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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................ 3

1.1. Objectivos......................................................................................................................... 4

1.1.1. Objectivo Geral ......................................................................................................... 4

1.1.2. Objectivo Especifico ................................................................................................. 4

1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 4

2. Leasing..................................................................................................................................... 5

2.1. Origem e Evolução ........................................................................................................... 5

2.2. Conceito e definição ......................................................................................................... 5

2.3. Caracterização das Operações de Leasing ....................................................................... 6

2.4. Formas de leasing ............................................................................................................. 7

2.4.1. Leasing operacional .................................................................................................. 8

2.4.2. Leasing financeiro ..................................................................................................... 9

2.4.3. Leaseback ................................................................................................................ 10

2.5. Tipos de contrato de Leasing ......................................................................................... 11

2.6. Vantagens e Desvantagens do Leasing .......................................................................... 11

3. Conclusão .............................................................................................................................. 12

4. Bibliografia ............................................................................................................................ 13
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1. Introdução

O leasing, também conhecido como arrendamento mercantil, é uma forma alternativa de


financiamento para aquisição de activos. Na visão de Wolk, Tearney e Dodd (2008), o leasing é
um dos tópicos mais contundentes para a teoria contábil, onde as discussões sobre o tema deste
giram em torno da prevalência da essência sobre a forma, normalização baseada em regras
versus princípios, representação fiel e a questão do off-balance sheet.

As empresas vendedoras de bens costumam apresentar o leasing como mais uma forma de
financiamento, mas o contrato deve ser lido com atenção, pois trata-se de operação com
características próprias.

Neste presente trabalho iremos falar sobre a origem do leasing, conceituar, caracterizar e
falaremos das vantagens e desvantagens do leasing. Esperamos poder agradar ao leitor com a
informação que trazemos.
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1.1.Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Analisar de todos os aspectos importantes a respeito do leasing.

1.1.2. Objectivo Especifico

 Apresentar a origem do leasing e os diferentes tipos de leasing;


 Caracterizar de forma clara e objectiva os diferentes tipos de leasing;
 Estabelecer as principais diferenças existentes entre os leasings que vamos apresentar.

1.2. Metodologia

Para a realização desse trabalho, foi preciso a consulta bibliográfica, como forma de garantir
maior consistência e precisão na abordagem do tema.
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2. Leasing

2.1.Origem e Evolução

Actualmente, tem-se afirmado que a Locação Financeira, tal como a conhecemos, surgiu nos
Estados Unidos da América ainda no século XIX.

Contudo, na primeira metade desse século já se realizavam alguns negócios, denominados de


locação financeira. Alude-se como data marcante, o ano de 1887, no qual a Bell Telephone
Company levou a cabo um sistema, em larga escala, de locação de telefones, tendo em vista a
cessão do gozo dos seus aparelhos, sendo seguida posteriormente pela United Shoe Machinery
Co. e pela International Business Machinery Co. (IBM).

Este tipo de negociação expandiu-se gradualmente ao longo do Século XX. Num primeiro
momento, ainda e só nos Estados Unidos.

Na Europa, esta actividade começou a desenvolver-se no início da 2ª metade do século XX e foi,


nessa altura, que surgiram também as primeiras sociedades de locação financeira. Para além da
Inglaterra, onde a figura tem contornos particulares, devem salientar-se, como países pioneiros
na Europa ocidental, a França, a Bélgica, e a Itália.

2.2.Conceito e definição

Locação financeira ou arrendamento mercantil, também conhecido pelo termo em inglês leasing,
é um contrato através do qual a arrendadora ou locadora (a empresa que se dedica à exploração
de leasing) adquire um bem escolhido por seu cliente (o arrendatário, ou locatário) para, em
seguida, alugá-lo a este último, por um prazo determinado. Ao término do contrato o arrendatário
pode optar por renová-lo por mais um período, por devolver o bem arrendado à arrendadora (que
pode exigir do arrendatário, no contrato, a garantia de um valor residual) ou dela adquirir o bem,
pelo valor de mercado ou por um valor residual previamente definido no contrato.

O cliente deste tipo de crédito, é, tipicamente, uma empresa, podendo, no entanto, ser, também,
contratado por pessoa física.
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O leasing é um contrato denominado na legislação brasileira como “arrendamento mercantil”. As


partes desse contrato são denominadas “arrendador” e “arrendatário”, conforme sejam, de um
lado, um banco ou sociedade de arrendamento mercantil e, de outro, o cliente. O objeto do
contrato é a aquisição, por parte do arrendador, de bem escolhido pelo arrendatário para sua
utilização. O arrendador é, portanto, o proprietário do bem, sendo que a posse e o usufruto,
durante a vigência do contrato, são do arrendatário. O contrato de arrendamento mercantil pode
prever ou não a opção de compra, pelo arrendatário, do bem de propriedade do arrendador

Na teoria, o leasing é um instituto jurídico que foi criado por uma evolução contratualista
americana após a guerra, na qual admite-se que uma pessoa física ou jurídica use certo
equipamento comercial ou industrial (inclusive, imóveis) por intermédio de um arrendador por
prazo determinado.

Na prática, funciona assim: imagine que você quer comprar um carro. Daí, o banco compra o
carro e financia para você. O carro será seu apenas quando você pagar tudo que deve ao banco. O
Leasing, portanto, funciona de forma muito parecida à um empréstimo bancário.

Esta operação se assemelha, no sentido financeiro, a um financiamento que utilize o bem como
garantia e que pode ser amortizado num determinado número de "aluguéis" (prestações)
periódicos, acrescidos do valor residual garantido e do valor devido pela opção de compra.

Ao final do contrato de arrendamento, o arrendatário tem as seguintes opções:

- comprar o bem por valor previamente contratado;

- renovar o contrato por um novo prazo, tendo como principal o valor residual;

- devolver o bem ao arrendador.

2.3.Caracterização das Operações de Leasing

De acordo com Niyama e Silva (2008), as operações de leasing podem ser definidas como
transações celebradas entre o proprietário de um determinado bem, denominado de arrendador,
que concede o uso desse a um terceiro, conhecido como arrendatário, por um determinado
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período de tempo, estipulado num contrato. Ao final deste prazo, o arrendatário tem a opção de
adquirir o bem, devolvê-lo ou prorrogar o contrato.

Do ponto de vista contábil, as transações de leasing fizeram surgir a difícil tarefa de determinar o
ponto no qual uma simples “locação” se transformava na compra de um determinado ativo,
assim manifestando as primeiras discussões de quem deveria capitalizar o ativo como bem objeto
de leasing. Essa discussão diz respeito à prevalência da essência econômica sobre a forma
jurídica dos contratos de leasing.

Martins, Vasconcelos e Souza (2008) afirmam que, ao considerar a parte legalista do contrato, o
bem não pode ser contabilizado no patrimônio da arrendatária, pois esta não possui a sua
propriedade legal, dessa forma, o ativo continuaria fazendo parte dos ativos da arrendadora. Por
outro lado, ainda de acordo com os autores, se observarmos a essência da operação, a visão
econômica dos ativos, a arrendatária é quem deveria registrar o ativo em seu patrimônio, pois é
esta quem usufruirá dos benefícios econômicos futuros desses ativos objetos de leasing
(MARTINS; VASCONCELOS; SOUZA, 2008).

Em meio a tal discussão, Hendriksen e Van Breda (1999) afirmam que o Accounting Principles
Board - APB, principal órgão americano responsável pela emissão de pronunciamentos e
princípios contábeis entre 1959 e 1973, tendo como objetivo melhorar o entendimento sobre a
determinação de como os contratos de leasing deveriam ser capitalizados nos balanços dos
arrendatários e arrendadores, publicou o APB 5, em 1964, onde introduziu a classificação dos
contratos em: leasing operacional e leasing financeiro. Sendo esta classificação disseminada até
então.

2.4.Formas de leasing

Existem 3 formas de leasing :

 Financeira

 Operacional

 Leaseback
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Requisitos fundamentais para formação dos contratos – Art. 104 do Código Civil Brasileiro:
“A validade do negócio jurídico requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.”

2.4.1. Leasing operacional

É uma modalidade mais rápida que a citada no tópico anterior – ele tem um tempo mínimo de
contrato de apenas 90 dias. Depois, quando o período vence, é possível realizar a compra do bem
pelo valor de mercado actual.

No leasing operacional, portanto, não há a transferência de riscos e benefícios entre arrendador e


arrendatário, referente à propriedade do ativo, isso porque nessa modalidade, a empresa
arrendadora transfere apenas o direito de uso do bem arrendado, por determinado período, onde
geralmente, no fim do contrato, a arrendatária devolve o bem à arrendadora.

Esse tipo de contrato é semelhante ao de um aluguel. Assim, o bem objeto de leasing continua
registrado no patrimônio da arrendadora e a empresa arrendatária apenas faz a contabilização das
despesas dos pagamentos das parcelas contratadas, ou seja, não há nenhum registro em seu
balanço referente ao bem.

No Leasing Operacional, ou, Operational Lease como conhecido no exterior, não há nenhum
residual. Muitos contratos de Operational Lease são intermediados por instituições financeiras
que através de parcerias com produtores de maquinas ou equipamentos, negociam um leasing
operacional entre o banco e seu cliente. No final, o banco vende o bem novamente ao produtor
da maquina, através de negociação previa.

Considera-se arrendamento mercantil operacional a modalidade em que:

 As contraprestações a serem pagas pela arrendatária (usuário do bem) contemplem o


custo de arrendamento do bem e os serviços inerentes a sua colocação à disposição da
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arrendatária, não podendo o valor presente dos pagamentos ultrapassar 90% (noventa por
cento) do custo do bem;
 O prazo contratual seja inferior a 75% do prazo de vida útil económica do bem;
 O preço para o exercício da opção de compra seja o valor de mercado do bem arrendado;
 Não haja previsão de pagamento de Valor Residual Garantido (VRG) e
 As despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade
do bem arrendado podem ser de responsabilidade da arrendadora ou da arrendatária.

2.4.2. Leasing financeiro

O leasing financeiro é aquele em que há transferência substancial dos riscos e benefícios


inerentes à propriedade de um ativo, por um período de tempo, geralmente equivalente à vida útil
do bem. O título de propriedade pode ou não vir a ser transferido, no entanto, esse contrato prevê
a possível transferência da propriedade do bem ao fim do período acordado, ou seja, essa
operação em sua essência é similar a um financiamento. Com isso, a empresa arrendatária
registar o bem em seu património como activo e a obrigação dos pagamentos das parcelas
acordadas correspondentes no passivo.

O leasing financeiro se diferencia do operacional por inexistência de cláusula de prestação de


serviços. É uma espécie de locação com a opção de devolução ou compra do bem, bem como de
renovação do contrato ao fim dele. Caso a arrendatária resolva comprar o bem, pagará um valor
residual preestabelecido no contrato.

A operação não pode, a princípio, ser cancelada por nenhuma das partes, e o risco de
obsolescência do bem é assumido pelo arrendatário, pois este garante o preço mínimo de revenda
(VRG - Valor Residual Garantido), independente do valor de mercado.

Podem ser objecto de arrendamento bens móveis, de produção nacional ou estrangeira e bens
imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio da arrendatária, segundo
as especificações desta.

para que o arrendamento seja classificado como financeiro, além da característica supracitada
anteriormente, é necessário que não seja cancelável, e atenda no mínimo um dos seguintes
critérios:
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i) O direito de propriedade será transferido ao arrendatário ao final do prazo do


arrendamento, ou quando for exercida uma opção vantajosa de compra;
ii) O prazo do arrendamento corresponde pelo menos 75% da vida útil do ativo, a menos
que o prazo comece dentro dos últimos 25% dessa vida útil; e
iii) No início do contrato, o valor presente dos pagamentos mínimos de arrendamento, seja
igual ou superior a 90% do valor justo da propriedade arrendada para o arrendador
(reduzido por qualquer crédito fiscal por investimento a ser utilizado pelo arrendador).
Tal como ocorre com o segundo critério, esse critério não é relevante caso o prazo do
arrendamento comece dentro dos últimos 25% da vida útil do ativo.

O Leasing financeiro se divide em:

a) leasing mobiliário

Neste tipo de leasing, os bens a serem arrendados são automóveis, computadores, aeronaves,
máquinas, enfim, bens em geral (leasing de bens em geral que tenham movimentação própria ou
possam ser removíveis por forças alheias sem causar danos às suas características).

Participam deste processo o arrendatário que indica o fornecedor, no qual o arrendador


(arrendadora) compra o bem que será pago à vista e o arrenda para uso do próprio arrendatário.

b) leasing imobiliário

Este tipo de arrendamento é caracterizado por uma operação imobiliária onde o futuro
arrendatário deseja arrendar, por exemplo, o imóvel já construído e pronto para o uso, ou até
mesmo o terreno (leasing de bens que não podem ser removidos por forças alheias sem
causarem danos às suas características).

2.4.3. Leaseback

O leaseback, ou leasing de retorno, é a modalidade na qual a arrendatária, sendo proprietária de


um bem, vende-o à arrendadora e esta o aluga àquela. Geralmente ocorre quando uma empresa
necessita de capital de giro. Ela vende seus bens a uma empresa que aluga de volta os mesmos.
Essa modalidade está disponível apenas para arrendatários pessoas jurídicas .
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2.5.Tipos de contrato de Leasing

De acordo com livro de Finanças Empresarias existem dois tipos de contratos de Leasing:

 Rendas Constantes antecipadas

 Rendas Constantes postecipadas

As rendas constantes antecipadas são contratos de leasing em que os valores são pagos no início
de cada período(por exemplo: inicio do mês ou do trimestre). No caso das rendas constantes
postecipadas o s valores são pagos no final de cada período e não no ínicio. A fórmula de cálculo
do valor a pagar difere consoante o tipo de renda.

2.6.Vantagens e Desvantagens do Leasing

Vantagens para os locatários:

 É possível financiar até 100% do bem considerando todos os encargos legais;

 Possibilidade de escolher o equipamento ou imóvel, bem como o fornecedor do mesmo,


negociando descontos de pronto pagamento;

 Rapidez de resposta e processo administrativo simples;

 Facilita a renovação tecnológica, evitando a obsolescência, nos casos de celebração de


contratos por prazos inferiores à vida útil fiscal dos bens;

 Existência de opção de aquisição do equipamento ou imóvel no final do contrato,


mediante o pagamento do valor residual acordado inicialmente;

 Na transacção há a isenção do imposto selo na comissão de abertura e juros do leasing.


Levando em conta que normalmente são mais baratos do que os financiamentos comuns.

Desvantagens para os locatários:

 Não fornece o direito de propriedade, enquanto decorre o contrato. Tal facto poderá
assumir uma situação vantajosa, caso o locatário tenha a intenção de não adquirir o bem,
optando por sua renovação por tecnologia mais recente;

 Penalizações significativas por incumprimentos contratuais, ou por exemplo, por


resolução antecipada do contrato.
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3. Conclusão

Durante a execução deste trabalho chegamos as seguintes conclusões:

 A Locação Financeira, tal como a conhecemos, surgiu nos Estados Unidos da América
ainda no século XIX
 Leasing é um contrato através do qual a arrendadora ou locadora (a empresa que se
dedica à exploração de leasing) adquire um bem escolhido por seu cliente (o arrendatário,
ou locatário) para, em seguida, alugá-lo a este último, por um prazo determinado
 As operações de leasing podem ser definidas como transações celebradas entre o
proprietário de um determinado bem, denominado de arrendador, que concede o uso
desse a um terceiro, conhecido como arrendatário, por um determinado período de tempo,
estipulado num contrato.
 Muitos contratos de Operational Lease são intermediados por instituições financeiras que
através de parcerias com produtores de maquinas ou equipamentos, negociam um leasing
operacional entre o banco e seu cliente
 O leasing financeiro é aquele em que há transferência substancial dos riscos e benefícios
inerentes à propriedade de um ativo, por um período de tempo, geralmente equivalente à
vida útil do bem.
 O leaseback, ou leasing de retorno, é a modalidade na qual a arrendatária, sendo
proprietária de um bem, vende-o à arrendadora e esta o aluga àquela. Geralmente ocorre
quando uma empresa necessita de capital de giro.

Chegado a este momento damos por terminado a execução deste trabalho, esperamos ter
ajudado ao leitor como a informação que fornecemos.
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4. Bibliografia

CORREIA DOS SANTOS (1986), Contrato de locação financeira – Instituições


parabancárias, Coimbra Editora, Ld.ª, Coimbra.

Morais, Fernando Gravato – Manual da locação Financeira, Almedina, Coimbra, 2006

NIYAMA, J. K.; SILVA, C. A. T. Teoria da Contabilidade. Ed. Atlas, São Paulo: 2008.

WOLK, H.; TEARNEY, M.; DODD, J. Accounting Theory: A Conceptual and


Institutional Approach. 5 Edition. South-Western College Publishing, 2008.

Internet:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leasing link acessado dia 3/10/2018 as 18:42

https://trovoacademy.com/dinheiro/leasing-financeiro/ link acessado dia 3/10/2018 as 18:42

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