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FERNANDO FILIPIN
MARINGÁ
2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - CSA
CIÊNCIAS ECONOMICAS
FERNANDO FILIPIN
MARINGÁ
2021
SUMÁRIO
2 PROBLEMA DE PESQUISA
3 JUSTIFICATIVA
4 OBJETIVOS
5 HIPÓTESE
6 REVISÃO DE LITERATURA
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Todo investimento em dinheiro ou em bens suscetíveis de avaliação monetária, realizado pelo investidor em
razão de uma captação pública de recursos, de modo a fornecer capital de risco a um empreendimento, em que
ele, o investidor, não tem ingerência direta, mas do qual espera obter ganho ou benefício futuro. As Leis 6.385,
de 7/12/76 e 10.303, de 31/10/01.
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6.2 DEBÊNTURES
Debêntures são títulos da divida de médio e longo prazo das companhias, são valores
mobiliários que garante ao detentor da debênture direto a credito junto à empresa emissora, em
definições constantes da escritura de emissão e, se houver, do certificado segundo a lei Federal
nº6.404, art.52, (Brasil, 1976). Segundo ANDIMA (Associação Nacional das Instituições do
Mercado Financeiro.) (2008), “A origem da debênture está associada à confissão escrita de
dívida, certificado ou documento de débito, e à prática de tomar empréstimo público mediante
a criação de uma obrigação”.
A partir dos anos 60 algumas leis e normativas foram criadas que influenciaram e
disciplinaram o mercado de debêntures ANDIMA (2008, p.15):
[...] a utilização efetiva das debêntures passou a ocorrer após a promulgação da Lei nº 6.385
de 7/12/1976, a segunda Lei do Mercado de Capitais, que criou a CVM – Comissão de
Valores Mobiliários, uma instituição governamental destinada exclusivamente a
regulamentar e desenvolver o mercado de capitais, fiscalizar as Bolsas de Valores e as
companhias abertas e que definiu as debêntures como valores mobiliários – além da Lei nº
6.404, de 15/12/1976, Lei das Sociedades Anônimas, que criou a base legal para a
constituição e o funcionamento das sociedades por ações. Entre as principais inovações
trazidas por esses normativos estavam á ampliação das espécies de debêntures; a fixação de
novos limites para a emissão de debêntures vinculados às garantias oferecidas; a criação da
debênture subordinada, sem limite para emissão; a criação da figura do agente fiduciário, em
substituição à comunhão de interesses dos debenturistas; a definição dos registros da escritura
de emissão, obedecendo aos padrões de cláusulas e condições aceitos pela CVM; a permissão
para a emissão de Cédulas de Debêntures; e, principalmente, a atribuição à CVM do controle
e determinação das normas referentes à emissão de debêntures ANDIMA( p.17, 2008).
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Nos anos 80 pode se notar uma evolução nas emissões de debêntures, pois algumas
medidas no mercado de credito que visavam a diminuição de credito subsidiário e o aumento
das alíquotas do imposto sobre o crédito nas operações financeiras, entretanto as debêntures
não foram afetadas. Nesse momento debentures eram adquiridas em grande parte por entidades
de previdência privadas, companhias seguradoras e instituições financeiras e apenas 5%
ficavam em poder do publico geral Mobiliário (2019, p.19). Ainda neste sentido a criação do
SDN – Sistema Nacional de Debêntures pela Cetip2 e a ANDIMA que visava sanar as
dificuldades das debêntures no mercado primário e a falta de transparência no mercado
secundário de renda fixa, buscando ajudar a desenvolver não somente as debêntures das estatais
mais também as empresas do setor privado.
As debêntures evoluíram junto aos demais títulos negociados no mercado de capitais, o
seu tratamento tributário é fundamental na avaliação do seu desenvolvimento e após adoção do
Plano Real seu desenvolvimento teve um aumento significativo e passou a ser um dos principais
instrumentos de captação de recursos por empresas de participação e administração.
Ainda segundo ANDIMA (2008, p.26) “O SND registrou em 1994 US$ 3,6 bilhões em
novas emissões de debêntures, grande parte principalmente após a adoção do real, com volumes
crescentes ao longo dos meses”. A atuação do governo na estruturação do mercado financeiro
e nas politicas econômicas através da flexibilidade da politica monetária com a criação do CMN
– Conselho Monetário Nacional do Copom – Comitê de Política Monetária e diminuição da
atuação do Banco Central no mercado de juros e ainda a criação do FGC – Fundo Garantidor
De Credito que assegura os direitos dos depositantes e investidores e o Proer – Programa de
Estimulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro, que visava assegurar a
liquidez. Para manter os juros dentro de um intervalo diminuir a interversão o governo criou a
TBC – Taxa Básica do Banco Central e TBAN – Taxa de Assistência do Banco Central e a
criação da TJLP, que veio a ser utilizado depois de um tempo em operações fomentada junto
ao BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social como indexador para
as emissões de debêntures. Assim proporcionou um aumento da captação dos fundos de
investimentos diminuiu a volatilidade dos juros no curto prazo proporcionando melhores
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Central de liquidação e custódia para títulos privados semelhante ao Selic, criado em 1979 para os títulos
públicos – data desta época o início das operações com os DI - Depósitos Interfinanceiros, originando as taxas
que seriam muito utilizadas na remuneração de emissões de debêntures, principalmente após o final da década
de 90, ANDIMA (2008, p.22).
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rentabilidades e liquidez aos fundos e a criação da CPMF no inicio de 1997 também elevou a
emissão das debêntures. ANDIMA (2008, p.25-30)
A substituição do sistema de banda de juros pelas metas para Taxa Selic em 1999 e a
adoção do sistema de cambio flutuante que foram implementados após a forte saída de recurso
estrangeiros e a redução das reservas internacionais trouxe um contexto de melhoras nas
expectativas dos cenários internos e externos. No mesmo ano a criação das metas de inflação
para o IPCA também foram implementadas e as debentures passaram aos pouco a emitir títulos
remunerados por esse indicador. Algumas resoluções trouxeram ao mercado de debêntures
novas praticas como a necessidade avaliação de risco por agencias de rating para poder compor
a carteira de entidades fechadas de previdência completar, a remuneração de títulos indexados
a Taxa - DI obteve um aumento em suas emissões, pois ate então a utilização deste indicador
não era permitido e passou a surgir debentures de companhias imobiliárias, setores de
transportes, editorial e gráfico, desconcentrando o mercado debentures. ANDIMA (2008, p.30-
31)
A implantações de praticas internacionais como governança corporativa, maior
participação dos acionistas minoritários nas decisões das empresas no mercado de capitais que
foi incentivada pela atualização da Lei 10.303 em 2001, modificou também o mercado de
debêntures:
Quanto às regras aplicáveis às debêntures, as principais modificações foram a permissão para
que a emissão destes ativos não conversíveis em ações ou sem garantia real por companhia
aberta fosse definida também pelo conselho de administração, e não mais somente pela
assembleia geral, agilizando o processo de emissão; a possibilidade de que, desde que
estabelecido na escritura de emissão, fossem mantidas em contas de custódia, em nome de
seus titulares, sem que houvesse a emissão de certificados; o estabelecimento do regime de
propriedade fiduciária, com o objetivo de permitir a transferência de títulos dentro de sistema
computadorizado sem que fosse necessário alterar nos livros da companhia ou nos registros
das contas correntes o proprietário final dos títulos; a possibilidade de que o debenturista
optasse por receber o pagamento das debêntures em bens; e a transferência do registro das
escrituras de debêntures do Cartório de Registro de Imóveis para o Registro de Comércio,
posteriormente denominado Registro de Empresas, reduzindo os custos para a sua emissão
ANDIMA (2008, P.33).
Pode se notar que ao longo dos tempos o mercado de debênture sofreu diversas
mudanças tanto nos seus processos regulatórios com criação de leis e regras que contribuiu para
que acompanhasse as necessidades impostas melhorando também sua dinâmica de mercado, os
ciclos econômicos nacionais e internacionais e as mudanças politicas também influenciaram e
influenciam no aumento do volume de captações privadas, porem ainda esta distante dos
parâmetros de economias desenvolvidas.
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São considerados investidores qualificados as instituições financeiras, as entidades de previdência, os fundos
de investimento destinados a investidores qualificados e as pessoas físicas e jurídicas que possuam
investimentos financeiros acima de 300 mil reais e atestem por escrito sua condição de investidor qualificado
CVM (2008, p.76).
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7 MÉTODOLOGIA
8 ROTEIRO
• Introdução;
• Capítulo 1 – Mercado de Capitais e de Debêntures
Estudar e apresentar a abordagem histórica do mercado de capitais e sua importância
para a econômica. Assim como, apresentar o mercado de debêntures sua história, assim como
as duas principais instruções da Comissão de Valores Mobiliário (CVM), que regulamentam a
emissão de debêntures, e também a sua importância para o mercado de capitais e para economia.
• Capítulo 2 – Análise empírica das variáveis econômicas em relação ao volume
de debêntures emitido.
Buscar analisar as relações entre dados econômicos e o volume de debêntures utilizando
o ferramental econométrico, como o modelo VEC – Var, e explicar os resultados encontrado.
• Conclusão
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9 CRONOGRAMA
Mês/Atividade jul/22 ago/22 set/22 out/22 nov/22 dez/22 jan/23 fev/23 mar/23 abr/23
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei no 6.404, de 15 de Dezembro de 1976.: Dispõe sobre as Sociedades por Ações..
Brasília, DF, 17 dez. 1976. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm>. Acesso em: 07 abr. 2022.
GUJARATI, Damodar N.; PORTER, Dawn C.. Econometria Básica. 5. ed. Porto Alegre:
Amgh Editora Ltda, 2008. 924 p.
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de capitais / Juliano lima Pinheiro. -8. Ed. – São Paulo:
Atlas, 2016.
SICSÚ, João. Economia Monetária. 2. ed. São Paulo: Elsevier Editora Ltda, 2006. 383 p.