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Faculdade de Direito
Licenciatura em Direito
Cadeira:Direito Comercial
Curso : Direito
TEMA: Usufruto
Turma: 3L5LDR2T
Discentes :
OBJECTIVOS............................................................................................................................1
Objectivo Geral......................................................................................................................1
Objectivos Específicos...........................................................................................................1
METODOLOGIA......................................................................................................................2
USUFRUTO...............................................................................................................................3
CARACTERÍSTICAS DO USUFRUTO..................................................................................4
Frutos naturais........................................................................................................................5
Frutos civis.............................................................................................................................5
CLASSIFICAÇÃO DO USUFRUTO........................................................................................5
Usufruto simples.....................................................................................................................5
Usufruto simultâneo...............................................................................................................5
Usufruto parcial......................................................................................................................5
Usufruto total..........................................................................................................................5
Usufruto sucessivo..................................................................................................................5
Usufruto legal.........................................................................................................................5
Usufruto voluntário................................................................................................................5
Usufruto de crédito.................................................................................................................6
ESPÉCIES DO USUFRUTO.....................................................................................................6
Usufruto Vitalício...............................................................................................................6
Usufruto temporário............................................................................................................6
Usufruto quanto ao objecto....................................................................................................6
Usufruto próprio.................................................................................................................6
Usufruto impróprio.............................................................................................................7
OBRIGAÇÕES DO USUFRUTUÁRIO....................................................................................7
Obras de melhoramentos........................................................................................................7
Reparações ordinárias.............................................................................................................7
Reparações extraordinárias.....................................................................................................8
Causas de extinção.................................................................................................................8
CONCLUSÃO...........................................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................10
“A ninguém foi dada a posse da vida, a todos foi dado o usufruto”.
(Lucrécio Vida)
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objectivo debruçar do estabelecimento comercial no que
concerne aos negócios à volta do mesmo sendo ele o usufruto tendo como base o Código
Civil e o Código Comercial.
O estabelecimento comercial é uma organização do empresário mercantil, ou seja, conjunto
de elementos do comerciante que estão organizados pelo mesmo para exercer a sua
actividade comercial, de produção ou circulação de bens ou prestação de serviços, o qual é
composto por elementos corpóreos e incorpóreos. Este, por sua vez, pressupõe: um titular,
um acervo patrimonial e um conjunto de pessoas. A identidade jurídica do estabelecimento
como, simultaneamente, universalidade de direito e bem móvel incorpóreo, fornece uma base
conceptual adequada para a estruturação do regime jurídico dos negócios jurídicos que o
tomam como um todo. Daqui então surge uma das formas de negócio ligadas ao
estabelecimento comercial, que é o usufruto.
OBJECTIVOS
Objectivo Geral
Temos como objectivo geral favorecer uma compreensão mais apurada a respeito do
usufruto, bem como trazer uma análise completa a respeito de toda a conjuntura sobre o
referido tema.
Objectivos Específicos
Analisar o conceito sobre usufruto;
Analisar o usufruto do estabelecimento comercial;
Descrever as características do usufruto;
Dar a conhecer a natureza dos frutos do usufruto; sua classificação; bem como suas
espécies;
Apresentar as obrigações do usufrutuário, e a extinção do usufruto.
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METODOLOGIA
O presente trabalho recorreu a análise e a interpretação da pesquisa científica na metodologia
pertinente. Assim, recorremos ao método dedutivo em grande parte posto que, ele nos
permitiu chegar as conclusões lógicas no trabalho.
Também para a elaboração do trabalho elegemos a pesquisa bibliográfica, consubstanciada na
leitura e análise jurídico-científica e crítica de obras de referência, livros, monografias,
artigos doutrinais, pesquisas na internet sobre textos e informações relativas ao tema e outras
fontes que nos pareceram favoráveis para o aprofundamento das matérias em estudo.
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USUFRUTO
O usufruto é um direito real de aproveitamento de uma propriedade ou bem alheio. Ou seja, é
um direito que uma pessoa tem de usufruir de um bem, sem ser seu proprietário.
Por isso, o usufruto é concedido de forma temporária, inalienável e impenhorável.
O beneficiado, chamado de usufrutuário, pode então fazer uso dos frutos naturais, industriais
e civis do bem em questão, sem ter direito de propriedade sobre ele.
O usufruto é uma figura jurídica relativamente complexa, cujo regime jurídico vem
consagrado nos artigos 1439.º a 1483.º do Código Civil.
Conforme depreende o artigo 1439° do Código civil usufruto é o direito de gozar temporária
e plenamente uma coisa ou direito alheio , sem alterar a sua forma ou substância
Por outras palavras, este privilégio permite que certo bem material, particularmente os
imóveis, possam ser doados ou vendidos mantendo na mesma o direito ao seu benefício. A lei
refere ainda as formas como este direito pode ser constituído: “O usufruto pode ser
constituído por contrato, testamento, usucapião ou disposição da lei“.
Um exemplo prático desta situação é a possibilidade dos pais doarem uma casa a um filho,
mas continuarem a viver nela enquanto forem vivos. Neste caso, o filho passa a ser o
proprietário, e os pais usufrutuários. Esta pode ser uma forma de evitar conflitos nas partilhas
de herança.
Segundo Clóvis Bevilaqua (2012), “o usufruto é o direito real, conferido a uma pessoa,
durante certo tempo, que autoriza a retirar, de coisa alheia, os frutos e a utilidade que ela
produz”. Ou seja, é um direito total de gozo, sem alterar-se a substância da coisa. O
usufrutuário não pode alterar a “essência” do bem imóvel. Para a pessoa física, o direito de
usufruto não pode exceder o tempo de sua vida.
Direito de Usufruto pode ser aplicado a um conjunto vasto de bens, que podem ser
habitações, árvores, matas, animais, “capitais a posto juros” (que se traduz em dinheiro em
contas bancárias ou títulos), ou até mesmo minas e pedreiras.
CARACTERÍSTICAS DO USUFRUTO
O usufruto é pois, um “jus in re aliena”, um direito real sobre coisa alheia, que atribui ao seu
titular os poderes de uso e fruição da coisa com as seguintes características: carácter
temporário, extinguindo-se o usufruto pelo decurso do prazo acordado, ou pela morte do
usufrutuário ou, no caso de ser constituído a favor de pessoa colectiva, pelo decurso do prazo
legal máximo de 30 anos (artigo 1443º do Código Civil); plenitude do gozo do objecto,
traduzido na possibilidade de gozo pleno das utilidades do objecto, bem como de alienação e
oneração do próprio direito de usufruto (artigo 1444º do Código Civil); princípio da
conservação da forma e substância, traduzido pelo limite que se impõe ao usufrutuário de, no
gozo do objecto do usufruto, ter que respeitar a sua forma e substância.
Esta limitação é normalmente entendida em dois sentidos: Em termos jurídicos, o
usufrutuário não pode dispor (v.g. vender) a coisa (ou o direito), objecto do usufruto. Em
termos económicos ou materiais, o usufrutuário deve respeitar a integridade natural da “rés”.
Ao usufrutuário pertencem, pois, as faculdades de usar, fruir e administrar o objecto do
usufruto, bem como de transmitir e onerar o seu direito (cfr. art. 1446º do Código Civil).
ESPÉCIES DO USUFRUTO
Como dito, quando utilizado da forma correta e estrategicamente, o usufruto é uma poderosa
ferramenta legal de planeamento patrimonial.
Entretanto, para que sua utilização seja eficaz, é necessário o entendimento das espécies
existentes, que podem ser distinguidas a partir da sua duração, do objecto, da extensão, dentre
outros.
As espécies mais comuns de usufruto podem ser classificadas quanto à sua duração, sendo
temporário ou vitalício; e quanto ao objecto, que pode ser próprio ou impróprio.
Dentro da classificação quanto à duração, a espécie mais recorrente é o chamado usufruto
vitalício
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Usufruto quanto à sua duração
a) Usufruto Vitalício
No usufruto vitalício, como o próprio nome sugere, a extinção do usufruto ocorre com a
morte do usufrutuário. Havendo a extinção do usufruto, todos os atributos da propriedade
retornam ao proprietário do bem, que deixa de ser nu-proprietário e volta a exercer
plenamente o seu direito real de propriedade.
b) Usufruto temporário
Na hipótese de usufruto temporário, a gravação do ónus real do usufruto deve indicar com
precisão o termo ao qual ensejará a sua extinção. Portanto, há um prazo determinado ou
determinável para sua duração.
b) Usufruto impróprio
Quando incide sobre bens consumíveis.
OBRIGAÇÕES DO USUFRUTUÁRIO
Conforme depreende o Código Civil, têm o usufrutuário a obrigação de:
Relação de bens e caução (artigo 1468o)
Antes de tomar conta dos bens, o usufrutuário deve:
a) Relaciona-los, com citação ou assistência do proprietário, declarando o estado deles,
bem como o valor dos móveis, se os houver;
b) Prestar caução, se esta lhe for exigida, tanto para a restituição dos bens ou do
respectivo valor, sendo bens consumíveis, como para a reparação das deteriorações
que venham a padecer por sua culpa, ou para o pagamento de qualquer outra
indemnização que seja devida.
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Actos lesivos da parte de terceiros (artigo 1475o)
O usufrutuário é obrigado a avisar o proprietário de qualquer facto de terceiro, de que tenha
notícia, sempre que ele possa lesar os direitos do proprietário; se o não fizer, responde pelos
danos que este venha a sofrer.
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CONCLUSÃO
À luz do presente trabalho, foi possível vislumbrar a grandiosidade do tema, provando das
suas peculiaridades e possibilidades. Foi apresentado seu conceito como um direito real, de
aproveitamento de uma propriedade ou bem alheio. Ou seja, é um direito que uma pessoa tem
de usufruir de um bem, sem ser seu proprietário. Por isso, o usufruto é concedido de forma
temporária, inalienável e impenhorável.
O beneficiado, chamado de usufrutuário, pode então fazer uso dos frutos naturais, industriais
e civis do bem em questão, sem ter direito de propriedade sobre ele.
Por exemplo, um pai pode doar sua casa para seu filho continuar morando no local, mas
continua sendo o dono dela. Na prática, o usufruto vitalício beneficia todas as partes
O direito do usufruto se extingue de várias formas. As principais são: pela morte do
usufrutuário; pelo fim do prazo de 10 anos, no caso de empresas; ou pelo perecimento da
coisa. Se a coisa perece e não pode ser devolvida ao nu-proprietário, pode haver uma
responsabilização do usufrutuário, que terá de reparar o dano
Embora complexo, trata-se de instituto de aplicação eficaz, que permite configurações
patrimoniais que se encaixem perfeitamente à estratégia de sucessão patrimonial eleita.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORDEIRO, António Menezes (2022). Tratado de Direito Civil XIV- Direitos Reais.
Almedina.
ASCENSÃO, José de Oliveira (1976). Direito Civil: Reais, 4ª ed. Lisboa: Coimbra
Editora Limitada.
CORDEIRO, António Manuel da Rocha e Menezes (1979). Direitos Reais. V. 1.
Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda. 1979. Séries: Cadernos de ciência e
técnica fiscal.
ENGISH, Karl (1996). Introdução ao pensamento jurídico. 7ª ed. Tradução: J.
Baptista Machado. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
GONÇALVES. Carlos Roberto (2010). Direito civil Brasileiro. Direito das Coisas. 5.
Ed. Saraiva. São Paulo.
BEVILAQUA, Clovis. Direito das Coisas. 5. Ed. Rio de Janeiro: Forense. V. I e II.
PEREIRA, Lafayette Rodrigues (2003). Direito das Coisas. Atualizada por Ricardo
Rodrigues Gama. Campinas: Russell Editores.
WOLKMER, Antônio Carlos (2009). Fundamentos de História do Direito. 4ª ed.
Belo Horizonte: Del Rey.
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