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As Reservas de capital são constituídas de valores recebidas pela

companhia e que não transitam pelo Resultado como receitas, por se referirem
a valores destinados a reforço de seu capital, sem terem como contrapartida
qualquer esforço da empresa em termos de entrega de bens ou de prestação
de serviços. Constam como tais reservas o "ágio» na emissão de ações, mais
bem denominado como excedente do capital, a alienação de partes
beneficiárias e de bónus de subscrição. Essas são transações de capital com
os sócios.

Em face da classificação das Reservas de Capital, como definido no §


12 do art. 182 da Lei n2 6.404/1976, com redação alterada pela Lei n2
11.638/2007, e no § 12 do art. 62 da Instrução CVM n2 319/1999, o Plano
apresenta as seguintes contas nesse subgrupo: Excedente ("ágio") na emissão
de ações, Reserva especial de ágio na incorporação, Alienação de partes
beneficiárias e Alienação de bônus de subscrição. Nos tópicos a seguir são
analisadas as contas descritas, exceto a de "Ágio" na Emissão de Ações, já
vista na Seção 15.2.4-b deste capítulo (não confundir com o ágio pago pelo
adquirente de ações; aqui estamos tratando de outra coisa totalmente
diferente, na verdade já vista, que é o montante recebido dos sócios que
ultrapassa o que se destinar especificamente à conta Capital Social).

A Reserva Especial de Ágio na Incorporação é uma inovação trazida pela


CVM, em suas Instruções 319/1999 e ne 349/2001. Essa conta aparece no
Patrimônio Líquido da incorporadora como contrapartida do montante do ágio
(líquido de seu benefício fiscal, quando existente) resultante da aquisição do
controle da companhia aberta que incorporar sua controladora.

As partes beneficiárias e os bônus de subscrição são valores mobiliários


que podem ser alienados e, nesse caso, o produto da alienação é contabilizado
em de Capital específica. Se forem emitidos gratuitamente, não haverá
contabilização. Caberia aí, apenas, no caso das partes beneficiárias, a menção
em nota explicativa de sua existência c do direito que lhes for atribuído. Aliás,
essa menção deve feita mesmo que tais partes beneficiárias alienadas:
As reservas de capital somente podem ser utilizadas para:

a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem as reservas de


lucros. Convém observar que, no caso da existência de reservas de
lucros, os prejuízos serão absorvidos primeiramente por essas contas.

b) Resgate, reembolso ou compra de ações. Na Seção 15.2.4,


Capital Social, já foram abordados o resgate, o reembolso e a
amortização de ações.

c) Resgate de partes beneficiárias. O art. 200 da Lei n2 6.404/1976,


em seu parágrafo único, determina que o produto da alienação de
partes beneficiárias, registrado na reserva de capital específica, poderá
ser utilizado para resgate desses títulos (ver observação logo a seguir).

d) Incorporação ao capital.

e) Pagamento de dividendo cumulativo a ações preferenciais, com


prioridade no seu recebimento, quando essa vantagem lhes for
assegurada pelo estatuto social (art. 17, § 62, da Lei n2 6.404/1976,
conforme nova redação dada pela Lei n2 10,303/2001

Atenção especial precisa ser dada às "reservas" de resgate de partes


beneficiárias. Elas constam dessa forma na Lei como reservas, mas esse é um
erro técnico. Afinal, se há a obrigação de resgate desses valores mobiliários, a
obrigação deve estar registrada no seu devido lugar: Passivo, e não Património
Líquido, Assim, apesar da expressa colocação legal, o correto, contabilmente, é
a classificação desses valores destinados ao resgate de partes beneficiárias
como Provisão no Passivo, circulante ou não Circulante conforme a
circunstância.

A conta Ajustes de Avaliação Patrimonial foi introduzida na contabilidade


brasileira pela Lei n2 1 para receber as contrapartidas de aumentos ou de valor
atribuído a elementos do ativo e do passivo, decorrência de sua avaliação a
valor justo, enquanto computadas no resultado do exercício em obediência
regime de competência.

São registradas nessa conta, por exemplo, as variações de preço de mercado


dos instrumentos financeiros, quando mensurados pelo valor justo por meio de
resultados abrangentes nos termos do Pronunciamento CPC 48, item 4.1.2A, e
as diferenças no valor de ativos passivos avaliados a preço de mercado nas
reorganizações societárias, podendo o seu saldo ser credor ou devedor.

Todavia, há alguns registros derivados das normas internacionais de


contabilidade que exigem o reconhecimento de valores que, por algum motivo,
não irão jamais transitar pelo resultado do exercício, podendo ser transferidos,
atendidos certos quesitos, diretamente para Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Como são normas posteriores à Lei n2 11.638/2007, não estão formalmente
referidas lei, mas, em função da exigência desta que se abracem as normas
internacionais, é de se registrar, também nesse grupo de Ajustes de Avaliação
Patrimonial, os lançamentos contábeis derivados de ajuste a valor justo de
valores que não transitarão obrigatoriamente pelo resultado.

Essa conta é, na normatização contábil, normalmente chamada de Outros


Resultados Abrangentes, mas a definição legal, como já dito, não se encaixa
perfeitamente a esse conceito das IFRS. Seja como for, o que prevalece é0de
conceito dos Outros Resultados Abrangentes em caso.

Cabe ressaltar que a participação das partes beneficiárias, inclusive para


formação de reserva para resgate, não pode ultrapassar 0,1 (um décimo) dos
lucros e é vedado conferir a elas (partes beneficiárias) qualquer direito privativo
de acionistas, salvo o de fiscalizar, nos termos da Lei ne 6.404/1976, os atos
dos administradores.

As reservas de capital somente podem ser utilizadas para:

a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem as reservas de


lucros. Convém observar que, no caso da existência de reservas de
lucros, os prejuízos serão absorvidos primeiramente por essas contas.

b) Resgate, reembolso ou compra de ações. Na Seção 15.2.4,


Capital Social, já foram abordados o resgate, o reembolso e a
amortização de ações.

c) Resgate de partes beneficiárias. O art. 200 da Lei ne 6.404/1976,


em seu parágrafo único, determina que o produto da alienação de
partes beneficiárias, registrado na reserva de capital específica, poderá
ser utilizado para resgate desses títulos (ver observação logo a seguir).

d) Incorporação ao capital.

e) Pagamento de dividendo cumulativo a ações preferenciais, com


prioridade no seu recebimento, quando essa vantagem lhes for
assegurada pelo estatuto social (art. 17, § 62, da Lei 6.404/1976,
conforme nova redação dada pela Lei ne 10.303/2001).

A conta Ajustes de Avaliação Patrimonial foi (luzida na contabilidade


brasileira pela Lei n! 1 1.638/2()()7 para receber as contrapartidas de aumentos
ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em
decorrência de sua avaliação() a valor justo, enquanto computadas no
resultado do exercício em obediência ao regime de competência.

São registradas nessa conta, por exemplo, as variações de preço de


mercado dos instrumentos financeiros, quando mensurados pelo valor justo por
meio de outros resultados abrangentes nos termos do Pronunciamento CPC
48, item 4.1.2A, e as diferenças no valor de ativos e passivos avaliados a preço
de mercado nas reorganizações societárias, podendo o seu saldo ser credor ou
devedor.

Cabe salientar que a conta Ajustes de Avaliação Patrimonial não corresponde a


uma conta de reserva de lucros, uma vez que seus valores ainda não
transitaram pelo resultado. Assim, ela não deverá ser considerada quando do
cálculo do limite referente à proporção das reservas de lucros em relação ao
capital.

Todavia, há alguns registros derivados das normas internacionais de


contabilidade que exigem o reconhecimento de valores que, por algum motivo,
não irão jamais transitar pelo resultado do exercício, podendo ser transferidos,
atendidos certos quesitos, diretamente para Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Como são normas posteriores à Lei n2 11.638/2007, não estão formalmente
referidas na lei, mas, em função da exigência desta que se abracem as normas
internacionais, é de se registrar, também nesse grupo de Ajustes de Avaliação
Patrimonial, os lançamentos contábeis derivados de ajuste a valor justo de
valores que não transitarão obrigatoriamente pelo resultado.

Essa conta é, na normatização contábil, normalmente chamada de Outros


Resultados Abrangentes, mas a definição legal, como já dito, não se encaixa
perfeitamente a prevalece caso é o esse conceito das IFRS. Seja como for, o
que conceito dos Outros Resultados Abrangentes em caso de conflito já que
essa mesma Lei obriga a CVM a adotar as normas internacionais nas
normatizações a adotar as normais internacionais nas normatizações
posteriores a lei (e o CFC acompanha essa mesma orientação)

Conforme já mencionado, os instrumentos financeiros à venda futura, quando


mensurados pelo valor meio de outros resultados abrangentes, deverão valores
atualizados pelo seu valor justo. Isso significa que valores desses ativos serão
ajustados a preço de recardou de ou outra forma de valor justo, conforme o
caso, e contrapartidas são feitas parte em conta de resultado e em outros
resultados abrangentes, na conta de Ajustes avaliação Patrimonial. Em conta
de Resultado, será registrada a variação do ativo financeiro como se ele fosse
mensurado ao custo amortizado; e em outros resultados será reconhecido o
ganho ou a perda resultante total da variação do ativo financeiro deduzido da
par já reconhecida no resultado do exercício. Entretanto, os valores registrados
em outros resultados abrangentes deslocados para o resultado quando os
ativos forem transferidos para venda imediata, quando a nomenclatura oficial é
ativo financeiro mensurado ao valor justo por meio do resultado, ou quando
efetivamente forem negociados se esta alternativa ocorrer primeiro.

Assim como ocorre com os instrumentos financiem em casos de cisões, fusões


e incorporações, os ativos Passivos deverão ser avaliados a valor justo, sendo
as contrapartidas registradas na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial, não
passando pelo resultado do período.

É importante frisar que a conta Ajustes de Avaliação Patrimonial deverá ter


contas analíticas com títulos específicos para registro de cada item patrimonial
passível de atualização, possibilitando assim controles próprios e identificação
facilitada quando da sua realização.
Ainda sobre detalhamento em contas específicas, igualmente importante é a
observação de que os ganhos ou as perdas decorrentes de avaliação de ativo
ou passivo com base no valor justo não serão computados na determinação do
lucro real no momento de seu desde que os respectivos valores das variações
CIO ativo ou do passivo sejam evidenciados contabilmente em subcontas 13 e
1 11 da Lei 12,973/2017.O efeito tributário de tais variações se dará no
momento ela realização do ativo liquidas ao do passivo.

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