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SEMPRE É UMA COMPANHIA – Manuel da Fonseca

Par
GUIÃO de trabalho em grupo
Educação Literária em modo 5x3i
I
1.Identifica a região portuguesa em que se passa a ação e indica os topónimos que te permitiram tal
identificação.
2. Delimita os três momentos principais da ação e indica sucintamente o seu conteúdo.
3. Identifica uma sequência textual descritiva e outra narrativa.

II
4. Na primeira parte, a vida de Batola é uma “sonolência pegada” (l. 37). Ilustra esta afirmação
com referências ao texto.
5. Caracteriza e interpreta a relação entre Batola e a mulher no primeiro momento.
6. Resolve o item 2. da pág. 140 do manual.

III
7. Neste conto, o espaço físico condiciona o espaço social. Documenta esta afirmação com base na
vivência das personagens na primeira parte.
8. O vendedor que chega no carro revela-se uma pessoa atenta e comercialmente experiente. Ilustra
esta afirmação com referências ao texto.
9. Resolve os itens de escolha múltipla da página 147 do manual.

IV
10. Resolve o item 4. da página 140 do manual.
11. Resolve o item 6. da página 141 do manual.
12. Resolve o item 9. da pág.141 do manual.

V
13. A sua chegada traz uma profunda alteração à vida da aldeia. Documenta essa alteração no
comportamento do Batola e da mulher, bem como na vida dos habitantes da aldeia.
14. Mostra como esta transformação se reflete na perceção do tempo e na vivência do espaço. Vide
item 10, da pág. 141 do manual.
15. Em muitos dos seus contos, Manuel da Fonseca estabelece um confronto entre o passado e o
presente. Indica, justificando, qual dos dois tempos sai valorizado em “Sempre é uma Companhia”.
Vide item 11, da pág. 141 do manual.

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SEMPRE É UMA COMPANHIA – Manuel da Fonseca

“Sempre é uma companhia” consagra um retrato económico e sociocultural do Alentejo na


primeira metade do século XX. Oferece-nos retratos humanos que atravessarão outros tempos e
outros espaços. O refúgio em comportamentos antissociais e a desistência da vida, as relações
afetivas conturbadas e a necessidade de correr mundo em busca de um rumo são algumas linhas de
reflexão que o conto propicia.

Para concluir:
• O título do conto ("Sempre é uma companhia") anuncia um novo meio de comunicação que vai
mudar a vida de uma população deprimida, no contexto da II Guerra Mundial.
• A intriga é simples e é contada de forma linear.
• O espaço exterior representa os sentimentos negativos do protagonista.
• Os homens perdem características humanas que são transpostas para o universo inanimado.
• O conto permite uma reflexão sobre a condição humana, que excede os limites temporais da ação.

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i
A propósito da linguagem simbólica do número três na narrativa e não só:
Não é só na religião que este número mágico ocorre, verificando-se a sua existência em muitos outros campos. Na verdade, a vida humana é
tripartida, na sua essência, pois divide-se em vida material, racional e espiritual. As próprias sociedades antigas tinham uma composição em três
partes: clero, nobreza e povo. A nossa vida insere-se num ciclo tripartido, ao qual não podemos escapar: nascimento, crescimento e morte. Sem
esquecer que as investigações científicas provam a existência de muitas tríades no corpo humano, acreditando-se mesmo que o número em estudo
é a base de todas as grandes funções do nosso organismo. Afinal, não podemos esquecer que a sabedoria popular acredita no poder mágico do
número três, visto como universal, que une a ordem espiritual com a intelectual. É por isso que o ditado popular português é bastante claro: «Três é
a conta que Deus fez!». E mesmo no Tarot, continua a verificar-se que este número simboliza a criação, a perfeição divina. Podemos, pois, concluir
que o numeral em causa surge como um símbolo cuja alçada é universal, estando presente na metafísica, em toda a ação do homem e na
complexidade da natureza. Representa a síntese perfeita entre o homem, o céu e a terra. Daí que surja, muitas vezes, nos contos de fadas,
associado aos diferentes momentos do desenvolvimento humano e da consciência, mas sem nunca pôr de parte o seu cariz mágico e
transcendente.
https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/4109055.pdf (consultado em 23-02-2021).

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