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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTANCIA –BEIRA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

Licenciatura em Nutrição

1o ano

Trabalho de Antropologia

Tema: Pesquisa Etnográfica

Discente: Docente:

Sulemane Issufo Vernijo Mahom Dr. Amilcar Magaço

Codigo do Estudanhte: 11220821

Beira, Agosto de 2022


Índice
1.0. Introdução.................................................................................................................................3
1.1. Método e medologia.................................................................................................................3
2.0. Resultados e discussão..............................................................................................................4
2.1. Tipo de dieta.............................................................................................................................4
2.4. Propósitos sociais dos meus hábitos alimentares......................................................................5
2.6. Antropologia e cultura afectam na dieta...................................................................................6
4. Conclusão....................................................................................................................................8
4. Referencia bibliografica...............................................................................................................9
1.0. INTRODUÇÃO

Antropologia da Saúde e Doença sobre noções e comportamentos ligados aos processos


de saúde e doença que integram a cultura de grupos sociais onde os mesmos ocorrem Langdon e
Wiik (2010). Segundo Giddens (2002), foi por volta de 1920 que o termo dieta passou a ser
relacionado pela primeira vez ao controle e regulação do peso e da saúde. Na Nutrição da
modernidade, a “dieta representa uma prescrição ou orientação que, seguindo as recomendações
de consumo diário de nutrientes, deve estabelecer as quantidades de alimentos e horários em que
estes devem ser consumidos” Carvalho et al., (2011:169).

Actualmente, Moçambique é um país que demonstra avanços culturais, sociais e


económicos na área de alimentação e a dieta não é uma prática restrita às pessoas com obesidade
ou sobre peso; ela é para todos e actua como um projecto de vida, uma maneira de se construir
para o mundo.

1.1. Método e Medologia


O presente trabalho teve três secções, a primeira foi de baixar informações de uma forma
individual, compilação e digitação da informação. Para a execução do presente estudo, Para a
realização da pesquisa escolheu-se o método etnográfico com base na entrevista semi-estruturada
e na observação directa da prática por me efectuado.
2.0. Resultados e discussão
2.1. Tipo de dieta

Partindo do pressuposto que existe uma correlação entre as características associadas aos
contextos sociais e económicos para a satisfação das necessidades em uma dieta capaz de
preencher níveis calóricos, proteicos e vitamínicos. Entretanto ao que se refere ao meu consumo
alimentar descrito na tabela 1, varia de acordo com o poder de compra ou seja quais alimentos
posso adquirir (poder econômico) e das fontes de abastecimento alimentar, predominantemente
isto referente a sociedade em que inserido assim como os hábitos alimentares.
Conforme (JAMÚ, 2008), no meio urbano a obtenção de alimentos é geralmente efetuada
a aquisição no mercado. Na Nutrição da modernidade, a “dieta representa uma prescrição ou
orientação que, seguindo as recomendações de consumo diário de nutrientes, deve estabelecer as
quantidades de alimentos e horários em que estes devem ser consumidos” (COSSA, 2021)

2.3. Quanto as compras, preparo e consumo alimentos

Devemos perceber que a alimentação é o processo que inclui a escolha, preparação e ingestão
dos alimentos, e também a mastigação e deglutição que constituem um conjunto coordenado de
actos voluntários. Quanto a prática de compras dos alimentos geralmente é efectuada num
intervalo de tempo de vinte (20) minutos, devido ao deslocamento para aquisição dos alimentos
nos mercados centrais urbanos, e após a aquisição dos mesmos o preparo (limpeza/evisceração) e
confecionamento tem levado um período de tempo de uma hora e trinta minutos (1h:30 min).
Assim, permitindo o cozimento efectivo do alimento e protegendo-me dos possíveis agentes
anti-nutricionais e 3 infecciosos existentes no alimento. Relactimente ao consumo este processo
leva trinta minutos 20 min. Este que corroboram com o que foi dito por (de ALMEID, 2014),
“uma pessoa que demore mais tempo a comer uma refeição e saboreie cada dentada, come em
menor quantidade antes que os sinais cheguem ao cérebro. Por outro lado, não significa que
passados aqueles 20 minutos já estamos automaticamente a comer demasiado.

2.4. Propósitos sociais dos meus hábitos alimentares

Os conhecimentos adquiridos nos põe a concluir que o padrão de beleza reflectido pelas revistas
pode levar os adolescentes a obsessão pela forma física e a acreditarem que, somente se
comportarem ou forem da maneira que a revista indica serão aceitos pela sociedade a forma
como o “corpo magro” e o “corpo gordo”. Entretanto os hábitos alimentares criam as situações
desfavoráveis no âmbito social e individual. De acordo com COSSA (2021), os hábitos
alimentares são “tipos de escolha e consumo de alimentos por um indivíduo, ou grupo, em
resposta a influências fisiológicas, psicológicas, culturais e sócias”.
Portanto, os propósitos dos meus hábitos alimentares são de promover a adoção de
práticas e hábitos alimentares conscientes, sustentáveis, adequados e saudáveis, consciencializar
aos meus próximos sobre a prática do desperdício dos alimentos e ensinar técnicas de como
aproveita-los ou conservar integralmente, alertar sobre os malefícios do consumo de alimentos
com alto teor de sódio, açúcar e gorduras, sugerir refeições mais baratas e saudáveis, utilizando o
aproveitamento integral dos alimentos. Assim como refletir sobre os hábitos alimentares
individuais atuais e as consequências dos benefícios e prejuízos causados à saúde a longo prazo.
2.5. Custos com alimentação
Productos Quantidade (Unidade) Custos (mzn)
Batata Rena 10 kg 600
Arroz 25 kg 1250
Feijão 5 kg 300
Óleo de Cozinha 5L 700
Favo de Ovos 1 Favo 220
Caixa de massa 1 unid 600
Farinha para Chima 10 kg 350
Açúcar 2 kg 150
Leite 500g 350
Subtotal 4520

Contingência (5%) 226

Total 4 746

Tabela 2: custos com alimentação 4

A minha escolha alimentar ou nutricional, tem sim em algum momento haver com o meu
passado, isto é, a minha intolerância a alguns tipos de mariscos que me causa alergias (coceiras e
inflamações). E este facto faz com que eu deva arranjar alimentos alternativos para substituir no
meu cardápio ou mesmo na minha dieta nutricional.

O factor económico “ a pobreza é sim um grande limitante, na vertente de não ter o poder a
requisito de alimento de qualidade e em quantidade para poder satisfazer as minhas necessidades
a qualquer momento e com isso a que relacionar com a disponibilidade, por mais que o mercado
ofereça ou disponha de alimentos de qualidades e naturais (produzidos de forma orgânica) não
possuo poder financeiro para adquirir.

Isto suportado por com o diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU,


James Morris, a escassez de alimento na África provoca a instabilidade política, desse modo, a
fome é, ao mesmo tempo, causa e consequência da pobreza. Além disso, é causa e consequência
dos conflitos (ONU, 2018). A quanto aos hábitos culturais estes não afectam no tipo de alimento
que ingiro duma forma directa, mais da forma indirecta por ocasião do meio em que me encontro
dificulta a dicção dos melhores alimentos.

2.6. Antropologia e cultura afectam na dieta

A antropologia e a cultura afectam sim na minha dieta, pois a alimentação é também


uma abordagem para conhecer e entender a cultura e história de nosso povo. Entretanto a
lembrarmos da trajectória de certo um alimento, é possível pensar a história humana a partir de
uma nova perspectiva, além de recorda e sobre deslocamento, colonização e guerras. As receitas
também são uma forma de transmissão de conhecimento e saberes entre gerações.
A dieta é definida em Antropologia como a forma de pensar na alimentação dentro dos
parâmetros das condições de vida e trabalho, do próprio consumo, do corpo socialmente
posicionado, dos atributos alimentares e da construção de identidades sociais, que
contraditoriamente favorecem ou negam a condição de ser pobre (CANESQUI, 1988).
E a antropologia alimentar é uma ramo de efectua pesquisas interessadas no simbolismo
da alimentação (comidas sagradas, tabus religiosos envolvidos na alimentação, comidas e cultura
popular, mitos alimentares), alimentação e processos de interacção social (hábitos alimentares e
classes sociais, dieta e modos de vida, transformações da alimentação e modernidade,
alimentação e etnicidade) alimentação e saúde física (dieta e exercícios, engenharia nutricional,
transgénicos e seu impacto na alimentação hodierna). E este factor esta relacionado com o jeito
que eu levo a minha vida nutricional dia pôs dia.
4. CONCLUSÃO

Terminada a minha pesquisa, conclui que, Moçambique como um país de muito potencial em
termo de avanços culturais, ela associa-se sob área económicos assim como na área de
alimentação, onde a população para se manter precisa de se alimentar, qualificando o seu quadro
nutricional, sendo que o mesmo é feito de escolhas, cultura, necessidade, onde cada indivíduo
pode estabelecer a sua dieta. Para meu caso específico o maior factor que limita a minha nutrição
é a pobreza ou seja a falta de recursos financeiros.

Com esta abordagem espera tenha ficado uma informação pertinente sobre a área do ensino. que
o mesmo servira como um instrumento que nos ajudara no processo de ensino e aprendizagem.
4. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

1. CANESQUI, Ana Maria. 1988. Antropologia e alimentação. Rev. Saúde pública. Nr, 22. Pg,
207-216. São Paulo.
2. COSSA, Felizarda Sónia. Narrativas sobre a Influência de Hábitos Alimentares das
Praticantes de Dietas no Bairro da Matola “C”, Maputo, Moçambique. Maputo,
Maio de 202.
3. GIDDNES, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor ltda.
(2002).
4. JAMÚ, Momed Mussagy Abdulsatar. Factores determinantes da percepçãõo da (in)
segurança alimentar famiiar: evidência e implicações da análise selectiva de
indicadores na cidade de Xai-Xai e distrito de Mabalane na provincia de Gaza.
DEZEMBRO, 2008
5. LANGDON, Esther & Wiik, Flavio. Antropologia, saúde e doença: uma introdução ao
conceito de cultura aplicado às ciências da saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem. Nr.3.
Universidade Estadual de Londrina, Brasil. 2010

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