirá-los é necessário
praticar o garimpo. O problema dessa prática é que ela pode se
tornar extremamente danosa ao meio ambiente quando feita de
modo descontrolado e irregular. Chico Mendes era seringueiro e
tornou-se um combatente dessas práticas. No mesmo ano que
89
ousou denunciá-las internacionalmente na ONU foi assassinado.
Tais histórias seguem ocorrendo até os dias atuais, basta
lembrar do caso do funcionário governamental Bruno e o
jornalista Dom Philips, ambos assassinados no ano de 2022 por
estarem envolvidos em registro e combate de atividade
mineradora ilegal. Justamente por isso, é importante entender
que as questões relativas à exploração da Amazônia envolvem
interesses de pessoas poderosas que agem de modo ilegal e
que estão dispostas a fazer uso de violência para garantir seus
ganhos.
90
período as primeiras ligas camponesas passam a reivindicar
espaço no campo brasileiro.
91
É comum que se pense que a tecnologia foi a grande
responsável pelos problemas do campo brasileiro. Contudo, isso
é uma visão parcial das questões. A tecnologia trazida pela
revolução verde tornou o Brasil um dos países mais importantes
na produção de alimentos no mundo. Isso certamente é um fato
relevante. A questão que a sociologia entende como
problemática é o modo como essas transformações se deram. A
tecnologia não pode ser culpada quando o homem não planeja
sua implementação. Hoje em dia, cada vez mais há uma
consciência grande de que a tecnologia deve ser pensada para
os propósitos do homem. Ela deve ser conjugada a medidas
ecológicas, que protejam o meio ambiente. Além disso, ela pode
ajudar a preservar os saberes locais que estão preservados em
grupo indígenas e comunidades tradicionais. Casas
sustentáveis, agroflorestas, bioinseticidas são alguns dos
exemplos de formas sustentáveis de convívio do homem com a
natureza.
92
A forma de vida humana mais bem adaptada a realidade das
florestas é a vida indígena. Estes povos viveram durante séculos
em uma lógica seminômade em que os recursos eram
esgotados somente até o ponto de haver suficiente para que
outras espécies pudessem sobreviver. Os tupinambás, de
acordo com os estudos de Florestan Fernandes, pensavam sua
presença na floresta como um elemento que precisava respeitar
os ciclos da vida e que, portanto, não poderia exaurir recursos.
Foi o contato com o homem branco que iniciou a modificação
dessa forma equilibrada de convívio.
95
14. Sociologia do
Trabalho
1. O que é o trabalho?
2. Trabalho e Tecnologia
96
Contudo, as máquinas não foram implementadas somente para
facilitar esforços humanos. Elas foram também substituintes do
profissões inteiras. Nesse caso, quando ela substituem uma
profissão elas causam desemprego estrutural, pois uma
atividade humana não compõe mais a estrutura produtiva.
3. Trabalho e Raça
98
IBGE. Tal situação vem sendo registrada por 10 anos e pouco
se modificou entre 2012 e 2022. Mulheres recebem
aproximadamente 20% a menos que homens em atividades a
fins (IBGE, 2021) e ainda, em muitos casos, tem jornada dupla
na qual tem de trabalhar em casa. Isso, além de reproduzir
padrões de relacionamento patriarcais encontrados no ambiente
de trabalho, afeta o tempo de qualidade com filhos e marido,
elevando os níveis de frustração e insatisfação com o trabalho.
100
comum de valores (e na sociedade burguesa por uma estrutura
de caráter comum).
101
Braverman, contrariamente ao que se pode pensar, não era um
insurgente contra a tecnologia. Ele desejava na verdade usar de
modo racional esses avanços para que não causasse problemas
sociais. Para ele é fundamental distinguir entre automaçao
̃ e
tecnologia de substituiçao
̃ .
Automaçao
̃ é o processo de dar ao trabalhador um
desenvolvimento positivo e melhor de execuçaõ de suas tarefas.
Neste modelo as relaçoe ̃ s sociais de produçao
̃ são mantidas
sem destruir empregos, saberes e identidades. Assim, o modo
como o processo de trabalho é organizado, gerenciado e
manipulado não é afetado.
Com a qualificaçao
̃ dos trabalhadores deteriorada, eles passam
a valer cada vez menos, assim, essas pessoas são cada vez
mais substituíveis e descartáveis. Por oposiçao ̃ a elas, uma
classe de dirigentes passa a ter importância, contudo seu
trabalho torna-se mais e mais burocrático. Aqui vemos uma
espécie de interpenetraçao
̃ das teses de Marx e Weber, pois
Braverman mostra que a as relaçoe ̃ s de trabalho capitalistas não
dominam somente pela alienaçao ̃ , mas que a alienaçao ̃ anda de
102
mãos dadas com a criaçao
̃ de relaçoe
̃ s de trabalho que também
mantém um alto teor controle burocrático.
103
15. Pierre Bourdieu
1. Contexto
104
disputaram poder em determinado momento da história, mas
que para compreender a dinâmica desse processo é necessário
reformar as noções de capital e de dominação.
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as
as
co
Cl
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107
Tipo de Leitura segundo o grau de instrução
Universidade Grande Secundário Técnico Primário
Escola
Romance 28 27 27 32 34
Policial
Romance 17 14 22 27 17
de
Aventura
Livro de 25 24 22 18 10
Arte
Romance 65 54 62 60 35
Filosofia 18 13 15 11 7
Ensaio 16 14 6 6 3
Político
Economia 12 19 5 3 4
Ciências 18 27 11 10 6
A tendência mais forte aparece em negrito
108
16. Norbert Elias
1. Contexto
2. A Obra de Erasmo
109
Segundo Elias, foi na obra de Erasmo de Roterdã De Civilitate
Morum Puerilium que uma série de observações
comportamentais foram feitas e que marcaram a história do
ocidente. O livro teve 30 edições com Erasmo ainda vivo e até o
século XVII mais de 150 edições tinham sido realizadas. O livro
visa instruir o filho de um príncipe, mas a precisão com que ele
descreve as atitudes corporais acabou tornando-se de
fundamental valia para as pessoas corrigirem suas posturas
cotidianas.
“Não deve haver meleca nas narinas, diz ele mais adiante. O
camponês enxuga o nariz no boné ou no casaco e o fabricante
de salsichas no braço ou no cotovelo. Ninguém demonstra
decoro usando a mão e, em seguida, enxugando-a na roupa. É Figure 30: Erasmo de Roterdã
mais decente pegar o catarro em um pano, preferivelmente se
afastando dos circunstantes. Se, quando o indivíduo se assoa
com dois dedos, alguma coisa cai no chão, ele deve pisá-la
imediatamente com o pé. O mesmo se aplica ao escarro.” –
Elias, N. O Processo Civilizador
111
17. Michel Foucault
1. Contexto
2. A História da Loucura
Figure 31: A nau dos loucos por Hieronymus Bosch (c. 1510)
113
Se se retiram os leprosos do mundo e da comunidade visível da
Igreja, sua existência, no entanto é sempre uma manifestação
de Deus, uma vez que, no conjunto, ela indica sua cólera e
marca sua bondade. [...] Aquilo que sem dúvida vai permanecer
por muito mais tempo que a lepra, e que se manterá numa época
em que, há anos, os leprosários estavam vazios, são os valores
e as imagens que tinham aderido à personagem do leproso; é o
sentido dessa exclusão, a importância no grupo social dessa
figura insistente e temida que não se põe de lado sem se traças
à sua volta um círculo sagrado. – Foucault, M. A História da
Loucura
114
A partir da criação do Hospital Geral, da abertura das primeiras
casas de correção e até o fim do século XVIII, a era clássica
interna. Interna os devassos, os pais dissipadores, os filhos
pródigos, os blasfemadores, os homens que procuram se
desfazer, os libertinos. E traça, através dessas aproximações e
dessas estranhas cumplicidades, o perfil de sua experiência
própria do desatino – Foucault, M. A História da Loucura
3. A História da Sexualidade
Figure 33: Thomas Rowlandson pintava Se o sexo é reprimido, isto é, fadado à proibição, à inexistência
imagens eróticas sempre permeadas por e ao mutismo, o simples fato de falar dele e de sua repressão
voyeurismo e reprovação do sexo
possui como que um ar de transgressão deliberada. […] Falar
contra os poderes, dizer a verdade e prometer o gozo; vincular
a iluminação, a liberação e a multiplicação das volúpias;
empregar um discurso onde confluem o ardor do saber, a
vontade de mudar a lei e o esperado jardim das delícias – eis o
que, sem dúvida, sustenta em nós a obstinação em falar do sexo
em termos de repressão; eis, também o que explica talvez, o
valor mercantil que se atribui não somente a tudo o que dela se
diz [...]– Foucault, M. A Vontade de Saber
4. Vigiar e Punir
Sentença 1.
Sentença 2.
122
18. Zygmunt Bauman
1. Contexto
123
estratégias de reaçao ̃ envelhecem rapidamente e se tornam
obsoletas antes de os atores terem uma chance de aprendê-las
efetivamente.” [...] “Em suma: a vida líquida é uma vida precária,
vivida em condiçoe ̃ s de incerteza constante. As preocupaçoe ̃ s
mais intensas e obstinadas que assombram esse tipo de vida
são os temores de ser pego tirando uma soneca, não conseguir
acompanhar a rapidez dos eventos, ficar para trás, deixar passar
as datas de vencimento, ficar sobrecarregado de bens agora
indesejáveis, perder o momento que pede mudança e mudar de
rumo antes de tomar um caminho sem volta”– Bauman, Z. Amor
Líquido
126
19. Stuart Hall
1. Contexto
127
são as mais presentes no mundo moderno. Hall afirma que elas
não refletem mais uma pureza. Os movimentos migratórios do
mundo global retiraram delas a unidade e a integridade.
“Os ingleses não são racistas porque eles odeiam negros, mas
porque eles não sabem quem são sem os negros. Eles têm de
saber quem eles não são para manterem-se sabendo quem
são.”– Hall, S. Questões de Identidade Cultural
128
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