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Análise das demosntrações

contábeis

Professor MSc. Rubens Rodrigues Fernandes Junior


• Breve currículo:

Bacharel em Ciências Contábeis – UFT (2017)

Mestre em Administração das Organizações – UFG (2020) – com


período sanduíche na UNL (ARG)

Doutorando em Administração das Organizações – UFG (2021-


presente) – com período sanduíche na ASU (EUA)
Tópicos a serem abordados na disciplina
PARTE I – ASPECTOS GERAIS E INTERNOS DA EMPRESA
1. Identificação da Empresa
2. Decisões Financeiras e Objetivo da Empresa
3. Objetivos e Critérios da Análise de Balanços
PARTE II – ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NO BRASIL
4. Balanço Patrimonial
5. Demonstração do Resultado do Exercício
6. Demonstrações de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), Fluxos de Caixa (DFC) e Valor Adicionado (DVA)
PARTE III – INSTRUMENTAL INTERMEDIÁRIO DE ANÁLISE
7. Análise Horizontal e Vertical
8. Alavancagem Operacional e Financeira
9. Estudo dos Ativos e Passivos Não Circulantes
10. Estudo do Ativo Circulante e dos Fluxos de Fundos
11. Indicadores de Liquidez e Ciclo Operacional
Sumário da aula
PARTE I – ASPECTOS GERAIS INTERNOS E EXTERNOS DA EMPRESA
1. Identificação da Empresa
1.1 Interligação entre mercados e agentes
1.1.1 Poupança e financiamento das empresas
1.2 Classificação das empresas
1.2.1 Aspecto econômico
1.2.2 Aspecto administrativo
1.2.3 Aspecto jurídico
1.2.3.1 Empresa individual
1.2.3.2 Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)
1.2.3.3 Microempreendedor Individual (MEI)
1.2.3.4 Empresa societária
1.2.3.5 Microempresas e empresas de pequeno porte
1.2.3.6 Principais regimes tributários
1.2.4 Tipos de sociedades anônimas
1.2.5 Holdings
1.3 Valores mobiliários: ações e debêntures
1.3.1 Partes beneficiárias e bônus de subscrição
1.4 Órgãos representativos das sociedades anônimas
1.4.1 Governança corporativa e comitês de auditoria
1.5 Transformação e concentração de sociedades
1.6 Propriedade e gestão
Tipos de sociedades anônimas
A sociedade anônima pode ser classificada em dois tipos: sociedade anônima de capital aberto
(companhia aberta) e sociedade anônima de capital fechado (companhia fechada).

A sociedade anônima, cujo capital é dividido em ações, será classificada como companhia
aberta na hipótese de ter seus valores mobiliários (ações ou debêntures, basicamente) admitidos
à negociação no Mercado de Valores Mobiliários.

Deve ser notado que a negociação no mercado somente é possível se a companhia tiver
cumprido uma série de exigências, em que se inclui o prévio registro das ações (ou debêntures)
na Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

Ações são títulos representativos de uma parcela do capital social de uma empresa.

Debêntures são títulos de dívidas, contraídas por uma empresa no mercado; o credor desta
dívida é conhecido por “debenturista”.

As ações e debêntures são nominativos e negociáveis no mercado.


Tipos de sociedades anônimas

• As ações podem ser negociadas no mercado primário ou no mercado secundário.

• No mercado primário as ações são negociadas pela primeira vez, e compreendem o


lançamento de novas ações no mercado pela empresa.

• Ao demandar capital para investimentos, uma empresa pode emitir novas ações e
negociá-las, pela primeira vez, no mercado primário.

• Posteriormente a esta colocação inicial, as ações passam a ser negociadas no


mercado secundário, constituído pelas bolsas de valores e mercados de balcão.
Tipos de sociedades anônimas

As operações no mercado secundário podem ocorrer no mercado à vista e no mercado de


derivativos.

• Mercado à vista – os preços são estabelecidos em bolsa de valores de acordo com o


mecanismo de oferta e procura dos investidores, e as ações são entregues e pagas à vista;

• Mercado a termo – modalidade de negociação de derivativos na qual os participantes acordam,


por contrato, a compra ou venda de ativos a um preço determinado no presente, acrescido de
juros ou custos financeiros, e com a liquidação realizada em uma data futura preestabelecida;

• Mercado de opções –mecanismo financeiro no qual o titular da opção tem o direito, mas não a
obrigação, de comprar ou vender um ativo subjacente a um preço especificado até uma certa
data. Existem duas partes nesse mercado: compradores e vendedores;

• Mercado futuro – onde são realizadas operações de compra ou venda de ações para liquidação
financeira e física em uma data futura determinada.
Holdings
• As holdings (ou Controladoras) são sociedades formadas com o intuito de participar do capital de outras sociedades,

geralmente tendo o controle através de cotas ou ações.

• As empresas multinacionais constituem-se, geralmente, em forma de holdings, controlando todos os seus negócios no

mundo através de uma única empresa, de preferência sediada em país com legislação fiscal e societária que lhe seja

mais favorável. Algumas vantagens da constituição de uma holding:

• Controle de grandes negócios através de participações fracionadas no capital das controladas;

• Descentraliza individualmente o controle das entidades exercendo, no entanto, um controle centralizado das mesmas;

• Diante da separação jurídica adotada (a holding é juridicamente independente) os riscos individuais das controladas não

afetam a empresa holding;

• Por manter o controle de várias empresas, assumem maior poder de negociação no mercado (clientes, instituições

financeiras, fornecedores etc.).


Valores mobiliários: ações e debêntures

• Todo valor mobiliário gera ao seu titular algum direito de participação (ou
parceria), devendo seguir as regras, o controle e fiscalização da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).

• Os valores mobiliários são essencialmente as ações e as debêntures. Outros


valores são as cotas de fundos de investimentos, bônus de subscrição, direitos
de subscrição etc.

• As ações constituem-se na menor parcela (fração) do capital social da sociedade


anônima.
Valores mobiliários: ações e debêntures

• As ações podem circular no mercado de capitais de duas formas: nominativa e


escritural.

• A ação nominativa possui um certificado emitido em nome de seu titular,


devendo ser registrado em “Livro de Registro de Ações Nominativas”.

• A ação escritural não prevê a emissão de certificado (ou cautela), ou seja, não
existe movimentação física de papéis.

• As ações são registradas (escrituradas) por uma instituição financeira, que se


responsabiliza pelos pagamentos e transferências a crédito ou a débito dos
acionistas.
Valores mobiliários: ações e debêntures
• As ações podem ser classificadas, de acordo com a natureza dos direitos e vantagens que conferem a seus titulares, em três

espécies: ordinárias, preferenciais e de fruição ou gozo. As ações são sempre nominativas.

• As ações ordinárias apresentam como principal característica o direito de voto, nas deliberações da assembleia geral, podendo,

assim, essa espécie de acionista influir nas diversas decisões de uma empresa.

• As ações preferenciais apresentam as seguintes principais preferências ou vantagens:

a) preferência no recebimento de dividendos, devendo isso ocorrer antes dos acionistas ordinários, ficando eles na dependência de

saldo;

b) vantagem no recebimento dos dividendos, com a fixação de um dividendo mínimo obrigatório ou fixo (caso bastante raro nas

empresas brasileiras);

c) preferência no reembolso do capital em caso de liquidação da sociedade;

d) direito ao recebimento de dividendo pelo menos 10% maior que o atribuído à ação ordinária;

e) acumulação das vantagens e preferências enumeradas.


Valores mobiliários: ações e debêntures
• As vantagens dos investidores na aquisição de ações podem ser definidas em quatro itens:
• Dividendos: é uma parte dos resultados da empresa, determinada em cada exercício social e distribuída aos acionistas sob a forma

de dinheiro. Todo acionista tem o direito de receber, no mínimo, o dividendo obrigatório fixado em lei.

• Bonificação: é a emissão e distribuição gratuita aos acionistas, em quantidade proporcional à participação de capital, de novas

ações emitidas em função do aumento de capital efetuado por meio da incorporação de suas reservas.

• Valorização: os subscritores de capital poderão ainda beneficiar-se das valorizações de suas ações no mercado, ganho este que

dependerá do preço de compra, da quantidade de ações emitidas, da conjuntura do mercado no momento e do desempenho

econômico-financeiro da empresa.

• Direito de Subscrição: como os atuais acionistas da empresa gozam do direito de serem previamente consultados em todo

aumento de capital, esse direito pode também constituir-se em outro tipo de remuneração aos investidores.
Valores mobiliários: ações e debêntures
• As debêntures são títulos de crédito emitidos por sociedades anônimas e representativos de uma dívida da empresa
contraída diretamente junto a investidores de mercado.

• Este título tem por garantia os ativos da empresa e são contabilmente classificados como passivo exigível.

• Da mesma forma que as ações, as operações com debêntures são normatizadas pela Comissão de Valores Mobiliários
– CVM.

• As debêntures são livremente negociadas no mercado de capitais, no denominado mercado secundário de títulos de
renda fixa.

• Os recursos captados pela emissão de debêntures são destinados a financiar projetos de investimentos da empresa,
reforçar seu capital de giro ou promover a reestruturação de seu passivo.
Valores mobiliários: ações e debêntures
• Suas principais vantagens são os custos geralmente menores que outras formas de empréstimos bancários, possibilidade de
maiores volumes de captação e alongamento do prazo da dívida. Os atuais acionistas da companhia têm prioridade de compra
no lançamento das debêntures com cláusula de conversibilidade em ações.

• A principal diferença entre ações e debêntures é que as ações oferecem a participação do investidor no capital social da
sociedade, e as debêntures são títulos (obrigações) de dívidas que devem ser resgatadas quando de seu vencimento.

• As debêntures remuneram seus titulares com juros fixos ou variáveis e atualização monetária. Os juros são pagos
periodicamente (a cada trimestre, por exemplo), e a atualização monetária costuma ser desembolsada com a amortização do
título, em seu vencimento.

• Existe a possibilidade ainda de se emitir debêntures que concedem aos seus titulares participação nos resultados da empresa.
Partes beneficiárias e bônus de subscrição
• Partes beneficiárias são títulos emitidos sem valor nominal e de forma independente
do capital social da companhia. Estes papéis podem ser negociados no mercado ou
cedidos gratuitamente a partes interessadas, como acionistas, sócios fundadores da
sociedade, empregados, entre outros. Estes títulos são cedidos por decisão da
assembleia de acionistas e de acordo com o previsto em seus estatutos.

• As companhias abertas brasileiras, ainda de acordo com a legislação societária, não


podem emitir partes beneficiárias, restringindo a emissão desses títulos somente às
companhias fechadas.

• O prazo de duração deste títulos é estabelecido pelo estatuto social da sociedade e,


sempre que for estipulado um resgate para as partes beneficiárias, deverá ser criada
uma reserva especial para esse fim.
Partes beneficiárias e bônus de subscrição
• Os Bônus de Subscrição são papéis emitidos por sociedades por ações e
negociáveis no mercado de valores mobiliários. Os bônus conferem aos seus
titulares, de acordo com as condições constantes em seu certificado, o direito de
subscrever, pelo valor de emissão, ações da companhia oferecidas quando do
aumento de seu capital social.

• É importante ressaltar que os acionistas de uma companhia apresentam


preferência para subscrever as novas emissões de bônus, sendo este direito
válido por um determinado período.

• Ao não desejar exercer este direito o acionista pode vender no prazo previsto
para a subscrição. Não ocorrendo qualquer manifestação para venda ou
exercício da subscrição no período, o direito do bônus é extinto.
Órgãos representativos das sociedades anônimas
• Para o perfeito funcionamento e equilíbrio da sociedade anônima, são estabelecidos órgãos representativos em
sua estrutura de funcionamento interno, cabendo a cada um deles funções específicas. Os órgãos
representativos previstos por nossa legislação são: assembleia geral, conselho de administração, diretoria e
conselho fiscal. A assembleia geral é o órgão máximo representativo dos acionistas da empresa. Conhecida
como o poder legislativo da sociedade anônima, quando convocada tem poderes para decidir todos os negócios
relativos ao objeto da companhia e tomar as resoluções que achar convenientes a sua defesa e
desenvolvimento. São de competência privativa da assembleia geral de acionistas, entre outras resoluções:
reformar o estatuto social; autorizar a emissão de debêntures e partes beneficiárias; deliberar sobre as
demonstrações financeiras apresentadas pelos administradores da companhia; deliberar sobre a destinação do
lucro líquido produzido no exercício e a distribuição de dividendos; autorizar os administradores a confessar
falência e pedir concordata etc.; deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia.
Órgãos representativos das sociedades anônimas
• Para o perfeito funcionamento e equilíbrio da sociedade anônima, são estabelecidos órgãos representativos em
sua estrutura de funcionamento interno, cabendo a cada um deles funções específicas.

• Os órgãos representativos previstos por nossa legislação são: assembleia geral, conselho de administração,
diretoria e conselho fiscal.

• A Assembleia Geral (AG) poderá ser considerada Ordinária (AGO) ou Extraordinária (AGE).
Órgãos representativos das sociedades anônimas
• A assembleia geral é o órgão máximo representativo dos acionistas da empresa. Conhecida como o poder
legislativo da sociedade anônima, quando convocada tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao
objeto da companhia e tomar as resoluções que achar convenientes a sua defesa e desenvolvimento.

• São de competência privativa da assembleia geral de acionistas, entre outras resoluções:


a) reformar o estatuto social;
b) autorizar a emissão de debêntures e partes beneficiárias;
c) deliberar sobre as demonstrações financeiras apresentadas pelos administradores da companhia;
d) deliberar sobre a destinação do lucro líquido produzido no exercício e a distribuição de dividendos;
e) autorizar os administradores a confessar falência e pedir concordata etc.;
f) deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia.
Órgãos representativos das sociedades anônimas
• A diretoria, considerada o órgão executivo e de representação da companhia, será composta por dois ou mais
diretores, acionistas ou não, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo conselho de administração, ou, se
inexistente, pela assembleia geral.
• O número máximo de diretores, sua eleição e forma de substituição, o prazo de gestão e as atribuições e poderes de
cada um são estabelecidos pelo estatuto da empresa.

• O conselho de administração pode ser entendido como um órgão de deliberação privativo dos diretores, sendo
obrigatória sua constituição nas companhias de capital aberto e nas de capital autorizado.

• Por sociedades de capital autorizado entendem-se aquelas que possuem, em seu estatuto social, a devida autorização
para elevar o capital até certo limite (capital autorizado), sem a necessidade de convocação frequente da assembleia
geral.
Órgãos representativos das sociedades anônimas
Compete, entre outras deliberações, ao conselho de administração:

a) fixar a orientação geral dos negócios da companhia;

b) eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições;

c) fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da companhia, solicitar informações
sobre contratos celebrados e em vias de celebração;

d) escolher e destituir os auditores independentes, no caso de existirem;

e) manifestar-se sobre o relatório da administração e as contas da diretoria;


Órgãos representativos das sociedades anônimas
• O conselho fiscal é o órgão fiscalizador da sociedade, mais especificamente dos atos praticados pelo conselho
de administração e diretoria. É composto por no mínimo três e, no máximo, cinco membros, e suplentes em
igual número, acionistas ou não, eleitos pela assembleia geral da sociedade.

• Compete basicamente ao conselho fiscal:


a) fiscalizar os atos dos administradores da empresa;
b) opinar sobre o relatório anual da administração, opinar sobre propostas relativas à modificação do capital
social, emissão de debêntures, distribuição de dividendos, plano de investimento de capital, transformação,
incorporação, fusão ou cisão etc. a serem submetidos à assembleia geral;
c) denunciar os erros, fraudes ou crimes que descobrirem; analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e
demais demonstrações financeiras elaboradas pela companhia periodicamente; examinar e opinar sobre as
demonstrações financeiras do exercício social etc.
Governança corporativa e comitês de auditoria
• Governança Corporativa é um sistema de valores que rege as empresas, tanto em suas relações internas como externas. A Governança

Corporativa está voltada basicamente a dois grandes objetivos: (1) otimizar o desempenho da empresa; (2) atender, da melhor

forma, as expectativas de todas as partes interessadas, os stakeholders.

• Um dos pilares da Governança Corporativa é a criação de Comitês voltados a controlar as diversas áreas de atuação da empresa.

• Uma dessas áreas mais sensíveis selecionada é a de Auditoria, que recebe grande importância pela sua responsabilidade na qualidade

das informações econômicas e financeiras refletidas nas demonstrações contábeis das empresas.

• A função essencial do Comitê de Auditoria é controlar a Contabilidade, os procedimentos de elaboração dos demonstrativos

contábeis e a auditoria realizada, tendo sempre por objetivo a transparência das informações e dos atos praticados pela sociedade.
Transformação e concentração de sociedades
• De acordo com nossa Lei das Sociedades por Ações, a transformação é a operação pela
qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para
outro, ou seja, uma alteração do tipo societário. Por exemplo: transformação de uma
companhia limitada em sociedade anônima.

• Uma forma de transformação prevista em nossa legislação é a cisão.

• Cisão é uma operação pela qual uma companhia transfere parte ou a totalidade de seu
capital (patrimônio) para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já
existentes.

• O processo de cisão pode ser parcial, em que somente parte do capital é transferido, ou
total, identificado com a transferência de todo o patrimônio.
Transformação e concentração de sociedades
• Fusão é uma operação pela qual se unem duas ou mais sociedades, as quais,
através de objetivos comuns, formarão nova sociedade que as sucederá em
todos os direitos e obrigações.

• Ao contrário da transformação, para que ocorra a fusão deve haver o


desaparecimento das sociedades envolvidas na operação, da qual se constituirá
uma única empresa societária, com personalidade jurídica distinta, e atuando
sob uma mesma administração.

• Uma fusão pode também ser realizada sem a extinção das empresas envolvidas.
Nesses casos, é criada uma empresa holding.
Transformação e concentração de sociedades
• Incorporação é a absorção de uma ou mais sociedades por outra, que as sucede em todos os direitos e obrigações.
Em outras palavras, incorporação é uma operação em que uma ou mais sociedades, denominadas “incorporadas”,
unem-se em torno de outra sociedade, definida como “incorporadora”. Nesse caso, somente a sociedade (ou
sociedades) incorporada se dissolve, passando a integrar o ativo e o passivo da incorporadora.

• A forma de concentração por meio de consórcio ocorre quando sociedades, sob o mesmo controle ou não, decidem
unir-se visando executar determinado empreendimento.

• No consórcio, as empresas integrantes da operação (consorciadas) não perdem sua personalidade jurídica e
autonomia administrativa.
Transformação e concentração de sociedades
• De acordo com a lei vigente das sociedades por ações são coligadas as sociedades quando uma participa com 10%,
ou mais, do capital da outra, sem apresentar com essa participação o poder de controle.

• Por outro lado, a legislação considera controlada a sociedade na qual a controladora, de forma direta ou por meio de
outras controladas, possua participação no capital que lhe assegure, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

• A sociedade controladora e suas controladas podem constituir, segundo o previsto na legislação, grupo de
sociedades, mediante convenção pela qual se obriguem a combinar recursos ou esforços para a realização dos
respectivos objetivos, ou a participar de atividades ou empreendimentos comuns.

• Apesar de os critérios de estrutura administrativa, controle e coordenação estarem afeitos ao estabelecido


formalmente na convenção do grupo, cada sociedade integrante conservará personalidade e patrimônio distintos.
FIM!

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