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Alima Pedro
Muassada Cuvehale
LEASING
Nacala-Porto
2022
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Alima Pedro
Muassada Cuvehale
LEASING
Nacala-Porto
2022
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III
Índice
1. Introdução...............................................................................................................................4
1.1. Objectivos:...........................................................................................................................4
1.1.1. Geral:.................................................................................................................................4
1.1.2. Específicos:.......................................................................................................................4
2. LEASING...............................................................................................................................5
3. Conclusão..............................................................................................................................16
4. Referências Bibliográficas....................................................................................................17
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1. Introdução
1.1. Objectivos:
1.1.1. Geral:
1.1.2. Específicos:
2. LEASING
Vários são os elementos ou figuras envolvidas em uma operação de Leasing. Este acto
negocial que resulta o Leasing de acordo com Martins (1986), envolve três pessoas:
a) A arrendante ou arrendadora
A arrendadora é aquela que investe seu capital na compra do bem desejado pelo seu cliente
seguindo suas especificações, entrega-os em condições de uso normal, garante sua posse
directa e o arrenda por um determinado prazo.
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b) Arrendatária
A arrendatária é a usuária do bem arrendado, podendo esta ser pessoa física ou jurídica. A
arrendatária deve pagar as contraprestações no local e prazo contratado sob pena de sofrer
encargos e multas até que, findo este, use o direito de opção de compra, devolva o bem
arrendado, ou ainda continue utilizando em decorrência da renovação do contrato.
Praticamente, a arrendatária pode obter, com seus recursos próprios e para suas operações,
desde um simples computador até uma frota de aviões, incluindo qualquer outro tipo de
equipamento e, até mesmo, um prédio com toda a infra-estrutura necessária para suas
actividades operacionais, (Figueiredo, 1997).
No arrendamento mercantil é obrigatório que o bem esteja segurado, podendo este serviço ser
contratado pela própria arrendatária ou pela arrendadora, a qual, posteriormente, passa esse
recurso para a primeira.
c) Fornecedor do bem
Muitos negócios deixam de ser fechados por falta de recursos dos clientes, seja por não ter
obtido linha de crédito para financiar a operação, seja por estas linhas não terem sido tão
atraentes.
De acordo com Figueiredo (1997), existem duas formas de leasing: Financeiro e Operacional.
De acordo com Figueiredo (1997), no Leasing operacional, o prazo mínimo para esse tipo de
contrato é de 90 dias.
No Leasing Operacional, ou, Operacional Lease como conhecido no exterior, não há nenhum
residual. No final do período de contrato, caso haja interesse em adquirir o bem, o valor
referência é o preço de mercado do bem, na época do final do contrato. Muitos contratos de
Leasing Operacional são intermediados por instituições financeiras que através de parcerias
com produtores de máquinas ou equipamentos, negociam um leasing operacional entre o
banco e seu cliente. No final, o banco vende o bem novamente ao produtor da máquina,
através de negociação prévia.
É uma espécie de locação com a opção de devolução ou compra do bem, bem como de
renovação do contrato ao fim dele. Caso a arrendatária resolva comprar o bem, pagará um
valor residual preestabelecido no contrato.
Actualmente, já é possível efectuar leasing por prazos bastantes superiores aos prazos
legalmente definidos de vida útil do bem a adquirir. No exemplo de um leasing automóvel é
possível contrair financiamento por prazos até 96 meses com alguma facilidade.
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Como já foi dito anteriormente, uma operação de Leasing se dá entre três agentes:
arrendatária, fornecedor e arrendador.
A seguir são apresentados os tópicos básicos para o recebimento de uma proposta de Leasing:
No caso das operações de Leasing que envolvem principalmente contratos de médio e longo
prazo, os analistas de crédito, para definirem a categoria de um cliente, dão mais ênfase para a
capacidade de geração de recursos das empresas, para a dependência de recursos bancários,
para seu fluxo de caixa projectado e também seu ciclo financeiro. Além destas análises
financeiras, são também avaliadas as condições do ramo de actividade, as garantias oferecidas
e a viabilidade do projecto de maior destaque. Para a obtenção destas informações, são vários
os recursos utilizados pelos analistas.
c) Determinação do Factor
O terceiro elemento a ser considerado é a taxa do contrato, ou seja, a taxa de juros em que
será feito o financiamento.
Segundo Marion (1997), existem vários modelos para o cálculo da taxa de um contrato. Em
todos eles são levados em consideração:
reais). A taxa do contrato pode ser acordada entre as partes de forma pré-fixada ou
pós-fixada.
f) Término do Contrato
Tendo vencido o prazo do contrato e tendo a arrendatário pago por todas as contraprestações,
dá-se por encerrado o contrato de arrendamento mercantil. Neste momento, de acordo com
Figueiredo (1997), a arrendatária terá três opções:
Renovação do contrato a uma nova taxa (factor) a ser negociada com a arrendadora;
Devolução dos equipamentos, caso não tenha mais o interesse nos bens;
Compra dos equipamentos, caso estes ainda sejam de seu interesse.
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O aluguer é oferecido pelas empresas fabricantes dos bens, pois é regido pela legislação
comercial que dispensa a intermediação de uma instituição financeira.
Locação Leasing
empresa de locação
Além das diferenças citadas acima, percebe-se que o Leasing geralmente apresenta melhores
condições financeiras (taxa de juros menores), o que pode ser explicado pelos seguintes
motivos (Brealey and Myers, 2000):
No aluguer, o locatário tem uma pequena visibilidade sobre o valor do bem a cada
instante, bem como do valor pago a título de juros e principal. Assim, o locador pode
aplicar taxa de juros mais elevado. No Leasing isto não ocorre, uma vez que o próprio
cliente negociou o preço com os fornecedores e a taxa com a arrendadora.
Na medida em que geralmente os locatários são aqueles que produzem os bens
alugados, sua intenção é de recuperar o mais rápido possível os custos de produção,
principalmente quando os equipamentos em questão apresentam alta obsolescência.
Desta forma, maiores taxas de juros são aplicadas.
Em síntese, o Leasing não se trata de uma locação pura, posto que o valor dos alugueis
não expressa unicamente o custo do empréstimo do bem, mas compreenderá o preço
de aquisição do material, com acréscimo de impostos, despesas gerais da entidade
financeira e o lucro que esta deverá ter pelo investimento de capital.
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3. Conclusão
Durante a abordagem deste trabalho, conclui que o leasing ou locação financeira consiste
numa modalidade de financiamento através da qual o locador (empresa de leasing), concede
ao seu cliente (locatário), de acordo com as suas instruções, um bem móvel ou imóvel,
mediante o pagamento de uma renda, por determinado prazo, ficando o cliente com uma
opção de compra no final do mesmo prazo, perante o pagamento de valor residual.
Os contratos de leasing têm causado grandes problemas de ordem financeira àqueles que
celebraram um contrato dessa natureza, devido à descaracterização da estrutura deste instituto.
A dissonância entre a prática comercial ou industrial para as quais o Leasing foi criado e a sua
actual operacionalidade são prejudiciais ao fim que se destina, sendo o contrato de "Leasing"
um contrato nominado (por lei tributária), que envolve vários institutos contratuais
(financiamento. Locação e compra e venda), sua natureza jurídica tem sofrido grande
distorção quanto ao seu conteúdo. A opção por um leasing é muito comum, especialmente
quando falamos na compra de um automóvel. Por norma, surge a par do crédito pessoal ou do
crédito automóvel, cada qual com as suas vantagens e desvantagens. Sendo algo comum,
queremos abordar os principais conceitos em torno deste produto de modo a esclarecer
algumas dúvidas que existam.
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4. Referências Bibliográficas
Blatt, A. (1998). Leasing – Uma Abordagem Prática. Rio de Janeiro, Editora Qualitymark.
Bulgarelli, Waldirio (2001). Contratos Mercantis. 14ª Edição. São Paulo: Atlas.
Coelho, Fábio Ulhoa (2003). Curso de direito comercial. 4ª Edição. Saraiva, São Paulo.
Marion, José Carlos (1993). Contabilidade Empresarial. 5ª Ed. Atlas. São Paulo.
Mélega, L. (1975). O Leasing e o Sistema Tributário Brasileiro. São Paulo, Editora Saraiva.