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1. Argumento central do texto (ideia central em torno da qual evolui o desenvolvimento do texto)
Com base no estudo da história e das ciências, a alimentação é uma necessidade fisiológica básica,
que modificou o homem, culturas, religiões e civilizações. Desta forma a evolução da alimentação
possui laços estreitos com a evolução do homem e suas realizações.
Voltando ao início da história do homem, cerca de 6 milhões de anos atrás é possível perceber que a
base da alimentação era composta por frutas, tubérculos e vegetais. A partir da necessidade de
sobreviver o homem começou a caçar e a desenvolver equipamentos que facilitaram o abate de
animais de grande porte. Cerca de 2 milhões de anos atrás, junto com a caça surgiu a disponibilidade
da carne, produto que ao longo do tempo começou a ser preparado de forma diferenciada, sendo
assada. A carne assada proporciona uma quantidade maior de nutrientes aliviando a carga do sistema
digestivo, assim sobraram muitas calorias para outras coisas como viver mais tempo e crescer. Desta
forma a carne caracterizou o primeiro grande avanço na alimentação, sendo o produto que causou a
maior alteração na formação do homem. Com a evolução da caça e do controle do fogo o homem
disseminou-se entre os continentes, chegando a lugares com poucos recursos naturais como frutas e
demais plantas comestíveis. A carne assada e os alimentos cozidos modificaram a estrutura
mandibular, aumentaram o tamanho do cérebro, e criaram uma relação entre o homem e o alimento.
Uma associação entre o homem e o mundo natural, caracterizado pela domesticação dos animais e das
plantas modificou o comportamento das sociedades. Os grupos nômades começaram a se estabelecer
em lugares fixos, com capacidade de reproduzir as plantas e os animais selecionados. E com o passar
do tempo surgiu a relação de dependência entre homens e animais. Os homens se tornaram
dependentes dos animais para comer, e os animais tornaram-se dependentes dos homens para
sobreviver.
A relação entre homens e alimentos modificaram os genes de ambos, os homens se adaptaram a
alimentação com base no leite e derivados, modificando seu organismo para ser tolerante a estes
produtos. Em contrapartida os humanos transformaram algumas plantas, como o milho, o arroz e o
trigo, domesticando estes alimentos, modificando seus genes. Desta forma a alimentação modifica o
homem e o homem modifica o alimento.
Com a domesticação dos animais e alimentos surgiu a agricultura, responsável pela formação das
civilizações não nômades, e de grandes mudanças nas formas sociais. A aproximação das pessoas, e
convivência em comunidades desencadeou a disseminação de doenças contagiosas. Na era moderna
com a aglomeração de pessoas e confiando cada vez mais nos animais e na produção de grãos, era
comum casos de desnutrição, problemas sanitários e surgimento de novas doenças.
Com o crescimento das populações e das sociedades, cada vez mais a alimentação se tornou menos
importante para sobrevivência e mais importante como forma de expressão cultural, se envolvendo
com religião, costumes e crenças pessoais. A partir deste momento a alimentação se adaptou, comidas
que antigamente eram locais se tornaram globais, especiarias se disseminaram, plantas foram
transportadas e adaptadas a diferentes locais.
Com o passar do tempo a comida tornou-se um produto industrial. Gigantescas operações industriais
são necessárias para produzir nossa comida, todos os produtos são reinventados, processados e
embalados para ficarem disponíveis.
A história demonstrou a relação entre o homem e os alimentos. A capacidade dos alimentos de
implicar características ao homem e do homem em modificar e adaptar os alimentos conforme suas
necessidades.
Estilo de vida é adequado aos alimentos que comemos , gastamos a mesma quantidade de energia
Hábitos alimentares