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PRÉ-HISTÓRIA

PLANO DE CURSO
Professor: Matusalém Alves Oliveira
matusala@terra.com.br
Contato: (083) 99323389 (083) 87901968
"O FUTURO É DE VELHOS, GORDOS E INFÉRTEIS"
Em um novo livro, o biólogo francês Jean-
François Bouvet mostra que passamos
por uma evolução inédita.
Para ele, as transformações ambientais
feitas pelo homem têm hoje mais
influência em nossa biologia que a
seleção natural.
Nesta entrevista, ele rebate quem
acredita que a ciência só nos trouxe
progresso e explica como chegamos a
esse ponto
Velho, gordo e infértil.
Para o biólogo francês Jean-François Bouvet,
esse é o retrato do ser humano atual — e do seu
futuro.
Em seu livro Mutants – à quoi ressemblerons-
nous demain?
(Mutantes – como seremos amanhã?, lançado
em março (2014?) e sem tradução em
português), ele reúne uma série de dados de
pesquisas feitas ao redor do mundo para
mostrar que o homem passa por uma evolução
inédita ...
...Que pode estar prejudicando seu bem-estar.
Estamos passando por uma
evolução inédita, batizada por
ele de RETROEVOLUÇÃO.
O ser humano poluiu o ambiente
com novos químicos que estão
alterando nossa biologia de
maneira permanente e perigosa.
“Desde a Revolução Industrial, no
início do século XIX, vivemos um
processo em que o ambiente
modificado pelo homem tem mais
influência em sua evolução que a
seleção natural...
...E essas mudanças são, geralmente,
negativas", explica o cientista.”
BIG BANG QUÍMICO
Para ele, a explosão de novas
moléculas criadas pelo avanço
da ciência e da indústria
modificou permanentemente
o sistema endócrino e
hormonal dos seres humanos.
Por que você afirma que o ser humano vive
uma evolução jamais vista?
Estamos cada vez mais gordos e menos férteis.
É verdade que estamos também mais velhos –
desde 1990, a expectativa de vida aumentou
quatro anos na Europa, seis anos na África e oito
anos na Ásia.
No entanto, essa não é uma velhice saudável.
O indicador que mede a expectativa de vida sem
incapacidade permanece estável nos últimos dez
anos.
Ou seja, o aumento dos anos de vida
significa uma sobrevida sem saúde.
Na França, temos 25 novos casos de
Alzheimer diagnosticados por hora: são
860 000 doentes e a previsão é de 2
milhões até 2020.
Isso nunca nos aconteceu e não pode ser
considerado um progresso.
Mas esses homens não são os mais
aptos ao mundo moderno, selecionados
pela evolução?
Pela primeira vez na história há outro
fator mais importante que a seleção
natural para a evolução:
o ambiente modificado pelo homem.
Até a Revolução Industrial não
tínhamos a capacidade técnica de
transformar quimicamente a natureza.
Modificamos o ambiente que, por sua
vez, devolve essas alterações,
perturbando-nos com os químicos que
inventamos e que agora agem de
maneira deletéria sobre nós.
Esse processo em que a natureza
manda de volta o que fizemos a ela é o
que chamo de retroevolução.
Muitos antropólogos e biólogos
evolutivos defendem
que mudanças ambientais têm
forte impacto na seleção natural.
No entanto, eles não
costumam enxergar essa tendência
como negativa.
O que ela teria de tão ruim?
Há um fenômeno global em
que o homem inventa
novas moléculas e faz isso
tão rapidamente que não
há tempo para estudos
sérios sobre seu impacto.
A evolução pode regredir?
A ideia de que estamos evoluindo em um
caminho perverso está longe de ser um
consenso na comunidade científica.
Os que defendem essa proposta partem do
princípio de que um dos componentes
fundamentais da evolução, a seleção natural,
que elege os mais aptos a produzir
descendentes, foi superada.
Afinal, a ciência e medicina modernas
permitem não só que os menos capacitados
sobrevivam como também tenham filhos para
perpetuar seus genes.
Alguns antropólogos e biólogos, por outro
lado, acreditam que a seleção natural é
uma força que jamais deixará de agir,
apesar de poder ser modificada.
"É inquestionável que a cultura — que
compreende a tecnologia, a medicina e a
indústria — está mudando a intensidade da
seleção natural e as características mais
afetadas por ela...
... Transformamos de tal modo o ambiente
que a CULTURA se tornou um agente
importante para a seleção“. (biólogo Stephen
Stearns)
Desde sempre os homens
mudam o ambiente, assim
como o ambiente muda o
homem e isso faz parte da
evolução."
QUEM VOCÊ É ?
“TODA HISTÓRIA É CONTEMPORÂNEA”
Sinais da História
7
PRÉ-HISTÓRIA
Hominídeos
desde 15 milhões

Australopithecus 5 mlhões anos

Olduvai

Homo hábilis 2 milhões

Homo sapiens 100 mil anos


Homo erectus 1 milhão
DIFERENTES ORIGENS:

TEORIA CRIACIONISTA TEORIA EVOLUCIONISTA

A teoria evolucionista ou Darwinista foi


A teoria criacionista defende a idéia de que
desenvolvida por Charles Darwin e vai contra a
O mundo e a humanidade são criações
concepção criacionista. A teoria evolucionista
Divinas (criações de Deus), da mesma
afirma que o homem e os demais seres vivos
forma como está relatado em Gêneses, um
surgiram e se desenvolveram ao longo do
dos livros da Bíblia que descreve a criação
tempo, partindo de organismos mais simples
do mundo.
que foram se transformando ao longo dos
Esta hipótese está fundamentada no
tempos.
pensamento judaico e cristão, que se
Atualmente, associado as pesquisas genéticas,
baseiam na interpretação literal dos
o evolucionismo tornou-se um dos marcos
textos sagrados.
do pensamento contemporâneo.
EMENTA

Teorias sobre a hominização.


Do Homo habilis ao sapiens
sapiens. Formação dos grupos
sociais, formas de linguagem,
manifestações culturais e
religiosas nos diversos
continentes.
OBJETIVOS

Compreender os conceitos de pré-


história; apresentar as principais
teorias sobre a origem do Homo
sapiens sapiens e a sua dispersão
pelo mundo; debater a Pré-História da
América e do Brasil; discutir a
situação das principais sociedades
indígenas.
OBJETIVO ESPECÍFICO

Discutir o conceito de pré-história;


• Refletir sobre distintos períodos da
pré-história e suas características;
• Problematizar a ocupação dos
territórios americano, brasileiro, do
Nordeste e da Paraiba;
• Desenvolver a habilidade de
interpretar textos e se expressar de
maneira acadêmico.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
PRIMEIRA UNIDADE
TEMÁTICA
1.2 História da pesquisa Pré-histórica;
1.3 Conceito e Teoria da Pré-história
2. TEMÁTICA
02: As transformações do ambiente:
2.1 Importância do estudo da Era Paleozoica, Mesozoica e Paleozoica;
2.2 Consequências das transformações ambientais para a hominzação;
2.3 Teoria da Evolução.
3 TEMÁTICA 03: O processo de hominização; 3.1 Testemunhos fósseis e
suas interpretações; 3.2 Grupos humanos antigos e o Homo Sapiens
moderno
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
SEGUNDA UNIDADE
4 TEMÁTICA
04: As culturas materiais da história da hominização
4.1 Paleolítico Inferior e Médio: origem das sociedades caçadoras-
coletoras-pescadoras;
4.2 Paleolítico Superior: auge das sociedades caçadoras coletoras-
Pescadoras;
5 TEMÁTICA 05: O processo de neolitização;
5.1 A origem das sociedades produtoras de alimentos: domesticação
fauna e flora;
5.2 A origem da escrita, da urbanização e das cidades-estados.
6 TEMÁTICA 06: A ocupação da América, do Brasil e do Nordeste
5.1 Teorias sobre a ocupação humana na América;
5.2 A ocupação do território brasileiro e os sítios arqueológicos;
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

SEGUNDA UNIDADE

TEMÁTICA

06: A ocupação da América, do Brasil e do Nordeste


5.1 Teorias sobre a ocupação humana na América;
5.2 A ocupação do território brasileiro e os sítios arqueológicos;
5.3 Pré-história do Nordeste e da Paraíba.
PROCEDIMENTO
Aulas expositivas-dialogadas; leituras e
discussões de textos; seminários e trabalhos em
grupos; atividades orientadas; projeção de
imagens e de filmes; visita de estudos a sítios
arqueológicos da Paraiba (Peda do Ingá (Ingá-
PB), Sitio Arqueológico lajedo do Bravo (Boa
Vista-PB);Museu Historico de Cabaceiras
(Cabaceiras-PB), Museu Vivo do homem
Nordestino (Campina Grande- PB), Visita a tribos
Idigenas da Paraiba (Baia da Traição-PB), Museu
de História Natural da UEPB, bem como conhecer
acervos arqueológicos e museus; palestras com
especialistas.
AVALIAÇÃO

O critério de avaliação considerará o


desenvolvimento dos seguintes critérios e
habilidades: presença em aula (interesse e
freqüência); domínio de referencial conceitual
básico; capacidade de análise crítica de textos;
conhecimento; clareza explicativa. As formas
consideradas serão a realização de avaliações
escritas, elaboração de textos e exposição oral
sobre temas propostos.
BIBLIOGRAFIA
PROUS, André, O Brasil Antes dos Brasileiros: a pré-história do nosso país, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
BRAIDWOOD, Robert J. Homens Pré-históricos. Trad. De Carlota Barrionuevo Martin. 2 ed.,m Brasília, Editora Universidade
de Brasília, 11988.
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GASPAR, Madu. A arte rupestre no Brasil , J. Zahar ,2003.
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MEGGERS, Betty. América pré-histórica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.
MORAES, José Geraldo Vinci de, Caminhos das civilizações : da pré-história aos dias atuais / 2000 Atual.
RUBEM, Jackson. Brasileiros pré-cabralianos : arte rupestre e história - Brazilians before Cabral, rock art and history /
2005.
SCHMITZ, Pedro Ignácio (org.). Pré-história do Rio Grande do Sul. São Paulo: Instituto Anchietano de Pesquisas-Unisinos,
1991.
TENÓRIO, Maria Cristina (org.). Pré-história da Terra Brasilis. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999.

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