Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AUTORIA
Laboratório de Nutrição FMUL
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Joana Sousa
COLABORAÇÃO
Ana Brito Costa, Catarina Sousa Guerreiro, Cristina Garagarza, Inês Asseiceira,
Inês Santos, Joana Sousa, João Vasques, Maria Ana Kadosh, Mariana Liñan Pinto,
Sara Policarpo, Telma Nogueira, Vitória Dias da Silva
COMPILAÇÃO E REVISÃO
Inês Pires, João Vasques, Mariana Liñan Pinto, Vitória Dias da Silva
PAGINAÇÃO
Gabinete de Comunicação FMUL
ILUSTRAÇÕES
DrawKit.com
E agora, qual?
O que a evidência científica nos diz
BLW - Baby-Led-Weaning
DC - Dieta Cetogénica
DM - Dieta Mediterrânica
DN - Dieta Nórdica
JI - Jejum Intermitente
Sobre o conceito de
dieta, a sua história
e evolução
José Camolas
Com origem no termo grego diaita, o significado primordial de dieta seria estilo ou
modo de vida, um constructo amplo, não restrito ao comportamento alimentar. A
propósito da origem e evolução do termo, Falcato e Graça apontam a depreciação
contemporânea do valor da dieta, assinalando-a como “uma expressão que viu o
seu significado ficar empobrecido”, ao ser utilizado comummente com o sentido de
“perder peso”.1
Não será excessivo afirmar que a dieta constitui uma parte substantiva da
identidade de cada indivíduo. Os comportamentos alimentares e os argumentos,
contrários ou favoráveis, à sua adoção estão em interinfluência constante, com
normas sociais e de cariz ético-religioso, e são alvo de reflexões de natureza filo-
sófica. Neste âmbito, e no que concerne ao papel da dieta na saúde e na doença,
são incontornáveis as reflexões de Hipócrates. As suas considerações sobre Ares,
Águas e Lugares – que chegaram a nós por intermédio da tradução e compilação das
suas obras efetuada por Littré – apontavam que a compreensão plena da Medicina
requeria, entre outros elementos determinantes, a observação do estilo de vida,
nomeadamente, os comportamentos alimentares dos indivíduos7. Será com base
nestas reflexões que a frase “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento
seja seu remédio” lhe é recorrentemente atribuída.
O risco maior não estará na possível depreciação social da dieta, mas antes
– e exatamente devido à sua importância e significado ancestral – na utilização
abusiva do termo em abordagens desadequadas, que induzem os indivíduos em
erro e constituem um verdadeiro risco de iatrogenia. Assim, mais do que a depre-
ciação do termo dieta, a tolerância dos atores em saúde e da restante sociedade
perante a proliferação de “dietas” e suplementos “dietéticos”, sem qualquer funda-
mentação técnico-científica, constitui um importante risco de saúde pública. Desta
forma, fazer justiça ao valor da dieta passará por proporcionar aos cidadãos, acesso
à alimentação adequada ao seu estado clínico. As limitações no acesso a cuidados
nutricionais diferenciados (essa sim!) é altamente depreciativa e discriminatória,
para uma proporção significativa de cidadãos, acarretando encargos elevadíssi-
mos, diretos e indiretos, para a saúde.
Dieta Planetária
Joana Sousa
Sendo uma dieta com uma criação relativamente recente, a sua eficácia e
impacto na saúde e na sustentabilidade ambiental ainda não é robusta do ponto
de vista científico. Mas, tendo em conta os propósitos do seu desenvolvimento
(consumo final e produção), o facto dos seus princípios alimentares se asseme-
lharem fortemente à DM e da evidência forte do papel dessa dieta em várias situa-
ções de saúde (estado nutricional saudável e prevenção no desenvolvimento e
recorrência de várias doenças)5,8, torna-se patente o papel da Dieta Planetária na
saúde. Adicionalmente, o facto de ser evidente o impacto ambiental da produção
↑ Figura 2 ∙ Representação
gráfica da Dieta Planetária1
2. United Nations. The 17 Goals: Sustainable 9. Fanzo J, Bellows AL, Spiker ML, Thorne-Lyman
Development. https://sdgs.un.org/goals AL, Bloem MW. The importance of food systems
Published 2018. Accessed October 10, 2021. and the environment for nutrition. The American
Journal of Clinical Nutrition. 2021; 113(1):7–16. doi:
3. United Nations. Paris Agreement. https:// 10.1093/ajcn/nqaa313.
unfccc.int/sites/default/files/english_paris_
agreement.pdf Pubished 2015. Accessed 10. Hallström E, Carlsson-Kanyama A, Börjesson P.
October 10, 2021. Environmental impact of dietary change: a syste-
matic review. Journal of Cleaner Production. 2015;
4. Aleksandrowicz L, Green R, Joy EJM, Smith P, 91: 1-11. doi: 10.1016/j.jclepro.2014.12.008.
Haines A. The Impacts of Dietary Change on
Greenhouse Gas Emissions, Land Use, Water 11. Galli A, Pires SM, Iha K, Alves AA, Lin D, Mancini
Use, and Health: A Systematic Review. PLoS MS, Teles F. Sustainable food transition in
ONE. 2016;11(11): e0165797. doi:10.1371/journal. Portugal: Assessing the Footprint of dietary
pone.0165797. choices and gaps in national and local food poli-
cies. Science of The Total Environment. 2020;
5. Lacoba RM, Garcia IP, Saus EA, Sotos FE. 749:141307. doi: 10.1016/j.scitotenv.2020.141307.
Mediterranean diet and health outcomes: a
systematic meta-review. European Journal
of Public Health. 2018; 28(5): 955–961. doi.
org/10.1093/eurpub/cky113.
Dieta Mediterrânica
Inês Santos
duas vezes por semana, na sopa ou em alternativa, outras bebidas sem adição
(pão de mistura ou integral, arroz pouco infusões de ervas como tília, cidreira,
Dieta Nórdica
Maria Ana Kadosh
A Dieta Nórdica (DN), também conhecida como a dieta do Mar Báltico, partilha algu-
mas características com a DM e é considerada pela Organização Mundial da Saúde
como um padrão alimentar saudável1. Foi desenvolvida pelos países nórdicos e
enfatiza o consumo de alimentos com origem na Dinamarca, Finlândia, Islândia,
Noruega e Suécia. Inclui alimentos como bagas e frutos, hortícolas, cereais inte-
grais (aveia, centeio e cevada), peixes gordos (arenque, cavala e salmão), peixes
magros e óleo de canola. Restringe alimentos processados e açucarados. É predo-
minantemente de origem vegetal e inclui alimentos sazonais, frescos e produzidos
localmente, preferencialmente de produção biológica, sendo por isso um padrão
alimentar sustentável.
Em 2004 foi desenvolvido o conceito da Nova Dieta Nórdica por chefs nórdi-
cos, incluindo René Redzepi e Claus Meyer, que assinaram um manifesto baseado
em quatro princípios: 1) saúde, 2) potencial gastronómico, 3) sustentabilidade e 4)
identidade nórdica2. Este manifesto deu maior visibilidade a este padrão alimentar
e captou a atenção por parte dos media ao nível internacional.
Apesar de não se tratar de uma prática recente (os registos de restrição voluntária
de alimentos pelos povos de diversas zonas do globo são inúmeros e antigos) o
Jejum Intermitente (JI) e o seu potencial benefício para saúde tem sido alvo de
muita investigação atual. Mas se é verdade que tem existido alguma investigação
séria na área, mais verdade é dizer-se que o benefício inquestionável por alguns
proclamado, é por vezes fruto do mediatismo e sensacionalismo e não de ciência
comprovada1.
1. Freire R. Scientific evidence of diets for weight 10. Welton S, Minty R, O’Driscoll T, et al. Intermittent
loss: Different macronutrient composition, fasting and weight loss: Systematic review.
intermittent fasting, and popular diets. Nutrition. Canadian family physician Medecin de famille
2020;69:110549. doi:10.1016/j.nut.2019.07.001 canadien. 2020;66(2):117-125. http://www.ncbi.
nlm.nih.gov/pubmed/32060194
2. Fritsche A, Szendrödi J, Schürmann A. Editorial:
Intermittent Fasting – Mechanisms and Clinical 11. Marinac CR, Sears DD, Natarajan L, Gallo LC,
Usefulness. Frontiers in Endocrinology. 2021;12. Breen CI, Patterson RE. Frequency and circadian
doi:10.3389/fendo.2021.757539 timing of eating may influence biomarkers of
inflammation and insulin resistance associated
3. Dong TA, Sandesara PB, Dhindsa DS, et al. with breast cancer risk. PLoS ONE. 2015;10(8).
Intermittent Fasting: A Heart Healthy Dietary doi:10.1371/journal.pone.0136240
Pattern? American Journal of Medicine.
2020;133(8). doi:10.1016/j.amjmed.2020.03.030 12. Johnstone A. Fasting for weight loss: An effective
strategy or latest dieting trend¿. International
4. Patterson RE, Sears DD. Metabolic Effects of Journal of Obesity. 2015;39(5). doi:10.1038/
Intermittent Fasting. Annual Review of Nutrition. ijo.2014.214
2017;37. doi:10.1146/annurev-nutr-071816-064634
13. Teong XT, Heilbronn LK. Evidence gaps and
5. de Cabo R, Mattson MP. Effects of Intermittent potential roles of intermittent fasting in the
Fasting on Health, Aging, and Disease. New prevention of chronic diseases. Experimental
England Journal of Medicine. 2019;381(26). Gerontology. 2021;153:111506. doi:10.1016/j.
doi:10.1056/nejmra1905136 exger.2021.111506
Dieta Cetogénica
Ana Brito Costa
É, ainda, considerado que o estado de cetose, quer por DC quer por dieta
de muito baixo valor energético, está associado a uma diminuição do apetite e
maior saciedade14. O efeito benéfico dos corpos cetónicos no apetite pode ser
obtido por regulação hormonal, embora não tenham sido encontradas variações
no peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1), colecistocinina e grelina15.
A DC a longo prazo tem sido considerada fator de risco para litíase renal,
aumento da uricémia, défices mineral-vitamínicos e osteoporose. Estudos recen-
tes mostram que, embora a DC de muito baixo valor energético tenha aumentado
os níveis séricos de creatinina, estes mantiveram-se no intervalo da normalidade17.
Além disso, a intervenção durante quatro meses não alterou o pH sanguíneo, o
É importante notar que esta dieta é seguida por longos períodos por doen-
tes com epilepsia refratária, e estes efeitos colaterais já foram amplamente discu-
tidos na literatura1. Uma vez que a DC como tratamento da obesidade compreende
períodos de cetose muito mais curtos (algumas semanas), os efeitos adversos
descritos serão significativamente mais ligeiros e incluem fome, fadiga, mau
humor, irritabilidade, obstipação e dores de cabeça2.
Dieta Paleolítica
Mariana Liñan Pinto
1. Turner-McGrievy G, Wirth MD, Hill KL, Dear 8. BDA. Top 5 Worst Celebrity Diets to Avoid in
ER, Hébert JR. Examining commonalities 2015. Published 2015. Accessed October 4, 2021.
and differences in food groups, nutrients, https://www.bda.uk.com/resource/top-5-
and diet quality among popular diets. Clinical worst-celebrity-diets-to-avoid-in-2015.html
Nutrition ESPEN. 2021; 41:377-385. doi:10.1016/j.
clnesp.2020.10.017
Dieta Alcalina
João Vasques
A Dieta Alcalina assenta numa hipótese com mais de 100 anos que alega ser
possível determinar o potencial acidificante ou alcalinizante dos alimentos com
base no conteúdo mineral dos mesmos1. Assim, uma dieta alcalina será aquela
que fornece maior quantidade de iões alcalinos1.
Apesar do marketing que tem sido feito a esta dieta pressupor uma subida
no pH do sangue3, aquilo que se sabe hoje é que a adoção de uma dieta alcalina
apenas provocará um acréscimo ligeiro no valor de pH (0,014 unidades)4. Onde
o aumento de pH parece ser maior em resposta a uma dieta alcalina é na urina
(1,02 unidades)4.
A promoção desta dieta foca-se nos potenciais benefícios que poderá ter
na prevenção e até tratamento de doenças, como as oncológicas, osteoporose,
entre outras3.
Esta dieta tem sido muito promovida juntamente com a água alcalina no
contexto da doença oncológica3. Contudo, os efeitos da água e dieta alcalina
nesta doença são uma incógnita dada a escassez de estudos existentes na temá-
tica3, parecendo mesmo que a comunidade científica não tem acompanhado o
interesse que tem sido demonstrado por parte do público em geral. Desta feita,
é neste momento impossível fazer qualquer recomendação a favor ou contra esta
dieta no que concerne à prevenção ou tratamento da doença oncológica3.
Por fim, mencionar que em 2018, a BDA publicou no seu website uma lista de
5 dietas a evitar na qual incluía a água alcalina19. Esta inclusão deveu-se, segundo
a BDA, ao facto de o nosso corpo ser perfeitamente capaz de regular o seu pH sem
necessidade de recurso a água alcalina19.
Assim, não podemos concluir que a dieta alcalina seja de momento uma opção
com benefícios comprovados, devido a todos os argumentos acima apresentados.
1. Sherman HC, Gettler AO. The balance of acid- 9. Fenton TR, Eliasziw M, Tough SC, Lyon AW,
forming and base-forming elements in foods, Brown JP, Hanley DA. Low urine pH and acid
and its relation to ammonia metabolism. Journal excretion do not predict bone fractures or the
of Biological Chemistry. 1911; 8(5): 119-120. loss of bone mineral density: a prospective
doi:10.3181/00379727-8-71 cohort study. BMC Musculoskelet Disord.
2010;11(1):88. doi:10.1186/1471-2474-11-88
2. Fenton TR, Lyon AW, Eliasziw M, Tough SC,
Hanley DA. Phosphate decreases urine calcium 10. Fenton TR, Tough SC, Lyon AW, Eliasziw M,
and increases calcium balance: A meta- Hanley DA. Causal assessment of dietary acid
analysis of the osteoporosis acid-ash diet load and bone disease: a systematic review
hypothesis. Nutrition journal. 2009; 8(1): 41. & meta-analysis applying Hill’s epidemiologic
doi:10.1186/1475-2891-8-41 criteria for causality. Nutrition Journal. 2011; 10(1):
41. doi:10.1186/1475-2891-10-41
3. Fenton TR, Huang T. Systematic review of the
association between dietary acid load, alkaline 11. Jehle S, Hulter HN, Krapf R. Effect of Potassium
water and cancer. BMJ open. 2016; 6(6): e010438. Citrate on Bone Density, Microarchitecture, and
doi:10.1136/bmjopen-2015-010438 Fracture Risk in Healthy Older Adults without
Osteoporosis: A Randomized Controlled Trial. The
4. Buclin T, Cosma M, Appenzeller M, et al. Diet Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
Acids and Alkalis Influence Calcium Retention in 2013; 98(1): 207-217. doi:10.1210/jc.2012-3099
Bone. Osteoporosis International. 2001;12(6):493-
499. doi:10.1007/s001980170095 12. Moseley KF, Weaver CM, Appel L, Sebastian A,
Sellmeyer DE. Potassium citrate supplementation
5. Porto Editora. pH. https://www.infopedia.pt/ results in sustained improvement in calcium
dicionarios/lingua-portuguesa/pH. Accessed balance in older men and women. Journal of
October 8, 2021. Bone and Mineral Research. 2013 ;28(3): 497-504.
doi:10.1002/jbmr.1764
6. Hamaguchi R, Okamoto T, Sato M, Hasegawa
M, Wada H. Effects of an Alkaline Diet on EGFR- 13. Dawson-Hughes B, Harris SS, Palermo NJ, et
TKI Therapy in EGFR Mutation-positive NSCLC. al. Potassium Bicarbonate Supplementation
Anticancer Research. 2017; 37(9): 5141-5145. Lowers Bone Turnover and Calcium Excretion
doi:10.21873/anticanres.11934 in Older Men and Women: A Randomized Dose-
Finding Trial. Journal of Bone and Mineral
7. Hamaguchi R, Ito T, Narui R, Morikawa H, Uemoto
Research. 2015; 30(11): 2103-2111. doi:10.1002/
S, Wada H. Effects of Alkalization Therapy
jbmr.2554
on Chemotherapy Outcomes in Advanced
Pancreatic Cancer: A Retrospective Case- 14. Fenton TR, Fenton CJ. Evidence does
Control Study. In Vivo (Brooklyn). 2020; 34(5): not support the alkaline diet. Osteoporos
2623-2629. doi:10.21873/invivo.12080 Int. 2016;27(7):2387-2388. doi:10.1007/
s00198-016-3504-z
8. Hamaguchi R, Narui R, Wada H. Effects
of Alkalization Therapy on Chemotherapy 15. Dawson-Hughes B, Mitchell PJ, Cooper C,
Outcomes in Metastatic or Recurrent Pancreatic Gordon CM, Rizzoli R. Response to Fenton and
Cancer. Anticancer Research. 2020; 40(2): Fenton: evidence does not support the alkaline
873-880. doi:10.21873/anticanres.14020 diet. Osteoporos Int. 2016;27(7):2389-2390.
doi:10.1007/s00198-016-3505-y
O termo macrobiótica tem origem nas palavras gregas “macro” e “bios” que signi-
ficam, respetivamente, “grande” e “vida”1. A Dieta Macrobiótica foi desenvolvida
no início do século XX pelo filósofo japonês George Ohsawa e popularizada nos
Estados Unidos por Michio Kushi, no final da década de 701. Adicionalmente, a
dieta macrobiótica é reconhecida como um estilo de vida e um movimento cultural
baseado numa filosofia religiosa2.
Para além disso, alguns estudos transversais têm tentado estabelecer a rela-
ção entre este tipo de alimentação e diversos parâmetros nutricionais: as pessoas
que seguem uma alimentação intuitiva tendem a consumir maior quantidade de
frutas e hortícolas diariamente7. Foi também reportada associação entre este tipo
de alimentação e o consumo de alimentos mais saudáveis8, assim como valores de
IMC (Kg/m2) mais baixos6.
Dieta Plant-Based
Sara Policarpo
1. Satija A, Hu FB. Plant-based diets and cardiovascular 9. Kim H, Lee K, Rebholz CM, Kim J. Association
health. Trends Cardiovasc Med 2018;28:437–41. between unhealthy plant-based diets and the
https://doi.org/10.1016/j.tcm.2018.02.004 metabolic syndrome in adult men and women:
A population-based study in South Korea. Br J
2. Lea EJ, Crawford D, Worsley A. Consumers’ readiness Nutr 2021;125:577–90. https://doi.org/10.1017/
to eat a plant-based diet. Eur J Clin Nutr 2006;60:342– S0007114520002895.
51. https://doi.org/10.1038/sj.ejcn.1602320.
10. Lee K, Kim H, Rebholz CM, Kim J. Association
3. Williams KA, Patel H. Healthy Plant-Based Diet: between different types of plant-based diets and risk
What Does it Really Mean? J Am Coll Cardiol of dyslipidemia: A prospective cohort study. Nutrients
2017;70:423–5. https://doi.org/10.1016/j. 2021;13:1–13. https://doi.org/10.3390/nu13010220.
jacc.2017.06.006.
11. Satija A, Malik V, Rimm EB, Sacks F, Willett W,
4. Kim H, Caulfield LE, Garcia-Larsen V, Steffen Hu FB. Changes in intake of plant-based diets
LM, Coresh J, Rebholz CM. Plant-Based Diets and weight change: Results from 3 prospective
Are Associated With a Lower Risk of Incident cohort studies. Am J Clin Nutr 2019;110:574–82.
Cardiovascular Disease, Cardiovascular https://doi.org/10.1093/ajcn/nqz049.
Disease Mortality, and All-Cause Mortality in a
General Population of Middle-Aged Adults. J 12. Kim H, Rebholz CM, Garcia-Larsen V, Steffen LM,
Am Heart Assoc 2019;8. https://doi.org/10.1161/ Coresh J, Caulfield LE. Operational Differences
JAHA.119.012865. in Plant-Based Diet Indices Affect the Ability to
Detect Associations with Incident Hypertension in
5. Freeman AM, Morris PB, Barnard N, Esselstyn Middle-Aged US Adults. J Nutr 2020;150:842–50.
CB, Ros E, Agatston A, et al. Trending https://doi.org/10.1093/jn/nxz275.
Cardiovascular Nutrition Controversies. J
Am Coll Cardiol 2017;69:1172–87. https://doi. 13. Satija A, Bhupathiraju SN, Rimm EB, Spiegelman
org/10.1016/j.jacc.2016.10.086. D, Chiuve SE, Borgi L, et al. Plant-Based Dietary
Patterns and Incidence of Type 2 Diabetes in US
6. Satija A, Bhupathiraju SN, Spiegelman D, Chiuve Men and Women: Results from Three Prospective
SE, Manson JAE, Willett W, et al. Healthful and Cohort Studies. PLoS Med 2016;13:1–18. https://
Unhealthful Plant-Based Diets and the Risk of doi.org/10.1371/journal.pmed.1002039.
Coronary Heart Disease in U.S. Adults. J Am Coll
Cardiol 2017;70:411–22. https://doi.org/10.1016/j. 14. Mazidi M, Kengne AP. Higher adherence to plant-
jacc.2017.05.047. based diets are associated with lower likelihood
of fatty liver. Clin Nutr 2019;38:1672–7. https://doi.
7. Baden MY, Liu G, Satija A, Li Y, Sun Q, Fung TT, org/10.1016/j.clnu.2018.08.010.
et al. Changes in Plant-Based Diet Quality and
Total and Cause-Specific Mortality. Circulation 15. Kim H, Caulfield LE, Garcia-Larsen V, Steffen LM,
2019;140:979–91. https://doi.org/10.1161/ Grams ME, Coresh J, et al. Plant-based diets and
CIRCULATIONAHA.119.041014. incident CKD and kidney function. Clin J Am Soc
Nephrol 2019;14:682–91. https://doi.org/10.2215/
8. Martínez-González MA, Sánchez-Tainta A, CJN.12391018.
Corella D, Salas-Salvadó J, Ros E, Arós F, et al.
A provegetarian food pattern and reduction 16. Lea EJ, Crawford D, Worsley A. Public views of
in total mortality in the Prevención con Dieta the benefits and barriers to the consumption of a
Mediterránea (PREDIMED) study. Am J Clin Nutr plant-based diet. Eur J Clin Nutr 2006;60:828–37.
2014;100. https://doi.org/10.3945/ajcn.113.071431. https://doi.org/10.1038/sj.ejcn.1602387.
Dieta Vegetariana
Telma Nogueira
3. Barnard ND, Levin SM, Yokoyama Y. A Systematic 10. Godos J, Bella F, Sciacca S, Galvano F, Grosso
Review and Meta-Analysis of Changes in Body G. Vegetarianism and breast, colorectal and
Weight in Clinical Trials of Vegetarian Diets. J prostate cancer risk: an overview and meta-
Acad Nutr Diet. 2015;115(6):954-969. doi:10.1016/j. analysis of cohort studies. J Hum Nutr Diet.
jand.2014.11.016 2017;30(3):349-359. doi:10.1111/jhn.12426
5. Gibbs J, Gaskin E, Ji C, Miller MA, Cappuccio FP. 12. Iguacel I, Huybrechts I, Moreno LA, Michels
The effect of plant-based dietary patterns on N. Vegetarianism and veganism compared
blood pressure: A systematic review andmeta- with mental health and cognitive outcomes: A
analysis of controlled intervention trials. J systematic review and meta-analysis. Nutr Rev.
Hypertens. 2021;39(1):23-37. doi:10.1097/ 2021;79(4):1-21. doi:10.1093/nutrit/nuaa030
HJH.0000000000002604
13. Sergentanis TN, Chelmi ME, Liampas A, et
6. Lee KW, Loh HC, Ching SM, Devaraj NK, Hoo FK. al. Vegetarian diets and eating disorders in
Effects of vegetarian diets on blood pressure adolescents and young adults: A systematic
lowering: A systematic review with meta‐ review. Children. 2021;8(1):1-13. doi:10.3390/
analysis and trial sequential analysis. Nutrients. children8010012
2020;12(6):1-17. doi:10.3390/nu12061604
14. Trefflich I, Jabakhanji A, Menzel J, et al. Is a
7. Menzel J, Jabakhanji A, Biemann R, Mai K, vegan or a vegetarian diet associated with the
Abraham K, Weikert C. Systematic review microbiota composition in the gut? Results of
and meta-analysis of the associations of a new cross-sectional study and systematic
vegan and vegetarian diets with inflammatory review. Crit Rev Food Sci Nutr. 2020;60(17):2990-
biomarkers. Sci Rep. 2020;10(1):1-11. doi:10.1038/ 3004. doi:10.1080/10408398.2019.1676697
s41598-020-78426-8
Baby-Led-Weaning
Inês Asseiceira
1 ∙ A criança deve ter ≥6 meses de idade 7 ∙ Ofereça alimentos com elevado teor
e desenvolvimento neurológico adequado, de ferro como a carne, o peixe
nomeadamente controlo cefálico e as leguminosas
lab.nutricao@medicina.ulisboa.pt
+351 217 999 465