Aula 1 - Introdução A Nutrição Humana

Introdução a Nutrição Humana
Disciplina de Nutrição Humana

Faculdade de Ciência da Saúde – UNIVAP
Profa. Dra. Patrícia de Souza Genaro Galvão
Evolução do metabolismo humano
Antropólogos e biólogos procuraram sempre entender como a
nossa raça diferenciou-se tão profundamente do modelo primata.
HIPÓTESES ?
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Um conjunto de evidência mostram que:
A qualidade dietética e a eficiência na obtenção de alimentos

parecem ter influenciado fortemente nossos ancestrais
hominídeos.
Em um sentido evolutivo, somos o que
comemos
Desde então, a compreensão da evolução das necessidades
nutricionais humanas tem avançado consideravelmente
às análises
comparativas
Populações de humanos Outros primatas

vivendo tradicionalmente
Sabemos, agora, que os humanos evoluíram não

para subsistirem com uma dieta paleolítica única
Mas para desfrutarem de um padrão

alimentar diversificado.
Para se compreender o papel da alimentação na
evolução humana, devemos nos lembrar de que:
 A procura pelo alimento

 Seu consumo
 Como ele é usado para processos biológicos
Aspectos críticos da ecologia de um organismo.

Metabolismo energético
A energia despendida comparada à energia

adquirida, tem consequências adaptativas
importantes para a sobrevivência
Bipedalismo
Caracterítica que distinguiu os antigos humanos dos outros

macacos
 Sem exceção, os primatas não-humanos deslocam-se

habitualmente sobre os quatro membros quando estão no chão.
 Australopitecus, que viveu na África por volta de 4 milhões de

anos atrás.
Uma série de fatores provavelmente influenciou esse
tipo de locomoção
 Uma postura de alimentação, por ter permitido o

acesso a alimentos que antes estavam fora de alcance.
 Ao se erguerem, os antigos humanos puderam regular

melhor a temperatura corporal, expondo menos o
corpo ao calor
 Por ser menos dispendioso energeticamente que o

deslocamento sobre quatro membros em velocidade de marcha.
 O bipedalismo, nesse contexto, pode ser visto como uma das

primeiras estratégias na evolução nutricional humana, um
padrão de movimento que teria reduzido substancialmente o
número de calorias despendidas na coleta de alimentos.
 O cérebro na evolução
 Sabemos que o cérebro consome 16 vezes mais energia que o tecido

muscular por unidade de peso
Usamos uma grande parte de nossa quota diária de energia para alimentar
nossos cérebros vorazes.
o metabolismo de um cérebro em repouso
8 a 10% 20 a 25%, 3 a 5%
Um australopiteco típico, pesando entre Enquanto um H. erectus, pesando

35 e 40 kg, com um cérebro de 450 entre 55 e 60 kg e com um cérebro
cm3, teria reservado cerca de 11% de de cerca de 850 cm3, teria
sua energia em repouso para o cérebro reservado cerca de 16% de sua
energia em repouso
Como teria evoluído esse cérebro tão
energeticamente dispendioso?
 CALOR
 Permitiu aos hominídeos resfriar o sangue cranial e,

consequentemente, liberar o cérebro sensível do calor de
temperaturas agressivas que haviam colocado em cheque o seu
tamanho.
 DIETA RICA EM CALORIAS
 A expansão do cérebro quase que certamente não teria ocorrido se

os hominídeos não tivessem adotado uma dieta suficientemente
rica em calorias e nutrientes, para suportar os custos associados.
Faz sentido, então, que, para o antigo

Homo, adquirir mais matéria cinzenta
significou procurar alimentos
energeticamente mais densos.
Os fósseis, também, indicam que a melhoria na qualidade

dietética acompanhou o crescimento evolutivo do cérebro
100 g de carne geram Uma porção

acima de 200 kcal comparável de verduras
produz somente entre
10 e 20 kcal.
A mesma quantidade
de frutas libera entre
50 e 100 kcal.
 Os caçadores-coletores contemporâneos obtêm, em
média, 40 a 60% de energia da carne, do leite e de
outros produtos de origem animal.
 A ingestão de mais alimentos de origem animal é uma

forma de aumentar a densidade calórica e nutricional,
uma mudança que parece ter sido crítica na evolução
da raça humana.
Mas poderiam nossos antepassados ter melhorado a
qualidade alimentar de outra forma?
O Uso do Fogo
 Richard Wrangham e cols - Harvard University,
 Importância do cozimento na evolução humana.
 Eles demonstraram que cozinhar não só faz com que os vegetais fiquem
mais macios e fáceis de se mastigar, como aumenta substancialmente o
conteúdo energético disponível, particularmente em tubérculos feculosos
como a batata e a mandioca.
 Quando crus, as féculas não são imediatamente quebradas pelas enzimas do

corpo humano. Quando aquecidos, porém, esses carboidratos complexos
tornam-se mais digestíveis e, portanto, liberam mais calorias.
 Os pesquisadores propuseram que o Homo erectus foi,
provavelmente, o primeiro hominídeo a usar o fogo para
cozinhar há, talvez, 1,8 milhão de anos, não se sabe ao certo.
 Eles sustentam que aquele cozido antigo de vegetais

(especialmente tubérculos) permitiu à espécie desenvolver
dentes pequenos e cérebros maiores que seus antecessores.
 Além disso, as calorias extras permitiram ao H. erectus

começar a caçar - uma atividade energeticamente dispendiosa
- com maior freqüência.
 A estratégia evidentemente funcionou: os
humanos estão aqui hoje, e em números
recordes.
7 Bilhões
Nutrição Humana
A nutrição humana descreve os
processos através dos quais
Organelas celulares
Células
Tecidos
Órgãos
Sistemas
Obtem e utilizam substâncias necessárias obtidas

dos alimentos (nutrientes) para manter a
integridade funcional e estrutural do corpo
Compreensão holística e integrada da
Nutrição humana
Níveis da função humana Disciplinas científicas
associadas do estudo
Constitucional
• Núcleo da célula • Biologia molecular dos alimentos

• Nutrigenômica
DNA RNA
(nível genético)
• Bioquímica dos alimentos
• Células: metabolismo • Fisiologia e bioquímica
• Ambiente interno • Patologia, psicologia, farmacologia
• Circulação
• Todos os sistemas e órgãos
• Sistema nervoso central
Nutrição humana
Níveis da função humana Disciplinas científicas

associadas do estudo
Ambiente externo
• Segurança/insegurança alimentar • Nutrição, agricultura, sistemas

• Características domiciliares alimentares, sociologia,
• Condições sociais antropologia, economia, política
• Condições econômicas etc.
• Moradia, condição de higiene
• Agricultura, serviço de saúde
Nutrientes
Macronutrientes Micronutrientes
 Proteína  Vitaminas
 Carboidratos  Minerais
 Lipídeos
Equilíbrio da nutrição humana
Situação Nutricional Consequências na saúde,

desfecho
Nutrição Ideal Saúde, bem-estar, desenvolvimento
Os alimentos asseguram aos normal, alta qualidade de vida
indivíduos dietas adequadas,
balanceadas e prudentes
Nutrição humana
Problema de saúde oriundo de desvios da dinâmica energética

desfecho
Nutrição excessiva Obesidade, síndrome metabólica,
Consumo excessivo de alimentos, doenças cardiovasculares, diabetes
sobretudo macronutrientes, mais: mellitus, alguns canceres,
• Sedentarismo frequentemente caracterizado por
• Tabagismo, estresse, etc nutrição excessivo de macronutrientes
e subnutrição de micronutrientes.
Nutrição humana

desfecho
Desnutrição Ônus duplo de doenças
Transição nutricional: indivíduos e infecciosas mais doença crônica
comunidades que viviam previamente com não transmissíveis, em geral
insegurança alimentar. Confrontados com caracterizado por nutrição
abundância de alimentos saborosos. excessiva de macronutrientes e
Alguns subnutridos, outros consumindo subnutrição de micronutrientes
muito macronutrientes e pouquíssimos
micronutrientes
Nutrição humana
Situação Nutricional Consequências na saúde, desfecho

Subnutrição: Fome Desenvolvimento físico e mental
Insegurança alimentar nos indivíduos reduzido
que vivem na pobreza, ignorância, Comprometimento do sistema
ambientes políticos estáveis, imunológico
sociedades problemáticas, guerra Aumento de doenças infecciosas
Circulo vicioso de subnutrição,
subdesenvolvimento e pobreza
Nutrição humana
 A digestão a absorção, o transporte circulatório e
captação celular dos nutrientes bem como a regulação
desse processos
 As fontes alimentares dos nutrientes
 O metabolismo do nutriente, suas funções,

armazenamento e excreção
Nutrição humana
 As necessidades fisiológicas
 Interação com outros nutrientes
 As consequências do consumo deficiente e

excessivo de nutrientes
 Os usos terapêuticos

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Disciplina de Nutrição Humana

A qualidade dietética e a eficiência na obtenção de alimentos

Populações de humanos Outros primatas

Sabemos, agora, que os humanos evoluíram não

Mas para desfrutarem de um padrão

 A procura pelo alimento

Aspectos críticos da ecologia de um organismo.

A energia despendida comparada à energia

Caracterítica que distinguiu os antigos humanos dos outros

 Sem exceção, os primatas não-humanos deslocam-se

 Australopitecus, que viveu na África por volta de 4 milhões de

 Uma postura de alimentação, por ter permitido o

 Ao se erguerem, os antigos humanos puderam regular

 Por ser menos dispendioso energeticamente que o

 O bipedalismo, nesse contexto, pode ser visto como uma das

 Sabemos que o cérebro consome 16 vezes mais energia que o tecido

Um australopiteco típico, pesando entre Enquanto um H. erectus, pesando

 Permitiu aos hominídeos resfriar o sangue cranial e,

 DIETA RICA EM CALORIAS

 A expansão do cérebro quase que certamente não teria ocorrido se

Faz sentido, então, que, para o antigo

Os fósseis, também, indicam que a melhoria na qualidade

100 g de carne geram Uma porção

 A ingestão de mais alimentos de origem animal é uma

 Importância do cozimento na evolução humana.

 Quando crus, as féculas não são imediatamente quebradas pelas enzimas do

 Eles sustentam que aquele cozido antigo de vegetais

 Além disso, as calorias extras permitiram ao H. erectus

Obtem e utilizam substâncias necessárias obtidas

• Núcleo da célula • Biologia molecular dos alimentos

Níveis da função humana Disciplinas científicas

• Segurança/insegurança alimentar • Nutrição, agricultura, sistemas

Situação Nutricional Consequências na saúde,

Situação Nutricional Consequências na saúde,

Situação Nutricional Consequências na saúde,

Situação Nutricional Consequências na saúde, desfecho

 As fontes alimentares dos nutrientes

 O metabolismo do nutriente, suas funções,

 Interação com outros nutrientes

 As consequências do consumo deficiente e

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