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1. Definição................................................................................................................... 3
2. Fisiologia................................................................................................................... 3
3. Fisiopatologia.......................................................................................................... 4
4. Epidemiologia.......................................................................................................... 7
5. Etiologia..................................................................................................................... 7
6. Quadro clínico....................................................................................................... 10
7. Diagnóstico........................................................................................................... 13
8. Tratamento da insuficiência adrenal crônica............................................ 15
9. Tratamento da insuficiência adrenal aguda (crise addisoniana)....... 17
Referências bibliográficas ................................................................................... 20
INSUFICIÊNCIA ADRENAL 3
renina-angiotensina-aldoste-
rona (SRAA).
A síntese de glicocorticoides é
controlada de maneira inibitó-
ria por meio de retroalimenta-
ção do hipotálamo e da hipó-
fise. A liberação hipotalâmica
do hormônio de liberação da
corticotrofina (CRH) ocorre
em resposta ao estresse en-
dógeno ou exógeno. O CRH
estimula a clivagem da pró-o-
piomelanocortina (POMC) por
enzima específica, o que resul-
ta na produção do hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH).
O ACTH é, então, liberado pe-
las células corticotróficas da
adeno-hipófise e atua como
regulador central da síntese de
cortisol, com efeitos adicionais
de curto prazo sobre a síntese
de mineralocorticoides e de an-
drogênios suprarrenais.
A liberação de CRH e, subse-
quentemente, de ACTH, ocor-
re de modo pulsátil, seguindo
o ritmo circadiano sob controle Figura 2. Fisiologia do Eixo hipotálamo-hipófise-su-
do hipotálamo, mais especificamen- prarrenal. Fonte: KASPER, et al. Medicina interna de
Harrison. 19. ed, 2017.
te de seu núcleo supraquiasmático
(NSQ), com regulação adicional por
uma rede de genes circadianos es- 3. FISIOPATOLOGIA
pecíficos de suas células. Refletindo o
A fisiopatologia da insuficiência adre-
padrão de secreção do ACTH, a se-
nal primária é marcada por destrui-
creção suprarrenal de cortisol exibe
ção de mais de 90% do córtex da
um ritmo circadiano distinto, com ní-
adrenal, cursando com queda de gli-
veis máximos pela manhã e baixos no
cocorticoides, mineralocorticoides e
final da tarde.
INSUFICIÊNCIA ADRENAL 5
Situação
Patologia
fisiológica
Hipotálamo Hipotálamo
CRH CRH ↑
Hipófise Hipófise
ACTH ACTH ↑
Suprarrenal Suprarrenal
Cortisol Cortisol ↓
AI, II AI, II
Rim Rim
Aldosterona ↓
Aldosterona Renina Renina ↑
Excreção de K ↑ Excreção de K
Retenção de Na ↑ Retenção de Na
Retenção de fluidos ↑ Retenção de fluidos
Figura 4. Fisiopatologia da insuficiência adrenal. Fonte: Arlt & Allolio. The Lancet 2003
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Situação
fisiológica -
HHS
Hipotálamo
CRH
Hipófise
ACTH
Suprarrenal
Cortisol
Situação de Situação de
insuficiência insuficiência
hormonal hormonal
hipofisária hipotalâmica
Hipotálamo
CRH ↑ CRH ↓
Hipófise
ACTH ↓ ACTH ↓
Suprarrenal
Cortisol ↓ Cortisol ↓
Figura 4. Fisiopatologia da
insuficiência adrenal secun-
dária. Fonte: Arlt & Allolio.
Obs: O setor mineralocorticóide é preservado na ISR secundária The Lancet 2003
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HPT
DA
CMC DA TIREOIDITE DE
HASHIMOTO
ADRENALITE (+ COMUM)
SPA-1 AUTOIMUNE DAT
AUTOSSÔMICA RECESSIVA ISOLADA (DA)
DOENÇA DE GRAVES
DM 1
MAMA/PULMÃO
SPA-2
NEOPLASIAS
LINFOMA/MELANOMA INSUFICIÊNCIA AUTOSSÔMICA DOMINANTE
ADRENAL ADRENOLEUCODISTROFIA
PRIMÁRIA
METIRAPONA
DROGAS DOENÇAS GENÉTICAS
HIPO/ HIPERPLASIA
MITOTANO
ADRENAL CONGÊNITA
CETOCONAZOL HEMORRAGIA/
INFECCIOSA
TROMBOSE
RIFAMPICINA
MENIGOCCEMIA TUBERCULOSE
FENITOÍNA
CIVD PARACOCCIDIOIDOMICOSE
CITOMEGALOVÍRUS
SIDA
INSUFICIÊNCIA ADRENAL 10
hiperpigmentação cutaneomucosa, e
como não há deficiência de mineralo-
corticoide, não se observam depleção
de volume, desidratação, avidez por
sal e hipercalemia. As manifestações
gastrintestinais e a crise adrenal são
menos comuns. Podem ser observa-
dos sintomas relacionados à defici-
ência de outros hormônios hipofi-
sários, como LH, FSH, TSH e GH.
SINTOMAS
FADIGA RELACIONADOS
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA À DEFICIÊNCIA DE
OUTROS HORMÔNIOS
FRAQUEZA HIPOFISÁRIOS
PERDA DE PESO
INSUFICIÊNCIA
ADRENAL
TONTURA
DEFICIÊNCIA DE
GLICOCORTICOIDE
NÁUSEA
VÔMITO
CRISE ADDISONIANA
AMENORREIA
HIPOTENSÃO
HIPERPIGMENTAÇÃO CUTÂNEA
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
HIPOVOLEMIA
DOR ABDOMINAL
DESIDRATAÇÃO
DEFICIÊNCIA DE
VÔMITO
MINERALOCORTICOIDE
HIPOTENSÃO POSTURAL
FEBRE
HIPONATREMIA
CONVULSÕES POR HIPOGLICEMIA
DIMINUIÇÃO DE PELOS
AXILARES/PUBIANOS
DEFICIÊNCIA DE
PERDA DE LIBIDO
ANDROGÊNIOS
SUSPEITA
CLÍNICA
Diagnóstico de
Teste da cortrosina Exclui Insuficiência
Insuficiência
(ACTH sintético) Suprarrenal
Suprarrenal
ACTH
(cortrosina)
250 μg ou 1 μg
Cortisol basal
Insulina regular ≤ 3 ug/dL
Glucagon 1 mg
0,05 a 0,15 U/kg ou estimulado
≤ 18 ug/dL
ACTH
Comprometimento da síntese
dos esteroides adrenais Autoimune
Infecciosa
↓ Aldosterona Primária
Medicações
DHEAS
Tratamento Quadro Clínico
Mialgia e artralgia
Perda ponderal
Hiperpigmentação cutânea
↑ TSH
Hipercalemia e hiponatremia
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
KASPER, Dennis L. et al. Medicina interna de Harrison. 19. ed. Porto Alegre: AMGH, 2017.
Sales, P; Halpern, A; Cercato, C. O essencial em endocrinologia. 1. ed. Roca, 2016.
VILLAR, Lucio. Endocrinologia clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Medsi: Guanabara Koogan, 2016.
MARTINS, Mílton de Arruda, et al. (2 Ed.). Clínica médica, volume 5 : Doenças Endócrinas,
Doenças Osteometabólicas, Doenças Reumatológicas. Barueri: Manole, 2016.
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