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AULA – 6
FUNDAMENTOS SOBRE
A ORIGEM DOS SERES
VIVOS
Olá!
De acordo com Hartl e Clark (2010), a teoria neutralista foi proposta no final
dos anos 1960, quando se acreditava que a maior parte do genoma tinha a função
de codificar proteínas, e as sequências não codificadoras, como os íntrons, não
eram bem compreendidas. Hoje em dia, sabemos que apenas uma pequena fração
do genoma dos mamíferos, por exemplo, é responsável pela codificação de
proteínas. A baixa densidade de regiões codificadoras permite que muitas mutações
tenham pouco ou nenhum impacto no sucesso adaptativo, incluindo aquelas em
íntrons, pseudogenes, e outras regiões não codificadoras do DNA.
A teoria quase-neutralista surgiu como uma variante da teoria neutralista,
diferenciando-se apenas ao considerar que as mutações são aproximadamente
neutras, em vez de totalmente neutras como postula a teoria original. Isso se
restringe às substituições nucleotídicas em regiões do DNA não codificante e às
mutações silenciosas, onde a substituição resulta em um códon sinônimo, não
afetando o aminoácido codificado (HARTL E CLARK, 2010).
De acordo com Freeman e Herron (2009), essa teoria atualmente explica por
que as mutações silenciosas são mais comuns do que as mutações não silenciosas,
mas ainda considera a possibilidade de que mutações sejam fixadas por seleção
positiva na evolução molecular de diversos organismos, como as moscas-das-frutas
e os primatas.
Adicionalmente, são constantemente adquiridos dados genômicos que podem
ser empregados na análise da hipótese da teoria neutralista, que postula que a
seleção negativa (contra mutações deletérias) e a deriva genética são
predominantes na maioria dos processos de evolução molecular (FREEMAN E
HERRON, 2009).
As teorias evolutivas, como a neutralista e a quase-neutralista, continuam
evoluindo com o avanço do conhecimento genômico, que ajuda a entender o papel
da seleção natural e da deriva genética na evolução molecular. Além disso,
concepções mais amplas, como as de Jablonka e Lamb (2010), consideram não
apenas a genética, mas também os sistemas epigenético, comportamental e
simbólico na evolução.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOULD, S.J. Darwin e os grandes enigmas da vida. 2. ed. São Paulo: Martins
Fontes; 1992.