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1- O que é a AFG?
Não, pois o credor-fiduciário é o verdadeiro dono do vem, por isso este bem não pode ser
objeto de penhora nas execuções ajuizadas contra o devedor fiduciante.
STJ, REsp 167.7079/SP; DJe 01/10/2018: "3. Não se admite a penhora do bem alienado
fiduciariamente em execução promovida por terceiros contra o devedor fiduciante, haja vista
que o patrimônio pertence ao credor fiduciário, permitindo-se, contudo, a constrição dos
direitos decorrentes do contrato de alienação fiduciária.
3- O devedor mantém a posse direta sobre o bem, no entanto, ainda a divide com o credor.
Quando o devedor consegue obter a posse plena sobre o bem?
A lei permite a venda da coisa pelo credor fiduciário independentemente de leilão, avaliação
prévia ou interpelação do devedor, pois o credor fiduciário titulariza o domínio resolúvel da
coisa dada em garantia.
5- Apenas o bem financiado pode ser objeto de garantia? O devedor pode alienar
fiduciariamente um bem que já integrava seu patrimônio?
Contrato de Factoring
1- O que é o factoring?
Também conhecido por "fomento mercantil". É o contrato pelo qual uma das partes
(faturizador) presta a outra parte (faturizado) serviço de administração de crédito, garantindo
o pagamento das faturas.
II) Faturizadora: recebe o crédito para cobrar do comprador (devedor). Geralmente recebe
remuneração ou compra os créditos por preço reduzido.
II) Maturity: pagamento das faturas na data de vencimento (faturizadoras paga o faturizado
no vencimento do crédito, por isso a remuneração é menor).
Não, pois o faturizado não responde pela solvência do devedor, porque o faturizador assume
os riscos da inadimplência.
Sim, pois se trata de uma cessão de crédito e apenas será eficaz com a notificação.
O devedor que não teve conhecimento da cessão e paga ao credor primitivo (faturizado) fica
desobrigado.
9- Qual a natureza jurídica do factoring? É necessário ser banco para realizar esse tipo de
contrato?
É contrato oneroso, pois traz benefícios para ambas as partes. É bilateral, pois cria
obrigações para ambas. É consensual, pois se aperfeiçoa com o consentimento das partes.
O STJ reconhece que não precisa ser banco para realizar o factoring, basta ter CNPJ válido.
Sim, pois o STJ entende que o factoring não possui natureza de contrato bancário típico (as
faturizadoras não precisam de autorização do banco central para funcionar e nem se
submetem ao dever de sigilo), logo aplica-se a limitação de juros de 12% ao ano.
No desconto bancário existe o direito de regresso caso o devedor (terceiro) não pague, no
factoring não, pois a faturizadora assume o risco da operação.
É o contrato onde uma instituição financeira (emissora) se obriga perante uma pessoa física
ou jurídica (titular) a pagar o crédito concedido a esta por terceiro, empresário credenciado
por aquela (fornecedor).
É o documento pelo qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência do contrato com
a instituição financeira emissora.
(II) A bandeira consiste em uma pessoa jurídica que autoriza emissores, administradoras e
credenciadores a utilizarem suas marcas, além das tecnologias que essas empresas
desenvolvem, ela oferece estruturas e normas para o funcionamento do sistema de cartões.
(III) A processadora oferece serviços operacionais, ligados à administração e ao
processamento de cartões de crédito. Dentre os serviços prestados por processadoras estão
o atendimento a portadores, a emissão de fatura, o processamento de transações, entre
outros.
4- Por que o contrato de cartão de crédito é um sistema? E quais são as partes envolvidas
nessa relação?
Porque não é uma operação econômica unitária (não é formada por apenas um contrato).
(i) Particular por compor-se de contratos formados em épocas e por partes diferentes,
(ii) Atípico por não possuir nenhuma regulamentação, regendo-se por cláusulas contratuais
firmadas entre as partes, pela doutrina e jurisprudência.
I) Titular do Cartão de Crédito: são pessoas físicas ou jurídicas a quem a emissora fornece
os cartões para adquirir produtos ou prestações de serviços.
A) Empresas Administradoras:
A empresa administradora é a responsável pela emissão do cartão, funcionando
como intermediária entre o titular e o fornecedor de bens e serviços. As regras do
funcionamento do cartão de crédito são elaboradas e impostas por ela, em contrato
de adesão específico para esse tipo contratual.
(Quando mais estabelecimentos filiados, maior o lucro da administradora).
B) Instituições Financeiras:
Podem emitir seus próprios cartões ou associar-se às administradoras. Quando
optam por emiti-los, devem gerenciar todo o sistema e pedir autorização para
trabalhar nesse setor de mercado para o Conselho Monetário Nacional, além de
estarem sujeitos à fiscalização do Banco Central do Brasil.
(i) A primeira deve conter no contrato uma cláusula que outorga poderes à administradora
para que adquira empréstimos com os bancos, “cláusula-mandato”.
(ii) A segunda é uma associação entre a administradora e o banco, onde o banco funciona
como concessor de crédito para o usuário, devendo pagar ao fornecedor os gastos feitos
pelo titular.
Como exemplo temos o “Ourocard”, união da Visa com o banco do Brasil.
I) Não bancário: são emitidos por uma instituição privada que tem por finalidade ser a
intermediária entre compradores e vendedores.
Os vendedores devem ser filiados ao sistema da empresa emissora, e ela mantém o crédito
que o usuário possui com seus próprios recursos.
Nessa modalidade não é permitida a concessão de crédito para o usuário (pois não são
bancos), portanto, não pode haver pagamento adiado - o titular deve pagar as suas
despesas no vencimento da fatura.
II) Bancários: são emitidos por uma instituição financeira ou por empresas administradoras
associadas.
Nessa modalidade há a opção do "pagamento diferido" que nada mais é que o parcelamento
da fatura em prestações mensais, sobre as quais incidem os juros impostos pelo banco.
III) De credenciamento: (de bom pagador) são aqueles emitidos por uma empresa comercial
em favor do seu cliente.
IV) Domésticos: também chamados de nacionais, são aqueles que só podem ser utilizados
dentro do território em que se localiza a empresa emitente do cartão.
VI) Pagamento Imediato: se caracterizam pela possibilidade que tem o usuário de adquirir o
produto e somente pagar por ele posteriormente.
VII) Cartão de Crédito Stricto Sensu: são aqueles em que o usuário realmente possui um
crédito, não sendo necessário o pagamento total da fatura em seu vencimento - podem
parcelar em prestações mensais.
VIII) Limitado: há um prazo de validade, e o usuário deve renová-lo caso queira continuar
usufruindo o serviço.
SÚMULA N. 283
As empresas administradoras de cartão de crédito são instituições fimanceiras e, por isso,
os juros remuneratórios por elas cobrados não sofrem as
limitações da Lei de Usura
SÚMULA 297
O código de defesa do consumidor é aplicável às instituições financeiras.
8- Segundo o CDC, as empresas podem enviar cartões de crédito sem prévia e expressa
solicitação do consumidor? Se não, quais as implicações?
SÚMULA n. 532
Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito sem prévia e expressa
solicitação do consumidor, configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à aplicação de
multa administrativa.
II) Qualquer cláusula que eximir a responsabilidade da IF por perda, extravio, furto, roubo ou
até mesmo utilização de cartão por terceiros deverá ser considerada nula.
Entretanto, o art.14, parágrafo 3°, inciso II, do CDC traz a seguinte exceção: não há
responsabilidade objetiva se a culpa foi exclusiva do consumidor ou de terceiro.