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Universidade Federal de Alagoas

Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde

Cartilha Digital
do Sistema
Endócrino

Equipe:

Aline Gabriely
Ayane Suênia
Arthur Alencar
Caio Ximenes
2020 Thayane Borges
Apresentação

Nossa cartilha digital do sistema endócrino cumpre o propósito de explicar,


didaticamente, glândulas e hormônios utilizando textos, imagens e ilustrações.
Esta atividade foi proposta pelo professor Dr. Olagide a fim de compor nota da
disciplina de Fisiologia Humana, do curso de Ciências Biológicas- Bacharelado, no
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Alagoas.

Os temas serão administrados respectivamente pelos discentes:

Adrenal Caio Ximenes

Gônadas Ayane Suênia / Aline Gabriely

Hormônio do crescimento Aline Gabriely

Tireóide Arthur Alencar

Prolactina Thayane Borges

Ocitocina Ayane Suênia

2
Sumário

Introdução…………………………………....4
Adrenal………………………………………...5
Gônadas………………………………………..11
Hormônio do crescimento…………...23
Tireóide………………………………………..34
Prolactina……………………………..........38
Ocitocina……………………………………...42

3
INTRODUÇÃO Ayane Suênia

As diversas atividades do corpo são realizadas através de uma gama de tipos de sistema de mensageiros
químicos, sendo: neurotransmissores, hormônios endócrinos e neuroendócrinos, parácrinos, autócrinos e
citocinas. As células neuroendócrinas, localizadas no hipotálamo, têm axônios que terminam na hipófise
posterior e eminência mediana, secretando diversos neuro-hormônios –– ADH e a ocitocina. Os hormônios
endócrinos são transportados ao longo do sistema circulatório para as células de todo o corpo, onde se ligam a
receptores e iniciam as reações celulares, por exemplo: hormônio do crescimento (da hipófise anterior) ––– causa
o crescimento do corpo e a tiroxina (da tireoide) ––– aumenta a velocidade de várias reações das células do corpo¹.

Os hormônios podem ser compostos por proteína,


esteróides e derivados do aminoácido tirosina. A
maioria deles, formada por proteínas e polipeptídeos,
são sintetizados no retículo endoplasmático rugoso e,
posteriormente, levados ao complexo de Golgi para que
sejam acondicionados em vesículas secretoras e,
consequentemente, sejam armazenados no citoplasma
até que seja secretado através da fusão da vesícula com

Fonte: Guyton & Hall, 2011


a membrana celular. É importante lembrar que estes
hormônios peptídicos são hidrossolúveis, permitindo,
assim, a fácil entrada no sistema circulatório para que
possam ser transportados aos tecidos-alvo¹.

Já os hormônios esteróides são semelhantes ao


colesterol e, na sua grande maioria, são sintetizados a
partir do próprio colesterol. Ao contrário das proteínas,
esses hormônios esteróides são lipossolúveis. A grande
parte do colesterol nas células produtoras de esteróides
é proveniente do plasma, entretanto, também ocorre a
síntese do novo colesterol nestas mesmas células. Como
mencionado anteriormente, esses esteroides são
lipossolúveis, portanto, quando sintetizados, se
difundem através da membrana celular¹.

Fonte: Guyton & Hall, 2011


Os hormônios derivados da tirosina –– hormônios da
tireoide e da medula adrenal –– são sintetizados pela
ação de enzimas nos compartimentos citoplasmáticos
das células glandulares. Estes hormônios são formados
e armazenados na glândula tireoide e adicionados à
macromoléculas da proteína tireoglobulina que é
armazenada nos folículos. Sua secreção ocorre quando
as aminas são clivadas da tireoglobulina e os
hormônios ficam livres para, então, serem liberados na
corrente sanguínea. Após a entrada no sangue, o
hormônio da tireoide se combina com proteínas
plasmáticas, que libera lentamente estes hormônios
para os tecidos-alvo¹.

LITERATURA CITADA NA INTRODUÇÃO

¹ Guyton, A. C.; Hall, J. E. Tratado de fisiologia médica. 12° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. pp. 927

4
ADRENAL

5
Adrenal Caio Ximenes

Conceito Camadas do córtex adrenal

→ As glândulas adrenais, localizadas nos polos O córtex adrenal é composto por três
superiores dos rins, são compostos por duas camadas, onde ocorre a secreção de
partes distintas: a medula adrenal (secreta os diferentes hormônios.
hormônios epinefrina e norepinefrina) e o córtex
adrenal (corticosteroides).

Fonte: Fonte: Guyton & Hall, 2011.

Todos os hormônios esteroides humanos,


Fonte: MundoEducação.
incluindo os produzidos pelo córtex adrenal,
são sintetizados partindo do colesterol.

Principais tipos de hormônios Uma vez que o colesterol entre na célula → é


adrenocorticais transportado para as mitocôndrias → onde
é clivado pela enzima colesterol desmolase
Os dois principais tipos de hormônios
→ formando pregnenolona.
adrenocorticais, os mineralocorticoides e os
glicocorticoides, são secretados pelo córtex
Praticamente, todos os estágios de formação
adrenal.
dos hormônios ocorrem nas mitocôndrias e
no retículo endoplasmático.
Mais de 30 esteroides foram isolados do córtex
adrenal, mas dois deles apresentam excepcional
importância para a função endócrina normal do
corpo humano: a aldosterona, que é o principal
mineralocorticoide, e o cortisol, o principal
glicocorticoide.

Nas próximas sessões, será


explicado especificamente sobre os
hormônios corticais!

6
Adrenal Caio Ximenes

Funções dos Mineralocorticoides


- Aldosterona

Conheceremos agora as funções


principais da aldosterona!

1- A Deficiência de Mineralocorticoides provoca intensa depleção renal de cloreto de sódio e


hipercalemia.
Sem os mineralocorticoides → a pessoa rapidamente apresenta redução do débito cardíaco → estado
semelhante ao choque → levando ao óbito.

2- A Aldosterona é o principal Mineralocorticoide secretado pelas adrenais, exercendo cerca de 90% de


toda atividade mineralocorticoide das secreções adrenocorticais.

Efeitos renais e circulatórios da Aldosterona


Fonte: Clínica Guidoni.

Além das suas importantes funções, existem também demais efeitos renais e circulatórios
que a aldosterona pode exercer:

❏ Aumenta a reabsorção tubular renal de sódio e a secreção de potássio.


A aldosterona faz com que o sódio seja conservado no líquido extracelular, enquanto o potássio é
excretado na urina.

❏ Excesso de aldosterona aumenta o volume do líquido extracelular e a pressão arterial.

❏ O excesso de aldosterona provoca hipocalemia e fraqueza muscular - a deficiência de


aldosterona provoca hipercalemia e toxicidade cardíaca.

7
Adrenal Caio Ximenes

Mecanismo Celular de Ação da Aldosterona

1 - a aldosterona se 2 - no citoplasma dessas


difunde para o interior células, a aldosterona se
das células epiteliais combina a receptores
tubulares. mineralocorticoides
proteicos (MR)
citoplasmático.

1 2

Fonte: Fonte: Guyton & Hall, 2011.


3

4
3 - o complexo
aldosterona-receptor se
difunde para o núcleo, 4 - o RNA mensageiro se
onde passa por alterações, difunde de volta ao
induzindo uma ou mais citoplasma onde provoca a
porções do DNA a formar formação de proteínas.
um ou mais tipos de RNA
mensageiro.

Regulação de Secreção de Aldosterona

São conhecidos quatro fatores que desempenham papéis essenciais na regulação da aldosterona. São
eles:

I. A elevação da concentração de íons potássio e de II. angiotensina II no líquido extracelular aumenta


muito a secreção de aldosterona.
III. A elevação da concentração de íons sódio no líquido extracelular reduz muito pouco a secreção de
aldosterona.
IV. O ACTH formado pela hipófise anterior é necessário para a secreção de aldosterona, mas tem
pequeno efeito sobre o controle da secreção.

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Adrenal Caio Ximenes

Funções dos Glicocorticoides


- Cortisol

Ao menos 95% da atividade glicocorticoide das secreções adrenocorticais resulta da secreção de


cortisol. Além disso, pequena atividade glicocorticoide é produzida pela corticosterona.

Conheceremos agora as funções


do cortisol sobre as principais
moléculas!

Carboidratos Proteínas Lipídeos

Estimula a gliconeogênese no O cortisol reduz os depósitos de O cortisol também mobiliza os


fígado → a formação de proteínas em todas as células ácidos graxos do tecido adiposo,
carboidratos a partir de corporais, exceto no fígado elevando a concentração no
proteínas e outras substâncias. (aumentando as proteínas no plasma sanguíneo. Esta maior
a) O cortisol aumenta o número fígado). Assim, ocorre uma mobilização das gorduras pelo
de enzimas para a conversão de diminuição no transporte de cortisol, juntamente com com
aminoácidos em glicose. aminoácidos para células maior oxidação de ácidos graxos
b) O cortisol também provoca a extrahepáticas, reduzindo a nas células, contribuem para
mobilização de aminoácidos dos síntese proteica; isto porque o que deixe de utilizar glicose
tecidos extra-hepáticos, cortisol reduz a formação do (para a geração de energia) e
principalmente dos músculos. RNA mensageiro e, passe a utilizar ácidos graxos
Outra função do cortisol → consequentemente, a síntese em momentos de jejum ou
redução do uso de glicose pela proteica. estresse.
maior parte das células, Além disso, o excesso de cortisol
retardando a velocidade de provoca a diminuição das
utilização da glicose. funções dos tecidos linfoides.

Você sabia como ❏ Diabetes adrenal


um indivíduo se
torna diabético? Tanto a gliconeogênese quanto a redução da utilização de glicose nas células
faz com que o nível de glicose sanguínea aumente → provocando a liberação
de insulina.
Estes altos níveis de glicocorticoides fazem com que as células de tecidos
adiposo e esquelético reduzam a sensibilidade à insulina e, consequentemente,
não captem muita glicose. Esse aumento pode ser tão expressivo que o
indivíduo terá uma condição chamada de diabetes adrenal.

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Adrenal Caio Ximenes

Importância na resistência ao estresse e inflamação

Qualquer tipo de estresse neurológico ou físico provoca a secreção de ACTH (Hormônio


adrenocorticotrófico) pela hipófise anterior ou adenohipófise e, depois, pelo aumento na secreção
adrenocortical de cortisol. Em suma, o estresse aumenta o nível de cortisol. Quando ocorre algum tipo
de dano à tecidos, seja por infecções ou qualquer outra coisa, o cortisol pode bloquear a inflamação e
até reverter seus efeitos, uma vez iniciada.

Vamos entender como funciona


esse mecanismo? 1 - Liberação de
substâncias químicas
pelas células lesadas que
ativam este processo

2 - Aumento do fluxo
sanguíneo na região
inflamada

3 - Extravasamento do
Fonte: iSaúde, 2013.

plasma dos capilares para


a área lesada

4 - Por fim, o crescimento


fibroso, que contribui para
o processo regenerativo

E quando o cortisol entra em


ação?

1) Bloqueio dos processos iniciais do processo inflamatório


(antes de iniciar o processo);
2) Caso já tenha iniciado, ocorre a rápida resolução do
processo inflamatório e aumento da velocidade da
regeneração.

LITERATURA UTILIZADA EM ADRENAL

Guyton, A. C. Fisiologia humana. 6° Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

Guyton, A. C.; Hall, J. E. Tratado de fisiologia médica. 12° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. pp.969.

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GÔNADAS

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Sistema reprodutor masculino Ayane Suênia

Anatomia fisiológica dos órgãos sexuais masculinos


Fonte: Guyton & Hall, 2011
Testículo: está dentro da bolsa escrotal;
ocorre a formação do esperma e secretado
testosterona²;

Túbulos seminíferos: é nestes túbulos que


ocorre a formação do esperma e,
posteriormente, segue ao epidídimo¹.

Epidídimo: é este sistema de túbulos


enovelados, e nele, ocorre a maturação dos
espermatozoides²;

Canal deferente: neste local fica armazenado


o esperma, além de conduzir o esperma do
epidídimo à uretra²;

Próstata: massa glandular próxima à uretra;


emite um líquido fluido, o líquido prostático,
durante o ato sexual²;

Vesícula seminal: glândula tubular que


secreta o líquido seminal, durante o ato
sexual²;

Sobre a espermatogênese...
Pênis: órgão sexual masculino externo Durante a formação do embrião, células
formado por dois corpos cavernosos e um germinativas primordiais migram para os
corpo esponjoso. É o excesso de sangue que testículos, tornando-se células germinativas, as
preenche estes corpos e faz com que o pênis espermatogônias¹.
fique ereto. Na extremidade deste, há uma
glande, que é extremamente sensível²;

Uretra: faz conexão dos testículos com o


exterior; apresenta um muco o qual é
Sofrem diversas mitoses!!!!
proveniente de glândulas uretrais e de
glândulas bulbouretrais¹.

¹ Guyton & Hall, 2011


² Guyton, 1988
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Sistema reprodutor masculino Ayane Suênia

A espermatogênese ocorre no início da fase


sexual através de uma estimulação dos
hormônios gonadotróficos da glândula adeno
hipófise. Na primeira fase da espermatogênese,
as espermatogônias migram para ficarem
próximas às células de Sertoli¹.

Fonte: Guyton & Hall, 2011

1- Primeiro, a espermatogônia a qual se encontra


próxima à célula de Sertoli, é modificada de modo que
fica grande para formar o espermatócito primário;

2- À posteriori, cada espermatócito primário sofre uma


primeira divisão meiótica (àquele tipo de divisão que
reduz metade dos cromossomos) originando dois
espermatócitos secundários;

3- Consequentemente, cada espermatócito secundário


sofre outra meiose e então, formam as espermátides;

4- Por fim, estas espermátides transformam-se em Fonte: Guyton & Hall, 2011
espermatozoides.

É imprescindível lembrar que cada


espermatozoide carregará apenas 23
pares de cromossomos!!
E o que as células de Sertoli fazem?
São várias funções e, dentre elas, estão a de²:

Fornecer um ambiente local especial para o metabolismo das células;

Fornecer nutrientes especiais e hormônios locais necessários ao desenvolvimento do esperma;

Remover boa parte do citoplasma das espermátides para ocorrer a compactação das cabeça e formação do
espermatozoide.

¹ Guyton & Hall, 2011 13


² Guyton, 1988
Sistema reprodutor masculino Ayane Suênia

O espermatozoide após a maturação no epidídimo¹...


A cauda, ou flagelo, possui 11
microtúbulos (chamados de
axonema) e uma fina camada
Na cabeça, encontra-se o
recobrindo este axonema. Além
núcleo condensado,
disso, tem uma rede de
membrana plasmática e
mitocôndrias que fornece ATP à
citoplasma¹.
cauda¹.

Na região externa da cabeça


encontra-se o acrossoma que
contém enzimas, proteolíticas e
a hialuronidase, importantes
para a entrada do
espermatozoide no óvulo¹.
Fonte: Brasil Escola-Uol

Fatores hormonais estimuladores da espermatogênese¹...

A testosterona, secretada pelas células de Leydig, é fundamental para o crescimento e divisão das células
germinativas¹;

O hormônio LH (ou luteinizante) o qual é secretado pela adeno hipófise estimula as células de Leydig a
secretar testosterona¹;

O hormônio FSH (ou foliculoestimulante), secretado pela adeno hipófise, estimula as células de
Sertoli¹;

O hormônio de crescimento promove a divisão das espermatogônias¹.

¹ Guyton & Hall, 2011

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Sistema reprodutor masculino Ayane Suênia

A testosterona e suas funções¹...

A testosterona é sintetizada nas células de Leydig. A


maior parte dessa testosterona é convertida em
di-hidrotestosterona.
Fonte: Guyton & Hall, 2011

Fonte: Guyton & Hall, 2011


A conversão de testosterona em di-hidrotestosterona é feita
pela enzima 5-alfa-redutase. Essa di-hidrotestosterona liga à
proteína receptora citoplasmática e, posteriormente, migra
para o núcleo da célula ligando-se a uma proteína nuclear.
Após a ligação, ocorre a transcrição do DNA em RNA e,
consequentemente, aumenta a quantidade de proteínas
celulares¹.

Funções deste hormônio¹:

1- Desenvolve as características do corpo masculino, incluindo o pênis e o saco escrotal, além de


induzir a formação da próstata;

2- Após a puberdade, induz crescimento de pelos no púbis, na face, no tórax e, às vezes, nas costas;

3- Também induz a calvice, reduzindo o crescimento de cabelo no topo da cabeça;

5- Alteração na voz;

6- Aumenta a espessura da pele, como também a secreção excessiva de glândulas sebáceas na face
que pode levar à acne;

7- Aumenta a massa muscular;

8- Os ossos crescem mais espessos e promove a adição de cálcio;

9- Aumenta o metabolismo;

10- Aumenta o número de hemácias.

¹ Guyton & Hall, 2011

15
Sistema reprodutor masculino Ayane Suênia

Controle das funções sexuais masculinas...

Tudo começa com o fator liberador


de gonadotropina (GnRH) liberado
pelo hipotálamo¹;

Este hormônio estimula a adeno


hipófise (ou hipófise anterior), a
qual secreta dois outros
hormônios: FSH e LH¹;

Feedback negativo

O LH estimula a secreção de
testosterona pelos testículos,
enquanto o FSH estimula a
espermatogênese¹;

Fonte: Guyton & Hall, 2011


A testosterona é liberada pelas
células de Leydig quando
estimuladas pelo LH¹;

Essa testosterona (quando em quantidades


elevadas), em resposta ao LH, tem o efeito de inibir
a secreção de LH pela hipófise anterior. Essa
inibição segue ao hipotálamo fará com que ocorra
a redução de FSH e LH pela adeno hipófise e,
consequentemente, leva à redução de
testosterona¹.

LITERATURA CITADA EM SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

¹Guyton, A. C.; Hall, J. E. Tratado de fisiologia médica. 12° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. pp.1025.

²Guyton, A. C. Fisiologia humana. 6° Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. pp. 499.

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Sistema reprodutor feminino Aline Duarte

Anatomia do sistema reprodutor feminino

As principais estruturas que compõem esse sistema são:

Ovário Tuba uterina vagina Útero

Receber o Serve para


Transporte do pênis implantação do
Produz e ovócito até a
armazena os durante as óvulo e
região da relações desenvolvimento do
folículos ampola,onde
primordiais, que a sexuais embrião.
ocorre a
cada mês passam fecundação.
pelo processo de
amadurecimento.

Produz os hormônios
sexuais: progesterona e
estrogênio.

Ilustração do sistema
reprodutor feminino

Fonte: SISTEMA REPRODUTOR HUMANO: Imagens


(trabalhode-biologia.blogspot.com)

17
Sistema reprodutor feminino Aline Duarte

Agora veremos como ocorre o processo


de ovulação e produção dos hormônios
sexuais

Eixo hipotálamo- hipofisário- gônada feminina (ovário)

2
Fonte: Ovário, Desenvolvimento Folicular Detalhado E útero
Ilustração do Vetor

1. A cada ovulação se tem a


escolha de um folículo
primordial para sofrer o
processo de
amadurecimento. 2.Após o processo de
dominância apical se
tem o crescimento do
ovócito dentro do
folículo.
Esse processo de escolha do
folículo primordial é
chamado de dominância
apical. E existem fatores
parácrinos responsáveis por
essa dominância apical.

18
Sistema reprodutor feminino Aline Duarte

3. Com a ovulação se 3 4. O GHRH é


tem a estimulação do transmitido até a
hipotálamo a produzir adenohipófise pelo
o GHRH ( hormônio vaso-porta hipotalámo-
liberador do hormônio 4 hipofisário, que fica na
do crescimento). eminência média.

Fonte: Hipófise, nossa fascinante glândula mestra


((amenteemaravilhosa.com.br)

5. Quando o GHRH
chega até Estrogênio
adenohipófise ele
estimula a produção
e liberação de:
FSH (hormônio folículo-
estimulante)

LH (hormônio Progesterona
luteinizante)

6. O FSH quando produzido e


6
liberado vai atuar no ovário,
estimulando o crescimento e
amadurecimento do folículo até
se ter a formação do ovócito
secundário.

19
Sistema reprodutor feminino Aline Duarte

E como ocorre o processo de liberação do ovócito?

1. Próximo da ovulação
se tem um pico de
produção de estrogênio. Fonte: Hipófise - partes da
E assim ele vai até a glândula, hormônios e
funções - Cola da Web
hipófise e estimula a
liberação de LH.

1 1
LH

Estrogênio
2

2. O LH ao atuar no ovário
estimula o ovócito secundário
a ser expelido, causando um
trauma.

Fonte: "Ovogênese" em Só Biologia. Virtuous


Tecnologia da Informação, 2008-2020.

20
Sistema reprodutor feminino Aline Duarte

Quando o ovócito secundário é liberado pode ocorrer dois


processos: a ocorrência ou não da fecundação

SEM FECUNDAÇÃO

2
1

Fonte: Como Ocorre a Ovulação e Como


Detectar? | trocandofraldas.com.br

1. Após a ovulação fica um 2. Esse corpo hemorrágico


espaço deixado pelo o progredi para corpo lúteo
ovócito no folículo e esse e o corpo lúteo produz
espaço é preenchido por progesterona.
vasos sanguíneos formando
o corpo hemorrágico.

3. E o corpo lúteo vai


amadurecendo até formar o corpo
albicans.

21
Sistema reprodutor feminino Aline Duarte

MENSTRUAÇÃO FECUNDAÇÃO

Fonte: yucatanalamano. Ovulación: Todo Lo Que


Debes Saber. 2019.
Fonte: Private GIF (giphy.com)
Após ocorrer a fecundação do
ovócito, se tem a formação do
óvulo. E com isso tem a produção
Caso não aconteça a gravidez se do hormônio gonadotrofina
coriônica ( HCG).
tem a reabsorção desse corpo
lúteo pelo epitélio do folículo, O HCG é responsável por fazer
tendo atresia folicular e com que o corpo lúteo
menstruação. permaneça no ovário,
permitindo a produção de
progesterona , que é essencial
para implantação do óvulo no
útero.

MENOPAUSA
Literatura citada

Aires, Margarida de
Quando se chega na Mello Fisiologia /
menopausa não se tem mais o Margarida de Mello
crescimento folicular, tendo Aires. - 5. ed. - Rio de
Janeiro :
como consequência a queda
Guanabara Koogan,
na produção de estrógeno e
Fonte: KULISZ, Mireille. NATURAL HOT 2018.
progesterona. FLASH REMEDIES. bodytypology, 2014.

22
HORMÔNIO DO
CRESCIMENTO

23
Aline Duarte

Hormônio do crescimento

Agora vamos começar a falar sobre o hormônio do


crescimento, com os tópicos:

1. Produção e regulação do hormônio do crescimento


2. Funções do hormônio do crescimento

…..
Literatura citada

É importante lembrar que todo


conteúdo desta secção se encontra
no capítulo 75 do livro Tratado de
Fisiologia Médica, 2011, por Guyton
e Hall. E nos capítulos 65, 66 e 73 de
Fisiologia, 2018, por Aires,
Margarida. Bons estudos!

24
Hormônio Do Crescimento Aline Duarte

Para iniciar vamos falar um pouco sobre a glândula e


as células que são responsáveis pela produção desse
hormônio!

A hipófise é constituída por duas áreas: a


região anterior (adenohipófise) e a região
posterior (neurohipófise).

Fonte: Guyton e Rall, Tratado de


Fisiologia Médica, 2011
O hormônio do crescimento (GH) é
Somatotrofo
produzido na adenohipófise pelas
células somatotróficas (somatotrofos),
que são encontradas em maiores
quantidades nessa região do que os
outros tipos celulares.

Fonte: Guyton e Rall, Tratado de


Fisiologia Médica, 2011

25
Hormônio Do Crescimento Aline Duarte

Os hormônios que regulam a


produção do GH são:

O hormônio liberador do O hormônio inibitório do hormônio do


hormônio do crescimento (GHRH) crescimento (Somatostatina)

Esses hormônios são produzidos pelos


neurônios hipotalâmicos

...

Mas de maneira geral como ocorre o processo para a


produção desse hormônio?

É o que veremos na
próxima página!

26
Hormônio Do Crescimento Aline Duarte

Primeiramente observar
as setas verdes, seguindo Hipoglicemia
1. Estímulos:
as etapas
Durante o sono (
liberação de
serotonina)

Exercício físico (
liberação de
endorfinas)

2. O estímulo é
7 6 reconhecido e transmitido
até o hipotálamo, em que
se tem a produção do
hormônio liberador do
hormônio do crescimento (
GHRH).

Tecido
Células Osso Fígado Tecido adiposo
muscular

Fonte de imagens: Pinterest.


textflow.mheducation.com

27
Hormônio Do Crescimento Aline Duarte

Primeiramente observar
as setas verdes, seguindo
as etapas

3. Transmissão do
GHRH para a
adenohipófise por
meio do vaso porta
hipotalâmico-
hipofisário.
8

4. Produção do
hormônio do
6
7
crescimento (GH) pela
células
somatotróficas.

Tecido
Células Osso Fígado Tecido adiposo
muscular

Fonte de imagens: Pinterest.


textflow.mheducation.com

28
Hormônio Do Crescimento Aline Duarte

Primeiramente observar
as setas verdes, seguindo
as etapas

5. O GH pode ir no fígado e
produzir o fator de crescimento
semelhante à insulina (IGFs) que
vai atuar em diferentes tecidos.

6. E o hormônio do
crescimento produzido vai
6 atuar de maneira direta em
7 quase todos os tecidos do
corpo.

Tecido
Células Osso Fígado Tecido adiposo
muscular

Fonte de imagens: Pinterest.


textflow.mheducation.com

29
Hormônio Do Crescimento Aline Duarte

Agora vamos observar


as setas vermelhas no
esquema, indicando as
etapas do feedback
negativo

7. O GH realiza um feedback
negativo de alça curta na
adenohipófise para diminuir
a sua secreção.

8. O GH pode realizar um
feedback negativo de alça
longa no hipotálamo para
6
diminuir a liberação de
7

GHRH.

Tecido
Células Osso Fígado Tecido adiposo
muscular

Fonte de imagens: Pinterest.


textflow.mheducation.com

30
Hormônio Do Crescimento Aline Duarte

Importante!

Ação do hormônio do crescimento vai depender


de dois fatores: :

Disponibilidade de
carboidratos e insulina no
organismo.

Intermediários chamados de
somatomedinas, que são
conhecidas como fatores de
crescimento semelhantes à
insulina (IGFS). E a principal IGFs
produzida pelo GH é a
somatomedina C ( IGF-1), produzida
no fígado.

31
Hormônio Do Crescimento Aline Duarte

Funções :

CRESCIMENTO ÓSSEO

Fonte: Wikimedia commons,


File:Rotation mandible bone.gif.

Fonte: gfycat, bone growth gif, 2018.

Crescimento em espessura dos


Crescimento dos ossos longos ossos membranosos, mesmo
até o final da adolescência após a adolescência

METABOLISMO

LIPÍDEOS
PROTEÍNAS CARBOIDRATOS

síntese de proteínas ácidos graxos


secreção de insulina
pelo ribossomo no sangue e
em alguns
utilização das produção de glicose
tecidos
proteínas como fonte pelo fígado
energética captação da glicose preferência para
pelo músculo serem utilizados
esquelético e tecido como fonte
Fonte das imagens: santaportal,
adiposo energética
DESMISTIFICANDO A NUTRIÇÃO.
PRIOR, INGRID. 2017.

32
Hormônio Do Crescimento Aline Duarte

CURIOSIDADES

Nanismo
Efeitos diabetogênicos

As ações do hormônio do Pan-hipopituitarismo é quando


crescimento sobre o metabolismo se tem uma diminuição na
dos carboidratos pode gerar um secreção de todos os hormônios
quadro de resistência à insulina. E produzidos na adenohipófise. E
ao ter uma produção excessiva essa situação pode ocasionar o
desse hormônio pode ocasionar nanismo. Em pessoas que
alterações metabólicas possuem apenas a deficiência do
semelhantes a de diabetes tipo II. GH, elas não crescem, mas
possuem maturidade sexual.

Fonte: blogspot, Insulin Resistance, Fonte: blogspot, sistemaendocrinocarolina.


ENFERMEDADES DEL SISTEMA ENDOCRINO, 2017.
HURT,JOHN.

Efeito Cetogênico
Em quantidades excessivas do hormônio do
crescimento pode se ter um aumento no
transporte de ácidos graxos, o que pode acarretar
no aumento da produção de ácido acetoacético
pelo fígado, se instalando um quadro de cetose. E
esse aumento no transporte de ácidos graxos
podem fazer com que se tenha deposição de
Fonte: diariodebiologia, Esteatose hepática:
gordura no fígado.
causas e principais sintomas de gordura no
fígado, 2020.

33
TIREÓIDE

34
Tireoide Arthur Alencar

A tireoide é uma das maiores glândulas do nosso


sistema endócrino, pesando cerca de 15-20 gramas
em adultos. Ela está situada logo abaixo da laringe
e anterior à traquéia pelas laterais.

FUNDAMENTAL AO METABOLISMO

A sua importância se dá pelo fato de ser


responsável pela secreção dos dois principais
hormônios para o metabolismo do nosso
organismo: o T4 (tiroxina) e T3 (tri-iodotironina).
Esses hormônios são responsáveis por por
aumentar a intensidade do metabolismo.
Fonte: Veja Saúde

Para que ocorra a secreção dos hormônios T4 e


T3, é necessário que outro hormônio entre em
ação: o TSH (hormônio tireoestimulante). O
TSH será secretado pela glândula hipófise que
está localizada na parte inferior do cérebro,
que dentre suas funções está a regulação da
tireóide.

TIROXINA E TRI-IODOTIRONINA

Ambos os hormônios apresentam funções


qualitativas iguais, porém, a suas
diferenças estão relacionadas a
intensidade de ação e a velocidade. A
tiroxina é a mais secretada, cerca de 93%
Fonte: Mundo Educação. dos hormônios ativos que a tireóide
secreta, enquanto o outro é apenas 7%. Ao
final do processo essa diferença não altera
a importância da tri-iodotironina, já que
Curiosidade: quando a tiroxina chega ao tecido ela é
convertida neste.
É a primeira glândula a surgir no embrião,
surgindo após cerca de dias de gestação.
Irá surgir a partir de um brotamento
endodérmico no assoalho da faringe.

35
Tireoide Arthur Alencar

O IODO E A TIREOIDE

O iodo é essencial na formação de hormonas


tiroideias. A falta de iodo pode vir gerar
problemas de desenvolvimentos mentais,
principalmente em crianças.
A tireoide é responsável por armazenar até
99% de todo o iodo que está presente em nosso
organismo. A principal fonte para absorção de
iodo está na nossa alimentação.

Fonte: Andreia Torres.

PRINCIPAIS DOENÇAS RELACIONADAS À TIREOIDE

HIPOTIREOIDISMO – Nesta doença a tireoide


apresenta uma disfunção que irá gerar uma
diminuição da produção de hormônio causando
uma redução do metabolismo. Alguns sintomas
comuns, são: aumento de peso, dores musculares,
cansaço, prisão de ventre, intolerância ao frio,
ressecamento da pele e depressão.

Fonte: Dr. Gabriel Azzini.


HIPERTIREOIDISMO – Essa doença irá funcionar
de maneira oposta a anterior, onde ao invés da
diminuição de hormônio da tireóide, gera um
aumento excessivo, gerando assim uma
aceleração do metabolismo. Em decorrência
desse aumenta, haverá uma maior gasto
energético e como resultado a pessoa
apresentará um comportamento mais agitado,
aceleração nos batimentos cardíaco, diarreias.
A doença de Graves é a principal causa de
hipertireoidismo. Essa doença é uma problema
autoimune, onde o organismo passa a não
reconhecer as próprias células, produzindo
assim, (auto-anticorpos). Devido a este fato, irá
ocorrer um aumento na função da tireoide,
Fonte: MediFoco
gerando um aumento nos olhos, dando a
impressão que eles estão “saltados”.

36
Tireoide Arthur Alencar

PRINCIPAIS DOENÇAS RELACIONADAS A TIREOIDE

BÓCIO – Quando a pessoa é acometida por


essa doença, haverá um aumento da
tireoide, tornando-a palpável e, muitas
vezes, visível. Existem diversas causas de
bócio, incluindo hipo- e hipertireoidismo,
gravidez e falta de iodo na dieta. O
principal sintoma é o inchaço da glândula,
mas também pode causar tosse, sensação
de aperto na garganta e, em casos mais
raros, dificuldade para engolir e respirar.

Fonte: Dr. Felipe Malafaia.

CÂNCER DE TIREÓIDE – O câncer de tireoide é


raro e o seu principal sintoma é o
aparecimento de um nódulo na frente da
garganta. Um sintoma caracteríscoé uma
rouquidão repentina, o que irá indicar um
estágio avançado da doença, outros sintomas
são: dificuldades para engolir ou respirar.

Fonte: ForMed

Referências:

Guyton, A. C.; Hall, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. pp.2740.

LOPES, M. S. 2012. Iodo e Tiróide: O que o Clínico Deve Saber. Revista Científica da Ordem dos Médicos, Lisboa, p.
174-177.

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PROLACTINA

38
Prolactina Thayane Borges

DESENVOLVIMENTO DA MAMA

As mamas começam a se desenvolver na


puberdade. Esse desenvolvimento é estimulado
pelos estrogênios do ciclo sexual feminino
mensal, os estrogênios estimulam o
crescimento da parte glandular das mamas,
além do depósito de gordura que dá massa às
mamas. Ocorre também o crescimento bem
mais intenso durante o estado de altos níveis
de estrogênio da gravidez, e só então o tecido
glandular fica inteiramente desenvolvido para
a produção do leite.

Fonte: Guyton & Hall, 2017


CRESCIMENTO DO SISTEMA DE
DUCTOS DAS MAMAS

Durante toda a gravidez, a grande


quantidade de estrogênios secretada pela
placenta faz com que o sistema de ductos das
mamas cresça e se ramifique. Logo após, o
estroma das mamas aumenta em
quantidade, e grande quantidade de gordura
é depositada no estroma.
Cinco hormônios são igualmente
importantes para o crescimento do sistema
de ductos: hormônio do crescimento,
prolactina, os glicocorticóides, adrenais e
insulina. Sabe-se que cada um desses
hormônios tem pelo menos algum papel no
metabolismo das proteínas, o que explica a
função deles no desenvolvimento das mamas.

O desenvolvimento final das mamas em


órgãos secretores de leite também requer
progesterona. Quando o sistema de ductos
estiver desenvolvido, a progesterona (agindo
com o estrogênio, bem com os outros
hormônios citados), causará o crescimento
adicional dos lóbulos mamários, com
multiplicação dos alvéolos e
desenvolvimento de características
secretoras nas células dos alvéolos.

39
Prolactina Thayane Borges

A PROLACTINA PROMOVE A LACTAÇÃO

Embora o estrogênio e a progesterona sejam


essenciais no desenvolvimento físico das
mamas durante a gravidez, a junção desses
hormônios é inibir a verdadeira secreção de
leite. Por outro lado, o hormônio prolactina
tem o efeito de promover a lactação.

A prolactina é secretada pela hipófise


anterior materna, e sua concentração no
sangue da mãe aumenta uniformemente a
partir da quinta semana de gravidez até o
nascimento do bebê, época em que já aumentou
de 10 a 20 vezes o nível normal não grávido.

O líquido secretado, nos últimos dias antes e Depois do nascimento do bebê, o nível basal
nos primeiros dias após o parto, é denominado da secreção de prolactina retorna aos
colostro, que contêm as mesmas concentrações níveis não grávidos durante algumas
de proteínas e lactose de leite, mas quase semanas. Entretanto, cada vez que a mãe
nenhuma gordura, e sua taxa máxima de amamenta o bebê, sinais neurais dos
produção é cerca de 1/100 da taxa subsequente mamilos para o hipotálamo causam pico de
de produção do leite. 10 a 20 vezes da secreção de prolactina, que
dura aproximadamente 1 hora.
Imediatamente depois que o bebê nasce, a
perda súbita tanto de secreção de estrogênio
quanto de progesterona da placenta permite
que o efeito lactogênico da prolactina da
hipófise materna assuma seu papel natural de
promotor da lactação, e no período de 1 a 7 dias
as mamas começam a secretar quantidades
significativas de leite, em vez do colostro.

Se o pico de prolactina estiver ausente, ou for


bloqueado em decorrência de dano
Fonte: Guyton & Hall, 2017

hipotalâmico ou hipofisário, ou se a
amamentação não prosseguir, as mamas
perdem a capacidade de produzir leite dentro
de mais ou menos uma semana. Entretanto, a
produção de leite pode se manter por vários
anos se a criança continuar a sugar, embora
a formação de leite, normalmente, diminua
consideravelmente depois de 7 a 9 meses.

40
Prolactina Thayane Borges

O HIPOTÁLAMO SECRETA O HORMÔNIO

Fonte:https://www.brasildefato.com.br/2020/08/20/amamentacao-e-aleitamento-materno-
INIBIDOR DA PROLACTINA

O hipotálamo tem papel essencial no controle


da secreção de prolactina. O hipotálamo
estimula a produção de todos os outros
hormônios, mas inibe a produção da
prolactina. O comprometimento do
hipotálamo ou o bloqueio do sistema portal
hipotalâmico - hipofisário geralmente
aumenta a secreção de prolactina, enquanto
deprime a secreção dos outros hormônios
hipofisários anteriores.
Acredita-se que a secreção pela hipófise

um-beneficio-para-mae-e-bebe
anterior de prolactina seja controlada
totalmente, ou quase totalmente, por fator
inibidor formado no hipotálamo e
transportado pelo sistema portal
hipotalâmico - hipofisário à hipófise anterior.

Este fator é chamado de hormônio inibidor de


prolactina.

EJEÇÃO OU DESCIDA DO LEITE CURIOSIDADE

Quando o bebê suga, ele não recebe quase


nenhum leite por mais ou menos 30 segundos. O ato de sugar uma mama faz com que o leite
Primeiramente, é preciso que impulsos flua não só naquela mama, mas também na
sensoriais sejam transmitidos através dos oposta. Quando a mãe pensa no bebê ou o
nervos somáticos dos mamilos para a escuta chorar, muitas vezes isso
medula espinhal da mãe e, então, para o seu proporciona um sinal emocional suficiente
hipotálamo, onde desencadeia sinais neurais para o hipotálamo provocar a ejeção de leite.
que promovem a secreção da ocitocina, ao
mesmo tempo em que causam secreção de
prolactina. A ocitocina é transportada no
sangue para as mamas, onde faz com que as
células mioepiteliais (que circundam a
parede dos alvéolos) se contraiam, assim
transportando o leite dos alvéolos para os
ductos. Em seguida, a sucção do bebê fica
efetiva em remover o leite. Assim, dentro de
30 segundos a 1 minuto depois que o bebê
sugar, o leite começa a fluir.

LITERATURA CITADA EM PROLACTINA:


Guyton, A. C.; Hall, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. pp.3065

41
OCITOCINA

42
Ocitocina Ayane Suênia

A neuro-hipófise (hipófise posterior) age como estrutura


de suporte para fibras nervosas terminais e terminações
nervosas originadas nos núcleos supra-ópticos e
paraventriculares do hipotálamo, ou seja, apenas serve
como depósito para os hormônios. Essas terminações
nervosas são botões bulbosos que possuem muitos

Fonte: Guyton & Hall, 2011.


grânulos de secretores; secretam dois hormônios: o ADH e
ocitocina ¹ ².

Esta ocitocina é um polipeptídeo a qual é produzida nos


neurônios do núcleo paraventricular, cumprindo duas
funções: expulsão do feto e lactação.

Estímulos das contrações


Este hormônio estimula a contração de um útero
grávido no fim da gestação e, dessa forma,
acaba expulsando o feto. E quando ocorre o
trabalho de parto, a quantidade de ocitocina no
plasma aumenta; além de que o estímulo no colo
uterino de um animal gestante faz com que haja
liberação de sinais neurais que se dirigem ao
hipotálamo e causam aumento secreção de
ocitocina¹.
Fonte: http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.

Explicando melhor...

A musculatura do útero aumenta seus receptores

Fonte:https://www.despertardoparto.com.br/parto-normal.html
de ocitocina, permitindo maior sensibilidade à
ocitocina durante os estágios finais da gestação. E
como visto anteriormente, a ocitocina é liberada
em grandes quantidades durante o momento de
parto. Ao longo deste processo, as sucessivas
contrações no útero distendem o colo ainda mais,
permitindo que ocorra um feedback positivo para
a liberação de mais ocitocina e, com isso, a saída do
bebê. Todavia, o uso excessivo desse hormônio pode
causar um espasmo uterino em vez de contrações
rítmicas e levar o bebê à óbito¹.

¹ Guyton & Hall, 2011


² Guyton, 1988

43
Ocitocina Ayane Suênia

Ocitocina e a ejeção do leite


Como mencionado anteriormente, a ocitocina desempenha a função na lactação. Durante a
lactação, a ocitocina faz com que o leite seja expulso pelos alvéolos para os ductos da mama
e, dessa forma, o bebê passa a sugá-lo.

O processo de ejeção do leite pode ser


explicado em 4 passos ¹ ²:

I. O estímulo de sucção sobre o


mamilo provoca a transmissão de
sinais de nervos sensoriais, que
passam para a medula espinhal e
ascendem pelo tronco cerebral;

II. Estes sinais chegam aos


Fonte: http://webvideoquest.uff.br/398-2/

neurônios ocitonérgicos nos


núcleos paraventricular e supra-
óptico do hipotálamo, levando à
liberação de ocitocina pela hipófise
posterior;

III. A ocitocina, então, cai na corrente


sanguínea e segue para as mamas, onde
atuam nas células mioepiteliais que
circundam os alvéolos das glândulas
mamárias;
IV. Após isso, o leite é ejetado pelo processo
chamado de ejeção do leite.

Se liga nesta curiosidade...

Outra função da ocitocina, quando liberada durante o


orgasmo, juntamente com prostaglandinas no líquido
seminal masculino, é a de auxiliar o transporte dos
espermatozóides através das contrações do útero e das
trompas do Falópio¹.

LITERATURA CITADA EM OCITOCINA

¹Guyton, A. C.; Hall, J. E. Tratado de fisiologia médica. 12° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. pp.713

²Guyton, A. C. Fisiologia humana. 6° Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. pp.139

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