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SUMÁRIO

1. Introdução...................................................................... 3
2. Química e biossíntese .............................................. 5
3. Química e biossíntese ............................................16
Referências bibliográficas .........................................22
GLÂNDULAS SUPRARRENAIS/ADRENAIS 3

1. INTRODUÇÃO seres humanos pertencem a duas fa-


mílias diferentes, com base em sua
A glândula suprarrenal desempe-
estrutura:
nha papel na regulação da resposta
adaptativa do organismo ao estres- • Hormônios esteroides: Glicocor-
se, na manutenção do equilíbrio da ticoides, mineralocorticoides e
água corporal, do sódio e do potás- androgênios
sio, bem como no controle da pres- • Catecolaminas: Noradrenalina e
são arterial. Os principais hormônios adrenalina
produzidos por essas glândulas nos

Figura 1. Glândulas suprarrenais. Molina, Patricia E. Fisiologia endócrina.


GLÂNDULAS SUPRARRENAIS/ADRENAIS 4

Anatomia e zonalizades Ramos dessas artérias forma uma


funcionais rede capilar organizada, de modo a
propiciar o fluxo de sangue do córtex
Localizam-se acima dos rins, são pe-
externo para a área central, com um
quenas e são constituídas pelo córtex
sistema de sinusoides. A drenagem
e medula, tendo, cada um deles, uma
venosa envolve uma única veia renal
origem embrionária distinta.
de cada lado: a veia direita drena na
Córtex externo: Deriva do tecido veia cava inferior, enquanto a veia es-
mesodérmico. querda drena na veia renal esquerda.
Medula interna: Origina-se de uma
subpopulação de células da crista
Hormônios do córtex suprarrenal
neural.
O suprimento sanguíneo para essas O córtex suprarrenal consiste em três
glândulas provem das artérias su- zonas:
prarrenais superior, média e inferior. • Zona glomerulosa: contém um re-
tículo endoplasmático liso
em quantidade abundan-
te e constitui a única fon-
te do minaralocorticoide
aldosterona.
• Zona fasciculada: possui
quantidades abundantes
de gotículas lipídicas e pro-
duzem os glicocorticoides,
cortisol e corticosterona,
bem como os androgê-
nios, DHEA (desidroepian-
drosterona) e sulfato de
DHEA.
• Zona reticular: desenvol-
ve-se na vida pós-natal e
também produz glicocor-
ticoides e androgênios.
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MAPA MENTAL: ZONAS DO CÓRTEX SUPRARRENAL

Aldosterona Androgênios

Mineralocorticoide Glicocorticoides

Desenvolve-se na
R.E.L abundante
vida pós-natal

Zona glomerulosa Zona fasciculada Zona reticular

Gotículas lipídicas

Glicocorticoides Androgênios

Cortisol e corticosterona DHEA e sulfato de DHEA

2. QUÍMICA E
BIOSSÍNTESE
Os hormônios esteroides compar-
tilham uma etapa inicial: Conver-
são do colesterol em pregneno-
lona pela enzima P450scc. Essa
etapa é conhecida como etapa
limitadora de velocidade e ne-
cessita da proteína reguladora de
esteroides: A StAR.
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VIA DE SÍNTESE DOS HORMÔNIOS ESTEROIDES DA SUPRARRENAL. MOLINA, PATRICIA


E. FISIOLOGIA ENDÓCRINA.

COLESTEROL

Pregnenolona

Progesterona 17α-hidroxipregnenolana

11-desoxicorticosterona 17α-hidroxiprogesterona

Corticosterona 11-desoxicortisol Androstenediona

Aldosterona Cortisol Testosterona

Mineralocorticoide Estradiol-17β

17α-hidroxiprogesterona Desidroepiandrosterona

11-desoxicortisol Androgênios Androstenediona

Cortisol Testosterona

Glicocorticoide Estradiol-17β
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GLICOCORTICOIDES O fígado e o rim constituem os dois


principais locais de inativação e de
Síntese e liberação
eliminação hormonal e a inativação
A liberação é estimulada diretamen- do cortisol em cortisona e em tetra-
te pelo hormônio adrenocorticotró- -hidrocortisol e tetra-hidrocortisona
fico (ACTH), liberado na hipófise. O é seguida de conjugação e excreção
ACTH é sintetizado na forma de um renal.
grande precursor, a pró-opiomelano- O corticosteroide 11ẞ-hidroxieste-
cortina (POMC). roide-desidrogenase tipo I é uma
A estimulação da liberação do corti- redutase de baixa afinidade, que con-
sol ocorre 15 minutos após o surto de verte a cortisona de volta a sua forma
ACTH. A liberação do cortisol é maior ativa, o cortisol. Essa enzima é ex-
durante as primeiras horas de vigília, pressa no fígado, no tecido adiposo,
e os níveis declinem a media que o dia no pulmão, no músculo esquelético,
prossegue. Por sua liberação pulsátil, músculo liso vascular, nas gônadas e
os níveis variam durante o dia. no SNC.
O ACTH estimula a liberação de A conversão do cortisol em cortisona,
cortisol por meio de sua ligação a seu metabólito menos ativo, é media-
um receptor de melanocortina 2 da da pela enzima 11ẞ-hidroxiesteroi-
membrana plasmática nas células de-desidrogenase tipo II, possuindo
adrenocorticiais. O ACTH aumenta alta afinidade e sendo expressa nos
e ativa a síntese de StAR, a enzima túbulos contorcidos distais e nos duc-
envolvida no transporte de colesterol tos coletores dos rins.
para a membrana mitocondrial inter- A conversão do cortisol em cortisona
na. A liberação de ACTH pela adeno- é de importância crítica para prevenir
-hipófise é regulada pelo peptídeo, o a atividade mineralocorticoide exces-
hormônio liberador de corticotrofina siva que resulta da ligação do cortisol
(CRH). O cortisol inibe a biossíntese e ao receptor de mineralocorticoides.
a secreção do CRH e ACTH.

Efeitos específicos
Metabolismo
Os glicocorticoides desempenham
A maior parte do cortisol é ligado à papel importante na regulação da ho-
alfa2-globulina de ligação dos glico- meostasia da glicose:
corticoides (CBG). A síntese hepática
do CBG é estimulada pelo estrogê- • Estimulam a proteólise e a
nio e diminuída pela doença hepática gliconeogênese
(cirrose).
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• Inibem a síntese de proteínas Os glicocorticoides são catabólicos


musculares e resultam em perda de massa cor-
poral magra. Além disso, modulam a
• Aumentam a mobilização de áci-
resposta imune ao aumentar a sínte-
dos graxos
se de citocinas anti-inflamatórias.
Na vasculatura, modulam a reativi-
Seu efeito essencial consiste em au- dade a substâncias vasoativas como
mentar os níveis de glicemia. No fíga- a angiotensina II e a noradrenalina.
do, consiste em aumentar a expres- Em pacientes com deficiência, ma-
são de enzimas gliconeogênicas. No nifesta-se hipotensão e diminuição
músculo, interferem na translocação da sensibilidade à administração de
do transportador de glicose 4 para vasoconstritores.
a membrana plasmática. No osso e
No sistema nervoso central, eles
cartilagem, diminui a expressão do
modulam a percepção e a emoção e
IGF-1 e do hormônio do crescimen-
podem produzir alterações acentua-
to. A presença em níveis excessivos
das no comportamento.
de glicocorticoides resulta em osteo-
porose e compromete o crescimento
do esqueleto e a formação óssea ao
inibir a síntese de osteoblastos e de
colágeno.
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MAPA MENTAL- GLICOCORTICOIDES

Regulada pelo CRH

Liberado na hipófise Liberação do cortisol

Hormônio ACTH Sintetizado pela POMC

Liberação estimulada

Aumento da glicemia
Síntese e liberação

11β-hidroxiesteroide- Inibe síntese


desidrogenase tipo II de proteína

Cortisona Cortisol Gliconeogênese


GLICOCORTICOIDES

11β-hidroxiesteroide-
Proteólise
desidrogenase tipo I

Inativação e eliminação Fígado e rim Metabolismo Efeitos específicos

Aumento de
Cortisol
ácidos graxos

Ligado a alfa2-globulina São catabólicos


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MINERALOCORTICOIDES liberação de renina. A renina catalisa


o angiotensinogênio em angiotensi-
Síntese e liberação
na I. Essa angiotensina I é convertida
A síntese e a liberação de aldosterona pela ECA em angiotensina II.
na zona glomerulosa são reguladas O aumento da angiotensina II
predominantemente pela angiotensi- promove:
na II e pelo K+ extracelular, bem como
em menor grau, pelo ACTH. • Vasoconstrição arteriolar direta
A aldosterona faz parte do SRAA, • Estimula células adrenocorticais
responsável pela preservação da ho- da zona glomerulosa a sintetizar e
meostasia circulatória em resposta a liberar aldosterona.
uma perda de sal e de água. Tanto a
• Estimula a liberação de arginina
angiotensina II quanto o K+ estimu-
vasopressina pela neuro-hipófise.
lam a liberação de aldosterona pelo
aumento nas concentrações intrace-
lulares de Ca2+. O potássio também constitui impor-
O principal estímulo fisiológico para tante estimulo fisiológico para a pro-
a liberação de aldosterona consiste dução de aldosterona. A aldosterona
em uma redução do volume sanguí- aumenta a excreção de potássio na
neo intravascular. urina, nas fezes, no suor e na saliva,
impedindo o desenvolvimento de hi-
A ocorrência da redução do volume
perpotassemia durante períodos de
sanguíneo leva a uma redução da
elevada ingestão de potássio ou após
pressão de perfusão renal, que é per-
liberação de potássio do músculo es-
cebida pelo aparelho justaglomeru-
quelético durante exercício vigoroso.
lar (barorreceptor), deflagrando a
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REGULAÇÃO DA LIBERAÇÃO DA ALDOSTERONA PELO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA.


MOLINA, PATRICIA E. FISIOLOGIA ENDÓCRINA.

↓ Volume plasmático

↑ Angiotensina II

Angiotensinogênio

Angiotensina II Aldosterona Suprarrenais


↑ Liberação de aldosterona
Vascularização
Angiotensina I ↑ Vasoconstrição

ECA
Renina

Ductos coletores corticais


↑ Reabsorção de Na+
↑ Secreção de K+

Restaurar o volume plasmático


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Metabolismo Os efeitos específicos consistem em:


Pode ocorrer um aumento de 2 a 6x Aumentar a síntese dos canais de só-
na secreção de aldosterona em con- dio na membrana apical
sequência da depleção de sódio ou Aumentar a síntese e a atividade da
da redução do volume sanguíneo cir- ATPase na membrana basolateral
culante efetivo, como ocorre na ascite.
O aumento da reabsorção de sódio
A aldosterona é metabolizada no fí- leva a um aumento da reabsorção de
gado no derivado tetra-hidroglicuro- água.
nídeo e excretada na urina.

Efeitos específicos
A principal função fisio-
lógica da aldosterona
consiste em regular o
equilíbrio dos minerais
(sódio e potássio), es-
pecificamente a excre-
ção renal do potássio e
a reabsorção de sódio.
Os receptores são ex-
pressos na parte distal
do néfron, incluindo o
túbulo contorcido distal
e o ducto coletor.
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MAPA MENTAL: MINERALOCORTICOIDES

Vasoconstrição arteriolar direta


Metabolização no fígado

Estimula células adrenocorticais


Liberação de aldosterona Aumento da
Liberação de arginina vaso reabsorção de água
pressina
Depleção de sódio

Angiotensina II Reabsorção do sódio


Metabolismo

Redução do Regulação: Angiotensina


Excreção do potássio
volume sanguíneo II, K+ e ACTH

Regula o equilíbrio
Motivo da liberação Aldosterona
Mineralocorticoides de minerais

Zona glomerulosa Aldosterona

Síntese e liberação Metabolismo

Aumenta síntese de
canais de sódio

Aumenta síntese e
atividade da ATPase
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ANDROGÊNIOS Nas mulheres, os androgênios su-


prarrenais podem contribuir para a
Síntese e liberação
libido.
A terceira classe produzida na zona Os conhecimentos atuais indicam
reticular é constituída de androgênios que a presença de baixos níveis de
como o DHEA e o DHEAS. O DHEA DHEA está associada à doença car-
é o hormônio circulante abundante diovascular nos homens e ao risco
no corpo, facilmente conjugado a seu aumentado de cânceres de mama e
éster sulfato DHEAS. Sua produção é de ovário em mulheres na pré-me-
controlada pelo ACTH. nopausa. Por outro lado, os níveis
elevados de DHEA podem aumen-
Metabolismo tar o risco de câncer de mama após a
menopausa.
Os androgênios são convertidos em
androstenediona e a seguir em an-
drogênios ou estrogênios potentes
nos tecidos periféricos.
A importância dos androgênios de-
rivados das glândulas suprarrenais
na produção global dos hormônios
esteroides sexuais é ressaltada pelo
fato de que cerca de 50% dos andro-
gênios totais na próstata do homem
adulto derivam de precursores este-
roides suprarrenais.
Os valores de DHEA E DHEAS dimi-
nuem conforme o aumento da idade,
resultando em uma drástica redu-
ção na formação de androgênios e
estrogênios.

Efeitos específicos
Sua importância é evidente na hiper-
plasia suprarrenal congênita asso-
ciada às deficiências de 21-hidroxila-
se ou de 11b-hidroxilase.
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MAPA MENTAL: ANDROGÊNIOS

DHEA é o hormônio
circulante conjugado
seu éster sulfato

Produção controlada
DHEA e DHEAS
pelo ACTH

Zona reticular

Síntese e liberação

Estrogênios potentes

Convertidos em Contribuição
androstedediona ANDROGÊNIOS para a libido

Androgênios Mulheres

Metabolismo Efeitos específicos

Valores de Hiperplasia
Baixos níveis de DHEA
DHEA e DHEAS suprarrenal congênita

Deficiência de
Diminuem com a idade Doença cardiovascular 21-hidroxilase ou de
11b-hidroxilase

Hormônios da medula suprarrenal pré-ganglionares, à liberação de ace-


tilcolina e a sua ligação a um recep-
A medula pode ser considerada um
tor colinérgico nas células cromafins,
gânglio do sistema nervoso sim-
estimula a produção e a liberação de
pático, que, em resposta à estimu-
catecolaminas. Ela é extremamente
lação dos neurônios simpáticos
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vascularizada e consiste em grandes ativamente nas células onde sofre


células cromafins dispostas em uma quatro reações enzimáticas para sua
rede. É constituída por dois tipos ce- conversão em adrenalina.
lulares denominados feocromócitos A conversão da noradrenalina em
(células produtoras de adrenalina e adrenalina ocorre no citoplasma e,
noradrenalina). Sintetizam e secre- portanto, querer a saída da noradre-
tam a adrenalina, noradrenalina e a nalina nos grânulos secretores por um
dopamina. mecanismo de transporte passivo. A
adrenalina produzida deve penetrar
3. QUÍMICA E novamente nas vesículas secretoras
BIOSSÍNTESE por transporte ativo impulsionado
pelo trifosfato de adenosina (ATP).
As catecolaminas são hormônios
No citoplasma, a adrenalina é conver-
derivados de um aminoácido, sen-
tida em metanefrina, e a noradrenali-
do sintetizadas a partir do aminoáci-
na, em normetanefrina.
do tirosina. A tirosina é transportada

Figura 2. As catecolaminas adrenalina (Epi) e noradrenalina (Norepi) são sintetizadas nas células cromafins da me-
dula suprarrenal, em resposta à liberação de acetilcolina (ACh) pelos neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso
simpático. Molina, Patricia E. Fisiologia endócrina.
GLÂNDULAS SUPRARRENAIS/ADRENAIS 17

Liberação de catecolaminas monoaminoxidase (MAO) ou filtração


direta na urina.
A liberação representa uma resposta
direta à estimulação nervosa simpáti- A MAO catalisa a primeira etapa de
ca da medula suprarrenal. A acetilco- desaminação oxidativa das cateco-
lina liberada liga-se a receptores co- laminas. A COMT catalisa a conver-
linérgicos nicotínicos (canais iônicos são da adrenalina e da noradrenalina
regulados por ligantes) na membrana em metanefrina e normetanefrina. A
plasmática das células cromafins, le- ação conjunta da MAO, da COMT e
vando ao influxo de Na+ e despola- do aldeído-desidrogenase sobre a
rização da membrana celular. Essa noradrenalina e a adrenalina, produz
despolarização das células leva ao in- o ácido vanililmandélico (VMA).
fluxo de Ca+ regulados por voltagem. A dopamina metabolizada por essa
O influxo de Ca+ desencadeia o pro- vida produz o ácido homovanílico.
cesso de exocitose dos grânulos se-
cretores, que liberam as catecolami-
Efeitos celulares nos órgãos-alvo
nas no espaço intersticial, a partir do
qual são transportadas na circulação As catecolaminas não atravessam fa-
até os órgãos-alvo. cilmente a barreira hematoencefálica,
as catecolaminas liberadas exercem
seus efeitos exclusivamente nos teci-
Transporte e metabolismo das dos periféricos, e não no cérebro.
catecolaminas
Os receptores adrenérgicos são clas-
A meia-vida das catecolaminas circu- sificados em predominantemente es-
lantes é curta (<2min). A maior par- timuladores (alfa) ou em predomi-
te das liberadas circula ligada à al- nantemente inibitórios (beta).
bumina com baixa
afinidade.
As catecolaminas
circulantes podem
sofrer recaptação
por locais extraneu-
ronais, degradação
nas células-alvo
pela catecolamina-
-O-metiltransfera-
se (COMT) ou pela
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MAPA MENTAL: CATECOLAMINAS

Influxo de cálcio
exocitose dos grãnulos

Liberação de acetilcolina

Sintetizadas nas
células cromafins da
medula suprarrenal

Estimulação simpática

Liberação

Tirosina

Receptores estimuladores
Derivados de
e inibitórios CATACOLAMINAS
um aminoácido

Efeitos nos tecidos


periféricos

Transporte e
Efeitos celulares
metabolismo

Não atravessam
facilmente a barreira Meia vida curta
hematoencefálica

A maior parte circula


ligada a albumina
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Receptores alfa-adrenérgicos Receptores beta-adrenérgicos


Os receptores alfa-adrenérgicos exi- Os receptores beta-adrenérgicos fo-
bem maior afinidade pela adrenalina ram classificados em b1,b2 e b3. Eles
do que noradrenalina. Eles são subdi- exibem maior afinidade pelo isopro-
vididos ema alfa-1 e alfa-2. terenol do que pela adrenalina ou
Os receptores alfas-1 desempenha noradrenalina.
um importante papel na regulação de O receptor b1 desempenha papel
diversos processos fisiológicos, in- importante na regulação da contra-
cluindo a contratilidade do miocárdio, ção e do relaxamento dos miócitos
o efeito cronotrófico (aceleração do cardíacos. O receptor b2 medeia fun-
ritmo cardíaco) e o metabolismo he- ções como vasodiltação, relaxamento
pático da glicose. do músculo liso brônquico e lipólise.
Os receptores alfas-2 foram caracte- O receptor b3 medeia a termogê-
rizados como pré-sinápticos, atuando nese e lipólise estimuladas pelas
na regulação da liberação de nora- catecolaminas.
drenalina. Todavia, também estão en-
volvidos em funções pré-sinápticas e
desempenham um papel na homeos-
tasia da pressão arterial.

MEDIADOS PELOS RECEPTORES MEDIADOS PELOS RECEPTORES


α-ADRENÉRGICOS ẞ-ADRENÉRGICOS
Vasoconstrição Vasodilatação
Dilatação da Íris Cardioaceleração
Relaxamento intestinal Aumento da força do miocárdio
Contração dos esfincteres intestinais Relaxamento das paredes intestinal e vesical
Contração pilomotora Relaxamento do útero
Contração do esfincter vesical Broncodilatação
Broncoconstrição Calorigênese
Contração do músculo liso uterino Glicogenólise
Contratilidade cardíaca Lipólise
Produção hepática de glicose Aumento da liberação de renina
Diminuição da liberação de insulina Aumento da liberação de glucagon

Tabela 1. Efeitos fisiológicos das catecolaminas. Molina, Patricia E. Fisiologia endócrina.


GLÂNDULAS SUPRARRENAIS/ADRENAIS 20

Efeitos fisiológicos das degradação do glicogênio (glicoge-


catecolaminas nólise) e da gordura (lipólise).
A liberação das catecolaminas são Alguns dos efeitos mais importantes
fundamentais na resposta de estres- das catecolaminas são exercidos no
se a uma agressão física ou psicoló- sistema cardiovascular, onde aumen-
gica, como perda grave de sangue, tam a frequência cardíaca (taquicar-
diminuição do nível de glicemia, lesão dia), produzem vasoconstrição peri-
traumática, intervenção traumática, férica e elevam a resistência vascular.
cirúrgica ou experiência desagradável.
Seus efeitos fisiológicos consistem
em alerta, dilatação das pupilas, piloe-
reção, sudorese, dilatação brônquica,
taquicardia, inibição da atividade
do músculo liso e constrição
dos esfincteres no trato
gastrintestinal.
As catecolaminas as-
seguram a mobili-
zação de substrato
do fígado, do mús-
culo e da gordu-
ra, estimulando a
GLÂNDULAS SUPRARRENAIS/ADRENAIS 21

MAPA MENTAL- GLÂNDULAS SUPRARRENAIS/ADRENAIS

Regulada pelo CRH

Liberado na hipófise Liberação do cortisol

Hormônio ACTH Sintetizado pela POMC

Liberação estimulada

Aumento da glicemia
Síntese e liberação

11β-hidroxiesteroide- Inibe síntese


desidrogenase tipo II de proteína

Cortisona Cortisol Gliconeogênese


GLICOCORTICOIDES

11β-hidroxiesteroide-
Proteólise
desidrogenase tipo I

Inativação e eliminação Fígado e rim Metabolismo Efeitos específicos

Aumento de
Cortisol
ácidos graxos

Ligado a alfa2-globulina São catabólicos


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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Molina, Patricia E. Fisiologia endócrina. 4. ed. São Paulo: AMGH, 2014.
GLÂNDULAS SUPRARRENAIS/ADRENAIS 23

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