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MOMENTO REVIEW

Dados de identificação do acadêmico:

Aluno(a): Flávia Marciana Bujes


Disciplina: Contabilidade Avançada
Curso: Contabilidade

Objetivo dessa atividade é reler as informações apresentadas nas unidades da disciplina, fazer as anotações, reescrever e sintetizar o
conteúdo. Os acadêmicos podem compartilhar as ideias com os colegas, porém é necessário que cada um faça a sua escrita individual
de forma compreensível, sem cópia fiel dos colegas e sem plágio.
Ressaltando que, de acordo com a Lei nº 9.610/98, a qual trata da violação dos direitos aurorais, plágio é crime, sujeito a pagamento de
multa ou reclusão de até quatro anos, dependendo da extensão e da forma como o direito do autor foi violado.
Critérios de avaliação do review:
- Qualidade do texto escrito, sem erros ortográficos.
- Resumo do tópico deve fazer sentido com o conteúdo tradado em sala de aula e, apresentado nas unidades de ensino da disciplina.
- Resumo dos tópicos não devem apresentar plágio, ou seja, textos copiados sem referências, é necessário que o texto seja
desenvolvido de acordo com o seu entendimento.
- Cada tópico deve ser desenvolvido em no mínimo 5 e no máximo 10 linhas, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12.
- Apresentar resumo de TODOS os tópicos relacionados no momento review, visto que cada tópico corretamente apresentado
corresponde a 0,5 pontos.
Conteúdo da prova Resumo
Tópicos
Tópicos Review – 1º Semana
Passivo a descoberto. . O uso da palavra “passivo a descoberto” significa que o ativo não poderá cobrir o passivo. A situação de uma
empresa possuir passivo a descoberto não é muito comum, no entanto, pode ocorrer. É possível afirmar que,
mesmo apresentando uma situação desfavorável, a empresa poderá continuar desenvolvendo suas atividades.
Entretanto, se continuar nas mesmas condições por um período mais extenso, ela terá muitas dificuldades, o
que poderá resultar no seu fechamento.
Estrutura patrimonial. A estrutura do patrimônio líquido está definida na legislação, conforme Lei nº. 6.404, de 15 de dezembro de
1976, art. 182, que define o seguinte: a conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por
dedução, a parcela ainda não realizada. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que
registrarem: a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social,
inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; b) o produto da alienação de
partes beneficiárias e bônus de subscrição; c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº. 11.638, de 28 de
dezembro de 2007, revogada pela mesma lei) d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº. 11.638/07, revogada
pela mesma lei) 124 Patrimônio líquido § 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da
correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado. § 3º Serão classificadas como ajustes de
avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídas a elementos do ativo e do
passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou em normas expedidas
pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3º do art. 177 desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº. 11.941, de 27 de maio de 2009). § 4º Serão classificados como reservas de lucros as
contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. § 5º As ações em tesouraria deverão ser
destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição (BRASIL, 1976). Inseridos no patrimônio líquido estão o capital próprio e as reservas
de capital, assim como os ajustes de avaliações patrimoniais, as ações ou quotas em tesouraria e os prejuízos
acumulados. A composição do patrimônio líquido pode ser explicada de modo prático da seguinte forma:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = CAPITAL = RESERVAS +/– AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL – PREJUÍZOS
ACUMULADOS – AÇÕES OU QUOTAS EM TESOURARIA Se o resultado do somatório da equação citada
apresentar saldo negativo, ou seja, saldo devedor do patrimônio líquido negativo, existe passivo a descoberto:
a empresa possivelmente não conseguirá cumprir com as obrigações que possui com terceiros. A equação
passivo (capital de terceiros) + patrimônio líquido (capital próprio) aponta a origem dos capitais ou recursos de
terceiros. O patrimônio líquido representa o resultado líquido do somatório dos bens, direitos e obrigações
que a empresa possui, sendo apresentado por: BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES
Capital social, Reservas de O capital social corresponde a uma fração do capital subscrito descontado da fração do capital que ainda não
Lucro e Ações em tesouraria. foi integralizado, sendo este denominado de capital a realizar ou a integralizar. As reservas de capital são
formadas mediante recursos adquiridos pela organização e que não estão ligados à constituição do lucro do
exercício. As reservas de capital podem ser decorrentes do ágio na emissão de ações, alienação de partes
beneficiárias e de bônus de subscrição. Essas reservas podem ser usadas apenas para absorção de prejuízos,
isso quando o prejuízo não puder ser captado por intermédio das reservas de lucro; resgate, reembolso ou
compra de ações; pagamento de dividendos a ações preferenciais, resgate de partes beneficiárias;
incorporação ao capital, assim, quando esse benefício lhe for garantido. A conta de ações em
tesouraria apresenta a contabilização do valor das ações da organização, obtida pela própria organização. É
importante saber que ela se refere a uma conta redutora do patrimônio líquido.
Ágio na emissão de ações.
Conforme art. 182, § 1º, a da Lei nº 6.404/1976 (BRASIL, 1976), serão classificadas como reservas de capital as
contas que registrarem a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do
preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital
social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias. Assim, quando uma
companhia aumenta seu capital, emitindo novas ações, ela pode vendê-las ao público por seu valor nominal
(ou pelo preço fixado na emissão), ou com um lucro, isto é, com um excedente. Esse lucro excedente é
chamado de ágio. A contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal será considerada
como uma reserva de capital, com o título de Ágio na Emissão de Ações.

Reserva estatutária, reserva Reserva estatutária (art. 194): são constituídas por determinação do estatuto da companhia, como destinação
legal e reserva de de uma parcela dos lucros do exercício. Para cada reserva estatutária, todavia, terá que constar no estatuto a
contingencia. finalidade e os critérios para determinar a parcela anual de lucro líquido a ser utilizada e estabelecer seu limite
máximo.
Reserva legal (art. 193): deverá ser constituída com a destinação de 5% do lucro líquido do exercício. Será
constituída obrigatoriamente, pela companhia, até que seu valor atinja 20% do capital social realizado, quando
então deixará de ser acrescida; ou poderá, a critério da companhia, deixar de receber créditos, quando o saldo
dessa reserva, somado ao montante das reservas de capital, atingir 30% do capital 8 Capital social e reservas
de capital social. A utilização da reserva legal está restrita à compensação de prejuízos e ao aumento do capital
social. Essa incorporação ao capital pode ser feita a qualquer momento a critério da companhia. Conforme o
art. 189 da Lei nº 6.404/1976, a compensação de prejuízos ocorrerá, obrigatoriamente, quando ainda houver
saldo de prejuízos, após terem sido absorvidos os saldos de lucros acumulados e das demais reservas de
lucros.
Reservas para contingências (art. 195): objetivam, por precaução ou prudência, segregar parcela dos lucros já
existentes para cobrir expectativa de perdas ou prejuízos ainda não incorridos, mas passíveis de antevisão. A
destinação de lucros para a constituição dessa reserva é opcional. Por exemplo, no caso de uma empresa
agroindustrial seria a previsão de perdas com geadas e secas.
Aquisição e resgate de ações Quando a companhia realiza aquisição de ações para manutenção em tesouraria, a aquisição é contabilizada
em tesouraria. da forma abaixo, pelo valor da transação, independentemente do valor nominal, patrimonial ou cotação de
mercado das ações:
Quando a companhia adquire suas próprias ações com o intuito de retirá-las definitivamente de circulação,
reduzindo ou não o valor do capital social, essa operação denomina-se resgate de ações. Destacamos que, se
as ações possuírem certo valor nominal e o montante do capital social não for alterado, é necessário fixar um
novo valor para as ações que continuam em circulação. É importante salientar que, salvo disposição em
contrário do estatuto social, o resgate de ações de uma ou mais classes só será efetuado se, em assembleia
especial convocada para deliberar essa matéria específica, for aprovado por acionistas que representem, no
mínimo, a metade das ações da(s) classe(s) atingida(s) (BRASIL, 1976).
Tópicos Review – 2º Semana
Distribuição de dividendos. Para início de conversa, o objetivo de toda empresa da categoria de sociedades anônimas, seja ela de capital
aberto ou fechado, é gerar lucros com o intuito de expandir o seu negócio e remunerar seus
acionistas/investidores. Considerando as empresas de capital aberto (que correspondem às que transacionam
ações na bolsa de valores), a forma de remuneração dos acionistas é justamente a distribuição de dividendos.
Os dividendos podem funcionar como uma estratégia para atrair investidores no mercado de capitais, já que
são uma remuneração sobre o capital investido. Ou seja, quando o investidor compra ações de uma
determinada empresa na bolsa de valores, ele se torna acionista e terá direito de receber dividendos
proporcionais ao número de ações adquiridas. Os investidores costumam observar se a empresa é uma boa
pagadora de dividendos quando decidem adquirir suas ações, pois é uma forma de obter uma fonte de renda
passiva e atrativa, o que é um dos principais objetivos de quem investe no mercado financeiro. A distribuição
de dividendos atrativos, ou seja, maior que o mínimo estabelecido no estatuto da empresa ou na Lei nº
6.404/1976, é uma prática comum entre empresas sólidas e que estejam entre as maiores dos seus
seguimentos. Estudaremos as regras para a distribuição do dividendo para as sociedades anônimas no
decorrer deste capítulo. A bolsa de valores brasileira, chamada de B3 (Brasil, bolsa e balcão)
Calculo dos dividendos Dividendo mínimo: O dividendo mínimo possibilita aos seus beneficiários participação nos lucros
obrigatórios e não remanescentes a serem distribuídos em igualdade de condições das ações preferenciais com as ações
obrigatórios. ordinárias, depois de ser assegurado dividendo igual ao mínimo estabelecido (art. 17, § 4º);
Dividendo fixo: O dividendo fixo não possibilita aos seus beneficiários participação em lucros remanescentes,
ou seja, aqueles que excederem as destinações legais de lucro a serem distribuídos (art. 17, § 4º);
Dividendo obrigatório: É uma forma impositiva que o legislador encontrou para impelir aquelas companhias
que possuíssem estatutos omissos na fixação de parcela de lucros a ser distribuída para tal fim. A regra do
dividendo obrigatório está prevista na Lei nº 6.404/1976, art. 202, o qual estabelece que os acionistas têm
direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no
estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as normas descritas na referida Lei,
que é a metade do lucro líquido diminuído ou acrescido da destinação de reservas de lucros e de contingências
(artigo 202 – inciso I). Segundo Gelbcke et al., (2010), pode parecer que os dividendos obrigatórios
prejudiquem o pagamento do dividendo fixo ou do mínimo. Em verdade, o acionista que faça jus a ambos
(mínimo e obrigatório ou fixo e obrigatório) deve recebê-los sem prejuízo, obviamente caso haja lucro
suficiente para tal, e nas situações em que não haja postergação, redução ou não pagamento Dividendos 7 do
dividendo obrigatório. Por vezes, o dividendo fixo ou mínimo pode ficar “por dentro” do dividendo obrigatório
(quando o dividendo obrigatório for maior que o fixo ou o mínimo), e o contrário também pode ocorrer. Nesse
caso, o dividendo obrigatório pode ficar “por dentro” do dividendo fixo ou mínimo (quando ocorrer o inverso,
estes últimos sendo maiores que aquele).
Os dividendos obrigatórios correspondem ao percentual do lucro que os sócios têm direito a receber ao
término do exercício social. O artigo 109 da Lei nº 6.404/1976 estabelece que nem o estatuto social nem a
assembleia geral poderão privar os acionistas dos direitos de participar dos lucros da empresa (BRASIL, 1976).
Como já vimos, o artigo 202 da Lei nº 6.404/1976 estabelece que os acionistas têm direito a receber como
dividendo obrigatório, a cada exercício social, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for
omisso, a metade do lucro líquido ajustado, conforme estabelece o inciso I do artigo 202 da referida lei
(BRASIL, 1976). Portanto, o percentual dos dividendos obrigatórios é definido no estatuto social da empresa,
mas, em caso de omissão do percentual de distribuição no estatuto, deverá ser observado o que define a Lei
nº 6.404/1976. A companhia deve realizar assembleia geral até o dia 30 de abril de cada ano, na qual será feita
deliberação acerca da destinação dos resultados do exercício social finalizado antes desta data. Essas decisões
sobre a destinação dos resultados da empresa são conhecidas como política de dividendos. A assembleia
delibera sobre a destinação das reservas, bem como sobre a forma de distribuição dos dividendos para os
acionistas. Segundo o artigo 132 da Lei nº 6.404/1976, anualmente, nos quatro primeiros meses seguintes ao
término do exercício social, deverá haver uma assembleia geral para (BRASIL, 1976): tomar as contas dos
administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras; deliberar sobre a destinação do
lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos. 10 Dividendos A lei das SAs ainda determina que do
resultado do exercício sejam deduzidos os prejuízos acumulados dos exercícios anteriores e que seja também
constituída uma provisão para o IRPJ e a CSLL. Após essas deduções, do que restar devem ser retiradas as
participações estatutárias. O valor apurado após essas operações denomina-se lucro líquido do exercício. O
estatuto social normalmente estabelece que um percentual sobre o lucro líquido ajustado seja distribuído
como dividendos obrigatórios. No entanto, caso o estatuto seja omisso sobre o percentual a ser distribuído, a
empresa deverá respeitar o previsto na Lei nº 6.404/1976, a qual define que a administração deverá propor,
na data do balanço, a destinação do resultado de no mínimo 50% do lucro ajustado (BRASIL, 1976). O lucro
líquido ajustado é a quantia correspondente ao lucro líquido do exercício menos os valores destinados à
reserva legal determinada por pela Lei da SAs (5% do lucro) e às reservas de contingência, que são as
destinações do lucro para imprevistos que possam ocorrer, e mais a incorporação da reserva de contingência
não usada no período.
Ações ordinárias e
preferenciais. Ações ordinárias (ON) são aquelas que conferem direito a voto e participação nas decisões da
companhia. Na Bolsa, são as com o final 3, como: VALE3, RENT3, WEGE3. Já as preferenciais (PN)
são as que têm preferência no recebimento de proventos, mas não dão direito ao voto. Exemplos:
ITUB4, GGBR4, PETR4.

Conceito e finalidade da O ônus financeiro sobre as contas do patrimônio líquido da empresa é separado dentro do passivo e destinado
remuneração de Juros sobre ao passivo não circulante, denominado de remuneração do capital próprio. A empresa precisa ter um
Capital Próprio – JCP. planejamento tributário que inclua as melhores opções, buscando uma economia financeira favorável às suas
condições. A remuneração do capital próprio em conformidade com a legislação proporciona uma economia
tributária para a empresa, propiciando vantagens e não oferecendo riscos. As vantagens podem ser usadas na
operação da organização ou no recebimento dos dividendos. Porém, a tributação que resulta dos 74
Contabilidade avançada juros de capital próprio é inferior à que é calculada em relação aos dividendos
posteriores ao ajuste do lucro. Os juros sobre o capital próprio representam uma quantia paga pela
organização aos acionistas, proprietários ou sócios. Isso ocorre mediante remuneração do investimento
aplicado por eles na constituição do capital social da empresa. Os rendimentos recebidos pelo retorno dos
investimentos aplicados no capital social são denominados dividendos. Eles são originados da apuração de
lucros no encerramento de cada período. Os períodos podem ser mensais, trimestrais, semestrais ou anuais.
Capitalização dos juros de A Lei 9.249/1995 possibilitou que os juros sobre o capital próprio pudessem ser integralizados no capital social
capital próprio. da empresa, ou ainda que pertencessem à reserva de capital. Isso assegurou a sua dedução para fins do lucro.
Essa transação é permitida desde que o pagamento do imposto direto na fonte seja de responsabilidade da
pessoa jurídica. Outro critério é que ele seja direcionado ao capital social pelo valor líquido. Aqui, você deve
considerar que isso ocorreria no momento da integralização. A Lei 9.430/1996 revogou esse dispositivo. Ela fez
com que as despesas financeiras destinadas ao capital social fossem consideradas indedutíveis para fins de
contribuição social e imposto de renda para as empresas optantes do lucro real. De acordo com Costa (2012),
é preciso analisar os métodos e conceitos definidos pelas normas internacionais. Isso ocorre porque, antes da
adesão às normas, era exigida a eliminação da reserva de reavaliação da base de cálculo, além da existência da
reserva de lucros e dos lucros acumulados. A quantia que corresponder a juros pagos ou creditados e for
referente à remuneração de capital próprio poderá ser atribuída ao valor correspondente Juros sobre o capital
próprio 75 aos dividendos. Assim, não há prejuízo em relação ao pagamento de imposto de renda na fonte e à
dedução dos juros oriundos na base de cálculo para IRPJ e CSLL (NEVES; VICECONTI, 2007). A variação do
patrimônio líquido pode ocorrer em decorrência da incorporação do resultado do exercício anterior. Ela ainda
pode corresponder à integralização ou retirada de capital. Quando essas alterações no patrimônio líquido da
pessoa jurídica ocorrerem e esta estiver realizando o crédito em relação aos juros de capital próprio aos seus
investidores, você precisa considerar a base na alteração pro rata da TJLP, ou seja, por dia
Participações estatutárias, participações estatutárias as partes do lucro gerado que podem ser destinadas a alguns participantes da
participação de empregados, sociedade, conforme prevê o seu estatuto.
participação de Empregado é todo indivíduo que presta serviços não temporários ao empregador. Os empregados podem
administradores e receber verbas extras, denominadas participação no lucro da companhia, sendo limitadas ao percentual que o
participação de partes estatuto da empresa estabelecer, e poderão ser recebidas em dinheiro, conforme a previsão do estatuto da
beneficiárias. empresa. Existe também outra forma de participação aos empregados nas sociedades por ações — a
distribuição de ações, que pode ser utilizada como estratégia para reter profissionais de alto desempenho e
aumentar o engajamento ao proporcionar aos colaboradores a possibilidade de possuírem parte do negócio. O
método de distribuição de ações também deve ser especificado no estatuto social, que é o documento
assinado no momento da constituição de uma empresa.
Administrador é aquele que pratica, com habitualidade, atos privativos de gerência ou administração de
negócios da empresa, mediante delegação ou designação outorgada por assembleia, pela diretoria ou por
diretor. Dessa forma, o administrador é a pessoa com poderes para gerir e administrar a sociedade e tratar dos
seus negócios e interesses. Para além dos princípios gerais de responsabilidade civil previstos no Código Civil,
os administradores estão sujeitos a regras específicas decorrentes da sua função. Para pessoas jurídicas, essas
regras estão previstas 4 Participações estatutárias na Lei nº 6.404/76 (BRASIL, 1976). As atribuições inerentes
ao cargo de administrador compreendem obrigações que se aplicam no desempenho de suas funções, como o
dever de zelo (Art. 153); objetivos sociais (Art. 154); lealdade (Art. 155); a convergência de interesses (Art.
156); e a comunicação adequada de informações (Art. 157) (BRASIL, 1976). A regra geral prevista no Art. 158
da Lei nº 6.404/76 dispõe que o administrador não é pessoalmente responsável pelas atividades que exercer
no exercício regular da administração, desde que sejam consideradas atividades da sociedade e, portanto, a
ele imputável. No entanto, responde pessoalmente em duas ocasiões: quando atua dentro de sua autoridade,
com culpa ou dolo; ou por fraude ou mesmo em caso de violação das leis e regulamentos (BRASIL, 1976). Desta
forma, a participação estatutária dos administradores prevista na Lei nº 6.404/76, nos Art. 152, 190 e 201,
garante aos administradores o direito ao recebimento da participação no lucro, desde que (BRASIL, 1976): a)
tenha ocorrido lucro no exercício; b) os dividendos tenham sido pagos aos acionistas, em percentual mínimo
de 25% do lucro líquido; c) esteja previsto nos estatutos; d) ocorra a aprovação pelo Conselho de
Administração para pagar a participação no lucro aos administradores.
As partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal, que uma organização concede, a qualquer
tempo, conferindo aos seus titulares o direito de crédito eventual contra a organização, consistente na
participação nos lucros anuais. É importante ressaltar que no Art. 46 da Lei nº 6.404/76: a) a participação
atribuída às partes beneficiárias não deverá ultrapassar 10% (dez por cento) dos lucros; b) é proibido conferir
qualquer direito de acionista, exceto o de fiscalização; c) é proibida a criação de mais de uma classe ou série de
partes beneficiárias. Assim, as partes beneficiárias deverão estar inseridas e suas condições determinadas pelo
estatuto ou pela assembleia-geral da companhia de caParticipações estatutárias 5 pital fechado, ressaltando-
se que é desautorizado às companhias abertas emitirem partes beneficiárias. O estatuto deverá, conforme o
Art. 47 e 48 da Lei nº 6.404/76: a) conter prazo de duração das partes beneficiárias (está deverá ser limitada),
não excedendo 10 (dez) anos; b) prever a conversão das partes beneficiárias em ações; c) ter direito de
preferência no resgate ou conversão. Todas essas condições são atribuídas e fixadas no estatuto da
organização ou na assembleia geral de acionistas. As partes beneficiárias são, na maioria das vezes, concedidas
aos fundadores da empresa, acionistas ou terceiros a título de remuneração pelos serviços prestados pela
sociedade.
Demonstração das mutações A DMPL é uma demonstração financeira facultativa, segundo o art. 186, § 2º da Lei nº. 6.404, de 15 de
do patrimônio líquido. dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações) (BRASIL, 1976), que evidencia as variações ocorridas nas
contas que compõem o patrimônio líquido (PL), e não apenas na conta de lucros e prejuízos acumulados. É,
por isso, mais completa, em termos de informação, do que a DLPA, já que esta última é parte da DMPL. A Lei
das Sociedades por Ações aceita ambas, embora a DMPL seja mais completa, tendo lucros ou prejuízos
acumulados como uma de suas colunas, enquanto que a DLPA demonstra apenas a movimentação da conta de
lucros ou prejuízos acumulados (GELBCKE et al., 2018).
Tópicos Review – 3º Semana
Demonstração de resultados Considerando as variáveis que influenciam a tomada de decisão, as demonstrações contábeis agem como uma
abrangentes. importante ferramenta capaz de oferecer informações estratégicas aos usuários. Nesse sentido, o
Pronunciamento Técnico CPC 26 R1 considera que as demonstrações contábeis devem fornecer informações
para atender as necessidades dos usuários externos que não se encontram em condições de requerer
relatórios específicos para atender às suas necessidades particulares, ou seja, as demonstrações contábeis
devem apresentar com fidedignidade a situação patrimonial, financeira e de desempenho de uma entidade,
auxiliando na tomada de decisões (FERREIRA; LEMES; LEMES, 2015).
Demonstração do fluxo de Existem dois métodos para elaboração da DFC: direto e indireto. No método direto, a contabilidade utiliza as
caixa – Método direto e movimentações financeiras para demonstrar o caixa gerado ou consumido em determinado período. No
indireto. método indireto, inicia-se a partir do lucro contábil, que é então ajustado para evidenciar o efeito de caixa
ocorrido. É importante ressaltar que somente o fluxo de caixa das atividades operacionais é tratado de
maneira diferente quando há elaboração pelos métodos direto e indireto.

Atividade operacional, As atividades são influenciadas por transações ocorridas no balanço patrimonial. As atividades operacionais
atividade de investimento e estão relacionadas ao ativo circulante e ao passivo circulante. As atividades de investimento estão ligadas ao
financiamento. ativo não circulante (realizável a longo prazo, investimento, imobilizado e intangível), e as atividades de
financiamento são relacionadas ao passivo não circulante e ao patrimônio líquido.
Distribuição de riquezas da Inicialmente, será delimitada a distribuição da riqueza gerada em quatro “grupos de destinatários”,
DVA. apresentados a seguir.
1. Pessoal: são os valores destinados aos colaboradores da entidade, reconhecidos no resultado da empresa na
forma de remuneração direta, benefícios e FGTS pagos aos funcionários. Neste grupo, são consolidados os
valores pagos a título de salário, gratificação natalina, hora extra, vale-alimentação, assistência médica, auxílio-
creche, benefícios educacionais diversos, transporte e remuneração variável, como participação nos lucros,
bônus, comissões, entre outros.
2. Impostos, taxas e contribuições: valores destinados ao Estado (governo) reconhecidos no resultado da
empresa na forma de impostos e contribuições pagas (IRPJ, CSLL), contribuições previdenciárias (de
responsabilidade do empregador, ou seja, o INSS patronal) e demais encargos. Em relação aos tributos sobre
produção, circulação de mercadorias e prestação de serviços como ICMS, IPI, PIS, Cofins e ISS, deve-se
reconhecer somente a parcela efetivamente recolhida, que, nos casos dos tributos não-cumulativos, é a
diferença entre os créditos e débitos apurados pela empresa. Os impostos, taxas e contribuições são
apresentados conforme o ente da federação destinatário dos tributos: ■ federal — referente aos tributos
devidos à União, como IRPJ, CSLL, CIDE, PIS, Cofins, IOF, ITR; ■ estadual — referente aos tributos devidos ao
Estado, como ICMS, IPVA, ITCMD; ■ municipal — referente aos tributos devidos ao município, como ISS, IPTU,
ITBI.
3. Remuneração de capitais de terceiros: valores pagos na forma de remuneração do capital de terceiros que
compreendem os juros, aluguéis e outros valores, como royalties, franquias, direitos autorais, etc.
4. Remuneração de capital próprio: referem-se aos valores pagos na forma de remuneração de capital dos
próprios acionistas da entidade, compreendendo os juros sobre capital próprio e dividendos, além da parcela
retida na própria entidade.
Valor adicionado bruto, A DVA busca em sua elaboração informações de outros demonstrativos e relatórios da contabilidade,
formação da riqueza. portanto, além da riqueza gerada a partir das suas atividades corriqueiras da empresa (como receita com
vendas e prestação de serviços), há a necessidade de serem considerados eventuais saldos de ajustes
reconhecidos contabilmente pela entidade, os quais impactam o resultado do período em análise. Segundo o
CPC 09, as perdas e a recuperação de valores ativos (ajustes a valor presente de estoques, carteira de contas a
receber e dos ativos imobilizados, reversões de provisão e perdas por impairment, etc.), as depreciações, as
amortizações, as exaustões, as provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD, conhecido também como
provisões para devedores duvidosos — PDD), bem como outras receitas que não são fruto de atividade regular
da empresa devem ser considerados na aferição da riqueza formada pela entidade. No caso específico da
depreciação, amortização e exaustão, serão denominados de “retenções” e posicionados abaixo do valor
adicionado bruto.
Notas explicativas. O objetivo da contabilidade é fornecer informações úteis para que seus usuários possam tomar decisões, para
isso são utilizadas as demonstrações contábeis. Ainda assim, os números por si só são insuficientes, para levar
ao interessado das informações detalhes das operações ocorridas na empresa. As demonstrações contábeis
devem ser complementadas por notas explicativas, quadros analíticos ou outras demonstrações contábeis
necessárias à plena avaliação da situação e da evolução patrimonial da empresa. Para complementar essas
informações, a legislação prevê as notas explicativas. Elas se utilizam de textos, gráficos, quadros, entre outros
recursos que são utilizados para compreender aspectos relativos a determinados conjuntos de contas das
demonstrações contábeis, e devem ser exibidas após a apresentação das demonstrações contábeis publicadas
pela empresa, sendo parte integrante do conjunto completo das demonstrações contábeis (RIBEIRO, 2013).
Além do mencionado, as notas explicativas devem tratar também dos seguintes itens:
1. critérios de avaliação de estoques;
2. cálculos de depreciação;
3. critérios para constituição de perdas e provisões;
4. investimentos em outras sociedades;
5. obrigações de longo prazo, os credores, data de vencimento, juros;
6. número de ações que compões o capital social (GELBCKE et al., 2018).
Características das Conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) T. 1, que trata das características qualitativas das
informações contábeis e demonstrações contábeis, toda demonstração contábil deve ter atributos que tornem as demonstrações
estrutura das notas contábeis úteis para os usuários (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008), como as listadas a seguir.
explicativas. Compreensibilidade: todas as informações contábeis devem ser entendidas por todos os usuários, e para esse
fim é preciso que usuários tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e
contabilidade, e a disposição de estudar as informações com razoável conhecimento. Mas mesmo que uma
informação seja de difícil compreensão, não deve ser excluída das informações contábeis.
Relevância: para serem úteis, as informações deve ser relevantes, ou seja, influenciar as decisões econômicas
dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros.
Materialidade: a relevância das informações é afetada pela sua natureza e materialidade. Ou seja, uma
informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar as decisões econômicas dos usuários,
tomadas com base nas demonstrações contábeis.
Confiabilidade: para ser útil, a informação deve ser confiável, ou seja, deve estar livre de erros ou vieses
relevantes e representar adequadamente aquilo que se propõe a representar (CFC, 2008).

Porém, para atender as quatro características mencionadas na NBCT 1 (CFC, 2008), a empresa também deve,
segundo essa mesma norma, proceder com os seguintes critérios.
Representação adequada: para ser confiável, a informação deve representar adequadamente as transações e
outros eventos que ela diz representar. Ou seja, o balanço patrimonial deve representar adequadamente a
situação patrimonial da empresa na data da apresentação.
Primazia da essência sobre a forma: para que a informação represente corretamente é necessário que essas
transações sejam contabilizadas de acordo com a sua essência e realidade econômica, e não meramente sua
forma legal, ou seja, não basta seguir a lei, deve representar sua essência.
Neutralidade: para ser confiável, a informação contida nas demonstrações contábeis deve ser neutra, isto é,
imparcial, não induzindo o usuário para uma tomada de decisão.
Prudência: os preparadores de demonstrações contábeis se deparam com incertezas que inevitavelmente
envolvem certos eventos e circunstâncias, tais como a possibilidade de recebimento de contas a receber de
liquidação duvidosa, que devem ser apresentadas.
Integridade: para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser completa, pois
uma omissão pode tornar uma informação falsa.
Comparabilidade: os usuários devem poder comparar as demonstrações contábeis de uma entidade ao longo
do tempo, evitando alterações de critérios e avaliações que possam distorcer essa comparação.

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