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Manual de Contabilização: Factoring (Fomento Mercantil)

Resumo:
Veremos neste Roteiro de Procedimentos os aspectos práticos relacionados ao registro contábil das operações de fomento mercantil (
factoring), levando-se em consideração os lançamentos contábeis que devem ser realizados tanto pela empresa faturizada como pela
faturizadora. Além disso, daremos uma "leve pincelada" nos aspectos tributários que envolve esse tipo de atividade comercial.

1) Introdução:
As empresas de fomento mercantil (factoring) são inquestionavelmente uma das principais fontes de recursos para as empresas que, por
qualquer motivo, não têm acesso às linhas de crédito convencionais ou que não estão dispostas a enfrentar os obstáculos burocráticos
comuns das instituições financeiras.

Considera-se atividade de factoring, conforme a legislação em vigor, a atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços.

A principal fonte de receita dessas empresas derivam da aquisição dos direitos creditórios resultante das vendas mercantis praticadas por
seus clientes. Essa receita é representada pela diferença entre a quantia expressa no título de crédito adquirido e o valor efetivamente
pago, sendo ela reconhecida, para efeito de apuração do Lucro Líquido do período, na data da operação.

Neste Roteiro de Procedimentos serão analisados os aspectos práticos relacionados ao registro contábil das operações de fomento
mercantil, levando-se em consideração os lançamentos contábeis que devem ser realizados tanto pela empresa faturizada como pela
faturizadora. Além disso, daremos uma "leve pincelada" nos aspectos tributários que envolve esse tipo de atividade comercial.

2) Conceitos / Definições:
2.1) Factoring:
De acordo com o artigo 28, § 1º da Lei nº 8.981/1995 (atualmente artigo 14, VI da Lei nº 9.718/1998), as empresas de factoring são
pessoas jurídicas de fomento mercantil, que exploram as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de:

a. assessoria creditícia e mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber; e
b. compra de direitos creditórios resultantes de vendas e bens a prazo ou de prestação de serviços.

Como vemos, para se caracterizar como factoring a pessoa jurídica deverá prestar cumulativamente os serviços descritos nas letras "a" e
"b" acima, mas na prática a compra de direitos creditórios é sem dúvida a principal atividade dessas empresas.

As empresas de factoring adquirem os títulos representativos de direitos creditórios por um valor menor que seu valor de face, ou seja,
adquire-os com deságio (Ad valorem + Fator de Compra). Deste modo, a faturização consiste, em sua essência, na venda da carteira de
crédito ou parte dela, derivada de faturamento a prazo de uma empresa.

Registre-se que, a verdadeira "faturização" só existe quando todos os riscos relativos ao crédito, bem como os gastos de cobrança, são
transferidos à entidade adquirente.

Não havendo a transferência do risco, tem-se muito mais a caracterização do desconto de duplicata, já que o genuíno factoring é uma
atividade que tem como objetivo propiciar as empresas comerciais, industriais e de serviços a condição de não precisar manter
departamento de cobrança nem estrutura voltada para essa atividade, além de propiciar com maior rapidez o capital de giro necessário a
essas empresas.

Portanto, o que diferencia a operação de factoring da operação de desconto de duplicata, é que a primeira compra o título sem direito de
regresso, em função disso, o deságio cobrado pela factoring costuma ser maior que o desconto de duplicata, uma vez que ela assume
integralmente o risco dos créditos.

Base Legal: Artigo 14, inciso VI da Lei 9.718 de 27/11/1998 e; Artigo 246, inciso VI do RIR/1999.

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2.2) Título de Crédito:
O conceito clássico de título de crédito foi formulado pelo jurista italiano Cesare Vivante como sendo o "documento necessário para o
exercício do direito literal e autônomo nele mencionado" (grifos nossos). Deste conceito podemos extrair os três princípios
elementares dos títulos de créditos, quais sejam:

1. Cartularidade: "o credor do título de crédito deve provar que se encontra na posse do documento para exercer o direito nele
mencionado". (Fábio Ulhoa Coelho);
2. Literalidade: "é literal no sentido de que, quanto ao conteúdo, à extensão e às modalidades desse direito, é decisivo exclusivamente o
teor do título". (Messineo); e
3. Autonomia: "os vícios que comprometem a validade de uma relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem às
demais relações abrangidas no mesmo documento".

Nosso Código Civil de 2002, influenciado pelo Direito Italiano, no seu artigo 887, trouxe um conceito de título de crédito muito
semelhante ao de Cesare Vivante: "O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido,
somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei".

Num sentido mais amplo, os títulos de créditos são papéis representativos de uma obrigação pecuniária emitida em conformidade com a
legislação específica de cada tipo ou espécie (Exemplo: Cheque, Duplicata, Letra de Câmbio, Nota Promissória, etc.).

Importante destacar que os elementos fundamentais para se configurar o crédito decorrem da noção de confiança e tempo. A confiança é
necessária, pois o crédito se assegura numa promessa de pagamento, e o tempo também, pois o sentido do crédito é, justamente, o
pagamento futuro combinado, pois se fosse à vista, perderia a idéia de utilização para devolução posterior.

Para o assunto tratado neste Roteiro, nos interessa duas especificidades presentes nos títulos de créditos que beneficiam o credor. De um
lado, o título de crédito possibilita uma negociação mais fácil do crédito decorrente da obrigação nele representada e, de outro lado, a
cobrança judicial de um crédito documentado por este tipo de instrumento torna-se mais célere. Daí decorre as duas características
fundamentais, a saber:

1. Negociabilidade: É a facilidade com que o crédito pode circular. Quando alguém emite um título de crédito, não está fazendo uma
promessa de pagamento dirigida exclusivamente ao beneficiário original, mas para pessoa indeterminada que, na data do vencimento,
esteja com a posse do título.
2. Executividade: Os títulos gozam de maior eficiência em sua cobrança. São títulos executivos extrajudiciais. Basta, pois, sua
apresentação em Juízo para que se dê início ao processo de execução (cobrança), ficando dispensada a prévia ação de conhecimento.

Base Legal: Artigo 887 do Código Civil/2002 e; Artigo 585, inciso I, do Código de Processo Civil.

3) Equiparação a Instituição Financeira:


Em decorrência do conceito legal de factoring, o Conselho Monetário Nacional (CMN) baixou a Resolução Bacen nº 2.144/1995. Referida
Resolução esclareceu que qualquer operação praticada por empresa de fomento mercantil (factoring) que não se ajuste ao conceito legal
disposto na Lei nº 8.981/1995 e que caracterize operação privativa de instituição financeira (1) constituí ilícito administrativo (nos termos
da Lei nº 4.595/1964) e criminal (nos termos da Lei nº 7.492/1986), além de sujeitar o contribuinte à cobrança dos tributos incidentes
sobre instituições financeiras, como por exemplo, o IOF incidente sobre operações de crédito, como se instituição financeira fosse.

Da leitura da Resolução Bacen nº 2.144/1995 concluímos, portanto, que as empresas de factoring não são instituições financeiras.

Nota:

(1) De acordo com o artigo 17 da Lei nº 4.595/1964, considera-se instituição financeira, para os efeitos
da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal
ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em
moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

Base Legal: Artigo 17 da Lei nº 4.595/1964; Lei nº 7.492/1986; Lei nº 8.981/1995 e; Resolução Bacen nº 2.144/1995.

4) Alienação de Títulos de Créditos:


Na alienação de títulos de créditos realizada entre a empresa-cliente e a empresa de fomento mercantil (factoring), o pagamento do preço
pactuado (Valor fácil do título - Deságio) é realizado no momento da transferência dos títulos. Neste momento a empresa de fomento
mercantil também deverá registrar o ganho obtido na aquisição desses títulos.

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Referido ganho é representado pela diferença entre a quantia expressa no título de crédito adquirido (Valor de Face) e o valor pago,
sendo seu valor dividido em dois tipos distintos de receita:

a. Receita de Ad valorem: Corresponde à receita pela prestação de serviços; e


b. Receita de Diferencial na compra (fator de compra): Corresponde ao ganho na aquisição do título.

4.1) Ad valorem:
A expressão ad valorem é empregada para designar o valor cobrado pelas empresas de factoring, de seus clientes, pela prestação
contínua de serviços, comprovados através da emissão de Nota Fiscal. Ressalte-se que o ad valorem independe do grau de risco do título
de crédito, bem como do prazo de quitação do mesmo.

A comissão ad valorem incide sobre o valor de face dos títulos negociados (2), sendo que na sua determinação analisar-se-á:

a. o grau de parceria mantido entre a empresa-cliente e a empresa de fomento mercantil; e,


b. o grau de responsabilidade da orientação e da assistência a ser realizada pela empresa de fomento mercantil.

Nota:

(2) Diariamente a Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring (ANFAC)
divulga em seu site (www.anfac.com.br) a percentagem do ad valorem a ser aplicada por suas associadas.
Essa informação pode ser utilizada pelas empresas-clientes para analisar as taxas que estão sendo
aplicadas pelas empresas de fomento mercantil em seus contratos, ganhando assim, mais uma
ferramenta para negociação do preço dos serviços.

4.2) Diferencial na compra (Fator de Compra):


A compra e venda de títulos de créditos serão realizadas mediante a pactuação de um preço denominado diferencial ou fator de compra.
O fator de compra é representado pelo diferencial entre o valor de face e o valor de aquisição dos títulos negociados e compõe-se dos
seguintes itens:

a. custo de oportunidade dos recursos da contratada;


b. despesas operacionais e de cobrança;
c. carga tributária; e
d. expectativa de lucro e risco.

Ressalte-se que não caberá cobrança de juros, pois a operação em tela não configura negócio jurídico de mútuo ou financiamento.

Base Legal: Artigo 487 do Código Civil/2002.

5) Tratamento Contábil:
Na faturização ocorre à alienação de títulos de créditos resultante das vendas mercantis realizadas a prazo pelos clientes da empresa de
fomento mercantil (factoring). Assim, a diferença entre a quantia expressa no titulo de crédito (valor de face) e o valor de venda oriundo
da alienação do título à empresa de fomento mercantil, será computada como despesa operacional, na data da transação, na contabilidade
da empresa alienante (empresa-cliente).

Já a receita obtida pelas empresas de fomento mercantil, representada pela diferença entre a quantia expressa no título de crédito (valor
de face) adquirido e o valor pago, deverá ser reconhecida, para efeito de apuração do Lucro Líquido do período-base, na data da operação.

Ao realizar a alienação de duplicatas (ou outro título de crédito representativo de vendas a prazo), a empresa-cliente deverá baixar de sua
conta "Duplicatas a Receber", no Ativo Circulante, o valor facial dos títulos alienados, sendo que, a contrapartida será uma conta de
disponibilidade do Ativo Circulante (por exemplo: "Caixa" ou "Banco conta Movimento"), pelo valor recebido, e uma conta de resultado no
grupo de Despesas e Receitas Financeiras (por exemplo: "Deságio na Alienação de Duplicatas" ou "Despesas de Faturização"), pelo valor
da diferença entre o valor facial e o recebido.

Por outro lado, a empresa de fomento mercantil registrará o valor das duplicatas, na conta "Duplicatas a Receber", no Ativo Circulante,
pelo valor facial dos títulos de créditos adquiridos. A contrapartida será uma conta de disponibilidade do Ativo Circulante (por exemplo:
"Caixa" ou "Banco conta Movimento"), pelo valor desembolsado, e uma conta de resultado (por exemplo: "Receitas de Ad valorem" ou
"Receitas de Diferencial na compra"), pelo valor da diferença entre o valor facial e o desembolsado.

Registramos, ainda, que o método supracitado encontra-se em conformidade com as novas regras contábeis trazidas pela Lei 11.638/2007,
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assim como, pelo Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, o qual estabelece:

Quando a entidade transfere um ativo financeiro (ver item 18), deve avaliar até que ponto ela
retém os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro. Nesse caso:

(a) se a entidade transferir substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo


financeiro, a entidade deve desreconhecer o ativo financeiro e reconhecer separadamente como
ativos ou passivos quaisquer direitos e obrigações criados ou retidos com a transferência;

(...)

Base Legal: Lei 11.638/2007; Ato Declaratório Cosit nº 51/1994 e; Item 20 do Pronunciamento Técnico CPC 38.

5.1) Exemplo Prático:


Para efeito de exemplificação, suponhamos que a empresa fictícia Vivax Indústria e Comércio de Eletrônicos Ltda. tenha alienado a
empresa de fomento mercantil (factoring) Reidar Factoring Ltda., uma carteira de duplicatas no valor total de R$ 250.000,00 e tenha
recebido por essa venda a quantia de R$ 232.500,00, portando cobrando um deságio de R$ 17.500,00 (Ad valorem: R$ 5.250,00 e
Diferencial na compra: R$ 12.250,00). Assim, a empresa alienante deverá proceder com os seguintes lançamentos contábeis em sua
escrita comercial (Livro Diário e Razão):

Pela venda de duplicatas:


D - Bco. c/ Movto. (AC) _________ R$ 232.500,00
D - Despesas de Faturização (R) _ R$ 17.500,00
C - Duplicatas a Receber (AC) ___ R$ 250.000,00

Legenda:
AC: Ativo Circulante; e
R: Resultado.

Por sua vez, a empresa de factoring, adquirente das duplicatas, deverá efetuar os seguintes lançamentos contábeis:

Pela venda de duplicatas:


D - Duplicatas a Receber (AC) _____________ R$ 250.000,00
C - Bco. c/ Movto. (AC) ___________________ R$ 232.500,00
C - Receitas de Ad valorem (R) ____________ R$ 5.250,00
C - Receitas de Diferencial na compra (R) _ R$ 12.250,00

Legenda:
AC: Ativo Circulante; e
R: Resultado.

6) Tratamento Tributário:
6.1) IRPJ e CSLL:
As empresas que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão
de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas mercantis
a prazo ou de prestação de serviços (factoring) estão obrigadas à apuração do Imposto sobre a Renda pelo regime de apuração
denominado Lucro Real.

Em decorrência dessa obrigatoriedade, as empresas de factoring, por força legal, também ficam obrigadas à apuração da CSLL com base
no resultado ajustado.

Portanto, essas empresas deverão observar as regras gerais de tributação do IRPJ e da CSLL aplicáveis às demais pessoas jurídicas.

Base Legal: Artigo 58 da Lei 9.430/1996; Artigo 246, inciso VI do RIR/1999 e; Artigo 36 da IN SRF nº 390/2004.

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6.2) PIS/PASEP e COFINS:
Regra geral, as pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração pelo Lucro Real estão obrigadas à apuração não-cumulativa das
contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS.

Como as empresas de factoring estão obrigadas à apuração do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real, concluímos que, as
receitas decorrentes da aquisição de direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços realizadas
por essas empresas estão sujeitas à apuração não-cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS, conforme se depreende da
Solução de Consulta nº 235 de 26 de Julho de 2006:

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 235 de 26 de Julho de 2006

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: EMPRESAS DE FACTORING. REGIME NÃO CUMULATIVO As receitas das empresas


de fomento mercantil estão submetidas ao regime da não- cumulatividade para efeito de apuração
da base de cálculo do PIS/Pasep.

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: EMPRESAS DE FACTORING. REGIME NÃO CUMULATIVO As receitas das empresas


de fomento mercantil estão submetidas ao regime da não- cumulatividade para efeito de apuração
da base de cálculo da Cofins.

Base Legal: Artigo 8º da Lei nº 10.637/2002 e; Artigo 10 da Lei nº 10.833/2003.

6.3) IOF:
Por expressa disposição legal, as empresas de factoring sujeitar-se-ão à incidência do imposto sobre operações de crédito, câmbio e
seguro ou relativas a títulos e valores mobiliários (IOF). O seu fato gerador ocorrerá na entrega do montante ou do valor que constitua o
objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do alienante.

Na operação de desconto, inclusive na de alienação a empresas de factoring de direitos creditórios resultantes de vendas a prazo, a base
de cálculo é o valor líquido obtido, deduzidos os juros cobrados antecipadamente, aplicando-se as seguintes alíquotas:

a. Mutuário pessoa jurídica: 0,0041% ao dia; e


b. Mutuário pessoa física: 0,0041% ao dia.

Ressaltamos que o IOF incidirá no período compreendido entre a data da ocorrência do fato gerador e a data do vencimento de cada
parcela do direito creditório alienado à empresa de factoring.

Base Legal: Artigo 7º, II do Decreto nº 4.494, de 3 de dezembro de 2002.

6.4) Retenções na Fonte:


6.4.1) Imposto de Renda:

Sujeitam-se ao desconto do imposto de renda, à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), que será deduzido do apurado
no encerramento do período de apuração, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a título de prestação de serviços a
outras pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber (3).

Todavia, a retenção será aplicada somente sobre o valor da comissão paga pela prestação de serviços ad valorem, que remunera os
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, e administração de contas a pagar e a receber.

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Nota:

(3) A retenção do Imposto de Renda ocorrerá por ocasião do pagamento ou crédito, o que ocorrer
primeiro.

Base Legal: Artigo 29 da Lei nº 10.833/2003 e; Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 10/2007.

6.4.2) CSLL, COFINS, e PIS/PASEP:

Os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado, pela prestação de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, também estão sujeitos a
retenção na fonte da CSLL, da COFINS e do PIS/PASEP.

O valor a ser retido será determinado mediante a aplicação do percentual de 4,65% (quatro inteiros e sessenta e cinco centésimos por
cento), correspondente à soma das alíquotas de 1% (um por cento) da CSLLL, 3% (três por cento) da COFINS e 0,65% (sessenta e cinco
centésimos por cento) do PIS/PASEP.

Esta retenção também será calculada somente sobre o valor da comissão paga pela prestação de serviços "ad valorem", que remunera os
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, e administração de contas a pagar e a receber.

Base Legal: Artigo 30 e 31 da Lei nº 10.833/2003 e; Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 10/2007.

Informações Adicionais:
Este material foi escrito pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Todos os direitos reservados.

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